A et de vargina

Era exatamente meia noite de uma enluarada e melancólica paisagem, grilos cantavam sinfonias inteligíveis.
Ambrósia com a janela escancarada olhava melosamente para as sombras que formavam estranhas figuras misturadas com os velhos casarios corroídos com a ação dos tempos.

Não pensava em nada enquanto pensava em tudo ao mesmo tempo.
De súbito sentiu uma brisa e um odor que misturava sensações desconhecidas.
Viu algo brilhando estranhamente entre as estrelas ursa pelada e touro tarado.
Prestando mais atenção percebeu que vinha em sua direção. Era uma visão?
Jamais vira algo tão inexplicável.
Perguntava-se embaraçada ante ao fato tão inesperado.
Entre as coisas mais incríveis que poderia citar que presenciara antes foi o parto de sua vaca Florisbela. Mas o que estava vindo em sua direção lhe parecia algo ainda mais excitante.
Era como se fosse um tubo com uma bola no topo e mais duas embaixo, olhando melhor agora, já que o objeto se aproximava numa velocidade aterradora, era mais como se fosse um pênis? Um gigantesco e descomunal pênis.
Ambrósia mal podia acreditar no que estava vendo, e aquela coisa acabava de aterrisar logo ali no quintal de sua casa.
Uns estranhos arrepios e sensações que sentira antes voltaram redobrados. Sentiu vontade de arrancar imediatamente toda a roupa do corpo, e assim o fez, ficou toda eletrizada olhando hipnoticamente para aquele enorme pênis estacionado bem ali defronte aos seus olhos. Veio-lhe a vontade de escalá-lo freneticamente e, lá em cima sentar vigorosamente e ali ficar ate os restos de seus dias.
Devaneios admiráveis lhe assomavam a mente e acabou de terminar escandalosamente entre as pernas mais precisamente na xana. Viu-se de pernas abertas e a xereca escancarada enquanto exércitos inteiros de pênis marchavam em sua direção.
De repente como mágica entrara em comunicação direta com a nave, que se identificou como o caralho do planeta picadópolis. Ambrósia navegava num mar de volúpia insaciável.
Insinuando-se ardorosamente para a nave na ânsia de ser possuída por tal esplendor.
Imaginou que derrubando o bichão poderia atacar com mais vigor.
Que o laçando com uma corda amararia entre as pernas e não o deixaria fugir.
E cavalgaria pela cidade matando de inveja a piranhada de plantão.
Mas eis que para surpresa da própria Ambrósia a nave dá sinais que vai abrir.
Atônita ela não desprega os olhos da porta esperando enfim que os sonhos finalmente irão se realizar.
A porta começa se abrir e no meio da fumaça alguma coisa cabeluda e meio estranha começa parecer. O que seria aquilo?

Até que finalmente tudo se clareia e a verdade vem à tona. E ela admirada fala para si mesmo; Porra eu já conheço isto. De fato ela já conhecia como em verdade também tinha uma parecida. Era uma Et de vargina, ela olha para Ambrósia e começa a rir sem parar, depois se cala ante a espantada cara de Ambrósia. E diz: eu sou uma et de vargina sapatona.
E se você me permitir quero possuir a sua xereca terráquea.
Ambrósia agora menos despreocupada e mais assanhada já começa a achar a et de vargina até que gostosona, e diz: permissão concedida.
E se lança em seus pelos pubianos prontos para viver um grande amor.
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28 01 1999