O tráfico de pessoas representa atualmente um problema mundial, que viola os direitos humanos, a dignidade e a integridade das vítimas. O problema é reflexo da desigualdade social, uma vez que os aliciadores buscam, geralmente, jovens vulneráveis, que vivem em meio à pobreza e que não têm acesso à educação.

   A rede criminosa movimenta bilhões de dólares ao ano, sendo menos rentável apenas do que o tráfico de drogas e de armas. Os criminosos têm alto grau de escolaridade, na maioria das vezes são empresários e donos de casas de shows.

   Especialistas em atrair jovens, principalmente mulheres, entre 13 e 25 anos, os mafiosos costumam se passar por turistas, agenciadores de modelos e de jogadores de futebol para o exterior.

  Quando chegam ao local onde supostamente irão começar uma carreira, os jovens descobrem que foram enganados. Porém, já é tarde demais para voltar, pois, além de não terem mais o passaporte, sofrem constantes ameaças e agressões.

   As vítimas, geralmente, não admitem que foram traficadas, consideram o fato apenas um “golpe”. As mulheres traficadas para fins de exploração sexual trabalham de 12 a 13 horas diárias, muitas são obrigadas a usarem drogas para ficarem acordadas, além de serem proibidas de recusarem clientes.

   Muitas mulheres nessa situação alegam que seus “chefes” não as tratam mal, e que, além disso, “vivem melhor do que antes”, fator que dificulta ainda mais a possibilidade de resolução para o problema.

   É de competência dos poderes públicos a criação de campanhas de conscientização, e principalmente a criação de políticas conjunta entre países, que dificulte a entrada de emigrantes e que crie um registro universal de entrada e saída; antes que parte da população mundial viva como mercadorias, em um submundo que pode ser considerado um verdadeiro filme de terror.