Muitos pais reclamam que vão às reuniões de pais e mestres, ou atendem às convocações da escola para ouvir sempre a mesma coisa sobre seus filhos: não faz as tarefas, não entrega trabalhos, não tem caderno em ordem, não traz material, esquece livros com freqüência, provoca os outros, perturba as aulas, conversa o tempo todo, dorme, etc.
Entra ano, sai ano e o quadro não modifica.
Você já pôs de castigo, já tirou seus pertences, já o impediu de sair com os amigos, já contratou professores particulares e nada muda.
Talvez seja a hora de entender que seu filho precisa de uma avaliação multiprofissional.
O normal é a criança aprender, mesmo que em ritmos diferentes, mas uma ou duas vermelhas até é considerado comum, devido esse ritmo, mas recusar-se a aprender não pode ser considerado normal.
Mesmo que seu filho faça tudo no computador, jogue videogames com bastante habilidade não significa que ele não tenha dificuldades de aprendizagem.
O computador não serve como parâmetro para esse tipo de dificuldade, pois ele tem um poder muito grande de fascinar e garante a atenção de qualquer pessoa.
O usuário de um computador cria por ele um "hiperfoco", ou seja, tem nele a motivação necessária para passar horas diante dele, pois os estímulos visuais são intermináveis e o cérebro tem mais facilidade em se concentrar nesses estímulos.
Na escola, a situação é outra. Há uma lousa de giz, um livro, um caderno e um monte de gente pra atrair sua atenção. Se a criança apresenta déficit de atenção, ela não conseguirá se prender ao livro, nem à lousa, tampouco à professora por mais de 2 ou 3 minutos.
A escola deve encaminhar esse alunos para um psicopedagogo que fará os testes preliminares e distribuirá o resto das análises entre o fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional, o psicólogo e até mesmo o neurologista.
Não devemos simplesmente taxar o aluno de bagunceiro, preguiçoso, sem analisar um contexto geral. Devemos ater a perguntas do tipo: Há quanto tempo ele traz esse monte de notas vermelhas? Como foi esse aluno no ensino fundamental I? Ele é desatento o tempo todo? É impossível mantê-lo sentado? É desorganizado? Perde as coisas com freqüência? É apático?
Se seu filho corresponde à algumas dessas questões você precisa ajuda-lo com urgência, pois ele pode estar sofrendo muito com seu fracasso escolar!
Lembre-se, se um jovem se acha incapaz, tem sua auto estima destruída pelos resultados escolares e nada é feito por ele, acabará se tornando um adulto dependente, inseguro, com dificuldades em sair para procurar um emprego, ou mesmo com problemas em manter-se nesse emprego e trará muito sofrimento para sua vida e família.
NÃO DEIXE DE BUSCAR AJUDA! SE UM PROFISSIONAL NÃO ATENDE SUAS EXPECTATIVAS, PROCURE OUTRO, MAS NÃO DESISTA!