Napoleão havia sido a solução da burguesia para a revolução francesa.

O golpe contra o sistema instalado havia sido dado e a burguesia assumira o poder. Entretanto perderam-se na condução do processo e começaram a matar-se mutuamente.

Para não perder a revolução, pediram ajuda a Napoleão. O corso assegurou as conquistas, mas fez algo a mais: apropriou-se do poder e terminou fazendo-se coroar imperador.

No poder, Napoleão implementou algumas melhorias em benefício da população: reforma agrária, com as terras da nobreza e da igreja; criou escolas, pois sabia da importância do estudo para o desenvolvimento do país; organizou as leis, naquilo que ficou como código napoleônico.

Mas também dedicou-se à expansão das fronteiras. Combateu ingleses e russos. Contra os ingleses fracassou no Bloqueio Continental. E na campanha do leste foi derrotado não pelo exército, mas pelo clima da Rússia.

No final das contas e de tantas vitórias e derrotas, acabou sendo feito prisioneiro e isolado numa ilha mediterrânea. Fugiu de lá e reassumiu o governo. Mas foi apenas por 100 dias. Uma coalizão, liderada pelos ingleses, o derrotou em Waterloo. Preso definitivamente, Napoleão morreu em Santa Helena, sua ilha prisão no Atlântico.

O resultado desse tempo napoleônico foram, sim, alguns avanços, mas suas conquistas terminaram com o Congresso de Viena reinstalando a monarquia. O curioso da história é que o personagem convocado para assegurar os avanços da revolução francesa foi definitivamente derrotado por uma coalizão de nobres que se juntaram para reinstalar as antigas monarquias.

Neri de Paula Carneiro

Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador.

Rolim de Moura - RO