Vivo sempre a me questionar

muitas vezes alheio ao porque.

Me acho sempre a pensar

se entendo o que é você.

Será você? Será uma pessoa?

Será um ser? Será uma lagoa?

Será roupa a estender? Ou dum sabão, uma bolha?

Ou será simplesmente você, e não outra pessoa?

Não é Maria, nem Joana

nem fulana, nem sicrana;

é você de quem eu falo.

Será você uma mulher?

Logicamente, deveria ser

se não, ao menos se assemelhar

ou então somente estarei no embalo

que aprendi com certos outros

em lhe querer.