Escrito por:
Francielle Gomes Marculino.
Maria José de Barros.
Maria Luiza da Silva Leal.

INTRODUÇÃO 

O presente artigo, abordará um tema muito atual e que será um assunto por muitos anos. O contexto escolar pós a Covid-19. Quando pensamos na pandemia, é de imediato que lembramos os reflexos negativos que ela causou em tudo. Na educação, esses impactos são preocupantes, pois hoje, sabemos que comprometeram na aprendizagem dos nossos alunos ou os afastaram das escolas.

Falaremos das causas que deixaram esse “buraco”, no atual contexto da educação. Das consequências, que isso poderá deixar ao longo dos anos na sociedade brasileira e o que poderemos fazer para reverter esse cenário e recuperar os nossos alunos.

 

  1. A PANDEMIA E O QUE CAUSOU NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Em meados de 2019, de um jeito tímido, boatos de um vírus de origem desconhecida na China, era notícia nos meios de comunicação. Acreditamos que diante das tecnologias avançadas na ciência, isso poderia ser rapidamente contido. E de fato é! Mas, não foi o suficientemente capaz de ser mais rápido que a propagação do Corona vírus (Covid-19).

No início de 2020, o cenário mundial, já dava a entender que logo, teríamos a sua visita em terras brasileiras. Mesmo com as medidas protetivas nas limitações entre divisas de países e nos aeroportos, em fevereiro, o Ministério da saúde, confirmou o primeiro caso do Coronavírus. E daí por diante, não tivemos mais o controle da situação.

E conhecemos uma palavra aterrorizante, chamada “Lockdown”, que traduzido significa confinamento. Essa reclusão, parecia ser algo passageiro, pois o entendimento, seria que logo tudo isso seria breve. O caminho foi longo e foi preciso se adaptar, para a vida “continuar”.

Na educação, foi necessário se adaptar para que o ano letivo dos nossos alunos não fosse comprometido e não pausasse esse processo de aprendizagem. Essa adaptação fez-se por meio tecnológico, a qual, o país caminha a passos lentos. Essa acessibilidade a tecnologia, não é para todos, infelizmente!

O termo usado para essa educação á distância, ficou conhecida como aulas remotas.

As aulas remotas, foi um desafio não só para os estudantes de todo o país, mas também para os educadores, pois nem todos tinham habilidades suficientes ou acesso à uso tecnológico. Diante disso, o quão era necessário termos a preparação e a prática nesse meio.

Façamos uma análise, como seria possível, por exemplo, ensinar um conteúdo tão complexo, por meio de vídeo aula? Difícil, não é mesmo!?

De certa forma, o desafio de educar a distância quebrou muitos paradigmas e abriu os olhos dos profissionais da educação e das políticas públicas, para o investimento na tecnologia.

Trocando o ângulo, percebemos que para os nossos alunos, foi mais negativo do que positivo. Pois, nem todos os estudantes tinham acessibilidade a internet e aos aparelhos necessários para acompanhar as aulas.

A segunda maior dificuldade que já era desafiadora antes, e que piorou na pandemia, foi a participação e o comprometimento das famílias nas aulas com os nossos estudantes. A família presente era primordial para a execução das atividades, pois estudantes que não tinham autonomia, jamais poderia desempenhar aos comandos.

A escola além de ser um ambiente de conhecimento, era também um lugar para saciar a fome de muitos estudantes. Essa situação foi fatal para muitas crianças carentes do nosso país. Afinal, quem se concentraria sentindo fome?

E por fim, nos deparamos com conteúdo paralisados, e muita defasagem escolar. Nossos estudantes, longes das escolas desmotivadas, seguiram por caminhos contrários.

 

  1. AS SEQUELAS NEGATIVAS DA PANDEMIA NAS ESCOLAS

 

De acordo com os dados atualizados no site Covid.saude.gov.br, até o momento da publicação deste artigo, estamos chegando próximos dos 35 milhões de casos da Covid, somente no Brasil.

Em meados de 2020, já se falavam de vacinas em teste e que logo seriam disponibilizadas a população mundial. Entendíamos que era uma pontinha de esperança, mas que a retomada seria de qualquer forma, gradativa.

Com a vacinação, o “afrouxamento” do isolamento já era previsto no início de 2021.

Assim como nos comércios, na educação também passamos a atender com a capacidade mínima, dando opções as famílias de ensino híbrido, termo usado para as duas modalidades de ensino: Presencial e remoto.

Com o avanço da vacinação, as taxas de casos da Covid, foram caindo, dando a possibilidade de retomada normal as aulas presenciais. As escolas se adaptaram com as medidas de segurança sanitária e novos hábitos.

Assim, iniciamos o ano de 2022, com o ensino presencial e podemos perceber o quanto os nossos estudantes foram prejudicados de forma cognitiva e emocional.

As famílias estão doentes emocionalmente, devido as perdas de pessoas queridas, financeiras e do vínculo afetivo. É comum, ver crianças mais emotivas e inseguras no ambiente escolar.

Há quase poucos dias para acabar o ano letivo, é nítido ver o desgaste dos profissionais da educação, estampados no rosto. Foi um ano desafiador!
Motivar os alunos a desejar vir para a escola, não tem sido uma tarefa nada fácil. É o dobro de trabalho.

De forma resumida, o cenário sequelado da educação brasileira, é isso! Uma pequena amostra, do que veremos ao longo dos anos.

É sabido, que o novo normal será desafiador em todos os sentidos. É uma espécie de sobrevivência.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O QUE SERÁ PRECISO FAZER, PARA RECUPERAR ESSE ESTRAGO?

Primeiramente, é necessário fazer um investimento maior em políticas públicas educacionais. Em um momento como esse de transição de governo, estamos aguardando às cegas. Esperar com esperança!

O educador que percebeu a dinâmica durante ano, com certeza mudará os planos de conduta para o próximo ano. A autoavaliação, será a grande ferramenta, para que o retorno seja menos frustrante.

Ao nosso ponto de vista, aulas dinamizadas, com músicas e atividades que envolvessem não somente a parte pedagógica, mas como também da socialização, foram mais eficazes para manter o equilíbrio na sala de aula.

A pandemia nos deixou muitas reflexões a cerca: Do protagonismo dos alunos; da promoção da equidade digital; Da adoção as novas metodologias de aprendizagem; Do diálogo familiar; E principalmente de investimento maior em politicas públicas educacionais.

 

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

IBGE. Educação 2019 – PNAD Contínua. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101736_informativo.pdf. Acesso em 24 set. 2020.

JUNIOR, Jerri Garcia da Rosa; LAUER, Pedro. Homeschooling como alternativa em tempos de pandemia. Anuário Pesquisa E Extensão Unoesc São Miguel Do Oeste, v. 5, pp. 1-14, e24585, 2020. Disponível em: https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/apeusmo/article/view/24585/14456. Acesso em: 20 nov. 2022.

TODOS PELA EDUCAÇÃO. Anuário Brasileiro da Educação Básica 2020. São Paulo, SP: Moderna, 2017. E-book. Disponível em: https://www.todospelaeducacao.org.br/_uploads/_posts/456.pdf?1969753478/=&utm_source =content&utm_medium=site-todos.Acesso em: 20 nov. 2022.

UNICEF. Pobreza na infância e na adolescência. Unicef, 2019. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/156/file/Pobreza_na_Infancia_e_na_Adolescencia.pdf. Acesso em: 20 nov. 2022. Parte superior do formulário

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