Cristhiane Sampaio Aragão Fontenele [1]

RESUMO

O presente texto científico bibliográfico traz a discussão e reflexão em torno das questões que rondam a educação do campo e sobremaneira acerca das enormes dificuldades que limitam e impedem que os docentes possam construir uma formação inicial sólida e de qualidade. E para tanto se buscou analisar a Educação no Campo tentando identificar quais são suas maiores dificuldades e evidenciando sua a realidade e oferecer informações acerca do processo de ensino-aprendizagem, funcionamento e condições socioeconômicas de seus educandos. Além disso, faz-se necessário avaliar o perfil do Educador do Campo, quais seus maiores obstáculos e de que forma os enfrenta. Também trouxe a visão de alguns teóricos sobre o tema, tais como: Santos (2008), Socorro (2005), Jesus (2004), Baptista (2003), Salete (2002), Leite (1999). Em seguida analisou-se a educação do campo e suas dificuldades, onde traz que ao se pensar em uma educação voltada para os trabalhadores da zona rural requer a compreensão de que sua população, como a urbana, é demandante de direitos. Assim, tem-se a necessidade de uma educação que corresponda aos interesses dos trabalhadores do campo, o processo ensino aprendizagem e o perfil do educador do campo, onde permeou a discursão sobre a diversidade que compõe o que chamamos de educação do campo explicita diferenças relacionadas a aspectos políticos, sociais, econômicos, morais, enfim, apresentam especificidades  que devem ser analisadas e consideradas no momento em que organizamos nossas atividades pedagógicas e foi finalizado com uma visão geral sobre o tema. Enfim, é de suma importância destacar que a escola construída no campo deveria servir como ferramenta para a transformação da localidade em que está fincada.

Palavras – chaves: Educação no Campo, Dificuldades, Perfil do Educador do Campo, Processo Ensino Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo surgiu mediante a necessidade de se analisar a Educação no Campo tentando identificar quais são suas maiores dificuldades e evidenciando sua a realidade e oferecer informações acerca do processo de ensino-aprendizagem, funcionamento e condições socioeconômicas de seus educandos. Além disso, faz-se necessário avaliar o perfil do Educador do Campo, quais seus maiores obstáculos e de que forma os enfrenta.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) 9394/96 foi bastante promissora no que tange a Educação no Campo, constituindo um avanço importante embora tardio. O artigo 28 se refere especificamente à educação em zonas rurais prevendo currículos e metodologias de acordo com os interesses dos alunos daquela realidade como organização escolar própria com adequação do calendário escolar às condições do clima e adequação à natureza do trabalho na zona rural.

A educação do campo nasce da reivindicação dos movimentos sociais, constituindo-se em uma política educacional voltada para o desenvolvimento do território camponês como parte do campo brasileiro e como espaço pedagógico e educativo, repleto de sentidos, significados e expressões. Portanto, não é um campo genérico, mas um território camponês. Daí, a ênfase na contração do campo: não é no campo, porque o território não é secundário.

Essa autonomia na organização escolar é de suma importância para que os sujeitos educacionais do campo tenham o direito fundamental à educação respeitada, direito esse que foi negligenciado por muito tempo, passando a ter a oportunidade de um processo educacional adaptado para a sua realidade e as suas necessidades.

Percebe-se que a Educação é de suma importância para o desenvolvimento de um indivíduo bem como de seu povo. É importante  ter isso em mente quando vamos analisar a Educação no Campo, afinal de contas o que mais se passa na mente de quem o tenta é: Será que os direitos garantidos pela LDB estão em consonância com a realidade? Que outras dificuldades são enfrentadas por aqueles que participam do processo de ensino aprendizagem, incluindo aí os professores, alunos, pais e membros da sociedade em geral? Em que pontos há na negligência dos nossos governantes em prover esse direito básico aos moradores do campo?

Assim, a metodologia empregada na construção deste estudo foi a de cunho bibliográfico e documental, uma vez que foram analisados alguns dos mais importantes e salutares documentos que tratam da escola do campo e suas demandas. Não se exclui a necessidade de um estudo mais aprofundado de campo a fim de identificar na realidade de nosso munícipio os fatos encontrados durante a pesquisa.

Para fundamentarmos os conceitos adotados durante o trabalho e as opções metodológicas bibliográficas, buscamos suportes teóricos de autores como: Santos (2008), Socorro (2005), Jesus (2004), Baptista (2003), Salete (2002), Leite (1999),entre outros, que, com as suas obras, trazem grandes contribuições para melhor compreendermos a relação entre a educação, escola e desenvolvimento local no campo.

A necessidade de se pensar em uma educação voltada para o campo é muito importante se pensarmos na realidade da sua população, e também no fato de que a maior parcela dos estudantes da zona rural sequer chegará a concluir o ensino médio. Uma realidade lamentável para um país que se orgulha dizendo se uma pátria educadora.