A EDUCAÇÃO INTEGRAL E A INDISCIPLINA: UM NOVO OLHAR NUMA PERSPECTIVA BIOPSICOSSOCIAL 

 

                                                    

                                                                             Lucia Maria Matos Silva Santos1

 

 

Resumo: Este artigo intitulado “A Educação Integral e a Indisciplina: Um novo olhar numa perspectiva psicossocial” apresenta uma construção com o objetivo de priorizar o esforço da integração de vários saberes existentes na humanidade analisando-as, suas principais causas, diferentes manifestações, suas contribuições. Vale ressaltar que a educação integral é uma proposta que visa melhorar a qualidade de ensino para as crianças e jovens e não só para mantê-los em períodos integral. Entretanto a indisciplina vem com o aumento de tal problema, citam caminhos favoráveis para a postura indisciplinar, onde se estende do ambiente familiar até a instituição escolar. Assim sendo, buscou-se analisar os subprodutos do comportamento disciplinar com um novo olhar na educação integral numa perspectiva biopsicossocial.

 

Palavras-chave: Educação Integral. Indisciplina. Biopsicossocial. Familiar.

 

Abstract: This article entitled “Integral Education and Indiscipline: A new look in a psychosocial perspective” presents a construction with the objective of prioritizing the effort of integrating various knowledge existing in humanity, analyzing them, their main causes, different manifestations, their contributions. It is worth mentioning that integral education is a proposal that aims to improve the quality of education for children and young people and not only to keep them full-time. However, indiscipline comes with the increase of such problem, citing favorable paths for the undisciplinary posture, where it extends from the family environment to the school institution. Therefore, we sought to analyze the by-products of disciplinary behavior with a new look at integral education from a biopsychosocial perspective.

 

Keywords: Integral Education. Indiscipline. Biopsychosocial. Familiar.

 

Introdução

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1Doutora e Mestre em Ciências da Educação. Licenciada em Arte, Comunicação e Expressão, Matemática e Pedagogia.  Psicopedagoga. Articuladora de Linguagens da Rede Municipal de Simões Filho e professora na Rede Municipal em Dias d’ Ávila – Bahia. E-mail. [email protected]

O presente artigo teve como inquietação analisar a Educação Integral e a Indisciplina: Um novo olhar numa perspectiva biopsicossocial.

            Diante disso surgiu à necessidade de realizar o mesmo com a finalidade de investigar a visão dos docentes sobre o tema proposto e se estão inseridos efetivamente à prática pedagógica valorizando o conhecimento prévio dos alunos no desenvolvimento de atividades presentes no cotidiano em diferentes contextos no regime integral.

           O conceito de indisciplina não é estático, uniforme e tampouco universal, é um ato que leva o educando a desordem, desobediência, se manifesta no contexto cultural, os discentes tentam resistir a essa cultura para impedir o trabalho escolar.

Pois, toda moral pede disciplina, mas nem toda disciplina é moral. O que há de amoral em ordenar para permanecer em silêncio horas a fio ou fazer fila? Nada, evidentemente. Entretanto, ao se abordar a questão da disciplina pela dimensão da moralidade não está se pensando que toda indisciplina seja condenável moralmente falando, nem que o aluno que segue as normas escolares de comportamento seja necessariamente um amante das virtudes. Mas, ainda, certos atos de indisciplina podem ser genuinamente morais, por exemplo, quando um aluno é humilhado, injustiçado e se revolta contra as autoridades que o vitimaram. Portanto, é necessário que haja o cuidado em condenar a indisciplina sem ter examinado a razão de ser das normas impostas e dos comportamentos esperados.

Feitas estas ressalvas, é claro que exista uma ligação entre a disciplina em sala de aula e a moral. Primeiro, porque tanto a disciplina como a moral coloca o problema da relação do indivíduo com um conjunto de normas. Entretanto, porque vários atos de indisciplina traduzem-se pelo desrespeito, seja ao colega, seja ao professor, seja contra a própria instituição escolar (depredação das instalações etc.).

Os aspectos desrespeitosos provocados por certos comportamentos discentes preocupam, no mais alto grau os educadores. Muitos docentes têm medo de entrar em sala de aula, não simplesmente por temerem a falta de êxito na tarefa de ensinar, mas, sobretudo, porque já pressupõem que receberão tratamento agressivo por parte de seus alunos, gerando a indisciplina que, frequentemente é sentida como desmotivadora.

O comportamento agressivo do aluno pode se manifestar de inúmeras formas e os educadores podem ter dificuldade de perceber determinados fatores que contribuem para a indisciplina em sala de aula. Sabe-se que a instituição escolar está inserida em um contexto formado pela tríade escola, aluno e família, ou seja, ela não está isolada, pelo contrário, está inserida em um contexto que sofre influência direta de uma comunidade.

Não se pode ignorar que na atualidade, no cenário da vida social, as pessoas sofrem com a exploração, alienação e massificação dos meios de comunicação. Em decorrência disso, são ressaltados os valores do individualismo, do consumismo e da competição, legitimados pelos meios de comunicação social, enquanto principais veículos de divulgação da ideologia que renega a educação para o segundo plano, na mentalidade familiar.

A família é diretamente atingida por este modelo social, principalmente as famílias desprovidas de bens financeiros que sofrem desagregação pela carga excessiva de trabalho, sendo obrigadas, a trabalhar para sua sobrevivência, abrindo mão de elementos fundamentais ao seu equilíbrio, a exemplo do acompanhamento da vida escolar dos seus dependentes.

A escola, por sua vez, sofre os reflexos de um modelo social, perceptível, precário, nas condições materiais, nos baixos salários da sua equipe de profissionais, dentro outros reflexos, que geram certo descrédito no seu desempenho, transformando-a num “faz-de-conta”. Portanto, a sociedade, a família e a própria escola refletem fatores que contribuem para a indisciplina na sala de aula.

De acordo com Vygotsky, a família é entendida como o primeiro contexto de socialização, indubitavelmente, grande influência sobre a criança e o adolescente, pois as atitudes dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e, consequentemente, influenciam o comportamento da criança e adolescente na escola.

A disciplina no contexto escolar é entendida como professor e escola precisando junto resgatar sem autoritarismo, mas com autoridade, estabelecendo uma relação transparente com toda comunidade escolar.

Na visão do professor, o aluno disciplinado é aquele que faz o que o professor deseja. Repentinamente, a vontade do professor é que o aluno fique quieto, assista às aulas com atenção, faça todas as atividades, mostre que assimilou “direitinho” o que aprendeu etc. e, dessa forma, o professor se sente realizado. Isto porque a sua competência será medida de acordo com o bom domínio da classe, diante dos meios metodológicos utilizados para alcançar tal resultado.

Vasconcellos (1995:31) resume que os diversos envolvidos na relação escolar percebem a indisciplina na sala de aula de forma diferente, a depender dos objetivos de cada um:

“professor: o aluno deve ficar quieto, para que ele possa dar sua aula;

Aluno: terminar logo a aula, ter nota;

Administração: não ter problemas,

Pais: filho passar de ano”.

 

 

Note que o conceito de disciplina vem associado ao controle do comportamento e a obediência. E para isto somente resta à escola uma solução: lembrar e fazer lembrar em alto e bom tom a seus alunos e à sociedade como um todo que sua finalidade principal é a preparação para o exercício da cidadania.

 

  1. Pressupostos conceituais da educação em tempo integral 

 

        Segundo descreve Chaves (2002), a palavra integral refere-se àquilo que é inteiro global. Assim, este é o foco do Programa Educação em Tempo Integral, conduzir os educandos a se desenvolverem como indivíduos sociais e melhorarem seu aprendizado.

           A Educação Integral constitui ação estratégica para garantir atenção e desenvolvimento integral às crianças, adolescentes e jovens, sujeitos de direitos que vivem uma contemporaneidade marcada por intensas transformações e exigência crescente de acesso ao conhecimento, nas relações sociais entre diferentes gerações e culturas, nas formas de comunicação, na maior exposição aos efeitos das mudanças em nível local, regional e internacional. Ela se dará por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o processo educacional e melhorem o seu aprendizado dos alunos. Não se trata, portanto, da criação ou recriação da escola como instituição total, mas da articulação dos diversos atores sociais que já atuam na garantia de direitos de nossas crianças e jovens na corresponsabilidade por sua formação integral. (BRASIL, 2009a, p. 88).

 

  1. A afetividade na educação integral 

 

               Na Educação Integral a afetividade é primordial, sendo o professor referência para a criança que estabeleça vínculo afetivo com o mesmo, o que possibilita o desenvolvimento da mesma, assim como, transmite segurança. Segundo Wallon (1968, p. 149) “As influencias afetivas que rodeiam as crianças desde o berço não podem deixar de exercer uma ação determinante na evolução mental”.

            A afetividade no ambiente escolar como um todo é importante, sendo este um processo para que a aprendizagem aconteça e falar sobre afetividade não é algo simples já que se trata de algo subjetivo.

         Henri Wallon é referência nos estudos sobre afetividade, onde o mesmo discute, tanto questões emocionais, como complexas e amplas, onde diversas relações do cotidiano são permeadas por emoções fortes, que se originam primeiramente no contato entre mãe e filho. Ele vê as relações interpessoais de extrema importância para o processo de ensino aprendizagem. A afetividade na Educação Infantil contribui para uma aprendizagem com qualidade, criando um ambiente mais agradável, deixando a criança acolhida e segura, para que flua de forma significativa o processo de ensino-aprendizagem e, a partir desse momento cria-se um vínculo entre educador e educando.

          Segundo Wallon (1968) a afetividade se torna algo fundamental para que a aprendizagem venha à tona. Essa afetividade também está presente nas relações sociais que é onde esses processos se consolidam. A Escola, por ser o primeiro agente socializador fora do circulo familiar da criança torna-se uma base na aprendizagem oferecendo condições necessárias para que ela se sinta acolhida. As relações interpessoais positivas, como aceitação e apoio, possibilitam o sucesso dos objetivos educativos.

          Entretanto, a presença de um educador é importante, que o professor tenha consciência de seu papel não apenas como um mero reprodutor, mas sim como um agente transformador, com uma visão ampla da realidade.

           Faz-se necessário atentar para uma formação biopsicossocial na educação infantil, que contemple a criança como um todo, um ser em desenvolvimento que vai para a escola não como uma tábula rasa, mas sim, como uma criança que tem cultura, costumes, valores, crenças e até mesmo patologias genéticas herdadas dos seus familiares e da cultura no qual está inserida. Vale ressaltar que para essa estrutura aconteça em desenvolvimento pleno é fundamental que o educador proporcione atividades que despertem as estruturas intelectuais, cognitivas, emocionais, adaptativas e afetivas. Borba e Melo (2010) reforçam que para ativar essas estruturas com maior facilidade é fundamental que a criança entre em contato com atividades lúdicas e, reforça ainda que,

As brincadeiras, os jogos, o faz-de-conta são essenciais para o desenvolvimento biopsicossocial da criança, pois, além de promover avanços sociais, estas estratégias promovem o desenvolvimento intelectual, age diretamente na psicomotricidade, no raciocínio da criança, garantindo a construção e aquisição de conhecimentos. (BORBA e MELO 2010, p. 13).

 

          Segundo Borba e Melo (2010) para que e a aprendizagem aconteça é necessário um ambiente prazeroso e estimulador, e ao mesmo tempo, deve conter a afetividade entre professor e aluno. O ato de brincar é fundamental para crianças que estão na Educação Infantil, pois passam mais rápido e com mais facilidade entre a zona de desenvolvimento proximal e a zona de desenvolvimento real, que Vygotsky (1998) traz como fundamental para o desenvolvimento do sujeito.

         Um ponto importante para o desenvolvimento biopsicossocial da criança, reforçado por Borba e Melo (2010) é a maior participação da família no processo de ensino aprendizagem. Os autores afirmam que é necessária a participação efetiva dos pais no momento de brincadeira e ainda na inserção da criança no ambiente escolar, auxiliando na inserção do meio no qual está sendo inserida.

 

1.3 Um novo olhar na indisciplina

 

“Eu sempre sonho que uma coisa gera, nunca nada está morto”. O que não parece vivo, aduba. O que parece estático espera. (Adélia Prado).

 

Olhando-se o problema da indisciplina é muito mais profundo e complexo do que a superficialidade com que tem sido considerado nas escolas. É preciso aprofundar o conhecimento das causas da indisciplina e conhecer as raízes dos problemas daqueles que são rotulados de indisciplinados, depois, é muito importante o posicionamento em relação a questões como: O que é a escola? Tem ambiente silencioso, sem nenhum vestígio de comportamento infantil, ou um ambiente social vibrante, que comunica alegria e predispõe a concentração de todo o esforço no ato de aprender? Pensar-se que não ser ideais alunos encaminharem para a sala de aula perfilada, sentarem-se simultaneamente e dirigirem o olhar na mesma direção, como se fossem robôs ou intencionalmente robotizados.

Nem sempre o silêncio é revelador de disciplina ou garantia de aprendizagem. No entanto, a disciplina do silêncio é amplamente divulgada em nossas escolas. Não se apercebem de que o "barulho” pode ser fruto da participação ativa das tarefas escolares, expressão de energia e do entusiasmo próprios da idade. Cabe ao professor ser o orientador e o incentivador dos alunos para quererem aprender, como também orientar o relacionamento de todos no grupo, estabelecendo um clima de sala de aula ao mesmo tempo calmo e desafiador.

Muitos professores sentem dificuldades em trabalhar com os alunos quando eles não estão em silêncio, travando verdadeiras batalhas na tentativa de obter deles o comportamento tido como disciplinado e coerente com a metodologia tradicional e pouco criativa, onde não são consideradas as diferenças individuais, o ambiente próprio do adolescente, as suas dificuldades em situar-se no ambiente escolar.

A escola precisa evitar a rotina e a mecanização, pois esses aspectos se constituem, muitas vezes, em causas do desinteresse, podem gerar a indisciplina, causando o insucesso do aluno na aprendizagem. O fato de o aluno não aprender e, consequentemente, o seu insucesso, podem causar a indisciplina.

Por outro lado, não raro ao avaliar os alunos, considera-se tanto a disciplina pessoal quanto o rendimento escolar, confundindo-se o desempenho intelectual com a postura comportamental.

Compreende-se que é fundamental que a escola estabeleça relações e regulamentos para que o trabalho educativo seja realizado de forma organizada e coerente. Entretanto, o que se preocupa é que tais normas partem quase sempre do nível institucional da organização escolar, sem a participação do aluno e, muito menos, sem levar em conta a sua realidade sócia- cultural. Não se pode aqui discutir a legitimidade ou não dessa participação, mas o que se quer deixar claro é que a escola se organiza nesses regulamentos como um meio de resguardar a segurança de todos e estabelecer os limites de cada um, isto é, estabelecendo uma sistemática de funcionamento que permita a sua continuidade enquanto agência educativa.

Há necessidade que haja o envolvimento de todos em contribuir para a organização de um ambiente agradável e alegre, onde as pessoas se sintam bem e sejam estimuladas a cooperar, reduzindo os problemas gerados pela falta de recursos materiais e humanos que são a tônica dominante em nossas escolas. Assim, a atuação do professor é de suma importância diante do adolescente e da escola como um todo. A ele cabe orientar o educando, levando-o a compreender que certas normas da escola não são imposições e tem como objetivo ajudá-lo a garantir os seus direitos e deve ser respeitado para criar condições de trabalho, manter o ambiente limpo, tranquilo, agradável, bonito, dispor de material em perfeitas condições de uso.

A escola deve organizar-se para trabalhar de forma científica, através de propostas concretas de ação que possibilitem a todos os educadores alcançar os objetivos educacionais. Isso implica criar as condições físicas e psicológicas favoráveis para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra com sucesso. Está implícita nesse trabalho educativo a orientação do comportamento dos educadores, uma vez que a prática pedagógica se faz entre seres humanos que se reúnem na escola para a conquista do saber e a troca de experiências. À medida que o diálogo se estabelece, é possível ao professor penetrar no mundo da criança e do adolescente para melhor conhecê-los e envolve-los no processo educacional, tornando-se acessíveis à influência do professor.

Professores e educadores em geral devem rever os seus planos, recolocar os seus objetivos e, acima de tudo, reconsiderar a sua própria conduta, pois bom comportamento só é incorporado quando vivido em situações concretas da vida cotidiana.

A compreensão de que a disciplina é importante na escola, não apenas como um conjunto de normas que organizam o ambiente escolar, mas também como objetivo educacional a ser atingido, é fundamental para orientar a ação pedagógica.

Faz-se, necessário que se tenha um novo olhar para a educação e a indisciplina para que se possa começar uma transformação na escola, desmistificando o conceito de (in) disciplina e colocando-o em sintonia com o que realmente se pretende alcançar frente à educação, a fim de que nossos adolescentes possam desenvolver-se plenos e conscientes tornando-se cidadãos dignos, responsáveis para este novo século.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação é, sem dúvida, uma vertente prioritária em qualquer sociedade, sendo um fator de desenvolvimento sócio – econômico, ou seja, a educação é um componente fundamental para o desenvolvimento sócio - econômico, político dos cidadãos e da sociedade.

Freud, na contramão, acreditava que o homem tem inerente a si uma natureza agressiva, violenta, pois tende-se a destruir uns aos outros para que não se destrua a nós mesmos.

                 A compreensão do processo de construção da moralidade do educando pelo adulto possibilitam ao menos teoricamente, a organização das condições necessárias para que ele venha a construir os princípios morais que regem toda e qualquer sociedade, a partir da elaboração e estruturação dos estágios do desenvolvimento moral.

                  Tendo em vista que a educação foi pautada pelo medo, pela obediência cega e que, evidentemente, não seria essa a forma que se utilizaria para educar os filhos e educandos, devem-se procurar construir outra forma de educar e isso significa que pais e professores devem reconstruir seus próprios valores. Tem-se que retomar o significado dos conceitos morais e sociais que foram transmitidos como valores instrumentais e encontrar juntas formas alternativas para trabalhar com o processo de desenvolvimento da moralidade.

                Vale ressaltar que a cerca da afetividade na Educação Integral, onde o professor deve estar atento para que a relação afetiva entre o educando e o educador seja essencial para que se desenvolva valores, caráter e desenvolvimento integral, dando ênfase na afetividade e na construção do saber a partir da vivência da criança. Na atualidade exige-se que os professores, além de dominar o conteúdo tenham capacidade de motivar e incentivar seus alunos. A afetividade tem um papel importante diante das disciplinas ministradas pelos professores e consequentemente da aprendizagem escolar. Assim, os aspectos biológicos, sociais e psicológicos devem ser levados em consideração para que a aprendizagem flua com mais facilidade, em que um não sobrepõe o outro, mas todos se completam. Com a pesquisa de campo pode-se inferir que a afetividade é um fator determinante para que a aprendizagem ocorra.

           Assim a Educação Integral parte de um pressuposto fundamental: todas as pessoas são capazes de aprender, em diferentes lugares, com diferentes pessoas e ao longo de toda a vida. Trata-se de uma concepção que compreende que educar é garantir o desenvolvimento de todas e todos, em todas suas dimensões – intelectual, física, afetiva, social e simbólica. Essa visão se contrapõe à ideia clássica de que a educação se restringe ao processo centrado na escola e voltado apenas para o conhecimento acadêmico.

 

 

 

REFERÊNCIAS 

 

 

FREUD, S. Teoria psicanalítica, por prof. Laerte M. Santos, Disponível em: www.cefetsp.br, em 9 de maio 2010.

 

GUIMARÃES, A. M A dinâmica da violência escolar: conflito e ambiguidade. Campinas Autores Associados, 1992.

 

LA TAILLE, Yves de. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In: AQUINO, Júlio. (Org.). Indisciplina na escola: Alternativas teóricas e práticas. 7. Ed., São Paulo: Summus, 1996, p. 09-23.

 

VASCONCELLOS, Celso dos S. Disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. Cadernos Pedagógicos do Libertad; volume 4, São Paulo. Libertad, 1995.

 

VIGOSTSKY, L.S. (1998) Formação Social da mente. 6. Ed. São Paulo: Martins Fontes. VIGOTSKY L. S: LURIA, A. R. (1996) Estudo sobre a história do comportam