A EDUCAÇÃO E AS NOVAS TENDÊNCIAS 

     As tendências pedagógicas brasileiras foram muito influenciadas pelo momento cultural e político da sociedade. Essas formaram a prática pedagógica do país. As principais tendências pedagógicas usadas na educação brasileira se dividem em duas grandes linhas de pensamento pedagógico, são elas: Tendências Liberais e Tendências Progressistas, sendo que estas se subdividem em outras, o que não é intuito descrevê-las aqui.

     Sabe-se, porém, que essas teorias muito contribuíram para a organização da sociedade e da própria educação. Os estudos de Piaget, Vygotsky e Wallon permitiram e ainda permitem novos estudos e novas práticas no universo da educação e principalmente avanços na área da Educação Infantil. Esta primeira etapa da educação básica vive hoje um período de transformações. Diversos caminhos têm sido trilhados para se definir seu lugar e sua função atual em nossa sociedade.

     Segundo a Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2009) as interações e brincadeiras são consideradas eixos fundamentais para educar com qualidade e o uso de espaços físicos deve favorecer um brincar de qualidade.

     Há muito tempo a Educação Infantil deixou de ser um espaço onde os pais, para trabalharem, deixavam seus filhos para serem apenas cuidados, assistidos. Ao longo do tempo a escola infantil transformou-se em espaços educativos construídos de forma dinâmica, de troca mútua de sentimentos, experiências e conhecimentos, onde a criança é agente central e fundamental.

     Na escola de Educação Infantil existem horários, regras, uma rotina a ser seguida. É justamente essa rotina, essas pequenas normas que vão dando à criança uma noção de limites. Porque para vivermos em sociedade temos que ter respeito pelo próximo, temos que saber até onde podemos ir sem ultrapassar os limites alheios.  É através do brincar que muito se ensina para os pequenos. Para Vygotsky o brinquedo cria zonas de desenvolvimento proximal à medida que coloca a criança em situações de repetição de valores e imitação de papéis e regras sociais. Para OLIVEIRA, “além de ser uma situação imaginária, o brinquedo é uma atividade regida por regras. Mesmo no universo do faz- de- conta, há regras que devem ser seguidas”. (1993, pg.67).

     Porém com essas novas tendências, o professor acaba se tornando um agente passivo, permitindo determinadas situações que saem do seu controle. Concordamos que a criança é um ser em formação, deve ser tratada como tal e deve ser respeitada acima de tudo. Os limites podem ser do tamanho delas, digo, pequenos, mas vão constituí-la como ser humano no futuro. Cabe ao professor sim, conduzir, orientar, educar e limitar os pequenos enquanto estão no ambiente escolar, para que num futuro próximo não saiam por aí “ateando fogo em mendigos”, roubando dinheiro público, matando pessoas inocentes, desrespeitando o próximo, por acharem que “tudo pode” ser feito.

     Cabe muito à escola, mas muito mais às famílias transmitirem valores, limites. Educar é transformar uma realidade e diante do que vivemos hoje sabemos que alguns são educados para serem cidadãos, para decidirem rumos, para tomarem decisões, para respeitar o próximo. Já outros são educados para obedecerem, serem passivos e coniventes e ainda, existem aqueles que, nem isso conseguem, ou seja, serem educados.

     Aguardamos, para ver o rumo que a educação irá seguir.              

                         Artigo escrito pelas professoras de Educação Infantil: Karina Rech Herves, Letícia Gobbi Bertolazzi, Lidiane Leonardelli.