A DIFICULDADE NA LEITURA E ESCRITA NAS SÉRIES INICIAIS[1]

 

                                                                                              SANTOS, Maria Daiane Teles dos.[2]

                                                                                   

RESUMO: Propormo-nos neste presente artigo abordar questões relacionadas à leitura nas séries iniciais do ensino fundamental a partir de embasamentos de teor bibliográfico e discutir os elementos referentes à dificuldade da leitura e escrita nas séries iniciais. Desse modo, podemos questionar porque diante de um mundo de grandes informações, a leitura e escrita é ainda uma das grandes dificuldades enfrentadas pelas escolas. Entretanto, para a realização deste trabalho recorremos à pesquisa cientifica utilizando-se de leitura reflexiva e subsidiando a prática e citações de autores renomados. Tendo como objetivo facilitar o trabalho do professor, utilizando-se de metodologias simples para ensinar a criança a ler e compreender não só o texto, mas o mundo que a cerca, pois uma paisagem, ou qualquer coisa que ela veja passa uma mensagem.

 

Palavras-chave: Leitura e escrita. Dificuldade na leitura e escrita. Leitura reflexiva.

 

ABSTRACT: We propose in this article to address issues related to reading in the early grades of elementary school from the basis of bibliographic content and discuss the elements related to the difficulty of reading and writing in the early grades. Thus, we can question why facing a world of great information, reading and writing is still one of the great difficulties faced by schools. However, for this work we resorted to scientific research using reflective reading and subsidizing the practice and quotations of renowned authors. Aiming to facilitate the teacher's work, using simple methodologies to teach the child to read and understand not just the text, but the world around it, for a landscape, or anything it sees, sends a message.

 

Keywords: Reading and writing. Difficulty reading and writing. Reflective reading.

 

 

 

[1] Aluna do Curso de Letras Língua Portuguesa Literatura Primeira Licenciatura do Plano Nacional de Formação na Educação Básica – Parfor da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.

 

 

[2] Aluna do Curso de Letras Língua Portuguesa Literatura Primeira Licenciatura do Plano Nacional de Formação na Educação Básica – Parfor da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.

1 INTRODUÇÃO

O que é percebível em relatos de alunos que hoje são adultos analfabetos que vivem em condições precárias é que na infância, nos seus primeiros anos escolares tiveram diversas dificuldades em aprender a ler e a escrever; primeiro as oportunidades eram mínimas; segundo, compromisso com o sustento da família e não poderia deixar de citar a grande timidez e o medo de conversar na sala de aula, pois tempos atrás as coisas eram rígidas, aluno não tinha vez e nem voz ele apenas era objeto de acumulo de informações e com estes fatores a educação era cada vez mais pesada e como resultado a desistência do pré-adolescente na vida escolar. No entanto essas pessoas não tinham tantas escolhas na vida a não ser a pressão na escola em aprender ou trabalhar para ajudar em casa, muitas vezes pensava que não aprenderiam o básico e deixavam a escola, sabendo que tempos mais atrás não era tão fácil assim, levando muitos a desistirem da escola para trabalhar.

Visto que, uma criança munida da mesma inteligência que outra tem mais facilidade de aprender a ler e a escrever. A criança recebe influência do meio em que vive, a que convive em uma família mais estruturada que não se envolve com drogas, que estuda em escola estruturada com uma melhor técnica de aprendizagem mais elevadas. Através de métodos reflexíveis formarem cidadãos capazes de transformar o mundo através da educação, mais qual é a dificuldades que os alunos sentem? Como os professores poderão trabalhar com esses alunos? Qual seriam essas práticas? Os professores fizeram conceitos e metodologias em função do desenvolvimento do aluno, proporcionando atividades diferenciadas, visando à aprendizagem na leitura e escrita para formar grandes leitores capazes de opinar e transformar a vida de qualquer individuo.

Falar de cooperação entre família e escola é algo complicado e temos vários pontos de vista a levar em consideração. Primeiro por que família e escola são dois ambientes que deviam se completar, porém o que vemos nem sempre é isso, mas sim, um diferente do outro. É de conhecimento de qualquer pessoa que a “Educação é direito de todos, dever da Família, do estado e da sociedade” (LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996). É em casa que se constrói o conhecimento e o caráter de um ser humano, e na escola, apenas se molda conhecimentos.

As crianças chegam à escola com um núcleo básico de desenvolvimento da personalidade caracterizado seja pela debilidade dos quadros de referência, seja por quadros de referência que diferem dos que a escola supõe e para os quais se preparou.” (TEDESCO, 2002, p. 36).

Nesse contexto, o ensino da leitura e escrita tem que despertar na criança/aluno o gosto e o prazer de aprender. Desse modo, é preciso que o professor reveja suas práticas docentes em ala de aula, tem se reduzido a uma simples técnica que serve e/ou funciona como sistema de reprodução cultural.

Os efeitos desse ensino são evidentes, não apenas nos índices de evasão e repetência, mas nos resultados de alfabetização sem sentido que produz uma atividade sem consciência, desvinculada da realidade desprovida do sentido tornando a escrita um instrumento seletivo, dominador e alienador.

A aprendizagem destas duas habilidades deve ser de maneira ampla e absoluta, ou seja, o aluno deve dominar a prática da leitura sendo capaz de compreender o que está sendo lido, assim como escrever sabendo o que está sendo escrito, não apenas copiando um texto que muitas vezes não diz nada.

2 ADAPTAÇÃO DO PRIMEIRO ANO ESCOLAR DA CRIANÇA

De acordo com Rapoport (2009), o ingresso no ensino fundamental é mais um momento de transição na vida da criança, trazendo-lhe muitas novidades e desafios, às vezes vividos com plena alegria e tranquilidade, outras com insegurança, ansiedade ou medo. Dessa forma, este é um evento que requer adaptação da criança e de todos os envolvidos no processo. Considerando-se a entrada com seus três anos de idade na educação infantil. Embora em muitas instituições professores e pais ainda estejam confusos quanto a esta questão, o primeiro ano não tem por objeto alfabetizar a criança. Inicialmente os documentos referiam que o processo de alfabetização se daria no primeiro e segundo ano. Entretanto, o material recentemente elaborado pelo MEC (BRASIL, 2007, p.08) para orientar e subsidiar a alfabetização e letramento prolongado, este tempo para três anos, conforme explicado ao conteúdo do material.

 

Como as diferentes redes de ensino adotam distintos sistemas de organização, alguns optando por ciclos, outros pela seriação, estamos considerando três anos no ensino fundamental, destinados ao trabalho com as turmas de alfabetização, quer dizer, as turmas de seis e oito anos. Nosso objetivo é de concentrarmos um esforço de atenção do aprendizado da língua escrita nesses anos decisivos da trajetória escolar de nossos alunos. No caso de escolas que trabalham com ensino fundamental de oito anos, em que as crianças só ingressam aos sete anos, também se deve considerar três anos para a alfabetização (BRASIL, 2007, p.08).

No entanto, acreditamos ser necessário ser um olhar sobre os processos e práticas na educação infantil como ponto de referencias para se projetar os processos e práticas no primeiro ano do ensino fundamental. Talvez, dessa forma, se possam dirimir algumas rupturas que, por vezes, se fazem presentes nesse processo de passagem e acabam trazendo implicações para a aprendizagem quanto para o desenvolvimento infantil.

           As crianças se deparam com questões referentes aos professores, conteúdos, exigências, colegas e o espaço. No caso das crianças que ingressam no primeiro ano, sem uma experiência escolar anterior, esse momento traz várias situações novas, conforme exposto acima. Dentre elas estão à rotina de ir à escola os dias, a exigências das tarefas, o longo período fora de casa, o contato sistemático com outras crianças que, muitas vezes é raro na escola e a necessidade de aprender a partilhar, conviver, brincar e trabalhar com outras crianças. (RAPOPORT, 2009).

              Conforme sobre a autora acima citada, os professores também são uma forte referencia nova para a criança nesse novo ingresso no mundo escolar. A criança tem que estabelecer uma relação de convivência diferenciada daquela em que deve estar acostumada nos seus contatos sociais são formais. Além dessas questões, o próprio aspecto cognitivo, vem muitas vezes, pouco estimulado, tendo a criança que aprendi a manusear novos materiais (cola, tesoura, tinta, massa de modelar, giz de cera, lápis, folhas e etc.), aprender a se organizar e começar a se conhecer, a ter contato e manusear conceitos científicos.

2.1 A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA

              A aquisição língua escrita será sempre um tema polêmico e controverso e que com frequência os profissionais da educação se depararão com ideais completamente distorcidos e ou mal interpretados com relação ao processo de aquisição da língua escrita elas crianças. Ademais, vale a ênfase de que esta é um 

processo que desde a antiguidade desafia filósofos e pesquisadores. Numa ótica supérflua acerca da linguagem, tem levado a vê-la de forma exterior, como se as palavras fossem objetos de que nos servimos para nos comunicar ou etiquetas que nos servissem para classificar objetos do mundo que nos rodeia.

              Nesse sentido, é essa visão superficial que nos leva a ver as palavras como instrumento de comunicação e a escola como um lugar onde as pessoas podem ter contato cada vez mais apurado com esses instrumentos. O professor seria, nesse caso, aquele que conhece muito desses instrumentos e poderia mostrar para os alunos, ensinando-os a usá-los de forma adequada.

              Por isso mesmo é importante pararmos por um instante para pensar e perceber que a língua materna, a língua que é nossa, com a qual aprendemos a falar desde pequenos, ainda segundo a autora, tem um funcionamento genuíno, muito diferente, na verdade, daquele com que, inadvertidamente, acabamos por ensinar nossos alunos.

2.2 AS DIFICULDADES NA LEITURA E ESCRITA NAS SÉRIES INICIAIS

              Portanto, mesmo depois de pesquisas realizada por autores renomados e com uma grande referencia sobre as dificuldades de aprendizagem de muitas crianças, no entanto tem a LDB, Lei nº 11.700/08 que as protege garantindo o direito a ter acessos às escolas públicas, ainda é numerosa a quantidade de analfabetismo no Brasil entre crianças de series iniciais e a adultos que diante das dificuldades encontradas nos seus primeiros anos de vida escolar acabaram desistindo por falta de estímulos e incentivos da família.

Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. (FREIRE, 1996, p.21).

 

              Os seres humanos tem a necessidade de serem motivados em todos os ângulos de suas atividades, onde é necessária a participação contínua da família na educação do discente. É de grande contribuição que a escola, professor e família criem uma parceria em prol da educação de qualidade e a formação do individuo 

como ser pensante e dono de opiniões crítica e revolucionária capazes de transformar o mundo.

              O educador das séries iniciais tem a função de ensinar valores éticos, hábitos de higiene, instigar, despertar a curiosidade e motivar a descobrir o mundo da leitura e escrita inserido em seu meio o compromisso com a educação e a formação do indivíduo para o mundo e o caminho e motivacional, despertar a curiosidade e conduzir o aluno ao mundo da leitura para que assim o educando se transforme em ser alfabetizado e letrado e tenha facilidade para escrever textos coerentes a ser um indivíduo crítico e participativo na sociedade em que está inserido.

              Segundo Freire (1921-1997, p.86) a importância do ato de ler, tem de suma importância, diz-se que a leitura é gratificante, quando o indivíduo compreende aprimorando seu conhecimento de perceber e aprender, trabalhando com o lúdico, ou seja, utilização de materiais concretos.

              Muitas crianças no processo de aprendizagem encontram dificuldades para aprender a ler e escrever, é onde temos que ver uma criança nas series iniciais como um ser curioso e capaz, mais que sofrem influência no meio que vivem; a escola tem que conhecer a realidade de cada criança desde alimentação, saber se os pais sabem ler e escrever se o ambiente tem o mínimo de conforto tanto de estrutura familiar, pois são diversos fatores internos e externos que podem atrapalhar o desenvolvimento intelectual do aluno.

              Após a implantação da Lei conhecida em 1996 como Lei Darci Ribeiro (Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB) Houve um grande avanço na educação do Brasil, no primeiro momento com inclusão de mais crianças na escola e com uma faixa etária cada vez mais baixa; hoje já podemos sentir que cada vez mais cedo à criança é inserida no ambiente escolar, menos dificuldades devem sentir para aprender, ler e escrever; antes, a criança com, seis ou sete anos que frequentava a escola pela primeira vez sentia-se num ambiente estranho, hoje com dois ou três anos é mais fácil à adaptação ao novo ambiente, numa fase que a criança busca grande informações com grandes curiosidades.

              O ser humano é único, cada um tem características, pensamento, emoções, gostos, opiniões e prazeres únicos; o professor tem que conhecer as realidades e os costumes de cada aluno; necessitam dessas descobertas, pois existe uma gama de problemas que podem interferir na aprendizagem da criança, que é um ser 

essencialmente curioso, é onde o educador não pode ficar preso ou refém dos métodos tradicionais de educação, tem que ser criativo.

              No entanto, sem educação não tem desenvolvimento ou reconhecimentos e investimentos em saber como alternativa mais viável para alcançar as metas planejadas, através dos meios para chegarmos a atingir nossas finalidades ou vamos continuar sendo um país subdesenvolvido, importador ou dependente de tecnologias e culturas diversas.

2.3 O DESAFIO DE ENSINAR A LER E A ESCREVER

              São imensas as dificuldades para o aprendizado, devemos ensinar simultaneamente a leitura e escrita, ressaltando a mais simples análise e funcionalidades, pois lemos o que está escrito, muitos aprendem a ler e tem dificuldade a escrever, pois isso devemos nos aprofundar conhecermos as técnicas de alfabetização, no entanto na tradicional, o aluno decora o alfabeto como uma música, mas na hora de juntar as letras para formar silabas e palavras, a maioria sentem uma enorme dificuldade. Compreende-se que a criança é um ser cheio de conhecimento, ou seja, acriança não espera que chegue uma professora perante a sua frente para começar aprender, porém já compreendem o mundo que os cercam.

              Segundo Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.”.

              Portanto tem professores que querem improvisar, mas a educação com o passar tempo evoluiu muito com novas técnicas de ensino, não técnicas que imediatamente fara que a criança aprenda mais que facilite e ajude. No entanto todos os se sabe que cada criança aprende da sua maneira e no seu tempo, a criança é um ser fácil de alfabetizar. Mais a criança ao longo do tempo nesse percurso de aprendizagem, onde percebem que o adulto tem um pouco de culpa, dificultaram a aprendizagem da criança.

           Segundo o PCN (1997, p.53) “a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que se sabe sobre a língua [...]”. Não apenas ler pra aprender ou escrever e melhorar vocábulo, mas ler para saber o que acontece.

No final do século XIX, com as transformações e mudanças sociais, econômicas e políticas, a sociedade passo a cobrar cidadãos mais conscientes e preparados para o mercado de trabalho e o próprio convívio social, o que gerou o fenômeno da universalização do ensino. Como isso as escolas passaram a receber um numero muito grande de alunos de diferentes realidades divergentes e com ritmos diferentes de aprendizagem.

              De acordo com Solé (1998), poder ler, portanto é, compreender e interpretar textos escritos de diversos tipos com diferentes intenções e objetivos contribui de forma decisiva para autonomia das pessoas, na medida em que a leitura é um instrumento necessário para que nos manejemos com certas garantias em uma sociedade letrada.

              Uma das maiores dificuldades que se encontra dentro da sala de aula é a falta do domínio da leitura e escrita, competências e habilidades indispensáveis para o desenvolvimento e formação do cidadão. Para vencer dificuldades, ainda mais dificuldades em leitura e escrita, é preciso desenvolver práticas e estratégicas pedagógicas que ajudam a criança/aluno um ambiente aconchegado à leitura e escrita, como adoção de atividades, tais como: roda de leitura, dramatizações, teatro de fantoches, sarau de poesias, contação de história, oficina de histórias entre outras.

             Daí o gosto pela leitura e o habito de escrever deve ser ensinado ainda nos anos iniciais da vida escolar da criança/aluno e/ou antes, do ingresso na escola. Em casa na hora de dormir com a contação de historias pelos pais e momentos em família, da à criança um exemplo e despertar na mesma desde cedo o gosto pela leitura.

 

A criança procura o jogo como uma necessidade e não como uma distração. [...] É pelo jogo que a criança se revela. As duas inclinações, boas ou más. A sua vocação, suas habilidades, o seu caráter, tudo que ela trás latente no seu eu e em formação, torna-se visível pelos jogos e pelos brinquedos, que ela executa. (KISHIMOTO, 1993, p.106).

O lúdico representa uma fonte de conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmo, contribuindo para o desenvolvimento de recursos cognitivos e afetivos que favorecem o raciocínio, tomada de decisões, soluções de problemas e o desenvolvimento do potencial criativo. Para Wallon citado por Sommerhalder; Alves (2011) diz que entre um e três anos o desenvolvimento atravessa um período sensório motor projetivo, isto é, sensorial e simbólico. Ele tem fome de explorar os espaços e manipulá-los, que permitam os avanços da autonomia motora. Brincar de andar, de pular, subir, descer etc.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

              Este artigo pretende de forma breve fazer uma análise da entrada da criança nas series iniciais, o artigo revela que a inserção da criança nesta faixa etária permite a criança vislumbrar uma serie de conhecimentos necessários á sua formação integral. Uma das grandes contribuições teóricas deste trabalho foi a de construir um complexo na análise dos anos iniciais do ensino fundamental.

              Os anos iniciais do ensino fundamental são temas centrais da politica educacional, mas pouco pesquisado de modo sistemático. Pouco são os trabalhos de pesquisa que conseguem estabelecer a relação entre discursos macrossociais e o cotidiano. Este conjunto de textos, mesmo não se propondo a isso, cumpre muito bem esta tarefa. Sendo assim, através desse estudo ainda foi possível vislumbrar a relação com que o professor alfabetizador deve manter com seus alunos ao ingresso dos mesmos no ensino fundamental.

  Todos os professores, independente do ano em que ensinam devem demonstrar efetivação, flexibilidade e compreensão com seus alunos, especialmente em momento de adaptação. A forma de acolhimento da instituição, em especial do professor, são fundamentais para a adaptação da criança. Além disso, esses professores devem e podem ter conhecimento sobre o desenvolvimento infantil e sensibilidade para entender quando uma criança não está bem, buscando desta forma, ajuda-la.

Ainda, a comunicação com as famílias dos alunos deve ser fundamental a fim de juntos identificarem o que não está bem, procurando promover o bem estar da criança ou ainda, realizando procedimentos de encaminhamento para atendimento especializado. Portanto, o ato de ler e escrever mais do que possibilitar o simples domínio de uma tecnologia, como foi mencionado no contexto deste trabalho, cria inserções da criança em práticas sociais de consumo de produção de conhecimento em diferentes instâncias sociais e políticas. Ciente da condição do ato de alfabetizar e letrar, o professor é convidado a assumir uma postura que certamente envolve o conhecimento e o domínio do que vai ensinar.

REFERÊNCIAS

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. ok

FREIRE, Paulo, p.86, 1921 –1997 A importância do ato de ler: em três artigos que se completam / Paulo Freire. – São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.

FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Loyola, 1993. 127 p.

KISHIMOTO, T. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez,1993.

LINARDI, Fred. O X da questão. Leitura. n. 18, 2008, p. 7-9.

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9394/96.

PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. São Paulo: Jorge Zahar. 1970. (Primeiro publicado em 1936).

_______. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho; imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1945.

RAPOPORT, Andrea. (Org). A criança de seis anos no ensino fundamental. Andea Rapoport, Dirléia Fanfa Sarmento, Maris Norberg e Suzana Moreira Pacheco; Organizadoras; Andrea Gabrielli Ferrari, et.al.-Porto Alegre: Mediação, 2009, p.112.

SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto alegre: Artes médicas, 1998.

SOMMERHALDER, Aline. Jogo na Educação Infantil: muito prazer em aprender./Aline Sommerhalder, Fernando Donizete Alves. – 1. Ed. – Curitiba, PR: CRV, 2011. 123 pag.