A DIFICIL TOMADA DE DECISÕES EM NOSSA VIDA

Texto produzido em 26 de janeiro de 2020, em Distrito de Santa Maria do Uruará.

Por:  Professor Sydney Pinto dos Santos[1]

Muitas vezes somos pegos de surpresa quanto a condição de tomar decisões em diversos momentos de nossa vida. Muitas delas de caráter pessoal, familiar, financeiro e profissional. Pois, por exemplo, trocar de função ou de atividade depende de outros fatores conjunturais, e assim, a tomada de decisão, de mudança pode ser extremamente significativa, complexa e pode demandar tempo para reflexões mais profundas. E, em outras situações, muito sofrimento e amargura.

Pois, entendo que, tomar decisões na vida nunca foi uma maneira fácil de agir, agir contra o ego, a vontade de outras pessoas envolvidas, sejam elas familiares, principalmente, colegas, amigos, parceiros, envolve um conflito interno na própria pessoa, que dependendo de uma análise e de um planejamento mal elaborado, temos todas as possibilidades de colocar tudo a perder. Podemos perder a confiança de quem acredita em nós, pois poderão dizer que somos fracassados ou flexíveis demais, ou mesmo inseguros, ou ainda pior, classificando-nos de impotentes diante as vicissitudes e contratempos da vida.

Por outro lado, precisamos entender que, apesar de estas escolhas serem de nosso próprio cunho, temos a absoluta certeza de que nós somos os responsáveis pelas consequências de nossas próprias escolhas, e assim sendo, muitas vezes não podemos voltar atrás, ainda mais quando estas consequências poderão surgir como negativas.

Assim, escolher ou fazer escolhas, como por exemplo, dar-nos a possibilidade de seguir uma carreira profissional, ou dar continuidade no processo de aprendizagem, não é tão duro quando de uma hora para outra resolvamos, depois de muitos anos de pura dedicação e comprometimento, deixar de lado aquilo que vivemos, construímos e vivenciamos, para não dizer nos acostumamos. Pois se torna parecido quando, por alguma razão, fazemos a escolha de escolher um outro parceiro para se viver. A dor, a amargura, e outros sentimentos podem tomar conta de nosso ser. No entanto, em outras situações podemos nos sentir aliviados, “descarregados”, livres e que não apresente nenhum resquício de sentimento contrário. Pois, tomar decisões, também significa livramento, novas oportunidade e possibilidades, outros desafios, e encarar novos projetos.

O que não precisamos é sermos estanques diante as nossas dúvidas ou mesmo de nossos desfavores ou ainda da servidão que muitas vezes nos atrapalha alçarmos outros objetivos. A escravidão pessoal das tarefas diárias repetitivas, cansa a própria conduta e as possibilidades existentes nos indivíduos, o qual não ver outra alternativa senão apenas obedecer, claramente, regras ou normas as quais a sua atividade ou mesmo a sua própria pessoa está vinculada. Precisa, no entanto, entender que regras estabelecidas não são muros intransponíveis, mas sim algo que possa ser vista para orientar a grandeza existente em cada um; é um suporte que possa conduzi-nos a várias reflexões, as quais possam nos favorecer a encontrar caminhos mais adequados, razoáveis de vivência e convivência.

Assim, o homem que olha o amanhecer e o acha lindo demais, ser saber as benesses do sol ou de sua luz, é o mesmo que soube a aprender e assimilar os conhecimentos e continuou escravo da mesmice e da repetição do dia a dia. Pois tomemos decisões, mas decisões que nos tragam alívios à mente, ao corpo, ao espirito e, principalmente, à alma.

 

[1] Professor Alfabetizador da Rede Pública de Ensino. Mestrado em Educação (Formação de Professores) FUNIBER/UNINI. Pedagogo do quadro permanente do Município de Prainha - Pará