Socorro! Socorro! Socorro... Mil vezes, socorro! Nada me compreende senão a Rosa do meu jardim exclusivo. Quero as pétalas para mim. Preciso. Quero. Necessito-me. Oh, não. Escrevo descontroladamente, nem sei se tem sentindo, alias, sentimento tem sentido? Sentimento tem medida? Não. Não? Por isso lhe escrevo com a liberdade conquistada.

            Quero o tempo, só o tempo me trará a bela e esplendia liberdade. Oh, como gostaria de estar abraçado ao mundo. Deitado numa nuvem. Escreveria momentos únicos. Não. Quero sim. Enfim. Oras, estou sem controle. Nada não. Você meu leitor, deve me entender, senão, por favor, me diga.

            Narro o que meu coração pede. Às vezes ele grita. O grito abafado estronda dentro do meu coração. Nada. O coração desse rascunho de escritor é amigável. O grito é para eu me despertar. Ficar atento. Estou próximo dum buraco sem fundura. Sério? Corro. Volto alguns passos. Não adianta. Quem eu sou? Caí. Volto mais não, não volto mais.

            E agora? O coração não me socorreu no devido tempo. Mentira. Tentou socorrer sim. Mas não escutei no momento certo. Você, meu aliado leitor, pode não estar entendo até aqui o que tento descrever, mas estou me desafiando. Escrevendo sem escrúpulos. O melhor ainda não veio. O melhor não virá nunca. Não quero o melhor.

            Meu coração é individualista. Ele quer o melhor, ele quer o exclusivo. Quero apenas ser único na forma de pensar, agir. Apenas. Abraço o vento. Poxa a verdade está aparecendo. Ou já apareceu? Ninguém me entende, ate minha Rosa está meio que desorientada. O que aconteceria, eu sem minha Rosa a Rosa sem eu? Nem quero imaginar.

            Preciso de tempo, de sobra. Escrever é a forma mais linda que encontrei para não querer pular do precipício e morrer. Oh, se não existisse a minha desinibição para escrever, narrar, questionar, Já estaria isolado numa gaveta de cemitério. Mas não, descobri a luz. Encontrei a luz. Encontrei a luz. Escrevo, essa é força para viver, para sobreviver.

            Posso está me desviando de tudo, estou nem ai, na verdade. Procuro o respeito, a liberdade, o amor das palavras descontroladas – Elas sim me importam. As palavras me fizeram reviver, trouxeram a esse mundo que às vezes me faz sorrir, mas na maior parte do tempo devasta com o meu coração, esconde a esperança e acende a solidão.