A CRÍTICA

Provérbios 10:10 Quem esconde a verdade causa problemas, mas quem critica com franqueza trabalha pela paz.

A crítica quando for dádiva produzirá riqueza, mas quando vier para causar divisão, o resultado produzira desgraça.
Em se tratando das coisas naturais, onde a percepção humana está presente, há um entendimento que diz : Quem não ajuda não atrapalha.
Mas quando buscamos fazer ponderação às coisas da sobrenaturalidade causada por fé, temos que sempre pautar pela Palavra, e na Palavra encontramos o versículo acima, dando-nos uma base de orientação espiritualista sobre o assunto.
Uma coisa se deve observar quando criticamos as coisas relacionadas à nossa crença como também relacionadas à nossa fé.
A Palavra também nos diz que em parte profetizamos e em parte sabemos.
O Nosso Senhor Jesus, um dia, desejo em saber sobre o que se fala dele, veio a pedir aos seus discípulos: O que dizem os homens sobre quem sou? (Mt. 16.13).
Ele teve a necessidade de saber o que diziam sobre Ele.
O segundo homem da história bíblica, também era criticado, e fazia critica sobre as coisas espirituais em que os primeiros irmãos se envolviam, assim como também detinha a preocupação sobre a igreja de então que se instalava e crescia.
Nunca desprezou a oportunidade de estar tecendo ponderações que visasse fazer crescer corretamente na fé ou que descem orientação às igrejas de então.
Nisso, sob a orientação Divina, era ele perseguido e até procurassem matá-lo, foi utilizado como instrumento de Deus aqui na terra, para dar diretrizes aos homens de boa vontade.
A Palavra de Deus não ficou restrita única e exclusivamente às escrituras, Deus continua falando através do homens, são estes que Ele utiliza para ser Ele reconhecido como Único Deus, que deseja salvar, perdoar, conceder fé, galardão, curar, batizar. Deus não está preso dentro da Bíblia, inclusive um dia falou para Pedro que seria ele pedrinha e que todos quantos viessem depois dele, seriam pedrinhas vivas.
Ele, neste tempo se manifesta pelo seu Filho, antigamente se manifestava pelo profetas (Hb. 1.1), pelos quais dava orientação aos reis e sacerdotes com também ao próprio povo, quer fossem os escolhidos ou os gentios.
Um dia mencionou que escolherá um dos de dentro dos escolhidos para sofrer pelo Seu Nome, mas que precisava dele para ser vaso no meio dos que haveriam de ser enxertados. E este, de perseguidor passou a ser perseguido pelo amor ao Seu Nome.
Não poderia Ele se utilizar de seus escolhidos para falar sobre suas coisas neste tempo como o fez no passado? Claro que sim. Ou quem sabe ainda, alguém esperaria que Ele viesse a falar conosco por um asno como o fez à Balaão. Até poderia, mas hoje Ele nos propiciou um outro caminho. Ele nos fez povo seu, remidos e enxertados no Seu Reino pelo sangue do Seu Filho.
A questão é quando saber receber uma crítica que visa ser aproveitada ao crescimento do reino. E nisso ter discernimento que é para o bem comum de um todo e não em partes, isto é, somente para o que convêm. Caso seja o contrário, então paremos de anunciar o Vivo Caminho, para que os homens não se vejam errados e reconheçam que necessitam mudar seus hábitos e obtenham a Graça de Deus e caminhem em fé.
Agora ninguém fale das coisas dos céus pelos seus próprios discursos falazes, sob pena de darem conta a Deus de se sentirem sábios aos seus próprios olhos. Quem assim o fizer estará sendo pesado diante Dele. Eis que o que nos dá sustentação está predito nas Escrituras, são elas que testificam que somos Filhos de Deus e que Deus se utiliza de nós para que seu Reino na terra seja divulgado, por que as necessidades dos céus, os céus mesmos se encarregam de fazer acontecer, é Obra do Espírito Santo.
No livro de Provérbios 17. 17 Aquele que aceita ser repreendido anda no caminho da vida, mas quem não aceita cai no erro.
Como fazer repreensão sem que esta seja considerada como crítica que produza efeito?
Percebo estar em quem recebe saber reconhecer se é para seu bem ou não. Única e exclusivamente em sua percepção. A questão é o resultado obtido ou quem sabe o orgulho daquele que necessita. Ainda mais quando a crítica é dirigida pelo Espírito.
Agora, se dirigida pelo espírito humano, pode naquele que a recebe, causar mais dano que benção.
A Palavra também fala sobre isso. Que de nossa boca pode sair benção ou maldição. Uma coisa temos que agir por fé aqui. Se temos a mente de Cristo, logo, não falamos das coisas espirituais sob orientação contrária, somos guiados por uma força maior, da qual recebemos virtudes, pois temos a atuação do Espírito que testifica conosco que somos Filhos da Luz.
Temos sido benção?
Tem os homens nos percebidos como Filhos da Luz?
Sejamos portadores de benção e não causemos divisão.
Que Deus venha se utilizar de nós, mas quando assim for do seu intento, possa cada um de nós, diminuirmo-nos para que Ele por nós resplandeça.
É sabido que há inúmeros cursos de oratória, eis que até hoje nunca ouvi ninguém oferecer curso de escutatória. Devemos procurar aprender em ouvir mais e perceber que no muito desejar falar poderemos estar mais próximos de pecarmos e fazer pecar ou nosso ouvinte.
Há os que sempre só desejaram criticar, sem que se apercebam que suas frustrações pudessem estar por detrás de suas próprias palavras.
Não sejamos sábios aos nossos próprios olhos e nem zelosos em demasia, pois o zelo em demasia nos consumirá, mas a sensatez nos dará sabedoria.
A esperança do perverso é ver a destruição alheia, agora, a sabedoria do justo gera riqueza.
Nisso está em procuramos perceber: nosso coração faz nossa mente, caminhar em sermos sábios ou contendiosos quando exercitarmos crítica ?
Que o Amor de Deus esteja em nossos corações, quando nos propusermos em ser criteriosos, pois, Aquele que sabe das nossas intenções tem o poder de saber das intenções dos nossos próprios pensamentos.

E assim vamos crescendo na Graça e Paz do Nosso Senhor.

Cascavel-Pr, 27 de fevereiro de 2011.

Valdir Carvalho ? Cascavel-PR