A CORRELAÇÃO ENTRE O SERIAL KILLER E O PSICOPATA 

 

 

Manuela Martins Marques [1]

Sheila Maria Pereira Fernandes.[2]



RESUMO: Está pesquisa tem por finalidade abordar um tema de interesse pela sociedade, mas que não tem acesso a informações confiáveis é verídico. Esta pesquisa foi direcionada pela problemática: o perfil do psicopata é o mesmo do Serial Killer? O Psicopata é o Serial Killer são indivíduos tem atitudes que chocam a sociedade, e todos se perguntam por que esse indivíduo faz tal coisa, porque ele é assim, está pesquisa vai informar o leitor, vai analisar filmes que podem exemplificar os atos do Psicopata e do Serial Killer, facilitando a compreensão do leitor. O mundo do cinema e dos livros, reproduzem muitas histórias sobre estes indivíduos, é nem sempre o espectador e o leitor compreende os indivíduos retratados na ficção. Está pesquisa tem o intuito de orientar a todos que gostam desse tema é tem curiosidade de saber mais a respeito. O objetivos dessa pesquisa é responder algumas indagações, Psicopata e Serial são a mesma coisa? É os assassinatos cometidos por Psicóticos? E os fatores biológicos desses indivíduos. Para construção desse estudo foi utilizada bibliográfica de caráter descritivo, nos seguintes bancos de dados como, Pepsic, Scielo, entre outros. Os resultados obtidos responderam de forma satisfatória aos objetivos esperados. Trazendo esclarecimentos sobre o Psicopata e Serial killer, apontando suas diferenças e explicando suas respectivos sintomas.

Palavras chaves: Serial Killer; Personalidade Antissocial; Sadismo; Psicopata Violência Infantil.


  • INTRODUÇÃO
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As formas como alguns crimes são cometidos na sociedade atual vêm trazendo especulações sobre o que leva o indivíduo a realizar tais atos, deixando muitas pessoas assustadas pois não é algo comum na sociedade que um indivíduo mate pessoas por hobbie ou por prazer. O mais importante é: o que leva essas pessoas a realizar tal ato porquê agem desta maneira. Alguns indivíduos sofreram violências na infância ou tiveram uma infância difícil, outros já nasceram com alguma anomalia cerebral, o que pode desencadear um possível transtorno de personalidade.

Existem alguns serial killers com tendência sádica, que sofreram e foram abusadas na infância. O seu caminho para o sadismo não é claro, no entanto possa ser uma correlação entre um extremo narcisismo e uma configuração cerebral onde regiões relacionadas à empatia possam estar deficientes, o que traz indiferença ao sofrimento de suas vítimas. Entre os mais sádicos dos Serial killers, existem vários que vivenciaram violência e humilhação por um de seus pais, mas existem os que não sofreram violência. (MORANA; STONE; FILHO. 2006).

O Psicopata é um sujeito ausente de sentimentos, que não possui empatia pelo outro, suas atitudes são em prol do seu bem estar e para benéfico próprio independente se suas atitudes podem prejudicar o próximo, o psicopata só se preocupa consigo mesmo.

O Serial Killer é um assassino que comete assassinatos em série, dando pausa entre um assassinato e outro, procurando cumprir um padrão, tanto das vítimas quanto da forma como as mata, a motivação de seus crimes é seu estado psicológico.

A problemática da pesquisa é o perfil do psicopata é o mesmo do Serial Killer?

Objetivo geral: Esclarecer os pontos em comum que o Psicopata tem com o serial Killer, trazendo exemplos dos filmes: Garota Exemplar e Perfume: a história de um assassino.

Os Objetivos específicos investigar sobre fatores biológicos e sobre a infância do Serial Killer e Psicopata; averiguar indivíduos Psicóticos que cometem crimes semelhantes com o Psicopata e Serial Killer. Analisar os filmes Garota Exemplar e Perfume: a história de um assassino.

A justificativa pessoal seria o interesse sobre o assunto, um tema que está sendo muito comentado nas mídias e muitas vezes não há um esclarecimento sobre o assunto, existem muitas notícias, mas não explicação sobre o indivíduo.

A justificativa social é contribuir com informações acerca do tema, esclarecendo dúvidas que existe sobre o assunto.

Esta pesquisa pode contribuir cientificamente com material teórico para futuras pesquisas, um tema que não há muito material científico, o que pode levar alguns pesquisadores a desistirem de pesquisar sobre o tema.

Este artigo traz uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo, o material composto foram disponibilizados da biblioteca Martinho Lutero Iles Ulbra Itumbiara, nos sites Pepsic, Scielo, também foram utilizados materiais do meu acervo pessoal. Não havendo uma preocupação de recorte temporal, sendo utilizados livros e artigos que melhor respondesse melhor aos nossos objetivos


 

  • 2.0 AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PSICOPATA
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Tem se despertado grande interesse sobre transtorno de personalidade antissocial, devido a elevadas taxas de mortalidade e criminalidade. As principais características de um psicopata são: tendência para escolhas arriscadas, ausência de empatia e de sentimento de culpa, arrogância, mentir, trapacear e manipular, incapacidade de planejar o futuro, comportamentos agressivos, instabilidade afetiva e emocional. (DEL-BEM, 2005)

As características da psicopatia são as seguintes: 1) Charme superficial e boa inteligência; 2) Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional; 3) Ausência de nervosismo e manifestações psiconeuróticas; 4) Não-confiabilidade; 5) Tendência à mentira e insinceridade; 6) Falta de remorso ou vergonha; 7) Comportamento anti-social inadequadamente motivado; 8) Juízo empobrecido e falha em aprender com a experiência; 9) Egocentrismo patológico e incapacidade para amar; 10) Pobreza generalizada em termos de reações afetivas; 11) Perda específica de insight; 12) Falta de reciprocidade nas relações interpessoais; 13) Comportamento fantasioso e não-convidativo sob influência de álcool e às vezes sem tal influência; 14) Ameaças de suicídio raramente levadas a cabo; 15) Vida sexual impessoal, trivial e pobremente integrada; 16) Falha em seguir um plano de vida. (FILHO; TEIXEIRA; DIAS. 2009).

A psicopatia se manifesta numa série de condutas que são resultado de fatores biológicos e da personalidade, relacionados ao histórico familiar e fatores ambientais. Portanto, a definição do conceito de psicopatia, e o impacto que esta perturbação apresenta nos contextos forense e clínico, implicam o desenvolvimento de mais investigações. (SOEIRO, GONÇALVES. 2010).

O padrão de comportamento antissocial continua até a vida adulta. Indivíduos com transtorno da personalidade antissocial não têm êxito em ajustar-se às normas sociais referentes a comportamento legal (Critério A1). Pessoas com esse transtorno desrespeitam os desejos, direitos ou sentimentos dos outros. Com frequência, enganam e manipulam para obter ganho ou prazer pessoal (p. ex., conseguir dinheiro, sexo ou poder) (Critério A2). Podem mentir reiteradamente, usar nomes falsos, trapacear ou fazer maldades. Um padrão de impulsividade pode ser manifestado por fracasso em fazer planos para o futuro (Critério A3). Indivíduos com o transtorno tendem a ser irritáveis e agressivos e podem envolver-se repetidamente em lutas corporais ou cometer atos de agressão física (inclusive espancamento de cônjuge ou filho) (Critério A4). Essas pessoas ainda demonstram descaso pela própria segurança ou pela de outros (Critério A5). Indivíduos com o transtorno da personalidade antissocial também tendem a ser reiterada e extremamente irresponsáveis (Critério A6). Indivíduos com o transtorno demonstram pouco remorso pelas consequências de seus atos (Critério A7.DSM V. p.660. 2013).
O Transtorno de Personalidade Antissocial é uma das perturbações da personalidade mais estudada, devido ao impacto negativo que o comportamento destes indivíduos traz à sociedade, os altos índices de criminalidade. Nos estudos criminológicos são descritos como indivíduos que dispõem, de forma continuada, de uma grande capacidade de agressão, tanto no sentido físico como no psicológico, e que englobam comportamentos de hostilidade e manipulação. Na verdade, a identificação de indivíduos que são responsáveis por agressões sistemáticas, em muitas ocasiões com grave dano para as suas vítimas, e que se caracterizam por serem cruéis, irresponsáveis e por não terem vida emocional real, nem sintomas característicos de enfermidade mental, possuem todos os indicadores para se inserirem num diagnóstico de psicopatia. (SOEIRO; GONÇAVES. 2010).

A psicopatia se manifesta por meio de condutas que são resultado de fatores biológicos e da personalidade, relacionados com histórico familiar e outros fatores ambientais. (SOEIRO; GONÇAVES. 2010).

O psicopata e caracterizado como um indivíduo incapaz de ter empatia, não se preocupa com seus semelhantes, que manipula e usa os outros para satisfazer os seus próprios desejos. Estes indivíduos apresentam ainda uma sinceridade superficial, que os torna capazes de convencer aqueles que usou e a quem prejudicou, da sua inocência ou da sua motivação para mudar. (SOEIRO; GONÇAVES. 2010).

Durante a avaliação psicológica das características do psicopata é necessário que tais características sejam estudadas a fundo e a atenção de quem está aplicando a avaliação seja redobrada, pois os indivíduos antissociais são manipuladores.

Os Critérios diagnósticos propostos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais do psicopata: um padrão global e persistente de desrespeito e violação dos direitos alheios , que ocorre desde os 15 anos, indicando por pelo menos três dos seguintes critérios: incapacidade de adequar-se às normas sociais, propensão a enganar para obter vantagens pessoais ou prazer; impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro; irritabilidade e agressividade, indicada por repetidas lutas corporais ou agressões físicas; desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia; ausência de remorso. (DEL-BEM, 2005).

Os psicopatas podem causar muito mal para sociedade e não há tratamento para o transtorno, ou seja, é algo que não se pode ter controle, o diagnóstico é bastante complicado, pois essas pessoas são especialistas em manipular e mentir poderia enganar facilmente um profissional da saúde mental, por isso o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM5), criou critérios para facilitar esse diagnóstico, deste modo, familiares e ente queridos podem ficar alerta com essas pessoas, pois é um transtorno que até o momento é incurável.

Psicopatas são totalmente dissimulados, conseguem passar sua vida inteira sendo uma pessoa insensível, fria, calculista, manipuladora, intolerante, sem escrúpulos, incapazes de se manter dentro da lei e da ética, mas aparentam o oposto. Alguns são até muito bem sucedidos, bem relacionados, aparentam ser bons, inofensivos, educados, são falantes, simpáticos, sedutores, capazes de cativar rapidamente qualquer um. Pessoas passam anos ao lado deles sem reconhecê-los e quando se dão conta, os psicopatas sempre conseguem inverter a situação e se colocar como vítima. (LETNER, PAINES, PERIOLO, 2013, p.4).

Os psicopatas são de difícil identificação por aparentarem ser o contrário do que são, muitas vezes, passam despercebidos aos olhares das pessoas próximas a ele. Uma das características marcantes é se fazer de vítima.

Na avaliação psicológica das características anti-sociais e psicopatas é fundamental a observação atenta do comportamento do examinando, desde o momento de sua entrada na sala de exame. Os indivíduos com estas características são tipicamente manipuladores, portanto, podem tentar controlar suas verbalizações durante a perícia, simular e dissimular, manipulando suas respostas e reações, levando a crer que o uso de testes psicológicos tende a dificultar estes comportamentos e fornecer elementos diagnósticos complementares (Morana, Stone & Abdalla-Filho, 2006). (DAVOGLIO, ARGIMON, 2010, s.p. )

 

O psicopata pode causar boa impressão, mas não consegue sustentar por muito tempo, ausência de responsabilidade responsabilidade, independentemente do compromisso assumido. A confrontação com suas falhas ou com sua deslealdade parece não influenciar nas suas atitudes. O psicopata consegue se camuflar na sociedade, ele não quer que as pessoas saibam quem ele realmente é para poder comover com outros indivíduos, então ele consegue encenar ser uma boa pessoa, mas não consegue encenar por muito tempo, uma hora ou outra comete algum deslize. (HENRIQUES, ROGERIO. 2009).


O psicopata possui uma dificuldade compreensão interna, o que compromete sua avaliação da realidade. Ele não consegue estabelecer uma relação de empatia com outro indivíduo. Esta deficiência é de difícil compreensão, já que ele utiliza todas as palavras, como se as compreendesse, mas, ao mesmo tempo, é alheio aos seus significados mais profundos. O psicopata não corresponde a gestos de afeto. (HENRIQUES, ROGERIO. 2009).


A psicopatia certamente é uma das anomalias da personalidade que apresenta consequências sociais mais graves, dadas as condutas antissociais dos psicopatas, associadas ao delito e ao crime. (HENRIQUES, ROGERIO. 2009).

2.2 A INFÂNCIA DO PSICOPATA

 

As pesquisas atuais têm mostrado nas vivencias infantil a presença de fatores de risco altos para o desenvolvimento de quadros psicopatológicos. Foi relacionado vários estudos confirmando que crianças e jovens submetidos a experiências traumáticas (tais como abuso físico/psicológico, negligência, doença mental parental, punição excessiva e agressiva) seriam, mais propensas à traços ou sintomas de transtornos de personalidade. Estes, depois de cristalizados, associam-se fortemente à violência, abuso de drogas, tentativas de suicídio, comportamentos destrutivos e criminosos, institucionalização, prejuízo global no rendimento e desordem na família. (DAVOGLIO; GAUER; JAEGER; et al; 2012).

A pessoa já nasce com propensão à psicopatia, mas é durante a infância que determina-se se irá manifestar-se ou não, e em que grau. A história de vida de um psicopata também é muito relevante, na grande maioria dos casos é na juventude que essa característica é desenvolvida, devido à forma de como foi criado e seus traumas. (LETNER, PAINES, PERIOLO, 2013, p.4).


Ao ato de examinar a infância e a adolescência contextualizadas com a violência e a criminalidade presentes na sociedade traz questões paradoxais. Se por um lado, crianças e adolescentes são muitas vezes vítimas de abusos, maus tratos e experiências traumáticas, de outro, podem ser agentes de atos violentos, que praticam precocemente e que podem persistir ou se cristalizar ao longo do tempo. Nas suas mais diversas manifestações a violência é aqui entendida, quando durante uma interação um ou vários sujeitos agem, direta ou indiretamente, causando problemas a uma ou a mais pessoas em graus variáveis, podendo atingir tanto fisicamente ou a moral quanto as posses e participações simbólicas e culturais. (DAVOGLIO; GAUER; JAEGER; et al; 2012).

O transtorno de personalidade pode surgir então, através de experiências traumáticas vivenciadas tanto pelas crianças como pelos adolescentes, vindo a proporcionar a presença de traços ou sintomas desse transtorno para o individuo. Mesmo não sendo recomendado o diagnóstico em crianças, os clínicos e pesquisadores concordam que, são transtornos que não surgem de modo repentino, tendo precursores de suas características básicas presentes ainda na infância, que posteriormente se consolida e leva à suposição de que é possível obter indícios diagnósticos, baseados em evidências importantes , antes da idade adulta.

A psicopatia é um estado mental patológico caracterizado por desvios, principalmente, de caráter, que desencadeiam comportamentos antissociais. Esse desvio de caráter costuma ir se estruturando desde a infância. Por isso, na maioria das vezes, alguns dos seus sintomas podem ser observados nesta fase e/ou na adolescência, por meio de comportamentos agressivos que, durante estes períodos, são denominados de transtornos de conduta (APA, 2002; KAPLAN; SADOCK; GREBB, 2003). (GOMES, ALMEIDA, 2010, s.p.)

Na infância e na adolescência muitas manifestações de agressividade, impulsividade, ansiedade e, em algumas ocasiões, até mesmo os comportamentos delinquentes, que podem ou não envolver violência, são comuns ou são sintomas isolados e transitórios. Quando persistentes, repetitivos ou violentos passam a ter significado psicopatológico, podendo evoluir ou serem parte um estágio inicial ou a psicopatia. Devido esse motivo, os comportamentos violentos, transgressores, antissociais e psicopatas não são, necessariamente, equivalentes. (DAVOGLIO; GAUER; JAEGER; et al; 2012).

Pesquisadores que se dedicam às investigações empíricas do comportamento infantil com agressividade, desobediência, intolerância à frustração, oposicionismo, impaciência, fraco controle dos impulsos, fugas, roubos, entre outros, acreditam que essas manifestações podem ser características na definição operacional de problemas de externalização, relacionando-as intimamente com aspectos antissociais. As questões de internalização, por sua vez, ficariam interligadas aos problemas depressivos, ansiosos, queixas somáticas e retraimento social. Essa terminologia, diferente da encontrada na nosologia clássica, facilitando a descrição de problemas com crianças pequenas, principalmente, referindo se às manifestações de externalização, evitando o agravo subjacente à expressão antissocial ou psicopata. (DAVOGLIO; GAUER; JAEGER; et al; 2012).

Os transtornos de conduta, então, tradicionalmente, se acontecem muito cedo, entre o início da infância e a puberdade e podem permanecer até a idade adulta com taxas de prevalência que variam de 6 a 16% para o sexo masculino. Pode acontecer de serem acompanhados por comorbidades, como o TDAH, comportamento agressivo, déficit intelectual, convulsões e comprometimento do sistema nervoso central (por consumo de álcool/drogas no período pré-natal, infecções, uso de medicamentos, traumas cranianos), além de histórico familiares positivos para hiperatividade e comportamento antissocial. Essas comorbidades tendem a ser mais frequentes quando o transtorno de conduta inicia-se antes dos 10 anos. É frequente também o TC apresentar-se associado ao baixo rendimento escolar e a dificuldades de relacionamento com colegas, resultando em limitações acadêmicas e sociais ao indivíduo. (DAVOGLIO; GAUER; JAEGER; et al; 2012).

É defendida a ideia de que os comportamentos antissociais que ocorrem na infância são protótipos de comportamentos delinquentes que poderá acontecer só mais tarde, assumindo, a forma de transtorno de personalidade. Devido a todas essas questões não bem entendidas, somadas à intensidade e frequência de delitos e crimes que acontecem com meninos e meninas na atualidade, entende-se um crescente interesse teórico e aplicado no construto da psicopatia dirigido à infância e à adolescência. (DAVOGLIO; GAUER; JAEGER; et al; 2012).

Existe pouca informação das causas do TPAS, mas não poderia negligenciar a influência de fatores psicossociais no desenvolvimento de comportamento do psicopata. O acontecimento de eventos estressores nos primeiros anos de vida, como conflitos entre os pais, abuso físico ou sexual e institucionalização, tem sido associada ao TPAS . Sendo revisto a respeito dos fatores de risco para o desenvolvimento de transtorno de conduta ou da personalidade do psicopata, foi constatado que nenhum fator isolado pode ser identificado como agente causal de TPAS, mas alguns específicos, quando interligados, poderiam predispor ao desenvolvimento de comportamento anti-social na vida adulta. Estariam sendo incluídos: predisposição genética, exposição intra-uterina a álcool e drogas, exposição durante a infância à violência, negligência e cuidados parentais inconsistentes e dificuldades de aprendizagem e desempenho escolar insatisfatório. ( DEL-BEM; 2005).


2.3 FATORES BIOLÓGICOS DA PSICOPATIA

 

A partir do conhecido caso de Phineas Gage, lesões do lobo frontal têm sido relacionadas ao desenvolvimento de comportamento anti-social impulsivo. O caso é ilustrativo justificando uma pequena descrição da sua apresentação clínica: Phineas Gage trabalhava na construção de estradas de ferro nos Estados Unidos, durante o século XIX. Era visto como equilibrado e persistente quanto aos seus objetivos, além de funcionário responsável e habilidoso. Em um acidente nas explosões de rotina para abertura de túneis nas rochas da região, Phineas Gage foi atingido por uma barra de ferro que transpassou seu cérebro, entrando pela face esquerda, abaixo da órbita, e saindo pelo topo da cabeça. Surpreendentemente, Phineas Gage permaneceu consciente após o acidente, sobreviveu às esperadas infecções no seu ferimento e dois meses após o acidente estava recuperado, sem déficits motores e com linguagem e memória preservadas. A sua personalidade, no entanto, seu comportamento mudou. Phineas Gage se tornou em uma pessoa impaciente, com baixo limiar à frustração, desrespeitoso com as outras pessoas, incapaz de adequar-se às normais sociais e de planejar o futuro. Não conseguiu estabelecer vínculos afetivos e sociais duradouros novamente ou fixar-se em empregos (Damásio, 1994).( DEL-BEM; 2005).

Após o acontecimento de Phineas Gage, relatos de caso e estudos antecedentes de soldados de guerra vêm mostrando a ligação entre lesões pré-frontais - mais especificamente lesões nas porções ventromediais do córtex frontal - e a observação clínica de comportamento impulsivo, agressividade, jocosidade e inadequação. "Sociopatia adquirida" é a maneira que tem sido frequentemente utilizado para enunciar a modificação na personalidade percebida em decorrência de danos cerebrais em regiões pré-frontais. Estes levantamentos sugerem um comprometimento do funcionamento do lobo frontal ventromedial, contribuindo para problemas relacionados ao controle de impulso e personalidade anti-social. A variedade de déficits neuropsicológicos descritos em anti-sociais. ( DEL-BEM; 2005).

A amígdala é outra estrutura que estudos volumétricos tem implicado na fisiopatogenia do TPAS. Foi verificado que o volume da amígdala foi relacionado negativamente com os escores do PCL-R em criminosos violentos. Também foi descrita uma associação entre escores elevados no PCL-R e reduções bilaterais do volume de hipocampo posterior em criminosos violentos (Laasko et al., 2001). Esses últimos resultados devem ser tomados com precaução, pois são uma amostra pequena, com comorbidade com dependência ao álcool e sem grupo-controle. ( DEL-BEM; 2005).

Foi indicado o envolvimento de córtex pré-frontal no comportamento anti-social, com muitos estudos mostrando a diminuição do metabolismo em regiões frontais. Concluiu-se que estudos funcionais realizados até aquele momento permitiam classificar como grande o envolvimento do córtex pré-frontal, especialmente regiões mediais e laterais, no comportamento anti-social. Além do lobo frontal, também têm sido descritas diminuições no metabolismo em estruturas subcorticais do sistema límbico (, hipocampo e núcleo caudado. ( DEL-BEM; 2005).

Os dados de neuroimagem claramente apontam para o envolvimento de algumas estruturas cerebrais específicas no desenvolvimento de comportamento do psicopata. Porém, algumas dificuldades metodológicas podem ser levadas em consideração na comparação dos resultados obtidos até o momento, bem como na sua extrapolação e generalização. Diferenças conceituais e de nomenclatura podem interferir nos resultados, havendo a necessidade de estudos com grupos mais homogêneos, sem comorbidades e com foco claro em comportamentos mais específicos. Mas, deve-se lembrar também que boa parte das pesquisas foi feita com criminosos violentos, e que as alterações até então descritas poderiam relacionar-se de maneira mais específica com impulsividade, agressividade ou mesmo encarceramento, e não com a condição mais ampla de sociopatia. A aplicação de paradigmas específicos de ativação psicológica em voluntários saudáveis tem sido utilizada como um passo intermediário para a exploração de modo sistemático dos diferentes componentes psíquicos que podem estar envolvidos no comportamento do psicopata. ( DEL-BEM; 2005).

Especificamente na TPAS, vários estudos também têm sugerido a ocorrência de anormalidades no funcionamento serotonérgico, especialmente no caso de criminosos violentos. A associação entre diminuição da função serotonérgica (5-HT) e comportamento agressivo e impulsivo tem sido demonstrada tanto em animais como em indivíduos com diagnóstico de personalidade de um psicopata. ( DEL-BEM; 2005).

 

 

2.4 O SERIAL KILLER

 

O termo serial killer não é qualquer tipo de assassino. Não se assemelha ao assassino que mata grande número de pessoas como em massacres. A característica que marca o serial killer é a serialidade das mortes. Ele procura manter um sequência, um “ritual”.(Gorender, 2010).

 

Os assassinos em série são indivíduos que cometem homicídios que guardam entre si profundas semelhanças quanto ao modus operandi. Por modus operandi, podemos compreender, técnicas que o criminoso emprega para cometer o crime. Nestes casos, observa-se uma relação entre as vítimas, possuidoras de um mesmo perfil e controle de todos os detalhes da situação criminosa, desde a preparação do crime até sua execução e ocultação das provas. Nos casos de assassinato em série, não se observam relações anteriores entre a vítima e o agressor, algo que seria considerado fatores pessoais, a vítima é tratada de forma humilhante e posta numa posição inferior perante o criminoso, sem condições de defesa e possuindo um valor simbólico para o homicida, valor este relacionado à motivação pessoal do crime. (MONTEIRO, Klaylian. 2014).


Os desejos dos homicidas em série baseiam-se em fantasias sexuais e sádicas e na necessidade imperiosa de satisfação de impulsos a elas relacionadas. Esta área, do inconsciente, promove o enaltecimento do ego em seu aspecto narcísico, indo até a "coisificação" do outro. A existência do homicida em série, dependerá da dominação e morte do outro. (MONTEIRO, Klaylian. 2014).

As vítimas do Serial Killer possui em comum alguns traços que satisfazem determinadas condições pessoais para o assassino; por exemplo, mulheres negras, altas e de cabelos curtoss, sendo nisso intercambiáveis. Sua individualidade, sua condição de sujeito, é por este ato completamente apagada. Ao escolher suas vítimas mata-las em série, o serial killer age da mesma forma, ato que qualquer outra pessoa pode escolher sempre uma mesma marca de sabão em pó no mercado, identificando-o pela embalagem, seguro de que seu conteúdo será sempre idêntico. (Gorender, 2010).

 

A maior parte dos dos serial killers exibe um comportamento sexualmente sádico. Eles apreciam o sofrimento da outra pessoa o que é comum no sadismo sexual, o desejo por dominar outra pessoa é muito comum nos sádicos sexuais. Isso foi dito por um dos mais conhecidos serial killers (Mike DeBardeleben), que, certa vez, escreveu: "o impulso central é ter completo comando sobre a outra pessoa, fazer dela o objeto desamparado de nosso desejo...fazer com ela o que se quer para o prazer... e o objetivo mais radical é fazê-la sofrer". Vários dados apontam para múltiplas perversões sexuais de serial killers, incluindo necrofilia e canibalismo. (MORANA; STONE; FILHO. 2006).

No Serial Killer portador de psicose pode não ser punido, na psicose é um transtorno mental que causa alucinações e delírios, o psicótico pode não ter consciência de seus atos, deste modo, tornado-se incapaz de responder perante seus atos. Porém na psicopatia o individuo possui consciência de seus atos. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

O assassino em série portador de psicose atua de acordo com seus delírios, sem crítica do correto ou errado, enquanto o assassino em série psicopata comete assassinatos com maldade e crueldade. O psicopata sabe distinguir o certo e errado, o que o torna muito perigoso para sociedade, pois sabe muito bem fingir emoções, sendo muito sedutor, consegue com facilidade ludibriar suas vítimas. Para diagnosticar um psicopata requer bastante seriedade e precisão, seguindo critérios bem definidos, principalmente o Serial Killer, pois nem todo psicopata e assassino. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

O Serial Killer, em geral, pode se tratar de um indivíduo psicótico, é descrito como mais impulsivos no momento do crime e, deste modo, não conseguem manter um padrão organizado na sua forma de matar. As cenas dos crimes são repletas de provas incriminatórias de suas ações, os locais são escolhidos ao acaso, o perfil das vítimas, inconsistente, não existe um ritual nem sequência. (MONTEIRO, Klaylian. 2014).

Uma característica bastante importante no serial killer é a escolha da vítima de ocorre de forma cuidadosa, a maioria são selecionadas com o mesmo padrão, com características semelhantes. Grande parte das vítimas é escolhida por grupo social, como: prostitutas, homossexuais, policiais, negros, etc. Alguns Serial Killers sofreram na infância, sofreram abusados, maus-tratos psíquicos ou físicos, torturados, são motivos para ter tendência de se isolar da sociedade e mais tarde procurar vingança. Desta forma é de suma importância conhecer o contexto histórico e familiar e o ambiente em que esse indivíduo viveu. As frustrações desse individuo pode levar a entrar num mundo imaginário onde existe a necessidade de fazer suas vítimas sofrerem como sofreu no passado. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

Para o assassino em série o crime funciona como um jogo: eles são extremamente cuidadosos, estão sempre acompanhando o trabalho da polícia e perícia; existe o habito de acompanhar os noticiários que relatam os crimes cometidos por eles e gostam de retornar ao local onde o crime aconteceu. Tem o costume de planejar minuciosamente seus crimes e adquirir o material necessário para que acontece da melhor forma e satisfazendo suas fantasias, ao interagirem com a vítima, são gratificantes para eles torturarem e estuprar a vítima. Deixam poucas evidências no local do crime, na maioria das vezes escondem ou incineram o corpo da vítima e levam um pertence como lembrança. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

O assassino em série desorganizado são sujeitos solitários, apresentam-se na sociedade como esquisitos ou estranhos, a característica da desorganização é uma marca, em todos os aspectos da sua vida são desorganizados. São introvertidos e não possuem condição de elaborar um crime eficiente. Sente prazer em torturar a vítima e estuprar, pode acontecer de comer necrofilia e canibalismo. O assassino em série desorganizado age por impulso, demonstrando pouco controle emocional, o que acontece com os psicóticos. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

O assassino em série pode apresentar trações de transtorno de personalidade antissocial, mas nem todo sádico e portador de transtorno de personalidade antissocial sejam serial killer. Quando um serial killer é preso os seus traços ficam claros, pois se sentem orgulhosos de relatar para todos os seus crimes cometidos. A maioria dos assassinatos em série é cometido por pessoas que estão conscientes dos seus atos. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

O serial killer é enquadrado em quatro categorias: Visionários, psicóticos que ouvem vozes que lhes mandam cometer os homicídios, podendo também ter alucinações visuais; Missionários, que assassinam por um motivo em específico (p.ex., prostitutas, homossexuais, etc.) para exterminar aquilo que consideram indignos e imorais; Emotivos, que matam pura diversão ou prazer, podendo torturar suas vítimas; Libertinos, assassinos sexuais que se comprazem com o sofrimento da vítima sob tortura. (SEDEU. 2013).

As ações do serial killer se desenvolvem em 7 fases de um ciclo: Fase da “aura”, o assassino perde a compreensão da realidade e a mergulhar “no seu mundo privado de fantasia pervertida”, iniciando um processo de “procurar por alguém em quem colocar a culpa por sua raiva e ódio” Fase da “pesca, na qual o assassino escolhe a vítima ideal;  Fase galanteadora, o assassino se aproxima da vítima e tenta seduzir para ganhar confiança; Fase da captura, quando a vítima cai na armadilha montada pelo assassino; Fase do assassinato, a vítima é morta, atinge o auge da emoção; Fase do totem a emoção sentida pelo assassino acaba logo após o crime e, para prolongar o seu prazer, ele pega um objeto da vítima para se lembrar,; Fase da depressão, que ocorre após o homicídio ter sido consumado e acabará dando início a um novo ciclo. (SEDEU. 2013).


2.5 O PSICOTICO 

 

O id consiste numa estrutura psíquica 'exigente', repleta de desejos e pulsões e não é influenciada pelas demandas do mundo exterior, ou seja, a realidade. O id é movido pelo princípio do prazer. (LINZ. 2007).

A psicose é regida princípio do prazer sobre o princípio da realidade. Dessa forma, as funções do ego são prejudicadas, levando o contato do indivíduo psicótico com seu mundo externo como um ambiente restrito ao seu universo interpsíquico, ou seja, um mundo só seu. (BARBOSA, Isabela; DIAS, Marta; MOYA, Clara. 2011).

 

Estudos definem a psicose como um processo deteriorativo das funções do ego, que pode comprometer, em graus variáveis, o contato do indivíduo com a realidade. Logo, é possível entender a psicose como um distanciamento do ego (a serviço do id) da realidade, com predomínio do id (e não o princípio da realidade) sobre o ego em si. (BARBOSA, Isabela; DIAS, Marta; MOYA, Clara. 2011).



É possível dizer que o sujeito psicótico não é capaz de denominar os afetos vivenciados, ou seja, normalmente, não há exposição de sentimentos por parte dos psicóticos à situações diversas.

A noção de “psicose” foi a categoria que, durante quase dois séculos, especificou a psiquiatria. Em seu sentido forte, ela definia ou define uma estrutura psíquica de fundo – um modo específico de constituição e funcionamento subjetivos –, oposta à neurose, e cuja expressão em sintomas pode variar muito. Nessa acepção, ela circunscrevia o campo específico da psiquiatria, seu objeto mais próprio. No entanto, essa concepção foi abandonada pelas classificações. Foi proposta uma classificação “descritiva” ou “empírica” dos transtornos mentais, que abandonasse qualquer referência psicodinâmica, limitando-se à identificação e quantificação de sintomas supostamente objetivos. (TENORIO. 2016).

Os critérios psiquiátricos para diagnosticar a psicose foram: a gravidade dos transtornos, conduzindo a deficiências importantes ou incapacitação; a ausência de consciência de morbidade dos distúrbios (por exemplo, a convicção inabalável do delirante em seu delírio, a ausência de crítica do maníaco, ambos não admitindo que precisam de tratamento); o caráter estranho dos distúrbios, que produzem no entorno um mal-estar ligado a essa estranheza; a dificuldade de comunicação ou mesmo a incomunicabilidade total do psicótico; a volta ou o fechamento sobre si mesmo, que se acompanhada de uma ruptura com o entorno e com a realidade; tudo isso culminando em uma perturbação profunda da relação do sujeito com a realidade, da qual os delírios e alucinações são sintomas. (TENORIO. 2016).

A psicose passou a ser, então, o objeto mais próprio da psiquiatria, demarcando-se, de um lado, das doenças neurológicas, próprias à neurologia, e, de outro, das neuroses. Se uma ciência ou disciplina só se especifica por especificar seu objeto, foi a noção de “psicose”. (TENORIO. 2016).

A psicose” de caráter, em que não há perda de contato com a realidade, mas se apresenta um erro de avaliação afetiva dessa realidade (devido à força da clivagem dos objetos). A perversão” de caráter, correspondente ao sujeitos perversos, que negam o “direito dos outros de terem um narcisismo todo seu: [...] os outros não devem possuir interesses próprios e, menos ainda, investimentos em outras direções”; em outras palavras, “todo objeto relacional pode servir apenas para assegurar e completar o narcisismo falho do ‘perverso’ de caráter”. (SEDEU. 2013).

Os transtornos psicóticos inclui esquizofrenia, outros transtornos psicóticos e transtorno (da personalidade) esquizotípica. Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir: delírios, alucinações, pensamento (discurso) desorganizado, comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas negativos. (Critério A7.DSM V. p.89. 2013).

Pessoas com transtornos mentais graves são mais condenadas por crimes violentos do que aquelas sem transtornos mentais. São três os tipos de investigação que dão suporte a estes achados. Primeiro, estudos que acompanham indivíduos a partir de seu nascimento até a idade adulta e comparam aqueles indivíduos que desenvolveram transtornos mentais graves e são hospitalizados com aqueles sem história de internação por transtorno mental. Estes estudos têm encontrado um número maior de pessoas que desenvolveram transtornos mentais condenadas por pelo menos um crime, comparadas àquelas sem transtornos mentais. As diferenças nas taxas de prevalência entre aqueles com e sem transtornos mentais foram maiores para crimes violentos do que para crimes não violentos, sendo a associação entre transtornos mentais e criminalidade (incluindo criminalidade violenta) mais importante para as mulheres. (VALENÇA; MORAES. 2006).


3.0 METODOLOGIA


A metodologia será analisar os filmes: Garota Exemplar e Perfume: a história de um assassino. Estes filmes estão disponíveis na plataforma You Tube e Netflix.

A análise dos filmes será referenciada por autores, está análise vai contribuir para facilitar o entendimento do assunto, trazendo materiais de fácil aceso pelo leitor, que também pode instigar o leitor a pesquisar mais sobre o tema

A pesquisa utilizada foi bibliográfica e de cunho exploratório. De acordo com Piovesan, Temporini (1995). A pesquisa exploratória busca entender a variável do estudo, seu significado e o contexto. Entende que o comportamento humano é compreendido no contexto social que está inserido. Desta forma, o estudo tem um sentido geral diverso do aplicado da maioria dos estudos: acontece durante a fase de planejamento da pesquisa, a pesquisa passa a ter o intuito de obter informações do universo da resposta, refletindo as características da realidade. Sendo assim sua finalidade é evitar predisposições não fundadas no repertorio que tem a finalidade de conhecer as percepções do pesquisador e no instrumento da medida. Essa tendência conduz o pesquisador a entender a realidade no seu ponto de vista, de caráter técnico-profissional. A pesquisa exploratória deixa a realidade ser percebida na sua forma real, e não da forma como o pesquisador entende.

Segundo Gil (2002), a pesquisa bibliográfica:

É desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem a uma análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvida quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas. (p.32)

Desta maneira segundo o autor acima, a pesquisa bibliográfica não é apenas uma repetição das palavras de autores sobre uma determinada ideia, e sim uma maneira de usar essas ideias desses autores para embasar as suas ideias acerca do tema da pesquisa, e desta forma poder conclusões inovadoras.

Com base em material já produzido, a pesquisa bibliográfica, é feita através de referências bibliográficas, uma vez que procuram informações para uma pesquisa originada de estudos que já estavam prontos.

A pesquisa foi feita através de livros especializados na área e base de dados Pepsic, Scielo, entre outros científicos na área de psicologia, como: As palavras-chave utilizadas foram: Serial Killer; Personalidade Antissocial; Sadismo; Psicopata Violência Infantil.

. O período de publicação dos artigos consultados foi de 1995 a 2019 que proporcionaram informações sobre o tema abordado.

O método de análise que foi utilizado foi por meio da pesquisa qualitativa, Segundo Denzin; Lincoln (2006 apud AUGUSTO et al, 2013 ). A pesquisa qualitativa é uma abordagem que interpreta o mundo, os pesquisadores estudam as coisas e seus cenários naturais, procurando os fenômenos e seus significados. A pesquisa qualitativa tem bastante importância nos depoimentos dos atores sociais, nos discursos e seus respectivos significados. Desta forma, a pesquisa qualitativa procura descrever detalhadamente os fenômenos e os elementos que o cercam.



4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Filme Perfume: a história de um assassino


Jean-Baptiste abandonado por sua mãe ao nascer, logo depois foi entra em um orfanato, onde era maltratado pelas crianças que zombavam de Jean-Baptiste. Foi uma infância sem amor e carinho, sem o mínimo de cuidado.

Alguns Serial Killers sofreram na infância, sofreram abusos, maus-tratos psíquicos ou físicos, torturados, são motivos para ter tendência de se isolar da sociedade e mais tarde procurar vingança. Desta forma é de suma importância conhecer o contexto histórico e familiar e o ambiente em que esse indivíduo viveu. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

 Logo depois Jean-Baptiste começa a trabalhar em um curtume onde as condições de trabalho eram abusivas, era maltratado. Neste meio termo ele encontra uma jovem bela e a mata para sentir seu perfume,  Jean-Baptiste fica encantado com o cheiro da bela, ele a mata apenas para sentir seu cheiro, logo depois conhece um perfumista famoso, quando entra no laboratório de perfumes fica fascinado com a quantidade de aromas, e começa a desenvolver perfumes, mas com o intuito de aprender a capturar o cheiro de todas as coisas,  Jean-Baptiste começa a fazer experimentos com objetos nada convencionais como: madeira, ferro, vidro e animais, ele precisava matar os animais para extrair o cheiro e não via problema nisso.

A psicose é regida princípio do prazer sobre o princípio da realidade. Dessa forma, as funções do ego são prejudicadas, levando o contato do indivíduo psicótico com seu mundo externo como um ambiente restrito ao seu universo interpsíquico, ou seja, um mundo só seu. (LINZ. 2007).

 Em seguida ele muda de cidade e faz experiências com humanos, começa a matar moças para extrair o perfume delas, apenas com esse intuito. Todas as moças que ele mata são belas e cheirosas, com os cabelos bonitos. 

Uma característica bastante importante no serial killer é a escolha da vítima de ocorre de forma cuidadosa, a maioria são selecionadas com o mesmo padrão, com características semelhantes. Alguns Serial Killers sofreram na infância, sofreram abusados, maus-tratos psíquicos ou físicos, torturados, são motivos para ter tendência de se isolar da sociedade e mais tarde procurar vingança. Desta forma é de suma importância conhecer o contexto histórico e familiar e o ambiente em que esse indivíduo viveu. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).

Ele não vê o ato de matar pessoas como algo errado, para Jean-Baptiste era para o bem maior.

O assassino em série portador de psicose atua de acordo com seus delírios, sem crítica do correto ou errado, enquanto o assassino em série psicopata comete assassinatos com maldade e crueldade. O psicopata sabe distinguir o certo e errado, o que o torna muito perigoso para sociedade, pois sabe muito bem fingir emoções, sendo muito sedutor, consegue com facilidade ludibriar suas vitimas. Para diagnosticar um psicopata requer bastante seriedade e precisão, seguindo critérios bem definidos, principalmente o Serial Killer, pois nem todo psicopata e assassino. (FELICIANO; BARBOSA; SILVA; MORAIS. 2015).


Filme Garota exemplar


Amy Dunne é uma garota vista pelos olhos da sociedade como exemplar, ela é uma escritora que fez bastante sucesso, uma garota muito bonita, inteligente, fascinante. Ela conhece Nick com quem mantém um relacionamento amoroso, os dois tem uma ótima relação e se decidem se casar os dois primeiros anos do casamento tudo e perfeito, ela faz com que Nick se torne a pessoa perfeita para ela, ela molda ele da forma com ela quer, até que os dois perdem o emprego, ficam sem dinheiro e começam a se estranhar, logo depois Nick descobre que sua mãe está com câncer e decidem se mudar para sua cidade natal no interior, depois disso a relação só piora Nick começa a ser agressivo com Amy, brigas frequentes, Amy descobre que Nick à trocou por uma mulher mais nova, a partir desde momento Amy decide se vingar, com bastante cuidado e frieza ela elabora a própria morte, deixa várias pistas incriminando Nick para que ele seja preso e sentenciado a pena de morte

Psicopatas são totalmente dissimulados, conseguem passar sua vida inteira sendo uma pessoa insensível, fria, calculista, manipuladora, intolerante, sem escrúpulos, incapazes de se manter dentro da lei e da ética, mas aparentam o oposto. Alguns são até muito bem sucedidos, bem relacionados, aparentam ser bons, inofensivos, educados, são falantes, simpáticos, sedutores, capazes de cativar rapidamente qualquer um. Pessoas passam anos ao lado deles sem reconhecê-los e quando se dão conta, os psicopatas sempre conseguem inverter a situação e se colocar como vítima. (LETNER, PAINES, PERIOLO, 2013, p.4).

Ela não se importa se seus pais irão sobre pelo seu desaparecimento, ela forjou todo plano com perfeição, calculou os mínimos detalhes apenas desejando sua vingança. Após forjar sua morte ela viaja se disfarça e conhece um casal que descobre que Amy atinha dinheiro guardado e assalta Amy, logo depois ela pede ajuda para seu ex namorado rico, o mesmo ajuda ela, leva para uma bela casa de campo mas começar a pressiona lá para ficar com ele, ela decide matar ele, finge que estava sendo abusada por ele, depois o mata e volta para casa dizendo que foi sequestrada pelo ex namorado, e todas as provas forjadas por ela provaram seu depoimento. Logo depois volta para casa e obriga Nick a ficar com ela, pois está grávida.

O psicopata e caracterizado como um indivíduo incapaz de ter empatia ou se preocupar com seus semelhantes, que manipula e usa os outros para satisfazer os seus próprios desejos. Estes indivíduos apresentam ainda uma sinceridade superficial, que os torna capazes de convencer aqueles que usou e a quem prejudicou, da sua inocência ou da sua motivação para mudar. (SOEIRO; GONÇAVES. 2010).

As características da psicopatia são as seguintes: 1) Charme superficial e boa inteligência; 2) Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional; 3) Ausência de nervosismo e manifestações psiconeuróticas; 4) Não-confiabilidade; 5) Tendência à mentira e insinceridade; 6) Falta de remorso ou vergonha; 7) Comportamento anti-social inadequadamente motivado; 8) Juízo empobrecido e falha em aprender com a experiência; 9) Egocentrismo patológico e incapacidade para amar; 10) Pobreza generalizada em termos de reações afetivas; 11) Perda específica de insight; 12) Falta de reciprocidade nas relações interpessoais; 13) Comportamento fantasioso e não-convidativo sob influência de álcool e às vezes sem tal influência; 14) Ameaças de suicídio raramente levadas a cabo; 15) Vida sexual impessoal, trivial e pobremente integrada; 16) Falha em seguir um plano de vida. (FILHO; TEIXEIRA; DIAS. 2009).



5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 


Perante a pesquisa realizada podemos considerar que tanto a Psicopatia quanto o Serial Killer podem ser resultados de abusos, mal tratos, negligencia na infância ou má formação cerebral. A convivência com esses indivíduos na sociedade causa muito sofrimento, pois eles são impiedosos, e então surge a curiosidade de entender mais sobre esses indivíduos, diagnosticar um psicopata ou Serial Killer não é algo fácil, pois existe vários diagnósticos, essa dificuldade também atrapalha para conter esses indivíduos, deixando a sociedade à mercê desses indivíduos, o esclarecimento e novas pesquisas sobre o assunto vai contribuir para diagnósticos mais ágeis.

A metodologia utilizada apresentou dificuldades, pois existem poucos materiais científicos sobre o assunto, existe muita especulação sem fundamentação, falta algo de concreto e sério que oriente curiosos e profissionais, é um assunto que precisa ser levado mais a sério, existem muitos filmes é series que retratam esses indivíduos mais falta algo com embasamento, algo que aprofunde na ciência humana e traga informações concretas.

Apesar das dificuldades, todas indagações apresentadas foram esclarecidas, pode-se obter respostas fundamentadas e confiáveis, e então obter conhecimento sobre o assunto. Profissionais da área de Psicologia precisa pesquisar e aprofundar mais para contribuir com a polícia para investigar e punir criminosos portadores de Psicopatia e Serial Killer.


REFERÊNCIAS


BARBOSA, Isabela; DIAS, Marta; MOYA, Clara. DIFERENÇAS ESTRUTURAIS E SINTOMÁTICAS ENTRE. 2011. Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2010/anais/arquivos/0927_1089_01.pdf>. Acessado em 23 de Agosto 2020.


DAVOGLIO; GAUER; JAEGER; et al. Personalidade e psicopatia: implicações diagnósticas na infância e adolescência. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2012000300014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acessado em 18 de Outubro 2019.


DEL-BEM, Cristina Marta. Neurobiologia do transtorno de personalidade anti-social. Rev. Psiq. Clín. 2005. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32n1/24019.pdf>. Acesso em: 27 Setembro. de 2020.


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GIL, Antônio Carlos. Como classificar as pesquisas?. São Paulo: Atlas S.A., 2002. LETNER, Loiva; PAINES, Vitória; PERIOLO, Vittória. Psicopatia e suas características. Colégio Mãe de Deus, Revista eletrônica. Volume 4, setembro de 2013. Disponível em: <http://colegiomaededeus.com.br/revistacmd/revistacmd_v42013/artigos/a9_psicopatia_cmdset2013.pdf>. Acesso em: 30 de ago. de 2019.

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LETNER, Loiva; PAINES, Vitória; PERIOLO, Vittória. Psicopatia e suas características. Colégio Mãe de Deus, Revista eletrônica. Volume 4, setembro de 2013. Disponível em:<http://colegiomaededeus.com.br/revistacmd/revistacmd_v42013/artigos/a9_psicopatia_cmdset2013.pdf>. Acesso em: 30 de Setembro de 2020.


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[1] Formação, filiação institucional e endereço eletrônico

[2] Formação, filiação institucional e endereço eletrônico