A CONTRIBUIÇÃO DE VERNER PANTON PARA A POP ART.

Fernanda Kriger


RESUMO:

Para se obter um maior conhecimento sobre o movimento Pop Art, em relação ao Design foi realizada uma pesquisa sobre as bases deste movimento e em específico sobre a contribuição de Verner Panton, designer que atuou fortemente dentro da estética Pop, e que tem seu nome como um dos mais talentosos designers deste etilo até os dias atuais.
O tema desta pesquisa, portanto, é a é a contribuição do designer Verner Panton dentro da Pop Art. Enquanto o problema da pesquisa norteia-se em identificar se é possível, por meio de pesquisa acadêmica, trazer à tona a relevância dos produtos do design Verner Panton dentro da Pop Art. Já o objetivo geral desta pesquisa é conhecer o trabalho do designer Verner Panton mais aprofundadamente e contextualizá-lo com a Pop Art, mais objetivamente busca-se conhecer a biografia de Verner Panton e definir a contribuição de Panton para a Pop Art e para a contemporaneidade. A metodologia utilizada norteia-se pela pesquisa bibliográfica e a intertextualidade, buscando em sites confiáveis, tais como o site oficial de Verner Panton, e site história da arte. Para entendermos determinados os padrões estéticos da Pop Arts, é necessário percorrer algumas linhas teóricas orientadas pelos autores que fundamentam o corpus da pesquisa. Entre eles pode-se citar Adrian Robbie Blakemore, Charlotte Fiell, Filllipe Garner, Amyy Dempsey, além de citações extraídas de teses de mestrado e doutorados de universidades tais como FGV e Associação de Estudos em Design.

Palavras-Chave: Movimento Pop Art, Design, Verner Panton, História do Design, Mobiliário.


1. INTRODUÇÃO

Trazemos para discussão a contribuição do designer Verner Panton dentro da Pop Art.
Buscou-se, por meio de pesquisa acadêmica, trazer à tona a relevância dos produtos do design de Panton dentro da Pop Art
Design, segundo Löbach (2001), "É o processo de adaptação dos produtos, fabricados industrialmente, ás necessidades físicas e psíquicas dos usuários."
Nos anos 60, com a mudança de muitos valores, a descoberta de novos processos de fabricação e de novos materiais, a Pop Art surge com grande aceitação.
Segundo Garner (2008, pag. 55), "A Pop Art era ao mesmo tempo um idioma de fascínio e ironia".
Verner Panton contribuiu com seus produtos de cores marcantes, materiais inovadores e formas fascinantes para este período. A analise do seu trabalho permite uma imersão profunda nos anos 60 e sua cultura com a Pop Art.

2. DOS FATOS

Design, segundo Löbach (2001), "É o processo de adaptação dos produtos, fabricados industrialmente, ás necessidades físicas e psíquicas dos usuários."
Nos anos 60, com a mudança de muitos valores, a descoberta de novos processos de fabricação e de novos materiais, a Pop Art surge com grande aceitação.
Segundo Garner (2008, pag. 55), "A Pop Art era ao mesmo tempo um idioma de fascínio e ironia".
Os anos 60 foram palco de inúmeras mudanças culturais, sociais, cognitivas e comportamentais, que representaram impacto profundo no entendimento da arte e do design. Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande.
A Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, como o caso das Sopas Campbell, que nas mãos de Andy Warhol transformaram-se em objetos de arte. O que era considerado brega, virou moda, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.
Verner Panton nasceu em 13 de fevereiro de 1926 e faleceu em 05 de Setembro de 1998, sendo considerado um dos mais influentes de 20 do século mobiliário Dinamarca e designers de interiores.
Durante sua carreira, ele criou projetos inovadores e futuristas em uma variedade de materiais disponíveis, principalmente plásticos, e em cores vibrantes. Seu estilo era a síntese visual da década de 1960, e recuperou a popularidade no final do século 20, a partir de 2004, Panton é conhecido mobiliário que ainda estão em produção na Vitra. Panton iniciou sua carreira, sendo treinado como engenheiro-arquiteto em Odense, em seguida, ele estudou na Academia Real Dinamarquesa de Arte (Det Danske Kongelige Kunstakademi) em Copenhagen.
Nos dois primeiros anos de sua carreira, entre 1950 e1952, trabalhou na prática de arquitetura de Arne Jacobsen, outro arquiteto dinamarquês famoso e designer de móveis, mas Panton acabou iniciar seu próprio escritório de design em 1955.
Ao abrir seu escritório próprio, Panton literalmente buscou inovações em cores e materiais, mas apropriou-se da técnica de utilização do contra placado de madeira moldada, técnica essa, aprendida com seu tutor Arne Jacobsen, ousando, no entanto, ao criar uma peça feita exclusivamente com este método e em uma única etapa, a famosa cadeira "S".
Em 1967, Panton foi o criador da primeira de forma única cadeira de plástico moldado por injeção - a cadeira de empilhamento ou cadeira Panton, que se tornaria o seu mais famoso produto e produzido em massa, e que até hoje é produzido e vendido pela empresa Vitra.
No final dos anos 1960 e início de 1970, Verner Panton experiências com toda a concepção de ambientes: interiores e psicodélico radical que foram um conjunto de seus móveis curvos, paredes, tecidos e iluminação.
Em 1968, participa como designer da exposição sobre o navio Dralon (mais tarde renomeada Visiona zero para a Bayer, por ocasião da Feira de Móveis de Colônia. Panton recebe a segunda colocação nesta premiação. Cria projetos de design para os escritórios da editora Spiegel. A Torre de Vida é apresentado em uma exposição conjunta com Charles Eames, Joe Colombo e outros no Louvre, em Paris. Panton recebe a Medalha od Bauzentrum Áustria. Panton projetou a área de entrada com um pátio e átrio, a cantina e as áreas de bar, a piscina para os trabalhadores no porão do prédio, as salas para conferências e editoriais do salões, foi dele também o projeto de esquemas de cores para os corredorea da administração e prédios do alto editoraia para aeditora Spiegelverlagshaus, que mudou para as instalações modernizadas em 1969 .
Em 1970, no contexto do mobiliário da feira de Colônia, a Bayer em colaboração com Panton, apresenta o espaço Visiona II, que se traduziu em microambientes de diversidade de cores, formas e texturas, Por ocasião do 40º aniversário da exposição, que provocou um olhar diferente sobre o conceito psicodélico sugerido por Panton. Especialmente com o resultado do Visiona II, que torna-se o símbolo mais sedutor para estes anos. Verner simplesmente quiz estimular todos os sentidos, por isso, cada sala tinha um som próprio e uma atmosfera de cor e textura, representando microambientes que favorececem a interação.


3. CONCLUSÕES

As considerações finais desta pesquisa apontam para o movimento Pop Art como uma reação das décadas de 1960 e 1970 ao pós guerra, utilizando símbolos, signos, grafismos e produtos populares como forma de arte. O design neste sentido tomou parte deste movimento, o que trouxe grande inovação de materiais como plástico e polietileno, formas orgânicas e cores vibrantes, sempre de acordo com a psicodelia proposta no período. Verner destacou-se pela criação de cadeiras, mobiliários, luminárias e nichos que propunha interatividade humana, suas formas orgânicas e cores vibrantes, além do uso intenso dos materiais que marcaram a Pop Art, o tornaram grande ícone do movimento, principalmente após a exposição em Columbia, promovida pela Bayer; na "Vissiona II", Verner destacou-se com a criação de microambientes psicodélicos e intrigantes. Porém dentre seu vasto acervo de obras, algumas consideradas psicodélicas e até desconfortáveis e consideradas impraticáveis, outras tantas se destacam e são produzidas até nossos dias, com grande apelo comercial, este é o caso da Panton Chair, que ainda é ícone do design moderno.


4. BIBLIOGRAFIA

Manual de Orientação e Normatização dos Trabalhos Acadêmicos da Faculdade América Latina
BÜRDEK, Bernhard E. Design: história, teoria e prática do design de produtos. São Paulo: E. Blucher, 2006.
FIELL, Charlotte, FIELL, Peter. 1000 chairs. Itália: Taschen, 1997.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3ª Edição. São Paulo: Editora Atlas SA, 1993.
LÖBACH, Bernd. Design Industrial. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 2001.
GARNER, Phillippe. Sixties Design. Londres: Tasken, 2008.
HOLLINGWORT, Andriew. Danish Modern. Gibb Smith, 2008.