RESENHA CRÍTICA

Marcello Chamusca é Mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social; Pós-graduada em Educação Superior e Novas Tecnologias; Bacharel em Comunicação Social/Habilitação em Relações Públicas; pesquisadora da área de cibercultura vinculado ao CNPq. Coordenadora do curso de pós-graduação Gestão Estratégica em Relações Públicas da Faculdade Batista Brasileira (FBB) e professor da pós-graduação em Comunicação e Marketing da Faculdade Juvêncio Terra (FJT). Atualmente é membro do Conselho de Relações Públicas do Centro Interamericano de Comunicação (CIC) e Márcia Carvalhal Mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social; Pós-graduada em Educação Superior e Novas Tecnologias; Bacharel em Comunicação Social/Habilitação em Relações Públicas; pesquisadora da área de cibercultura vinculado ao CNPq. Coordenadora do curso de pós-graduação Gestão Estratégica em Relações Públicas da Faculdade Batista Brasileira (FBB) e professor da pós-graduação em Comunicação e Marketing da Faculdade Juvêncio Terra (FJT). Atualmente é membro do Conselho de Relações Públicas do Centro Interamericano de Comunicação (CIC).

O artigo “A comunicação, a educação e a linguagem gestual” foi redigido em 2004, quando os autores eram estudantes de Comunicação Social / Relações Públicas. Segundo os autores o item retrata o estudo da linguagem gestual, introduzindo o leitor nesse universo informativo, enfocando os aspectos comunicacionais e educacionais de sua utilização. Eles também se basearam na atenção pela às questões da desigualdade e da exclusão social, onde procuraram entender como a comunidade surda, usuária prioritária da linguagem gestual, se insere no contexto da sociedade atual e o que é possível implementar para o bem-estar dessa comunidade.

Márcia e Marcello introduzem o texto expondo que utilizamos constantemente os gestos para nos comunicarmos, seja formal ou informalmente no nosso cotidiano. E que esse tipo de comunicação data do século passado e que hoje é bastante difundida. Também relata a admissão de uma língua sistematizada em nosso país que é a Língua Brasileira de Sinais, que somente a partir da década de 60 que foi estudada e analisada.

Dando prosseguimento ao estudo, eles debatem sobre vários fatores, primeiramente sobre “a educação a partir da linguagem gestual”, segundo algumas visões como o oralismo, que busca a integração dos surdos na comunidade de ouvintes, condicionando-os ao aprendizado e ao desenvolvimento da linguagem oral. Já o bilinguismo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser bilíngue, ou seja, deve adquirir como língua materna a língua dos sinais e a segunda, que é a língua oficial do país.

Por ultimo temos a corrente da comunicação total que consiste em deslocar a língua oral como o grande e principal objetivo na educação de sujeitos com surdez, priorizando a comunicação dos mesmos, de acordo com sua capacidade.

Outro ponto tratado é a “cultura surda, a educação e a sociedade ouvinte”, eles fazem uma pequena trajetória histórica sobre o surgimento das pessoas com surdez, onde alguns povos antigos sacrificavam crianças surdas e que até O filósofo Aristóteles afirmava que elas eram incapazes de se socializarem.

No século XVII surgiu a língua de sinais na França e com isso o primeiro passo para a utilização no processo educacional. Mas durou pouco tempo, pois a medicina e a filosofia não acreditavam na capacidade da pessoa surda. Assim, no século XIX, o congresso de Milão institui o oralismo, como único meio válido de educação para surdos.

Como o fracasso do oralismo, em 1960 foi criado à metodologia da comunicação total na mesma linha do método inicial do século XVII. E hoje o método educacional mais praticado em todo mundo e o bilinguismo, tendo como primeira língua a gestual.

“A relação dos surdos com os meios de comunicação de massa” é outro fator exposto pelos autores, onde nenhum programa aberto de televisão do Estado da Bahia utiliza a tradução em Libras o que torna o processo de exclusão social evidente. Outro programa interessante e o “Closed Captions” disponibilizados por alguns canais de televisão, mas que deveria está instalado em todos os aparelhos televisivos, mas alguns fabricantes alegam a questão do alto custo para o consumidor, onde surdos pobres não tem acesso esse tipo de aparelho por ser mais caro no mercado.

O ultimo fator tratados por eles e a “Informação: fator estratégico no caminho da igualdade”, esse fator se refere à obtenção e controle daquilo que possibilita a garantia da manutenção do poder hegemônico de classe dominante, no caso a informação.

Então, a informação seria a solução para todos os problemas da humanidade, principalmente para garantir o direito de todo cidadão que é o poder de escolher, dentre várias opções, que caminho deseja seguir a respeito de uma determinada questão.

Mas tem muita gente desinformada em relação à necessidade da pessoa surda, pois são iguais a todos em termos de deveres e direitos, e que ao longo da historia sofrem com discriminação pelas instituições e pelo poder público, e que lutam somente pela autonomia e cidadania.

Os autores ainda relatam sobre a importância do intérprete na mediação na comunicação entre surdos e ouvintes, pois os mesmos garantem acessibilidade aos surdos a todos os lugares, facilitando esse processo comunicativo entre ambos.

No entanto, de acordo com o pensamento dos autores nós concordamos que a discriminação com a pessoa surda e seu acesso ao mundo moderno é evidente, pois as instituições educacionais, governamentais e empresas de tecnologia devem traçar estratégias que torne a inclusão social uma realidade, tanto no processo educacional, comunicativo e tecnológico, propiciando igualdade e autonomia a todos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

 

CARVALHAL, Márcia. A comunicação, A Educação e a Linguagem Gestual. Márcia Carvalhal e Marcello Chamusca. Bahia, 2004.