Resumo

Este trabalho é uma análise do cotidiano da sociedade sucroalcooleira do município de Viradouro. Foi desenvolvido utilizando-se a metodologia da história social, buscando sempre referências através de bibliografias que se encaixavam no perfil da agricultura regional da cana-de-açúcar. Em face das informações obtidas foi feita a escrita do trabalho, analisando o cenário do interior paulista e a agricultura viradourense, como ela surgiu, sua história, como foi seu crescimento diante das dificuldades oferecidas pelo pequeno município de Viradouro nos anos 1990 e 2000, as transformações nessa sociedade. É interessante apontar que com a chegada do Complexo Agroindustrial as propriedades rurais foram se alterando estruturalmente, transformando-se em grandes bolsões agrícolas. A mecanização do setor tem ocorrido de maneira acentuada, promovendo uma crescente especialização dos trabalhadores rurais também, juntamente com a diminuição das queimadas que com o Protocolo Agroambiental vem trazendo benefícios crescentes ao campo.

Palavras chave: Cana-de-açúcar; Viradouro; História do Cotidiano.

Introdução

No primeiro capítulo, Um cenário sucroalcooleiro busca-se uma contextualização do objeto de pesquisa que é a cana-de-açúcar no processo histórico da formação do Brasil com apontamentos econômicos e políticos do etanol na região paulista do período colonial ao republicano, chegando ao século XX ao município de Viradouro. O fazer histórico se dá através da análise da História do Cotidiano do cenário agrícola em estruturação.

No segundo capítulo, Transformações agroindustriais relembra o conceito da Agroindústria e como é seu funcionamento no interior paulista.

O trabalho tem um formato sociológico por fazer uma abordagem recente da agricultura em Viradouro.

Há o esforço em inserir o município no circuito regional paulista dos agronegócios por isso utilizou-se informações gerais do Estado e números recentes do setor sucroalcooleiro.

Busca-se nesse trabalho apontar que possuímos a industrialização bem mais próxima do que imaginamos.

É inevitável um historiador ao selecionar seu objeto de estudo não deixar levar pelo seu lugar social e, a partir de sua subjetividade, descrever, relatar momentos, histórias, que demonstram a importância de uma região ou cidade.

Muito mais que uma ode, um gesto de agradecimento, é de suma importância e competência do homem construiu uma história muito próxima, local, que nos remeta a algumas reflexões sobre mitos e realidades que cercam a origem e desenvolvimento dessa região canavieira e que interage a todo o momento, resistindo por gerações, com uma história macro e, assim, quem sabe, reconstruir um passado muito próximo a nossa realidade; as permanências.