A BUSCA DE NOVOS CAMINHOS
Antônio Padilha de Carvalho

Existe uma corrente de estudiosos que afirma ser a globalização existente desde a época das grandes navegações, vez que desde aquela época, a acumulação do capital já era o primordial intento dos desbravadores do mundo.

Deparamos com as propostas defendidas pelos chamados "neoliberais", que são justamente aquelas onde a "mão invisível do mercado" é capaz de harmonizar interesses em todos os aspectos da vida social, gerando desse processo um bem-estar coletivo.

Os defensores dessa política neoliberal, garantem que o consumidor é protegido da coerção de vendedor devido à presença de outros vendedores com quem pode negociar, tratando-se aí da "livre concorrência".

Um dos maiores defensores do neoliberalismo, Milton Friedman, assevera que "o mercado não só promove a liberdade dos cidadãos, mas tem a capacidade de separar, os problemas econômicos dos pontos políticos."

Tomada dessa forma, poderemos ter a globalização como um processo iniciado a milhares de anos, via das primeiras trocas entre os seres humanos primitivos.

Nesse caso específico o Estado teria as suas mínimas incumbências e poder fiscalizador.

A sociedade fica livre para desenvolver suas atividades econômicas de um modo em geral.

O grande teórico da proposta neoliberal, chegou a afirmar que: "...quanto mais o Estado planeja, mas difícil se torna o planejamento para o indivíduo..." (Hayek).

Essa proposta mostra que o Estado deve possuir objetivo limitado, com função apenas de zelar pela liberdade dos cidadãos.

Durante trinta anos, houve uma verdadeira dominação dessa teoria a nível planetário, todavia, pelos comportamentos arrogantes e autoritários, e considerável mudança no plano geral das nações, denúncias de fraudes, corrupções e desmandos, tal proposta tornou-se impraticável, posto concentrar renda e aumentar a pobreza no mundo. Buscam-se novos caminhos...