A BRINCADEIRA COMO ELEMENTO FACILITADOR DA CONSTRUÇÃO COGNITIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

LUCILIA  FERREIRA GONÇALVES DE FREITAS

SADRAQUE  GONÇALVES FERREIRA

ELENIR MEOTTI FERREIRA

EDINA DOS SANTOS SILVA LIMA



RESUMO

 

Este artigo tem como objetivo oferecer um diálogo que possibilita o entendimento da brincadeira como elemento facilitador da construção de aprendizagens na educação infantil. Brincar é algo que já faz parte do mundo infantil e desta forma se constitui um corpo semânticointrínseco da criança pequena. Ainfância está envolta de vários elementos que a constitui e a caracteriza como um estágio em que o ser humano se desenvolve a partir do lúdico e demais elementos que o cerca. Assim a brincadeira passa a se constituir um elemento favorável e de efetiva cooperação para o desenvolvimento e potencialização de habilidades. É certo que aobrincar na escola a criança pode apartir de certas intencionalidades pedagógicas aprender desde a vivências de regras, raciocínio lógico, percepção de valores como o da cooperação e relações interpessoais. Desta forma o diálogo que ora se estabelece aqui é pois no sentido de evidenciar a brincadeira como um dos facilitadores da aprendizagem.

Palavras- chaves:Brincadeira. Aprendizagem. Educação infantil.

1-    INTRODUÇÃO

A brincadeira é um atributo do público infantil, faz parte do impulso natural da criança.  A experiência do brincar possibilita um jogo de faz de conta e ajuda a criança a perscrutar por caminhos desconhecidos livre dos medos e traumas do mundo real.

Vislumbra-se aqui estabelecer um diálogo que evidencie a brincadeira como facilitador da aprendizagem infantil, uma vez que estimula a criatividade, inteligência, habilidade e imaginação além de proporcionar um ambiente de efetiva interação social. É através da brincadeira que a criança manifesta sua sociabilidade, de outra forma seria muito mais complexo todavia não impossível.

Deste modo para facilitar o diálogo tentaremos mostrar em primeiro plano as principais concepções sobre o uso da brincadeira como ferramenta de aprendizagem e m seguida adentrar no caminho que a mostra como facilitadora do processo cognitivo da educação infantil. Pra isto tomar-se-á por base os pensamentos de autores como:ANTUNES (2004), ALVES (2007), COLL(2004), MALAQUIAS(2013), NEGRINE (1994). PIAGET, J (1975), VIGOTSKY, L (1996),WALLON (2007) e outros que possam de forma efetiva contribuir com a discussão que ora se propõem.

Espera que através do estudo e da pesquisa bibliográfica se possa percorrer o caminho que leva ao entendimento do quanto a brincadeira se faz necessária na ação pedagógica da educação infantil.

 

2-    A BRINCADEIRA:PRINCIPAIS CONCEPÇÕES.

 

 

Muito embora naantiguidade não houvessem tantos brinquedos como nos dias atuais e as crianças tivessem que ser muito mais criativas, é evidente que a brincadeira sempre esteve presente no universo infantil.  Brincar é pois uma necessidade da criança e independente da forma de se brincar ou do equipamento ou instrumento que se usa na brincadeira, está sempre será uma ação sempre prazerosa ao público infantil.De acordo com o pensamento de Alves (2007) a brincadeira não é apenas um entretenimento infantil, ela é capaz de criar confiança na criança como ser social. Deste modo pode-se afirmar que a brincadeira assume papel fundamental na formação do caráter e na potencialização de valores.

Conforme Wallon (2007)as brincadeiras são elementos inerentes a infância e podem se configuras em um universo de múltiplas faces no mundo infantil.Neste sentido é possível dizer que a brincadeira no universo infantil se consolida mecanismo facilitador “do processo de memorização, socialização, articulação de ideias e espontaneidade”.  Nesta mesma perspectiva os jogos infantis são ferramenta que no processo se fundem as brincadeira “numa dinâmica que produz interação social e leva a criança ao desenvolvimento de habilidades”.

De acordo com o autor a criança experimenta o mundo do faz de contas e coloca em prática o elemento da imitação a imitação e a repetição. O exercício destes elementos pela criança potencializa o processo da memorização de sentenças complexas e em consequência disto a aprendizagem.  Esta é pois uma dinâmica que leva o sujeito em aprendizagem a construir saberes sobre os pilares da sua realidade imediata, “pois, inicialmente, sua compreensão é apenas uma assimilação do outro a si e de si ao outro, na qual a imitação desempenha precisamente um grande papel. (...) a imitação não é qualquer uma, é muito seletiva na criança.”WALLON (2007)

Mediante o exposto podemos afirmar que através dos jogos e das brincadeira a criança interpreta e faz inferências no mundo real. Brincar é jogar com as regras, com os símbolos, com cultura e enxergar nestes elementos cognoscíveis

Esse caráter gratuito de obediência às regras do jogo está longe de ser absoluto definitivo; sua observância pode ter como efeito suprimir o jogo que elas foram feitas para alimentar; pois embora seja verdade que sua significação procede da atividade da qual se tornam guias, elas também podem, inversamente, contribuir para lhe tirar o caráter da brincadeira (WALLON, 2007, p. 64).

Levando o diálogo para uma perspectiva piagetiana o ato de brincar vai além da pura ação e chega até a organização dos espaços, do tempo e da forma como os sujeitos se movimentam na ação do brincar. O autor não faz diferença entre brincadeira e jogos, pelo contrário evidencia ambos como facilitadores do desenvolvimento infantil como elemento único. Em outras palavras é dizer que jogo seja uma modalidade de brincadeira, o diferencial está na vivencia de regras que o institui. Neste sentido a brincadeira é uma ferramenta de atividade intelectual que auxilia na realização do jogo, (PIAGET, J. 1975). Um ponto marcante evidenciado por Piaget é fato de as brincadeiras colocarem a criança em situações desafiadoras de vivencias de regras. O autor assevera que de acordo com cada faixa etária as regras vivenciadas pelas crianças podem gradativamente ficarem mais desafiantes. É importante que não se exceda e se respeite o tempo de cada criança para que não sejam criados outros problemas até mesmo de interação.

Já no pensamento de Vygotsky(1996) no universo infantil só existe uma regra, e dela flui todas as perspectivas criadoras do conhecimento, a saber, a imaginação. O que o autor que dizer é que a brincadeira é o elemento que faz com a criança saia do mundo movido pelas regra dos adultos e imagine um mundo só seu. A imaginação cria um mundo capaz de inúmeras realizações até a do aprender.

Têm-se até hoje a opinião de que a imaginação da criança é mais rica do que a do adulto. A infância é considerada a idade de maior desenvolvimento da fantasia e segundo essa opinião, à medida que a criança vai crescendo, diminuem a sua imaginação e a força de sua fantasia. [...] Goethe dizia que as crianças podem fazer tudo de tudo, e essa falta de pretensões e exigências da fantasia infantil, que já não está livre na pessoa adulta, foi interpretada frequentemente como liberdade ou riqueza da imaginação infantil (...). Tudo isso junto serviu de base para afirmar que a fantasia funciona na infância com maior riqueza e variedade do que na idade madura. A imaginação da criança [...] não é mais rica, é mais pobre do que a do adulto; durante o desenvolvimento da criança, a imaginação também evolui e só alcança a sua maturidade quando homem é adulto.( VYGOTSKY apud ELKONIN 1998, p.124)

Este mundo imaginário tem regras próprias, não funciona como algo nostálgico, mas se configura a partir das tentativas de novas explorações da mente inovando as práticas sociais infantis. A criança possui a habilidade e a força de “transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança” (VYGOTSKY, 1990, p.12).

 O que se pode dizer é que as brincadeira acabam por potencializar a imaginação e curiosidade do sujeito em aprendizagem, esta dinâmica é pois inevitável, posto que seja inerente ao público infantil.

Nesta perspectiva Negrine (1994) confirma o pensamento Vygotskyanoao apontar a importância de as crianças vivenciarem situações lúdicas, seja de forma internacionalizadas ou livres.

 

3-    A BRINCADEIRA COMO FACILITADOR DA AÇÃO PEDAGÓGICA.

 

 

Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver menino sem escola,mais triste ainda é vê-los sentados, tolhidos e enfileirados em uma sala de aula sem ar, com atividades mecanizadas, exercícios estéreis,sem valor para a formação de homens críticos e transformadores de uma sociedade. (Carlos Drummond de Andrade)

 

 

            A brincadeira tem se constituído um elemento facilitador da ação pedagógica, logo da aprendizagem do público infantil. Ao brincar a criança coloca em movimento seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor. É evidente que o processo pedagógico conduzido por meio da brincadeira possibilitao desenvolvimento de habilidades como: a capacidade de inventar e reinventar o mundo, a curiosidade sem a qual não possível aprender, a autonomia e autoconfiança, a criatividade e a vivencia de regras. Neste sentido a brincadeira proporciona o desenvolvimento de comportamentos espontâneos que possibilitam a formação do caráter infantil. O fator crucial da dinâmica do brincar é está no fato de esta ser elemento natural na vida criança e desta forma é possível que a criança satisfaça suas carências e fantasias a partir do imaginário.

De acordo com Piaget (1975) e Winnicott (1975) as brincadeiras são constituída por um sistema complexo cujos principais elementos são a vida social da criança e sua própria capacidade criadora, por dos quais é possível estimular e potencializar o processo cognitivo. Neste sentido é preciso combater a ideia de que brincar é perder tempo, e que as brincadeira não possuem valor pedagógico no processo de ensino e aprendizagem. A brincadeira é a forma mais eficaz de a criança demonstrar sua vida social e mobilizar habilidades para resolução de problemas. Esta linguagem que mostra a brincadeira como tempo perdido não dá conta de enxergar a criança nem o desenvolvimento humano infantil.  A criança ao vivenciar uma situação de brincadeira coloca em evidência todos os atributos da inteligência humana, pois cria um mundo do qual faz parte e extrapola o real pelo imaginário.

De acordo com Freud (1974, p. 135), reflete sobre o brinquedo:

Errado é supor que a criança não leva esse mundo a sério; ao contrário, leva muito a sério sua brincadeira e despende na mesma muita emoção. A antítese de brincar não é o que é sério, mas o que é real. Apesar de toda a emoção com que a criança catexiza seu mundo de brinquedo, ela o distingue perfeitamente da realidade, e gosta de ligar seus objetos e situações imaginados às coisas visíveis e tangíveis do mundo real. Essa conexão é tudo o que diferencia o “brincar“infantil do “fantasiar”.

Deste modo pode se afirma que as brincadeiras agem efetivamente na zona do desenvolvimento proximal, estimulando a inteligência e tornando elementos facilitadores da aprendizagem (VYGOTSKY, 1990, p.12).É inegável que o processo pedagógico onde há brincadeiras tem mais possibilidades de aprendizagens pois parte de princípios comuns ao público infantil e desenvolve a cooperação, linguagem, combate a agressividade criando harmonia, cria habilidades na resolução problemas, estimula a criação de regras e a vivencias destas.

Conforme asseveraAntunes (2004, p. 37):

O desenvolvimento da inteligência caminha célebre na educação infantil e também nos primeiros anos do ensino fundamental. Além das mudanças biológicas que se sucedem, o estímulo inefável de fazer novos amigos e o ambiente desafiador da sala de aula vai promovendo alterações marcantes. A inteligência sensório-motora salta do período de funções simbólicas – no qual a criança já se mostra plenamente capaz de separar e reunir – organizações representativas mais amplas e complexas. Outras inteligências desabrocham e permitem a assimilação das próprias ações. Entre quatro e cinco anos, a criança já revela capacidade de avaliar e enumerar o que há de comum e de diferente nos objetos com que tem contato no dia a dia e é praticamente “assaltada” por uma onda de mapeamentos espaciais e numéricos. Em pouco tempo, com uma rapidez que surpreende até mesmo os mestres mais experimentados, o mundo da criança, simbolizando por sua escola, passa a ser visto como um lugar em que se podem contar coisas. Nessa idade, as crianças querem contar tudo, das caretas de um desenho aos gestos diferenciados de uma dança.

Desta forma Galperin (2001) contribui com a discussão ao argumentar que podemos considerar uma situação de aprendizagem, toda dinâmica cujos o resultado imediato é formação ou construção de conhecimentos. Assim ao potencializar habilidades através da brincadeira é possível dizer que houve aprendizagem, pois um conjunto de inteligências foram mobilizada.  Para Galperin apud de Malaquias (2013. P.01) “Os novos conhecimentos e habilidades residem no fato de que, durante o processo da atividade, as ações com os objetos e fenômenos formam as representações e conceitos desses objetos e fenômenos.”

Para Coll (2004 a construção dos saberes se tornam pontos de partidas nas atividades lúdicas e a sala de aula um cenário de múltiplas faces que estimula a imaginação. E neste cenário estão postos em movimento conhecimentos culturais, organização de ferramentas, iteração social dos sujeitos. A socialização é contextualizada pela interação entre os sujeitos em aprendizagem movidos pelo jogo do brincar e vivencias coletivas do universo infantil.

Há pois interdependência“entre os processos individuais e os sociais na construção do conhecimento. [...] as atividades humanas estão posicionadas em contextos culturais e são mediadas pela linguagem e por outros sistemas simbólicos. Coll apud de Malaquias (2013. P.03)

Neste sentido Almeida, (1994, p.41):

[A brincadeira] na sua essência, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio.

Na educação de crianças pequenas a brincadeira se revela eficaz ferramenta do processo de ensino. Brincar na escola é construir conhecimentos, é potencializar habilidades e construir novas. Na brincadeira o mundo irreal existe e as regra são criadas para resolver situações complexas.

No pensamento de Malaquias (2013. P. 02)

A criança ao brincar e jogar se envolve tanto com a brincadeira, que coloca na ação seu sentimento e emoção. Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental. Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos. O brincar é um impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se mais fácil à obtenção do aprender devido à espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total.

Brincar agora já não é mais uma perca de tempo, pelo contrário uma ferramenta facilitadora do processo cognitivo da educação infantil. Parte do impulso natural da criança e otimiza a aprendizagem uma dinâmica que favores a assimilação dos conceitos necessários para formação humana e para o desenvolvimento da criança pequena.

 

4-    CONCLUSÃO

 

Mediante o estudo ora realizado fica evidente a importância da brincadeira como facilitador da aprendizagem na educação infantil. Desta forma a máxima deste diálogo que ora nos propomos nos leva a enxergar a brincadeira como o elemento que possibilita que a criança extrapole as dificuldades de assimilação no mundo real. Num universo inventado traves da ação do brincar a criança mobiliza um conjunto de habilidades no intuito de solucionar problema complexos, e neste momento constrói saberes que talvez não seriam possível forma do campo da imaginação.

Embora os autores estudados abordem de formas diferentes seus pensamentos sobre a brincadeira no processo de ensino e aprendizagem, há pois um consenso de que esta seja um facilitador da construção cognitiva. Pois a brincadeira além de estimular o raciocínio lógico possibilita na interpretação e a vivencia de regras, ao passo que também contribui com a e formação de conceitos complexos da aprendizagem infantil.

Deste modo conclui-se que a brincadeira deve ser utilizada no processo educativo da educação infantil uma vez que esta faz parte do impulso natural da criança e ajuda a assimilar os conceitos necessários pra sua formação. A ressalva-se apenas que a regras devem ser vivenciadas de acordo com a faixa etária dos sujeitos em aprendizagens, pois do ponto de vista da brincadeira como facilitador, não se pode exigir além da capacidades a serem desenvolvidas para determinado período do desenvolvimento humano.

 

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

 

ANTUNES, Celso. Trabalhando Habilidades: Construindo ideias. São Paulo. 2004.

ALVES, Roberta C. P. VERISSÍMO, Maria De La Ó R. Os educadores de creche e o conflito entre cuidar e educar. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, v. 17, n. 1, abr. 2007.

COLL, C.; MARCHESI A.; PALACIOS J.; Desenvolvimento psicológico e educação. 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2004.

ELKONIN, Daniel B. Psicologia do jogo. Trad. Alvaro Cabral. São Paulo:Martins Fontes, 1998.

FREUD, S. Escritores Criativos e Devaneios. Vol. IX . Rio de Janeiro. Imago, 1974..

GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil, Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

MALAQUIAS. Maiane Santos.Ribeiro. Suely de Souza (2013) A Importância do Lúdico no Processo de Ensino-Aprendizagem no Desenvolvimento da Infânciadisponível em https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-do-ludico-no-processo-de-ensino-aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia acessado em 11/08/2015

NEGRINE, A. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: PRODIL, 1994, vol. I.

OLIVEIRA, Zilma R. de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. 255 p

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 2. e., Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

VIGOTSKY, L. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Rio de Janeiro: Andes, 1981

WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007 (Coleção Psicologia e Pedagogia).

WINNICOTT,D.W.O brincar e a realidade. Rio de Janeiro:Imago,1975.