1 INTRODUÇÃO

A idéia proposta neste artigo é questionar, indagar e trazer para a sociedade acadêmica uma nova questão a ser estudada, a Bíblia científica. Vivemos em um país ao qual nascemos, passamos pela adolescência e chegamos a idade adulta aprendendo e ouvindo histórias bíblicas. De um lado, aquele grupo de pessoas que duvidam, e de outro os que crêem, mas nunca chegamos a um consenso, a uma solução a qual paramos para de fato olhar para este livro de forma acadêmica e produtiva, sem mais delongas vamos questionar, problematizar e decidir se vamos incluir ou não este livro no nicho histórico-científico ou o deixaremos apenas como mais um livro mitológico na historicidade humana.

1.1 Delimitação do Tema....................................................................................

Neste tema o objetivo a ser pesquisado é até onde algo pode ser ou não considerado científico, portanto devemos considerar o tanto que devemos ter de evidências para protocolar tais conclusões em provas, neste caso irei usar exemplos extras-bíblicos para compará-los com os relatos do livro, usar acontecimentos históricos que a sociedade acadêmica hoje já não questiona como real ou não, mas crê que de fato ocorreu e usar o mesmo “peso e moeda” para evidenciar a historicidade bíblica para “pesarmos” nossa sinceridade ao estudar o tema. E usar como fontes de pesquisa a Paleontologia, a Arqueologia e a Historiografia, em geral outras ciências para concluirmos esta questão.

Primeiramente não irei trazer ao debate as questões em que ocorrem acontecimentos sobrenaturais, mas irei escrever sobre acontecimentos de guerras, geografia bíblica, cultura judaica e questões cotidianas dos Hebreus, e então poderemos ao final deste estudo entender se este povo de fato é o que eles realmente dizem ser, e se haveremos provas ou evidências o suficiente para poder afirmar se determinada parte está correta ou não, e por que não o restante, ao qual  então não podemos ainda comprovar? E então definir se a narrativa bíblica é realmente diferenciada ao que tange outras mitologias, e definir se devemos levá-la ou não sério.

1.2 Formulação do Problema de Pesquisa........................................................

Atualmente vivemos em um mundo onde tudo deve ser empírico ver, observar e concluir é a base de boa parte de tudo que estudamos, neste caso não é diferente, pois a sociedade quer comprovar tudo ao seu redor, e como a bíblia fala de um Deus, como podemos comprovar sua existência? Podemos?  Afinal é uma tarefa árdua definir, pesquisar e concluir um tema tão polêmico, ainda nos dias de hoje.

O mundo divide-se em dois, aquele grupo que simplesmente crê, por meio da fé, e o grupo que dúvida, por falta da mesma. Contudo não há um grupo que vislumbre outra visão deste tema, para que se possa aplicar outra hermenêutica desta questão.

 

1.3 Hipóteses........................................................................................................

Quando se trata de disciplina de História, as hipóteses são quase infinitas, devemos montar um cenário para que possamos ver o que de fato pode ter ocorrido, exemplificando os Egípcios, podem-se usar os mesmos critérios utilizados com tal civilização, e seus respectivos acontecimentos e comprovar tais cotidianos e ocorridos com os Hebreus, ou mesmo através da Arqueologia comprovar que certo rei chamado Davi, viveu de fato em uma Jerusalém histórica, também podemos afirmar que somente pelo fato de Israel hoje existir, já se comprova toda a narrativa bíblica. Ou será através das profecias já cumpridas, que podemos carimbar então como verdadeira toda a narrativa Cristã?

Existe uma infinidade de questões e desdobramentos que podem ser utilizados e aplicados para a evidenciação desta narrativa e então chegar a um consenso, concluindo com sinceridade sua historicidade. Seja ela através de pesquisa extra-blíblica, ou somente através da Arqueologia. Onde algo deve ser citado para se crer que de fato aconteceu no passado?

 

1.4 Justificativa...................................................................................................

A Bíblia de fato hoje muda a vida de muitas pessoas, pessoas que vivenciam situações de vida difíceis, e esta atua como uma “segunda chance” para a pessoa. Todos nós conhecemos aquela pessoa que estava prestes a desistir de tudo e descobriu uma nova vida através da leitura bíblica, isso é inegável.

Outra questão é o embate em que vivem os “crentes” e os “não crentes”, acredito que a pessoa deve e tem o direito de simplesmente não crer através de sua própria escolha, mas não que seja por meio de falta de evidência, prova ou fé, mas que escolha isso. Muitos acadêmicos das áreas das exatas julgam pessoas que crêem na Bíblia como pessoas ignorantes, pessoas sem conhecimento, pois então devemos tirar essa pauta da sociedade, pois já é passado este tempo de pré-julgamentos, isso sim é característico de uma pessoa ignorante. Em último dos casos, devemos dar o merecido crédito a este livro devido ao tanto que este beneficia povos e vidas, devemos ser mais inclusivos a este nicho que hoje só tem crescido e trazê-los para o meio acadêmico enriquecendo ainda mais nossos estudos, e encarar não como apenas uma Teologia, mas sim, estudo histórico, e a Teologia devem ser entendidos, respeitada e estudada o porquê de certas situações que não podemos às vezes compreender, terem acontecidos, mas aí, é outra questão, outro tema.

Com certeza é um tema muito rico e que abrange muitos interessados, pois aquele que tem fé e crê, quer aprender e comprovar o que de fato pratica, e aqueles que não crêem poderão optar de uma forma mais inteligente se irá aceitar ou não tal importância, é um debate rico e que só tem a agregar na sociedade, esta que por maioria acredita ou desacredita por meio da fé ou falta da mesma, e se acomodou diante desta situação.

 

 

1.4 Objetivos.........................................................................................................

Como pretendemos neste artigo o objetivo geral do mesmo é problematizar o contexto “Ciência e Religião” e solucionar todos os vértices e preconceitos arraigados dentre a sociedade, fazendo assim com que o pensamento livre e não doutrinado no meio acadêmico possa ser debatido de forma ampla e libertária em favor do laico, não o laicismo. Através deste estudo, o leitor poderá analisar questões levantadas pela arqueologia bíblica, observar relatos das sociedades antigas contemporâneas ao mundo Israelita e concluir seu potencial norte de pensamento. Concluindo sua tese após ter lhe sido apresentadas as provas e evidências em favor da historicidade bíblica.

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO.................................................................................

Com base nas pesquisas arqueológicas e artefatos encontrados ao longo da história, através de uma série de estudos e teorias do Dr. Rodrigo Silva, obtivemos diversas evidências em favor da arqueologia bíblica, das quais irei citar aqui. Em primeiro lugar devo ressaltar o achado do Papiro de Ipwer – trata-se da oração sacerdotal de um certo egípcio chamado Ipwer que reclama junto ao deus Horus as desgraças que assolavam o Egito. Entre elas ele menciona o Nilo se tornando em sangue, a escuridão cobrindo a terra, os animais morrendo no pasto e outros elementos que lembram muito de perto as pragas mencionadas no Êxodo. Também levanto aqui, a famosa Estela de Merneptah – uma coluna comemorativa escrita por volta de 1207 a.C. que conta as conquistas militares do faraó Merneptah. É a mais antiga menção do nome “Israel” fora da Bíblia. Alguns céticos insistem em negar a história dos Juízes dizendo que Israel não existia como nação naqueles dias. Porém, a Estela de Merneptah desmente essa afirmação ao mencionar Israel entre os inimigos do Egito.

 Outro grande achado são os Textos de Balaão – fragmentos de escrita aramaica foram encontrados em Tell Deir Allá (provavelmente a cidade bíblica de Sucote). Juntos eles trazem um episódio na vida de “Balaão filho de Beor” – o mesmo Balaão de Números 22. Os textos ainda descreviam uma de suas visões, indicando que os cananitas mantiveram lembrança desse profeta. Outra Estela não muito conhecida, mas não menos importante nas pesquisas arqueológicas é a Estela de Tel Dã – outra placa comemorativa, desta vez da conquista militar da Síria sobre a região de Dã. Encontrada em meio aos escombros do sítio arqueológico, a inscrição trazia de modo bem legível a expressão “casa de Davi” que poderia ser uma referência ao templo ou à família real. Porém o mais importante é que mencionava pela primeira vez fora da Bíblia o nome de Davi, indicando que este fora um personagem real.

 Com perfeito alinhamento em relação ao texto bíblico, também existe o relato do Obelisco negro e prisma de Taylor – Estes artefatos mostram duas derrotas militares de Israel. O primeiro traz o desenho do rei Jeú prostrado diante de Salmanazar III oferecendo tributo e o segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias. E uma pequena inscrição encontrada como Inscrição de Siloé –  achada acidentalmente por algumas crianças que nadavam no tanque de Siloé, essa antiga inscrição hebraica marca a comemoração do término do túnel construído pelo rei Ezequias, conforme o relato de II Crônicas 32:2-4.

Todas essas evidências, e achados acima se tratam do Antigo Testamento, mas também existe diversos estudos e artefatos que nos remetem ao Novo Testamento, e o Dr. Rodrigo Silva também atuou com pesquisas e textos destes mesmos, seguem abaixo o relato.

Ossuários de Caifás e (possivelmente) Tiago irmão de Jesus – Alguns ossuários costumavam trazer uma inscrição com o nome da pessoa que estaria ali. Sendo assim, dois ossuários chamaram a atenção dos arqueólogos. O primeiro foi encontrado em 1990 e legitimado como sendo do mesmo Caifás mencionado em Mateus 26 e João 18. Já o segundo, cuja autenticidade é disputada entre os especialistas, pertenceria a Tiago, um dos irmãos de Jesus conforme o texto de Mateus 13;55. Caso se demonstre verdadeiro, este ossuário será a mais antiga menção do nome de Jesus que temos notícia.

Inscrição de Pilatos – Uma placa comemorativa encontrada em Cesaréia Marítima no ano de 1962 revelou o nome de Pilatos como prefeito da Judéia. Antes disso, sua existência histórica era questionada pelos céticos.

Cafarnaum – A cidade onde Jesus morou foi escavada e preservada para visitação. Ali é possível se ver os restos de uma sinagoga e uma igreja bizantina que foram respectivamente construídas sobre a sinagoga dos dias de Jesus e a casa de Pedro, o líder dos doze apóstolos.

E para finalizar a parte arqueológica que nos trás o Dr. Rodrigo Silva, temos o maior achado bíblico da história, Qumran e os Manuscritos do Mar Morto.

Um isolado sítio arqueológico foi acidentalmente descoberto por um garoto beduíno em 1947, nas redondezas do Mar Morto junto ao deserto da Judéia. Ali podem ser vistas as ruínas de Khirbet Qumran onde, segundo a opinião de muitos, viveram os antigos essênios, uma facção religiosa judaica que rompera com o partido sacerdotal de Jerusalém.

Mas o achado do garoto foi ainda mais surpreendente. Ele descobriu numa das grutas locais antigas cópias do Antigo Testamento e outros livros judaicos que estavam guardados por quase dois mil anos.

Juntos esses manuscritos (advindos de pelo menos 11 cavernas) formavam uma enorme biblioteca de textos inteiros ou fragmentados que contextualizam o judaísmo dos dias de Cristo. E mais, ajudam a estabelecer a confiança na transmissão texto bíblica, uma vez que não possuímos nenhum dos originais que saíram das mãos dos profetas.

Ocorre que, até ao achado dos manuscritos do Mar Morto, as cópias hebraicas mais antigas da Bíblia datavam do século 10 d.C., ou seja, mais de mil anos depois da produção do último livro vétero-testamentário. E que certeza teríamos, além da fé, de que não houve alterações substanciais no texto? Sendo assim, o achado de Qumran foi bastante providencial pois proveu-nos de cópias da Bíblia Hebraica que datavam de até 250 a.C..

Quando essas cópias foram comparadas ao texto hebraico massorético (aquele tardio sobre o qual se baseavam as traduções modernas) demonstrou-se claramente que elas confirmavam a fidedignidade da versão que possuíamos. Se a Bíblia tivesse sido drasticamente alterada ao longo dos séculos, os Manuscritos do Mar Morto demonstrariam isso, pois, afinal, foram produzidos antes mesmo do surgimento do cristianismo.

Todas estas informações, são estudos e achados arqueológicos conhecidos ao longo da historicidade humana, são evidências que qualquer um de nós pode ter acesso ao seu estudo, portanto eu trouxe neste pequeno referencial teórico a visão e conclusão de cada achado citado acima, através dos relatos trazidos pelo Dr. Rodrigo Silva, de que não há outra possibilidade há não ser que estejamos falando sobre passagens bíblicas do ponto de vista arqueológico, me arrisco a dizer que, a Bíblia é um livro tão imenso e gigantesco, guardando mais de 5 mil anos de história que com certeza seria impossível arqueologicamente falando, achar tudo que a mesma cita, mas se achamos tanto por quê duvidar do restante e não tratar de forma respeitosa e histórica este livro? Enfim, existem muitos relatos e teorias em favor da narrativa bíblica, ao qual cada uma merece um artigo único para si, tanto na área da história, arqueologia, biologia e  também geologia, e segundo o Prof. Adauto J. B. Lourenço  formado em Física pela Bob Jones University (1990) na área da física são ilimitadas coerências com o texto Sagrado.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................

SILVA, Rodrigo. A Arqueologia e a Bíblia. Disponível em: http://novotempo.com/evidencias/2011/04/01/a-arqueologia-e-a-biblia/. Acessado em 14/10/2017