SEGUNDA LICENCIATURA EM LETRAS / PORTUGUÊS

SABRINA DE LOURDES SILVA

A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS NO ENSINO MÉDIO

 

CARATINGA

2018/2

SABRINA DE LOURDES SILVA

A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS NO ENSINO MÉDIO

Trabalho de produção textual individual (PTI) do curso de letras/português, da Instituição Anhanguera/Uniderp. Segunda licenciatura. 2° período.

CARATINGA

2018/2

  1. Introdução
    1. A atuação do professor de Português no Ensino Médio

 

A produção textual individual (PTI), tem como objetivo para o aluno impulsionar a aprendizagem interdisciplinar de todos os conteúdos a serem desenvolvidos neste semestre, proporcionar experiências para o campo de atuação, e também estabelecer uma relação entre a teoria e a prática que será executada e assim estimular o aluno para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

O objetivo desse trabalho é identificar as mudanças que podem ser feitas no planejamento, revisar a forma de avaliação colocada pelo antigo professor. Alcançando esse objetivo pode-se trabalhar de forma mais dinamizada e a turma se desenvolver melhor e atingir um nível maior de aprendizagem.

Se tratando do professor de português no ensino médio temos a percepção de que nos dias atuais os adolescentes estão cada vez mais desinteressado do meio escolar, as tecnologias estão sempre em primeiro lugar na vida deles, o que dificulta a aprendizagem, fazendo com o que o professor tenha que ser mais dinâmico para que os alunos tenham interesse nas aulas.

GAIGNOUX (pág. 495 – 502, 2014) diz que, o ensino de Língua Portuguesa deve ter como finalidade principal capacitar os estudantes para escrever e interpretar textos satisfatoriamente. Nesse processo, o texto literário será um poderoso aliado, pois, por meio dele, é possível transformar o aluno em leitor e, consequentemente, possibilitar seu ingresso efetivo na sociedade.

É importante que o professor tenha sempre a melhor didática para ser trabalhada, pois a Língua Portuguesa além de ser complexa é também extensa, são muitos conteúdos que devem ser trabalhados para “pouco” tempo de aula. Sem contar nas dificuldades que os alunos encontram, o que acarreta atraso até mesmo no cronograma de aulas do professor.

 

  1. A atuação do professor de português no Ensino Médio

A situação geradora apresentada nesta PTI, e bem clara e objetiva ao mostrar a forma com que o profissional de letras/português trabalha em sala de aula, a diferença na maneira de trabalhar com os alunos dentre os dois professores citados, podemos perceber que o antigo professor executava seu trabalho de modo que os alunos não tinham interação e não participavam efetivamente da aula, o que tornava a aula cansativa e os alunos com o pensamento de que precisavam apenas de nota média.

Se tratando da professora nova, vimos que ela se dispôs a trabalhar dinamicamente, despertando o interesse e curiosidade dos alunos. Inclusive o planejamento dos professores se diferiram devido a prática que os mesmo tinham em sala de aula. Acrescentar ao planejamento do antigo professor foi a forma que Lúcia encontrou de ser dinâmica e ainda assim seguir o script do plano.

De acordo com GAIGNOUX (pág. 495 – 502, 2014) a escola é o ambiente natural em que os alunos mergulham no mundo das linguagens escritas; é o espaço onde os estudantes devem ter contato com diferentes textos de gêneros variados.

A partir dessa concepção podemos refletir sobre as estratégias que fazem-se necessárias para que a escola possa ampliar o contato dos alunos com a diversidade de manifestação cultural escrita de nosso meio social.

De acordo com ANTUNES (2009), esse processo deve ocorrer:

· Pelo estímulo a uma cultura do livro;

· Pela fartura de um bom e diversificado material de leitura;

· Pelo acesso fácil e bem orientado a esse material;

· Pela diversidade de objetivos de leitura;

· Pela frequência de atividades de ler e de analisar materiais escritos;

· Pela formação do gosto estético na convivência com a literatura.

FONSECA explica que, "Língua” e "literatura" são termos que se associam de um modo quase automático, formando um sintagma sólido e coeso. Nomeadamente quando se fala de ensino.Não se trata de ensinar língua mais literatura ou de ensinar língua e depois literatura, mas de ter consciência de que faz parte da competência do falante e está nela fundamente enraizada desde as fases mais precoces da aprendizagem linguística a capacidade de explorar as amplas virtualidades cognitivas e lúdico catárticas de uma relação autotélica com a língua.

Dentro dessa perspectiva de ensino, vemos que não depende apenas de trabalhar dinamicamente, é importante usar os conteúdos de forma correta e ensinar de acordo com as competências e habilidades a serem adquiridas. Lucia, nossa personagem, tem o objetivo de mudar o conceito dos alunos sobre as aulas de português, e para isso é preciso organizar toda uma estrutura teórica para ser apresentada ao conselho da escola.

A literatura está sendo considerada um bem cultural, que contribui para o desenvolvimento da educação estética, sensibilidade, concentração, aspectos cognitivos e linguísticos até o exercício da imaginação, favorecendo o acesso aos diferentes saberes sobre a cultura de povos e lugares desconhecidos, sendo ele tanto no universo fictício quanto no universo real.

A leitura literária deixa em cada um de nós uma bagagem de experiências que nos define como leitores e que se refletem em nossa formação humana e profissional. Por isso a importância de se trabalhar com a literatura, resgatando toda sua história e progresso dentro da língua portuguesa.

Sabemos que existem muitas escolas que trabalham com o texto literário de forma inadequada, considerando este, como meramente didático e pedagógico, falsificando seu caráter literário. E além de “destruir” o texto, que acaba se tornando um fragmento incoerente e inconsistente.

De acordo com FREIRE (1982, pág. 90) A leitura perde a sua validade porque as palavras do autor ficam fechadas em si mesmas, sem relação nenhuma com a história e experiência do leitor. Estabelece-se, assim, o “círculo vicioso do silêncio”. Só se ouve a voz contida nos livros, enquanto a voz do leitor não soa.

 

  1. Conclusão

É fundamental ressaltar que a professora nova deve seguir os parâmetros curriculares nacionais, e seguir o planejamento anual da escola que serve de embasamento para que ela possa seguir um conteúdo e cumprir os objetivos, tanto os que foram proposto pela escola quanto seus próprios objetivos.

Como solução para a professora Lúcia, e tendo esse embasamento teórico, ela pode sim tornar a aula mais dinâmica, acrescentar no planejamento do antigo professor, avaliar de forma diversificada, trabalhar com os textos literários mas não se esquecer da gramática e demais conteúdos que regem o planejamento do ensino médio, e resgatar dos alunos todo conhecimento prévio, tudo aquilo que pode contribuir para o melhor desempenho dos mesmo.

É importante também que faça um trabalho de forma que estimule os alunos e que eles tenham amor pela literatura e pela leitura, transformar em um hábito prazeroso, que coloca o aluno a ter contato com a língua padrão e utilizara como benefício para a sua vida social.

Portanto, a atuação do professor no ensino médio é de extrema relevância, contudo deve ser bem trabalhado e explorar cada vez mais do alunos seus gostos, suas vontades, seu aprendizado, e se conhecimento prévio. Sendo assim a professora Lucia pode realizar um ótimo trabalho, independente das ações anteriores.

  1. REFERÊNCIAS

ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Sobre Educação (Diálogos). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

OLIVEIRA, Rita Lírio de. A Inadequada escolarização do texto literário.Grupo de Pesquisa Identidade Cultural e Expressões Regionais – ICER. Professora de Língua Portuguesa e Literatura. Texto publicado na Revista Direcional Educador – novembro/2008.

GAIGNOUX, Aline de Azevedo. O texto literário na escola. Palimpsesto, Rio de Janeiro, n. 19, out - nov. 2014, pp. 495-502. Disponível em: http://www.pgletras.uerj.br/palimpsesto/num19/estudos/palimpsesto19estudos07.pdf. Acesso em: 23.09.2018. ISSN: 1809-3507.

FONSECA, Fernanda Irene (2000): “Da inseparabilidade entre o ensino da língua e o ensino da literatura”, in Carlos Reis et al (orgs.), Didáctica da língua e da literatura, vol. I. Coimbra: Almedina / ILLP Faculdade de Letras: 37-45.