1. Introdução

A família Real portuguesa veio para o Brasil fugindo das invasões napoleônicas, ao chegarem no porto do Rio de Janeiro se depararam com uma realidade jamais vista em Portugal. Um lugar hostil, insalubre impróprio para as estalagens de aproximadamente 15 mil pessoas que vinham de Portugal junto com a família real.

O número de escravos no Rio em meados do século XIX era tão grande que se temia uma revolução escrava como a acontecida no Haiti.

Autores como Thomas H. Holloway, Aloísio de Azevedo, José Murilo de Carvalho e outros ilustram o texto de forma a transparecer a segunda metade do século XIX e a primeira década do século XX na sua forma política, social, cultural e principalmente sanitária. Esta última se relaciona a todas as outras de forma dependente para sua eficácia.

Quanto aos dados estatísticos, é surpreendente a demanda da população masculina à época, em detrimento da população feminina, trazendo o autor ao texto, a obra de Aloísio de Azevedo, “O cortiço”, onde Pombinha, menina pura e simples que, não resistindo às pressões do meio, acaba por se prostituir.

Todavia o texto ainda traz dados de aumento do efetivo da Polícia Militar no final do século XIX e a importância da polícia no papel da transição monárquica para republicana.

E traz o lado oposto a esse pensamento onde Carvalho (1987) diz que não houve um transição mas sim um continuação das mesmas classes dominantes no poder, afastando as camadas populares de todo processo eleitoral, a partir da proibição do voto para os analfabetos, numa população onde a maior parte da população estava fora desse enquadramento exigido para exercer o sufrágio que deveria ser universal.

Ainda sim o texto traz um grande número de mortes por incidência de doenças infectocontagiosas, e demonstra com o governo tratou de cessar essa reincidência de óbitos.

De certa forma a saúde pública acabou virando caso de polícia, quando se instituiu a vacinação obrigatória e a coercitiva.