Muitas vezes nos deparamos com pessoas que parecem sempre de mal com a vida, fechadas em si mesmas, procurando isolar-se, em vez de integrarem-se, ou no seio da família, ou nos mais diversos grupos. Quase sempre são muito críticas,muito exigentes,querendo que tudo seja feito à sua maneira, sendo estaconsiderada a única forma correta,desprezando as opiniões, gostos e idéias alheias.

São pessoas de difícil comunicação, amargas que veem o mundo de uma forma pessimista, cinzenta. Não desfrutam de muitos momentos bons, porque não sabem relaxar, descontrair-se, ver as pessoas, as situações e os fatos de uma maneira menos intransigente, mais indulgente, sem julgamentos. Não sabem aceitar as diferenças. Parecem não ter prazer em estar com pessoas. Preferem o isolamento ao encontro. Não me refiro só ao encontro físico de estar em companhia de alguém, mas o encontro verdadeiro, espiritual, de almas, coração, sentimento.

Para que isto ocorra é necessário humildade, aceitação do outro, sintonia de sentimentos, de idéias, despojamento de conceitos pré-formulados, em suma de preconceitos.

Pressupõe abertura, flexibilidade, menos ansiedade, mais paciência para saber escutar, colocar-se no lugar do outro, olhar cada situação com olhos de criança, de aprendiz, de curiosidade, vendo as múltiplas possibilidades, sem ter uma resposta definida, pronta para cada coisa, de acordo unicamente com sua maneira de encarar os fatos.

É preciso saber ver além das aparências, ter respeito pelo outro, reconhecer as diferenças, respeitar as individualidades.

E necessário saber acolher o outro, dirigir-lhe palavras, pensamentos, sentimentos que exaltem o positivo.

Quem recebe apoio, palavras de incentivo, sente-se seguro, amado, é capaz de desenvolver todo seu potencial com mais facilidade. Tem sua auto-estima elevada. Sente-se respeitado e amado pelo que é .Isto gera confiança no outro e em si mesmo..Faz com que as trocasocorram naturalmente.É ação versus reação.Se recebo carinho confiança, entendimento,aceitação, estímulos positivos, vou responder ao longo da vida de forma idêntica.

Quando existe o verdadeiro encontro, há sintonia, divisão de problemas, pois o problema do outro passa a ser meu também. Há ajuda, espaço para o diálogo, aceitação e liberdade para que mudanças ocorram.