A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS INFANTIS

Contar história é um ato milenar, onde é possível reunir pessoas entorno de mensagens, conhecimentos e informações desde o tempo em que apenas a oralidade era o meio  possível de comunicação.  O ato de contar histórias tem a dádiva de aproximar pessoas, que compartilham aventura, desvendam mistérios e suas emoções.

Reunir um público diante de uma história e seu narrador, é possibilitar o compartilhamento de  sentimentos, que nos tornam sensíveis aos sonhos,   imagens, pensamentos construídos de forma individual.

A  história infantil, tem o poder de acionar  a sensibilidade imaginária e fantasias da infância.  Contar história aproxima o  leitor do conhecimento de forma lúdica. São as narrativas escritas do nosso espaço de leitura. Pode-se  contar história quando desejamos aproximar pessoas que frequentam o mesmo espaço, uma vez que estas  pessoas se identifiquem com esse mundo fantástico das ideias que se transformam em poesias vivas. Para a autora HELD (1970): “Estamos voltando às histórias mágicas, fantasiosas e fantásticas para as crianças, pois só através desse estímulo se desenvolvem a capacidade de pensar, criar e recriar a vida”.

A educação infantil é o espaço apropriado, para a  contação de histórias, transformando as fantasias em momento de prazer, de lazer, de vivencia e reflexão. É importante que os objetivos de historias estejam explícitos no que o narrador almeja alcançar. O contador de histórias precisa ter me mente quais passos a seguir e o que pretende  realizar  para tanto se faz necessário planejar.

            Quais os passos para que a história se torne interessante:

Identificar o público infantil em sua faixa etária.

Escolher o texto, a partir do contexto e que desperte curiosidade e atenção.

Utilizar-se da criatividade, da fantasia, da didática apropriada para aquele momento.

Causar impacto , lucidar a história envolvendo o público.

É importante que o narrador tenha em mente que suas palavras terão uma grande importância, uma vez que elas darão vida aos pensamentos de um autor e também motivarão mudanças significativas tanto para crianças quanto para adultos.

O contador tem palavras poderosas, e deve valorizar sua ação enquanto profissionais, dar sentido a uma história é apropriar-se da magia da transformação.

            Contar  história tem a ver com estudar a historia, conhecer o público e acreditar no que está fazendo.  Para a autora Dinorah 1995 p.55: Ele apenas conta o que aconteceu, emprestando, com a voz, vivacidade à narrativa, cuidando de escolher bem o texto e recriá-lo na linguagem própria, sem as limitações que a escrita impõe.

Para quem pretende desenvolver essa prática em seu espaço educacional, ou comunidade precisa saber que esta habilidade tem uma vasta bibliografia e que existem possibilidade de aprimoramento na área com o intuito de formar um número cada vez maior de contadores de história e disseminadores da leitura. De acordo com Rodrigues, 2005:

A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 04).

O contador de história não precisará de um local específico, pois este poderá transformar qualquer espaço em, escuta de  sua narrativa. O espaço principal será o público, o ouvinte. Assim ele passa a transportar o ouvinte para o mundo da história, através de um cenário que será criado a partir da voz do narrador, cujo o objetivo é envolver a imaginação para que possa  fluir livremente o sentimento, a emoção e em fim. O acolhimento  das mais variadas expressões  ao redor de seu narrador. A  história transforma o mundo em sonhos. E sonhos em realidades.

 

RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia, 2005.