A ARTE COMO DISCIPLINA ESCOLAR

Autora: Mariane Damke

Professora da rede publica de ensino.

Coautora: Jucelane Benetti

Professora da rede publica de ensino.

 

Muito se fala sobre a importância das atividades artísticas na educação escolar, como conteúdo e procedimento de ensino, para promover aprendizados, favorecer o desenvolvimento de competências e propiciar uma formação integral do aluno. Apesar das modificações na forma de tratar o assunto no ensino fundamental nas últimas décadas, observa-se que as escolas e os professores possuem ainda concepções dicotômicas sobre o assunto, que ora pressupõem que as atividades artísticas devem ser realizadas como exercícios monótonos de repetição de modelos, e em outro momento como ações de livre expressão. Apesar das atividades artísticas não serem consideradas importantes instrumentos de mediação na constituição de saberes e do próprio ser humano, observou-se a sua importância para crianças de uma unidade escolar estadual no município de Rondonopolis-MT, principalmente quando são oportunizadas experiências de valorização de elementos da cultura dos grupos em que estão inseridas.

Os dados foram obtidos a partir da realização de oficinas na sala de aula, no horário destinado a aula de educação artística, com crianças do 5º ano do fundamental, com idade entre dez e onze anos as oficinas são realizadas semanalmente nas sextas feriras no ultimo horário. Foram encontrados bons resultados a partir das interações do contexto observado, que possibilita aprendizados além dos conhecimentos sistematizados, a partir das vivências da vida cotidiana. As crianças participam das atividades com interesse e entusiasmo, alem da mediação dos professores, observamos a mediação entre os alunos. Segundo Vygostysk a construção do conhecimento se dá na interação mediada pelas relações. A criatividade manifesta-se na produção artística e contribui para o desenvolvimento integral.A mediação caracteriza a relação do sujeito com o mundo e com outros sujeitos. A arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. (PCN- Arte-1997).  

As interações entre as crianças, a relação conhecimento escolar e saberes da vida contribuem para a socialização, com as atividades escolares e melhoria da auto estima. A maior contribuição da expressão artística na vida é uma educação de maior qualidade e mais rica de significados aos alunos, que poderiam aprender os conteúdos sistematizados com mais interesse e satisfação.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano – 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à pratica educativa. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra. 1996.

GARAVELLO, M. E. P. E. A palha e o fio da bananeira. Manual de produção. ESALQ/USP, 1999.

PICHON-RIVIERE, H. O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

___________. O processo de criação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

SARRIERA, Jorge Castella (Org.). Psicologia Comunitária: estudos atuais. 3° Ed. rev. e ampliado. Porto Alegre: Sulina, 2010.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1984.

 

 

 

A ARTE COMO DISCIPLINA ESCOLAR

Autora: Mariane Damke

Professora da rede publica de ensino.

Coautora: Jucelane Benetti

Professora da rede publica de ensino.

 

Muito se fala sobre a importância das atividades artísticas na educação escolar, como conteúdo e procedimento de ensino, para promover aprendizados, favorecer o desenvolvimento de competências e propiciar uma formação integral do aluno. Apesar das modificações na forma de tratar o assunto no ensino fundamental nas últimas décadas, observa-se que as escolas e os professores possuem ainda concepções dicotômicas sobre o assunto, que ora pressupõem que as atividades artísticas devem ser realizadas como exercícios monótonos de repetição de modelos, e em outro momento como ações de livre expressão. Apesar das atividades artísticas não serem consideradas importantes instrumentos de mediação na constituição de saberes e do próprio ser humano, observou-se a sua importância para crianças de uma unidade escolar estadual no município de Rondonopolis-MT, principalmente quando são oportunizadas experiências de valorização de elementos da cultura dos grupos em que estão inseridas.

Os dados foram obtidos a partir da realização de oficinas na sala de aula, no horário destinado a aula de educação artística, com crianças do 5º ano do fundamental, com idade entre dez e onze anos as oficinas são realizadas semanalmente nas sextas feriras no ultimo horário. Foram encontrados bons resultados a partir das interações do contexto observado, que possibilita aprendizados além dos conhecimentos sistematizados, a partir das vivências da vida cotidiana. As crianças participam das atividades com interesse e entusiasmo, alem da mediação dos professores, observamos a mediação entre os alunos. Segundo Vygostysk a construção do conhecimento se dá na interação mediada pelas relações. A criatividade manifesta-se na produção artística e contribui para o desenvolvimento integral.A mediação caracteriza a relação do sujeito com o mundo e com outros sujeitos. A arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. (PCN- Arte-1997).  

As interações entre as crianças, a relação conhecimento escolar e saberes da vida contribuem para a socialização, com as atividades escolares e melhoria da auto estima. A maior contribuição da expressão artística na vida é uma educação de maior qualidade e mais rica de significados aos alunos, que poderiam aprender os conteúdos sistematizados com mais interesse e satisfação.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano – 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à pratica educativa. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra. 1996.

GARAVELLO, M. E. P. E. A palha e o fio da bananeira. Manual de produção. ESALQ/USP, 1999.

PICHON-RIVIERE, H. O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

___________. O processo de criação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

SARRIERA, Jorge Castella (Org.). Psicologia Comunitária: estudos atuais. 3° Ed. rev. e ampliado. Porto Alegre: Sulina, 2010.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1984.