A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COMO LEITORA E AUTORA – 

OS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

ROSA, Laura Beatriz de Arruda1

 

RESUMO

 

Este artigo trouxe contribuições de grandes autores como Cavalcanti (2002), Belloni (2009), Parreiras (2012), Lima, Moreira e Lima (2014) e Barbosa (2007), que auxiliaram com pesquisas sobre a criança como ator social, sujeito de seu processo de socialização, um sujeito capaz de aprender a construir suas próprias idéias. Um dos principais objetivos originou-se na observação das práticas pedagógicas e vivências da criança na infância através de seus brinquedos e brincadeiras frequentes, que acabam por representar formas atrativas do conhecimento. A análise se deu com cunho investigativo e uma metodologia voltada para os fundamentos do ensino e aprendizagem do discente como produtor do conhecimento, e observação do modo como reagem na socialização uns com os outros. A finalização dos estudos sobre o tema proposto conclui-se com a ideia de que a concepção de criança e infância deve ir muito além da intervenção e mediação do Professor, visto que ao exercer suas funções relaciona-se a teoria com a prática para que o aluno aprenda, mas entretanto, precisa-se compreender que a criança deve ser considerada como cidadão de direitos e um indivíduo propício a desenvolver-se conforme suas relações com o mundo em que está inserido.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem. Interação. Desenvolvimento.

 

 

1.INTRODUÇÃO

                                       

O interesse pelo tema abordado deu-se pela importância que a criança tem na sociedade em geral e pela forma como constrói seu conhecimento durante as brincadeiras. Este artigo foi baseado através de pesquisas bibliografias realizadas a partir de leituras de obras de autores renomados que muito contribuíram sobre o tema abordado neste trabalho.

 Este artigo mostrou-se de grande relevância para as práticas vivenciadas pelas crianças em relação as ações feitas através de sua própria autonomia, gerando assim oportunidades para intervenção de novas aprendizagens.

O objetivo geral desta pesquisa foi contemplar diversidades de instrumentos estimuladores da expressão oral e protagonismo do discente, de forma a perceber que, mesmo diante de tantas dificuldades encontradas nas escolas públicas, pode-se gerar grandes expectativas na produção de sentidos sobre a criança como autora e produtora de seu próprio conhecimento, além da realização de projetos de intervenção à essas práticas.

Conforme a autora (CAVALCANTI, 2002) a leitura está em todo lugar e de forma diferenciada, visto que faz parte da história do ser humano, o que evidencia à uma transformação na sociedade, modificando também o modo de convivência uns com os outros, de forma que, ao utilizarmos essa prática, possibilita-se também a construção de saberes. Segundo Parreiras (2012, p. 86), ressalta o cuidado na hora de escolher um livro, já que o mesmo livro que une pode separar.

Os contos, as histórias, as cantigas de ninar ajudam nessa importante tarefa de comunicação, de elo entre a criança e seus pais, mas permite também a construção de um espaço próprio da criança, que sua imaginação permite criar.

O texto está organizado em três partes, esta como Introdução que apresenta a importância da escolha do tema para a sociedade, a segunda parte trata-se da Re significação da leitura na Educação Infantil e a terceira etapa destaca-se A criança como sujeito e produtor de conhecimento para que o aluno tenha oportunidades de expressar-se conforme suas ideologias, porém através de mediações de leitura para sua formação qualitativa e intelectual, de forma lúdica e interativa com o apoio dos seus interlocutores.

                                            

2.A CRIATIVIDADE DA CRIANÇA COMO SUJEITO E PRODUTOR DO CONHECIMENTO

 

 

Para que a criança consiga desenvolver suas habilidades é necessário que seja oferecido ambientes propícios a aprendizagem, sobretudo o que se relaciona com a ludicidade de jogos, brincadeiras e brinquedos diversificados.

Vygotsky (2001, p. 115) nega a relação de identidade entre desenvolvimento e aprendizagem quando afirma que:

[...] a aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal para que se desenvolvam na criança essas características humanas não-naturais, mas formadas historicamente.

É importante lembrar que os jogos e brincadeiras ajudam a contribuir com o processo de desenvolvimento da criança, que pode ter início com a aprendizagem na sala de aula e no seu contexto familiar, de acordo com as oportunidades que lhes são atribuídas. E por meio das brincadeiras que a criatividade da criança pode ganhar um novo sentido.

Durante o período de alfabetização, a criança é vista como sujeito de aprendizagem, visto que durante a interação com seu ambiente social gera-se expectativas de conhecimento para o futuro, atribuindo assim formas de saber lidar com mudanças ao seu redor, como uma troca de brinquedo, uma ideia durante a brincadeira, etc., tornando-se assim uma experiência de aprender a ler e escrever já no início de seu processo de produção.

O caminho mais eficaz de fazer com que a criança produza é produzindo. Segundo Kulhmann (1998, p. 31) a infância não é um mundo imaginário na vida da criança, na verdade é a interação da criança com o mundo real, pois é a partir daí que as crianças se desenvolvem, participam de um processo social, cultural e histórico, apropriam-se de valores e comportamentos próprios de seu tempo e lugar, e as relações sociais são parte integrante de suas vidas, de seu desenvolvimento.

Neste sentido,

[...] é preciso conhecer as representações de infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações sociais, reconhecê-las como produtoras da história. Torna-se difícil afirmar que uma determinada criança teve ou não infância. Seria melhor perguntar como é, ou como foi, sua infância (KUHLMANN, 1998, p. 31).

Conforme a proposta de Kulhmann (1998), pode-se pensar que toda criança possui infância, seja ela de modo ideal ou histórico social, porém a questão é que se precisa compreender como se dá o processo da infância e não apenas aquilo que se vivencia através da mesma.

Um leitor autor e produtor deve-se compreender a competência linguística por meio de interações com o mundo em sua volta, e as variedades das competências sociais que permeiam a sociedade.

Ao verificar as estratégias utilizadas pela maioria dos professores mediante o tema sobre o aluno como autor e produtor do conhecimento percebe-se a importância da criança como ouvinte, porém um autor crítico e atuante em suas escolhas e no modo próprio de vivenciar cada experiência.

De fato, o aluno revela-se de forma promissora um aprofundamento mais qualificado em relação as práticas pedagógicas inseridas no contexto escolar, aprendendo ao mesmo tempo que consegue auxiliar seus colegas na aprendizagem.

E, diante dessas estratégias de aprimoramento da produtividade da criança em seus aspectos cognitivo e psicológico através das brincadeiras, define-se como direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação Infantil, conforme a BNCC Seção (2009, p.18), são elas: Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas; Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais; Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando; Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia; Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens; Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.

De acordo com Freire (1996, p. 59), “Saber que deve respeito à autonomia do educando exige de mim uma prática coerente”. A partir disso pode-se afirmar que o Professor precisa respeitar a individualidade do aluno em cada diversidade, assumindo sua prática pedagógica de acordo com as possibilidades de cada indivíduo.

Através das brincadeiras a criança aprende enquanto brinca, e brinca enquanto aprende, e isso torna-o mais ativo mediante seu conhecimento de mundo, podendo construir sua própria aprendizagem, à medida que também é autor de sua própria autonomia.

Entretanto, a ludicidade exige também alguns critérios essenciais que podem auxiliar o aluno durante o período da infância, tais como a brincadeira espontânea e a brincadeira dirigida que também promove o entretenimento dos discentes de maneira prazerosa.  

De acordo Silva (2003, p.109),

Mais especificamente, para que ocorra um bom ensino da leitura é necessário que o professor seja ele mesmo, um bom leitor. No âmbito das escolas, de nada vale o velho ditado “faça como eu digo (ou ordeno!), não faça como eu faço (porque eu mesmo não sei fazer)” isto porque os nossos alunos necessitam do testemunho vivo dos professores no que tange à valorização e encaminhamento de suas práticas de leitura. (SILVA, 2003, p. 109).

A criança adquire ao longo do seu processo de desenvolvimento experimental uma forma de se socializar de maneira espontânea e ao mesmo tempo reflexiva gerando muitas vezes conflitos entre os próprios elementos de sua aprendizagem. Outra dica muito interessante para ampliar a leitura das crianças na educação infantil é promover passeios e filmes que estimulem a curiosidade, com temas variados e após realizar uma ilustração do que foi visto, isso engrandece o repertório de ideias e inspiração.

Ao proporcionar momentos interativos às crianças, pode-se aprimorar o interesse e a vontade de conhecer outras fontes leitoras, bem como estimular a troca de livros entre os colegas do grupo.

O uso das tecnologias também é um ponto forte para a aquisição da leitura e início do processo de letramento e alfabetização, já que a parceria com os pais pode contribuir com essa perspectiva de ensino e aprendizagem. Entretanto, sem o uso frequente da leitura, é impossível a interpretação de modo geral, de mundo e sociedade.

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009), em seu Artigo 4º, definem a criança como:

Sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).

Ainda de acordo com as DCNEI, em seu Artigo 9º, os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização.

 

3.O PROCESSO DA RE SIGNIFICAÇÃO DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Ao abordar temas significativos como a criança autora e produtora de seu próprio conhecimento percebe-se a dimensão que a Literatura Infantil abrange na sociedade atualmente, proporcionando assim à criança um desenvolvimento emocional indiscutível, de forma que pode-se notar um desempenho mais participativo diante da sociedade, tornando-o um adulto mais confiante.

Sobre essa nova concepção de criança e infância Belloni (2009) define-a como:

A criança é a pessoa, o cidadão com direitos, e deve ser considerada um ator social, sujeito de seu processo de socialização, um consumidor com poder, um indivíduo emancipado em formação, isto é, que está aprendendo (ou não) a exercer seus direitos. A infância é uma categoria ao mesmo tempo social e sociológica, noção construída para dar conta do fenômeno social, tanto em nível das representações sociais, quanto no âmbito das ciências humanas. [...] (BELLONI,2009, p.VIII).

Compreende-se que a criança precisa participar de leituras variadas e ambientes que propiciem à integração e à socialização de idéias, para que possa ter condições de aprimorar seu conhecimento e aprendizagem. Isso faz com que, como leitor, a criança perceba o texto como um processo ativo e complexo para sua construção, visto que, todo indivíduo precisa utilizar os sentidos para produzir sentido à sua aprendizagem. O que se configura mediante o jogo interlocutor entre leitor, texto e autor é a capacidade de percepção linguística, social e discursiva de quem lê, não esquecendo-se dos objetivos que o leitor adquire e suas condições para se produzir um texto.

Ler sempre representou uma das ligações mais significativas do ser humano com o mundo. Lendo reflete-se e presentifica-se na história. O homem, permanentemente, realizou uma leitura do mundo. Em paredes de cavernas ou em aparelhos de computação, lá está reproduzido seu estar no mundo e reconhecendo-se capaz de representação. Certamente, ler é engajamento existencial. Quando dizemos ler, nos referimos a todas as formas de leitura. Lendo, nos tornamos mais humanos e sensíveis. (CAVALCANTI, 2002, p.13).

 

         Pode-se citar também, conforme a autora Parreiras (2012) relata que, o adulto pode interagir-se com a criança, aprendendo a escuta-la, de acordo com sua individualidade e características próprias também.

Atualmente, pesquisadores da área de Linguística e formação de Professores estão preocupados com o baixo índice de desempenho linguístico nas escolas do País já que ao verificar os níveis de competências dos alunos desde a Pré escola, percebe-se que as crianças no geral estão deixando do livro para utilização de recursos tecnológicos, que muitas vezes os impedem de compreender textos, de forma crítica.

Entretanto, as contribuições relevantes de um livro é diferente de um aparelho celular ou até mesmo de um computador. Diante das análises de vários temas relacionados a criança como leitora e autora de sua aprendizagem, indica que o uso constante de aparelhos como celular, tabletes e computadores faz com que a criança perca o estímulo e a criatividade, por deparar-se com inúmeros instrumentos de aprendizagens já prontos para serem utilizados, não tendo que se esforçar para exercer a criatividade, a concentração e principalmente a curiosidade que os move para o conhecimento.

Ao introduzir a leitura na educação infantil adquire-se o estímulo da criatividade entre os pequenos, a concentração e favorece a imaginação contribuindo também para a ampliação do vocabulário, a melhoria na escrita e principalmente o desenvolvimento do senso crítico da criança.

É preciso dar prioridade às imagens, já que a maioria das pessoas, independente de adulto ou criança é visual. O ideal é oferecer uma variedade de oportunidades para escolhas, para que a partir daí o discente possa estar aumentando a densidade de seus gostos e preferências que ajudará também na forma que utilizará sua aprendizagem.

É imprescindível que sejam utilizados em sala de aula e em ambientes de socialização da criança, disposição de espaços para leituras em grupos, como livros e revistas: para leitura de propagandas, placas, cartas, outdoors, panfletos e outros materiais que podem fazer a diferença nas escolhas dos alunos.

Assim, ao estar em conjunto, terão mais disposição para finalizar a atividade proposta. Sendo necessário que os interesses da criança sejam respeitados, para que tenha autoconfiança e consiga compartilhar suas expectativas.

E diante desse pressuposto mostra-se constante a necessidade de estímulos por parte da família, da escola e principalmente da própria criança. Podemos afirmar, através da fala de Lima, Moreira e Lima (2014) que a criança ficou por muito tempo desconhecida na exposição de suas idéias, não havendo qualquer possibilidade de expressão na sociedade.   

A infância, como a representada hoje, ficou velada ou invisível por muitos séculos de nossa história. As crianças estavam presentes fisicamente, mas ausentes no que diz respeito à ideia de uma categoria social particular, com especificidades e direitos próprios. (LIMA, MOREIRA, LIMA, 2014, p.98)

            Ao comparar a participação ativa da criança nos dias atuais torna-se imprescindível conhecer pelo menos uma parte do seu processo histórico, de maneira que possa refletir suas práticas e pensar nas intervenções para que tornem-se indivíduos hábeis e competentes, na medida que saibam compreender o procedimento que se realiza por meio das práticas pedagógicas, seja elas dirigidas ou espontâneas.

Sobre as relações estabelecidas entre as crianças Barbosa (2007) apresenta uma interpretação sobre a criança e sua forma de habitar e se inserir no mundo:

As crianças têm um modo ativo de ser e habitar o mundo, elas atuam na criação de relações sociais, nos processos de aprendizagem e de produção de conhecimento desde muito pequenas. Sua inserção no mundo acontece pela observação cotidiana das atividades dos adultos, uma observação e participação heterodoxa que possibilitam que elas produzam suas próprias sínteses e expressões. A partir de sua interação com outras crianças – por exemplo, por meio de brincadeiras e jogos – ou com os adultos – realizando tarefas e afazeres de sobrevivência –, elas acabam por constituir suas próprias identidades pessoais e sociais. (BARBOSA, 2007, p.1066).

A brincadeira é fundamental na vida da criança, e isso o ajuda no seu desenvolvimento cognitivo, psicológico e motor, já que o brincar ajuda o indivíduo a socializar-se, principalmente quando estão em contato com outras crianças, com um perfil variado de curiosidades.

Durante a interação da criança no ambiente escolar o indivíduo revela-se mais disposto a desenvolver sua autoestima e sua participação em grupos com a contribuição da ludicidade presente em seu dia a dia, por isso torna-se imprescindível esse contato com materiais de uso concreto e visual.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS  

                                           

 

A criança tem em seu potencial um mundo cheio de surpresas, entre elas um repertório diversificado de curiosidades, que se revelam através das atividades que realizam-se entre si e compartilham com os outros.

Pode-se dizer que este trabalho contribuiu com o processo de conhecimento sobre o desenvolvimento do aluno como autor e produtor de sua própria aprendizagem, de maneira prática e qualitativa, por meio de atividades sequenciais de leitura e escrita, na fase inicial da alfabetização, com contos e recontos infantis, jogos de raciocínio e dinâmicas de grupo para interação do assunto abordado.

É comum deparar-se com intervenções sobre as práticas na sala de aula, em que o discente cria, recria e inventa por meio de seu brinquedo, e isso faz com que suas brincadeiras se tornem mais eficientes e significativas.

            A criança compartilha também uma infinidade de curiosidades por meio da leitura mesmo antes de começar a ler, e isso o influencia mediante as histórias e gravuras que passa a fazer parte da vida da criança. Dentre as análises das práticas de leitura na educação infantil e series iniciais do ensino fundamental, destaca-se alguns benefícios que podem contribuir com a criança através da leitura, de modo a fazer com que a progressão na aprendizagem aumente durante a fase da educação formal.

O estudante sente-se motivado a imitar o adulto quando escuta o narrador contar a história, assim ao observar o som das palavras tem mais chances de se expressar adequadamente, ampliando seu vocabulário, bem como o pensamento lógico da criança, ampliando a concentração e ajudando a lidar com as emoções.

Por fim, é imprescindível que o docente esteja preparado de forma que que possa intervir na relação professor/aluno e auxiliar ao aluno a descobrir-se através de suas próprias habilidades e assim aperfeiçoá-los.

 

REFERÊNCIAS  

 

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27 BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 18. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil acesso em: 03-10-2019.

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