Rogers enquadra-se no que na vertente humanista da psicologia. Com a abordagem centrada na pessoa, posicionava-se apenas como um auxiliar do cliente. A relação de liberdade era essencial para progressos durante os encontros. Trabalho com a ideia de que o homem direciona seus esforços para fazer e ser sempre o melhor dentro de suas limitações.

Desenvolveu o conceito de campo de experiência, que é particular de cada indivíduo, uma vez que armazena todas as informações e situações vivenciadas por ele e dentro dele. Sendo assim, não necessariamente corresponderá à realidade objetiva. Atrelado a este arcabouço está o self, que corresponde apenas ao que cada um pode conhecer de si mesmo e, em paralelo ao conceito anterior, pode não se limitar ao que os outros seres julgam conhecer sobre o indivíduo em questão. O self é uma metamorfose ambulante e organizada.

Com base nos desdobramentos do self e, em uma análise mais abrangente, dos auto julgamentos, estão pontuados a auto-imagem (boa quando o indivíduo a utiliza para melhorar o seu padrão e ruim quando ele nivela-se por baixo em relação aos demais), a auto-eficiência (auto avaliação das capacidades), a auto-justificativa (deslocamento da culpa para outras matrizes, por vezes externas, para retirá-la da falta de capacidade) e o self ideal (pode ser equiparado ao alter ego e causa desconforto e obstáculo ao crescimento do ser quando impõem limitações e reprovações neuróticas) , que repercutem na interação do indivíduo com o mundo exterior e na externalização de seus comportamentos.

Atribuiu grande valor à comunicação em sua teoria. Para Rogers, a congruência se media pelo grau de exatidão entre a comunicação experienciada e a resposta da consciência. A atualização do ser é autônoma; é uma força direcionada à competência e à capacidade, que pode ser também um efeito da interação com a linguagem, tendo em vista que o relacionamento social imbui o indivíduo a encontrar o seu self real de forma direta.