Anderson Cypriano Ramos. 28/12/2015

52 anos de Emancipação Política de Antonio Prado de Minas.

É com muita alegria a que venho prestar minha singela homenagem, quando estamos próximos a celebrar os 52 anos de emancipação política. Meus afetuosos cumprimentos a todos os cidadãos Pradenses de Minas desta jovem cidade, cheia de suas histórias encantadoras, de belos vales, verdes, é uma cidade que encanta por suas paisagens montanhosas e,  também por ser um cenário de pessoas que nela viveram e vivem....é uma dos 853 municípios do Estado de Minas Gerais, terras de grandes riquezas naturais, de personagens ilustres.

Juntos, temos  o dever de continuarmos a desenvolver e enfrentarmos os desafios que por ventura vierem a surgir. Convoco aos poucos mais de dois mil habitantes que neste dia 30 de dezembro possamos refletir um pouco mais sobre o que podemos fazer para tornar este lugar melhor a cada dia. Partimos da premissa que nesta data as questões pessoais e políticas não sejam os motivos a serem levadas em consideração. Vamos festejar e saudar o novo ano que se inicia. “O objecto principal da política é criar a amizade entre membros da cidade”. Aristóteles.

No ano de 1962, com o advento da Lei 2.764 de 30 de dezembro, foi autorizada a emancipação. De lá pra cá, tivemos vários desafios, muitas lutas políticas para o desenvolvimento da Cidade. Antes de 1948 era apenas um vilarejo, após a respectiva data tornou-se distrito de Eugenópolis, vigorando até 1963 quando foi elevado a categoria de município.

Com a emancipação, como administrador interino nomeado pelo Governador Magalhães Pinto, O Sr. Otacílio Moreira da Silva foi designado para administrar a cidade até que no ano seguinte nas eleições fossem nomeados os seus representantes municipais. O primeiro prefeito foi Sr. Eurípedes Carlos de Abreu, Sr. José Emídio Piermatei, Sr. Abelar Costa (pai) , Sr.Oreste Piermatei, José Rodrigues Pereira, Sr. Elcy Alves da Fonseca, Sr. José Levindo Fumian, Sr. Edson Franzini, Sr. Lourival Pereira Metelo, Sr. Luiz Carlos Rocha e Sr. Abelar Manoel Costa( Beco). Com a administração desses 52 anos de emancipação política a cidade evoluiu com muito esforço e dedicação de nossos representantes.

Ao chegar nesta terra aprendi amá-la . Sou forasteiro, sim, não nego,mas escolhi está cidade para morar, me sinto  como se nunca dela estive fora nem em outras vidas.Sou natural de Eugenópolis, mas com todo respeito que tenho pela minha cidade natal, não poderia  deixar de homenagear este solo que abriu suas portas, que me acolheu com muito carinho. Este é meu chão, onde ando sem preocupação, sem ter horas pra voltar pra casa. Aqui conheço de cor e salteado cada esquina, cada calçada e cada habitante. Posso andar de olhos vendados que saberei cada aclive, declive, cada buraco que por ventura vier a surgir pela ação do tempo.

Dos 15 anos que estou residindo em Antonio Prado de Minas, pude ver as transformações que ocorreram, tanto na estrutura física como populacional. Amigos partiram em busca de sonhos em outros lugares, alguns  partiram para o plano espiritual e vários  chegaram procurando sossego e paz que só a cidade do interior pode proporcionar.

Por muitas vezes viajei por solos distantes. Andei por outras paisagens, outros vilarejos, outras cidades, outros lugares tão belos quanto as terras daqui. Tentei morar distantes, mas a saudade não permitia que tivesse boas noites de sono, acordava e ficava por horas tentando voltar a  dormir, tudo inútil, o cansaço era inevitável pela manhã. Ali não era meu lugar, parecia  um pesadelo, que a qualquer momento eu iria despertar. Faltava algo, posso dizer com todas as letras, que era a falta de intimidade, algo que não tinha com a cidade grande, sentia a falta  do cotidiano simples, das conversas de olho no olho, dos vizinhos que nas tardes de calor colocavam suas cadeiras nas calçadas e ficavam contando os “causos” dos tempos antigos.

O interior me encanta, o simples mostra sua beleza como ela realmente é. Assim é Antonio Prado de Minas, simples, aconchegante, pequena, mas sempre de braços abertos para acolher os que aqui procuram abrigo.

As grandes cidades perderam esses privilégios, esse calor humano, das identidades rurais. Tornaram-se seres humanos robotizados, escravizados pelo tempo, pelo dinheiro, pela globalização pós-contemporânea. Se tornaram pessoas amargas, muitas delas depressivas, porque tornou-se refém de um mundo incrédulo, onde visa somente a razão imposta pelos homens que acreditam que somente a ciência é a explicação de  todas as coisas.

Um dia terei que me mudar. Por ser uma cidade pequena, faltam muitas oportunidades, ficando distantes nossos sonhos. Isso é algo comum em todas as pequenas cidades. Do interior  posso partir, mas irei sentindo-me nostálgico. Passarei uma temporada talvez, voltarei assim que puder, quem sabe a passeio nos meses de janeiro ou fevereiro? Partirei um dia como todos nós vamos partir, mas meu apreço por esta cidade sempre estará viva nas melhores lembranças...

Enfim, quero dizer a todos os Pradenses-de-Minas que somos responsáveis por manter viva e honrar a memória daqueles que contribuíram para o desenvolvimento e melhoria desta cidade. Juntos podemos fazer mais pelo nosso lugar, porque precisamos cuidar da nossa querida terra e deixá-la melhor ainda mais para nossos filhos, netos, bisnetos,..etc.

Aproveito a oportunidade para desejar-lhes boas festas, que em  2016 possamos juntos celebrarmos mais uma data.

Em nome de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira da Cidade, pedimos bênçãos para todos os habitantes. Meu muito obrigado a todos que indiretamente ou diretamente contribuíram para nossa cidade. Somos uma grande família Pradense. 

PARABÉNS ANTONIO PRADO DE MINAS.