O ano de 2018 é um ano marcado por uma palavra principal: incertezas. Afinal, é ano de eleições e de outros diversos acontecimentos na política e na economia que influenciam diretamente no mercado financeiro, como, por exemplo, as quedas na Selic, taxa básica de juros brasileira.

Mundialmente, existem outros eventos que também impactam no mercado de ações do país e que, por isso, devem estar no radar dos investidores, mesmo os mais inexperientes ou conservadores — que não aplicam dinheiro na bolsa, por exemplo, mas que sofrem com as oscilações dela.

Por isso, qualquer pessoa que tenha investido parte ou todo patrimônio deve estar atento ao cenário a fim de fazer as melhores escolhas, não necessariamente as mais rentáveis, mas sim as que trazem retornos concretos, isto é, com a melhor relação de risco x retorno, de acordo com os objetivos de vida que possui.

O principal, antes de tudo, é ter claro à mente que, em se tratando do mercado de ações, em específico, é bastante difícil conhecer a rentabilidade e as tendências para o segundo semestre de 2018; afinal, trata-se apenas de uma expectativa, definida por meio de diferentes fatores e com base, também, nos acontecimentos e impactos de 2017.

Mas, primeiro, como a bolsa se comportou em 2017?

O primeiro diagnóstico a respeito da bolsa, em 2017, é que ela trouxe bons resultados para quem investiu nela, mesmo com um cenário um tanto quanto conturbado. E talvez essa seja a primeira lição a tomar com relação à B3: os momentos de oscilação são intrínsecos a ela e devem ser interpretados com naturalidade para se conseguir um bom retorno financeiro.

Se formos analisar a performance da Ibovespa, o índice da B3 — antiga BM&FBovespa, antes da fusão com a Cetip —, ele obteve marcas recordes, inclusive com novas pontuações. Em janeiro daquele ano, o índice teve uma queda relevante, para menos de 60 mil pontos, que foi superada e batida novamente no segundo semestre, com mais de 75 mil pontos.

Tudo isso por causa de acontecimentos políticos, no geral. Não somente no âmbito nacional, mas, também, mundial. Basta avaliarmos as mudanças de humor com relação aos países emergentes, o governo americano com políticas protecionistas e até a comercialização de commodities e de petróleo.

Quais foram os impactos para a bolsa em 2018?

Analisando o histórico, esse ano, a tendência é que a bolsa continue a trazer bons rendimentos aos investidores, independentemente do prazo dos investimentos, de curto até longo. Isso porque, espera-se um crescimento econômico de, no mínimo, 3%, além do aumento na confiança que se tem do país. Outro ponto interessante a se falar são os menores juros da história.

Ainda assim, é necessário estar atento por causa das eleições presidenciais. Na prática, dependendo do candidato, o cenário pode mudar por completo, o que interfere diretamente no preço das ações. Por essa razão, ainda que se espere um cenário otimista para os próximos meses, é fundamental agir com cautela.

Por isso, o mais indicado, caso queira investir em ações, é optar por aquelas que têm mais potencial de crescimento, ou seja, que estão menos propensas a quedas consideráveis nos seus valores. Afinal, mesmo que se tenham objetivos a longo prazo, é preciso manter a atenção na volatilidade que os ativos podem sofrer em 2018.

1- B3

A fusão da BMF&Bovespa com a Cetip — Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos — fez com que ela se tornasse uma das principais bolsa de valores do mundo. Mas não é só isso que faz com que ela tenha suas ações valorizadas: ainda há a formação de um oligopólio com plano de expansão para toda a América Latina, além da entrada de diversas IPOs para 2018.

2- BRKM5 (Braskem)

O planejamento estratégico da Braskem mostra que a tendência é gerar bons dividendos para os próximos meses; afinal, ela tem reduzido custos e cortado gastos para aumentar o fluxo de caixa. No fim de 2017, ainda, fez com que os preços ficassem mais atrativos e, mesmo que ela já tenha dado sinais de alta, ainda é uma das melhores ações para 2018.

3- PETR4 (Petrobras PN)

O ponto mais importante que se deve ter em mente quando se fala da Petrobras é que, apesar das oscilações, trata-se de uma companhia que não quebra. Por isso, esta é uma ação que compensa bastante para objetivos a longo prazo, quando o impacto da volatilidade fica menor, mas para o curto prazo, também tem bastante potencial de valorização.

4 - USIM5 (Usiminas)

Assim como a Petrobras, trata-se de um caso de amor e ódio entre os investidores, principalmente no longo prazo. Em 2018, a companhia voltou a mostrar seus sinais de recuperação, com a alta do preço dos minérios; por esse motivo, a tendência é que essas ações também demonstrem alta nos próximos meses.

5 - RADL3 (Raia Drogasil, atual RD)

Queridinha entre os investidores, as ações da RD estão entre aquelas com maior potencial de valorização pois está atrelada a um setor totalmente protegido da crise — ou seja, o mercado farmacêutico não sofre com a mesma intensidade do que outros setores —, além de ter experiência no mercado perante outras indústrias. A liberação de vacinas dadas nas farmácias pela Anvisa também aumenta o potencial da RD.