22 DE SETEMBRO: DIA SEM CARRO

 

Os carros não são culpados se  indivíduos  grudam em seus  assentos e  fervilham  as estradas. Não tem noção da fumaça que emitem  no ar, do ruído que fere  ouvidos sensíveis ou as ofertas  de compra. São máquinas monitoradas.

Monitoradas a tal ponto que O  Dia Sem Carro foi celebrado com muitos carros nas estradas do Brasil e do mundo. O fato serve de reflexão  sobre o uso maciço de  automóveis; tamanha é a frota nas estradas, que  futuramente caminharemos sobre carros.

Considerando a precariedade do transporte público e os altos índices de congestionamentos, propor  um dia  para esvaziar as estradas  é  utopia.

 Argumentos não faltam - a população necessita de transporte, concessionárias precisam vender, matéria prima é explorada. 

Brilhantemente escreveu Orígenes Lessa em Memórias de um fusca: “Constrói milhões e milhões de carros, que usa como escravos, tanto para transportar e prestar serviço quanto para destruir e matar. Mas para dez burros guiando automóvel, há cem mil burros caminhando a pé”.