13 de maio ? abolição da escravatura!
... comemorar?

O dia 13 de maio no Brasil marca um dos acontecimentos mais importantes da nossa breve "História como nação": a Abolição da Escravatura através da promulgação da Lei Àurea.
É um momento singular e que nos transporta para um imaginário contextual e simbólico através de variadas questões, das quais, não conseguimos responder ou elaborar "fórmulas mágicas" para tentar explicar, diante da conjuntura da qual nos deparamos atualmente.
Pode-se dizer que o movimento abolicionista conquistou seu principal objetivo ou este seria apenas um "alívio" à pressões da sociedade internacional?
Os negros deixaram de serem escravos de um modo de produção para outro; a marginalização racial no Brasil traça uma forte linha divisória em nossa sociedade e que nos traz a idéia de adotar padrões e pertencimento.
Traduz-se muito superficial a idéia de que temos liberdade disso ou daquilo outro ou que somos livres para qualquer coisa.
Émile Durkheim através de seus estudos sobre as regras do método sociológico, nos aponta a importância de que nos é atribuída a concepção de ser e ou estar em distintos grupos ou participar de determinadas práticas sociais, ao ponto de não estarmos "livres" de sofrer tipos de coação.
Max Weber nos indica os tipos ideais.
Afinal é possível se pensar em liberdade quando "tropeçamos" dia-a-dia em novas práticas de escravidão?
Dinheiro sujo, poder, estética, meios tecnológicos, trabalho, religião, prostituição infantil, práticas ilusórias na educação vigente no Brasil, Congresso, Senado, Leis, variados tipos de violência, drogas, corrupção das instituições das quais confiamos, etc; práticas escravistas vigentes em pleno século da afirmação cibernética!
Contradições teóricas e práticas: o nano e o desengano!
Poderíamos chegar ao ponto de identificar o que é ou não liberdade ou escravidão?
Passamos nossas vidas pensando em não sermos "escravos" disso ou daquilo; caímos em um abismo profundo no momento em que conceber o erro primário de pensar assim, diante de questões das quais podemos mudar e não o fazemos por estar vivendo relativamente bem e não se preocupamos muito com o nosso próximo.
Afinal nosso próximo é o que é por que queremos ou por quê a sociedade nos atribui essa relação unívoca de sentimento?
De quem queremos fugir? Podemos nos blindar através de insígnias e títulos ou concepções deturpantes de grupos ou práticas sendo que não tratamos de fazer algo para que algo concreto seja feito?
Hoje é apenas 13 de maio e tive um ensejo de questionar o papel que é moldado pela sociedade e por mim mesmo, através de práticas institucionais alijadas e enraizadas, englobadas em uma superfície cada vez mais globalizada e individual ao mesmo tempo como nos aponta Milton Santos.
Estamos caminhando para uma era de grandiosas execuções tecnológicas e não deveríamos nos esquecer do nosso estranhamento desse mundo, desse imesno Leviatã do qual construímos e não sabemos mais como destruir.
O individualismo e a barbaríe indicam um retrocesso apontado por Marx nos Manuscritos Econômicos Filosóficos quando nos fala do materialismo histórico.
Caminhamos para o Estado de Natureza!
Não deixe que o seu instinto te leve a caminhos dos quais não podes retornar. O homem é um ser que se auto intitula sapiente, mas, que no cotidiano apresenta atos abomináveis, como chegar ao ponto de escravizar sua imagem e semelhança para ganhar algo.
Estude e ajude a melhorar o mundo e não involua como muitos estudiosos!