Jean Piaget, psicólogo e filósofo que nasceu na Suíça e viveu de 1896 a 1980, estabeleceu uma teoria a qual definia que as crianças e adolescentes pensam de forma diferente de um adulto. Ele investigou ainda, como estes adquirem e evoluem os conhecimentos absorvidos ao longo da infância e adolescência, amadurecendo-os até serem considerados adultos. Para o autor, dois mecanismos ocorrem durante esse processo à assimilação e a acomodação. No primeiro a criança capta o que o ambiente lhe oferece sistematizando dentro de uma estrutura pré-existente, ou seja, usa aquilo que já possui para dar significado ao que está recebendo. Piaget (1973) define a assimilação como “(...) uma integração a estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação”. O segundo mecanismo trata-se da acomodação, esta por sua vez leva o indivíduo a se reorganizar a fim de se adaptar ao meio ao qual está inserido, buscando o equilíbrio entre aquilo que recebeu e o que já possuía. O filósofo ressalta “chamaremos acomodação (por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam” (PIAGET, 1996 apud TAFNER, 2008). Com a proposta de um método que voltasse atenção à criança durante seu processo de aprendizado, Piaget lutava contra a metodologia do copiar e não pensar. Ele defendia que deveria ser levado em consideração cada processo de desenvolvimento pelo qual a criança passava. Nesse sentido classificou em quatro estágios do desenvolvimento psicológico por qual o indivíduo passa: o estágio sensório motor (de 0 a 18 ou 24 meses), o pré-operatório (de 2 a 6/7 anos), o operatório-concreto (de 7 a 11/12 anos) e o estágio pensamento formal (a partir de 11/12 anos)

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