CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ

                                  Rosilane Neves Pinto Eustáquio

 

 

 

 

 

 

 

 

O PAPEL DO INSTRUTOR DE LIBRAS NO ENSINO REGULAR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOÃO MONLEVADE

2013

O PAPEL DO INSTRUTOR DE LIBRAS NO ENSINO REGULAR

Rosilane Neves Pinto EUSTÁQUIO[1]

 

 

 

RESUMO:

 

 

Este artigo é uma análise das observações de aulas de libras em uma Escola Estadual que tem como referência sala de recursos para deficientes auditivos e visuais, além de aulas de libras para alunos ouvintes de primeiro ao quinto ano de escolaridade do ensino fundamental. Através destas observações, quero contribuir para melhor aprofundamento de discussões teóricas e aplicadas sobre o ensino de libras. A metodologia utilizada foi de observações, embasamento em alguns teóricos e entrevistas. Foi de suma importância a realização deste estudo.

 

Palavras-chave: Instrutoras; Alunos; Inclusão; Libras, Escola.

INTRODUÇÃO

 

Este trabalho trata-se de uma proposta de inclusão da Escola Estadual Eugênia Scharlé, com objetivo de integração maior dos alunos ouvintes e surdos, na qual haverá a possibilidade de trocas linguísticas efetivas em sua língua de domínio não apenas com os estudantes de primeiro ao quinto ano do ciclo de alfabetização, mas também com os professores regentes das turmas da escola.

É de grande importância, que todos os alunos e funcionários conheçam a língua de sinais, pois a escola é uma referência na cidade e demais municípios vizinhos.

Neste sentido, Botelho (2007, p.16) enfatiza que essa língua “compartilhada, circulando na sala de aula e na escola, são condições indispensáveis para que os surdos tornem-se letrados”.

A Escola Estadual Eugênia Scharlé possui uma sala de recursos que recebem para atendimento diferenciado alunos da mesma, alunos de outras escolas e de cidades vizinhas. Sendo um total de 18 alunos surdos, uma intérprete e duas instrutoras de libras.

Neste contexto, Reily (2008) enfatiza que:

[...] mesmo na escola que conta com um intérprete, com uma sala de recursos, com serviço e apoio de professor de educação especial ou professor itinerante, é de fundamental importância que o aluno sinta que seu professor está se esforçando para se aproximar dele, tentando encontrar maneiras de interagir com ele. O professor também pode intermediar a aceitação do aluno pelos outros alunos, para que ele se sinta parte da classe. Na nossa sociedade, a interação se dá mediada pela linguagem. Não basta uma aproximação física. (REILY, 2008, p.125).

A este respeito, Damázio (2007) salienta que:

Mais do que a utilização de uma língua, os alunos com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento, explorem suas capacidades, em todos os sentidos. Se somente o uso de uma língua bastasse para aprender, as pessoas ouvintes não teriam problemas de aproveitamento escolar, já que entram na escola com uma língua oral desenvolvida. (DAMÁZIO, 2007, p.14)

DESENVOLVIMENTO:

Surdez e deficiência auditiva

De acordo com Carvalho1997, [...] surdo é o individuo que tem a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através dom ouvido.

A surdez tem origem congênita, ou seja, quando a pessoa nasce surda não tendo a capacidade de ouvir nenhum som. Tais consequências acarretam para o ser humano surdo dificuldades da linguagem e desenvolvimento na comunicação.

A deficiência auditiva é uma deficiência adquirida pela pessoa ouvinte através de certas doenças ou até mesmo lesões, perdendo assim a audição.

Na maioria das vezes, a pessoa já se comunica oralmente e ao adquirir esta deficiência precisa aprender a comunicar-se através da Língua de Sinais (Libras).

Dependendo do grau de deficiência auditiva, pode-se recorrer ao uso de próteses auditivas ou intervenções cirúrgicas.

Surdez e causas

 

São várias e diferenciadas as causas que originam a surdez, embora os conhecimentos científicos não sejam determinantes. Vejamos algumas causas:

Surdez congênita: é uma surdez adquirida na fase gestacional.

Pré-gestacional: são casos que pais podem apresentar suscetibilidade em gerar um filho surdo.

Pré-natal: ocorre no útero materno, da fecundação ao nascimento, quando a criança suscetível adquire a surdez através da mãe.

Peri natal: ocorre no momento do parto ou nas primeiras horas após o nascimento.

Surdez Adquirida: A pessoa fica surda em decorrência de problemas após o seu nascimento e dependendo da época da lesão, poderá desenvolver a oralidade com maior facilidade.

O surdo e a sociedade

Antigamente os surdos eram castigados, suas mãos eram amarradas para trás para que evitassem os gestos com as mãos. A ausência da fala fazia com que fossem vistos como seres incapazes e deficientes. Hoje em dias os surdos não são mais proibidos de utilizarem a língua de sinais e não são obrigados a ter uma oralidade como forma de comunicação. Muitos deles desenvolvem junto com o uso da libra, a oralidade, outros não. 

Para tanto, a educação e inclusão dos surdos vem sendo conquistada por meio de muitas lutas, desde a idade antiga até os dias atuais. A inclusão não pode ser definida apenas como escolar, ela acontece em vários ambientes por onde passamos.

Nota-se que atualmente há um grande interesse e procura de cursos para área, a população começa a se conscientizar que a comunicação entre surdos e ouvintes se faz necessário.

Como surgiu o interprete de libras

 

Segundo pesquisadores, o Interprete de Libras surgiu na década de 80 nas igrejas protestantes, através da consciência, vendo a importância da comunicação com os surdos por meios de sinais e a grande necessidade de se comunicarem, promoveram a formação de interpretes de libras. A partir das igrejas protestantes, começaram a surgir os primeiros intérpretes e intelectuais dispostos a estudarem a língua de sinais, que ocupam uma posição de grande importância na relação dos surdos e ouvintes, nos movimentos sociais tais como contexto educacional, na área jurídica, no meio religioso, no mercado de trabalho.

César Augusto de Assis Silva, cientista social e autor da tese de Entre a deficiência e a cultura, enfatiza que “se uma pessoa com surdez quisesse reivindicar algo, falava com o intérprete, que fazia a tradução do que era dito”. Essa foi uma das causas que estimulou a atuação do intérprete como um profissional do mercado de trabalho.

Perfil do instrutor de libras

O Instrutor/professor de LIBRAS, é aquele que ocupa a função pública estadual de Instrutor de libras, tendo como função primordial o ensino da Língua Brasileira de SINAIS, no contexto escolar tanto para alunos surdos, quanto para alunos ouvintes. Os Instrutores de Libras foram capacitados para exercer a função, diferentemente dos professores de libras que têm formação superior ou habilitação em nível superior, fornecida pelos órgãos competentes, para o ensino da Libras. Além de ser um profissional surdo, com bom nível cultural, ter domínio da Libras , conhecimento da língua portuguesa e,  preparado em curso de capacitação, promovidos por órgãos competentes para o evento da língua de sinais a:

- Ouvintes que querem ser interpretes da língua de sinais,

- Crianças ouvintes e surdas,

- Jovens e adultos surdos que não tiveram acesso á língua de sinais em tempo hábil,

- Professores e profissionais das escolas,

- Famílias surdas, sociedade em geral.

O instrutor de libras

O instrutor de libras é o protagonista, deve reconhecer que é responsável por organizar e administrar a sala se aula, durante sua atuação, segundo os padrões determinados pela instituição e mais do que nunca precisa criar um ambiente de sala de aula agradável, criando condições materiais, na qual ambos, aluno e instrutor troquem experiências em busca de aprendizagem. Nunca deve emitir publicamente considerações acerca de atitudes dos demais professores e intérpretes, ainda que sob seu ponto de vista, esses não dominem a Libras ou não tenham compromisso com o processo de ensino-aprendizagem. Cabe a ele construir uma relação de cooperação com os demais profissionais do contexto escolar, principalmente com os interpretes.

Segundo Vitaliano et. al., (2010),

O processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular exige uma reforma geral na organização dos sistemas de ensino, em especial para o atendimento dos alunos surdos emerge a necessidade dos professores dominarem minimamente a Libras. (VITALIANO et. al., 2010, p.7),

Para o aluno surdo a presença de um instrutor surdo em sala de aula é uma referência positiva, uma grande conquista, visto que ele é um profissional com a mesma diferença.

As instrutoras surdas são responsáveis pelo ensino de libras em salas de aula para aprendizagem e interação dos alunos ouvintes e surdos inseridos na escola.

Foi possível perceber que os alunos em geral são bastante interessados em aprender libras, além de um carinho especial pelas instrutoras surdas.

No entanto a escola tornou-se um lugar de comunicação para surdos e ouvintes, onde alunos comunicam, sinalizam, convivem e aprendem um com os outros trocando experiências e saberes. Nota-se que os obstáculos de inclusão da escola, já foram superados através de formação de consciência do alunado.

Responsabilidade profissional do instrutor

 

O instrutor de libras deve ser o responsável por esclarecer, previamente ao professor e demais participantes do contexto escolar quais as exigências de sua função, garantindo, assim que as condições de trabalho estejam apropriadas á atuação ao ensino de qualidade. Ele deve limitar-se ás suas fontes específicas, não podendo, sob nenhum pretexto, assumir outras responsabilidades no contexto escolar que não são de sua competência. Deve esclarecer aos alunos somente as questões pertinentes á língua de sinais, cultura e identidade dos surdos, não cabendo a ele nenhuma explicação sobre conteúdos específicos de outras disciplinas, ainda que os domine. Mostrar e informar aos professores e interpretes as particularidades dos surdos e, sempre que necessário, sugerir a adequação de forma de exposição dos conteúdos e tais especificidades, com o intuito de garantir a qualidade do acesso dos surdos aos conteúdos escolares. Ter consciência de que é um referencial para os surdos, devendo, portanto, manter um comportamento exemplar e idôneo.

O instrutor/professor de libras deve preparar previamente suas aulas, buscando recursos adequados e estratégias para o ensino de Libras, zelando por imparcialidade e neutralidade, evitando interferir ou impor aos alunos surdos suas próprias opiniões pessoais, respeitando a diversidade dos alunos, considerando assim os diversos níveis da Língua de Sinais dos alunos surdos e ouvinte, além de se dedicar ao desenvolvimento da fluência e ao aperfeiçoamento de todos os seus alunos no uso da Libras.

Formação profissional

È recomendável que o instrutor de Libras busque uma formação contínua, aspirando por mais conhecimentos e habilidades, por meio da participação em cursos, congressos, palestras, encontros profissionais e interação com demais profissionais da área.

Para Imbernón (2009):

A aquisição de conhecimentos por parte do professor é um processo 107 complexo, adaptativo e experiência [...] quanto maior sua capacidade de adaptação mais facilmente ela será posta em prática em sala de aula ou na escola e será incorporada às práticas profissionais habituais. IMBERNÓN (2009, p.16-17)

A Educação Inclusiva

A educação inclusiva é um desafio, faz-se necessário lutar por esta conquista.A lei 10.436/02, reconhece a Língua brasileira de sinais como meio legal de comunicação e expressão, determinando que sejam garantidas formas institucionalizadas de apoiar seu uso e difusão, bem como a inclusão da disciplina de libras como parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores.

Nota-se que através de instrutores surdos é possível criar oportunidades para ouvintes aprenderem libras e interagir com os surdos dentro da sociedade.

A inclusão no contexto escolar é um marco pela diversidade, seja ela social, política, econômica, cultural ou étnica. Nós seres humanos, devemos buscar a  aprendermos e a convivermos com as diferenças e nos modificarmos diante dos grandes desafios que o novo traz.

Cabe a escola, aos educadores e demais profissionais uma nova postura, um novo olhar consciente de que a verdadeira inclusão é o respeito e a valorização do outro.

Entretanto precisamos estar conscientes da realidade de cada indivíduo, de cada aluno que está inserido no processo educacional.Através da inclusão nas escolas, a escola passa a ser desafiada a repensar no sistema educacional.

Diante de uma proposta inclusivista, a escola precisa transforma-se como cidadãos conscientes e comprometidos com a sociedade, através de aprofundamentos, discussões, reflexões, promovendo ações que quebra paradigmas.   

 

CONCLUSÃO:

 

Esta pesquisa desenvolveu-se com objetivo de analisar o trabalho dos profissionais que trabalham com alunos surdos e ouvinte na Escola Estadual Eugênia Scharlé.

Foi de grande importância poder realizar este estudo de observação e conhecimento, principalmente ver a importância do instrutor de libras e interprete em uma escola regular para alunos surdos e ouvintes se comunicarem, trocarem experiências e culturas.

Percebe-se que a Libras é um instrumento valioso no processo de ensino aprendizagem principalmente para os surdos, possibilitando aos alunos conhecimentos necessários.

REFERÊNCIAS

 

BOTELHO, Paula. Linguagem e Letramento na educação dos surdos. Belo

Horizonte: Autêntica, 1998.

DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Atendimento Educacional Especializado:

Pessoa com surdez. SEESP / SEED / MEC, Brasília/DF, 2007.

IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2009.

PROJETO Incluir - A inclusão de alunos com surdez, cegueira e baixa visão na Rede Estadual de Minas Gerais - Orientação para pais alunos e profissionais da educação-Minas Gerais /2008.

REILY, Lucia. Escola Inclusiva: Linguagem e mediação. 3 ed. Campinas-SP:

Papirus Editora, 2008.

VITALIANO, C. R., DALL' ACQUA, Maria Julia C.; BROCHADO, Sônia Maria D. Língua Brasileira de Sinais nos currículos dos cursos de Pedagogia das Universidades Públicas dos Estados do Paraná e de São Paulo: caracterização da disciplina, Londrina: EDUEL, 2010.

ENTREVISTAS:

 

Na Escola Estadual Eugênia Scharlé, há duas instrutoras surdas.

A instrutora A, há 3 anos atua na área.É instrutora de libras formada pelo CAS- Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e de Atendimento ás Pessoas com surdez, está cursando faculdade em pedagogia.

A instrutora B atua há 3 anos, é instrutora de libras,  formada pelo CAS- Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e de Atendimento ás Pessoas com surdez, é licenciada em Pedagogia e pós graduada em Libras.

Ao realizar o planejamento, ambas planejam com a orientação da intérprete na sala de recursos.

Segundo elas, as atividades são planejadas de acordo com o desenvolvimento dos alunos ouvintes em sala. As mesmas sentem que têm liberdade para ensinar o que julga mais importante de acordo com a necessidade dos alunos.

As instrutoras questionadas vêem as aulas de libras como um meio de grande importância para que os alunos se comuniquem e aprendem conhecer melhor os surdos inseridos na escola regular e na sociedade a qual estão inseridos.

1-    Como é feita as aulas de libras?

Instrutora A: As aulas são organizadas por mim, pela amiga instrutora e interprete.

Instrutora B: As aulas são organizadas por mim, pela amiga instrutora e interprete.

2-    Como é dar aula de libras para alunos ouvintes?

Instrutora A: As aulas muito bom, eu gosto aluno já aprendeu libras, eu dar aulas calma, devagar.

Instrutora B: As aulas estão organizando bem, eu dar aula ficar calma ensinar para alunos devagar, aprender.

3-    Como tem sido a aceitação dos alunos ouvintes nas aulas de libras?

Instrutora A: Quase todos os alunos gostar libras. Gostam comunicar com surdos

Aluno pequeno perguntou hoje tem aula Libras ela alegre e pular. 

Instrutora B: Todos alunos gostar libras.

4-    Pra você qual a importância das aulas de libras?

Instrutora A: A professora importante ensinar libras alunos porque alunos surdos dificuldade comunicar, aprender libras bom, fácil comunicar para entender surdo.

Instrutora B: Aula de libras bom, Libras dos surdos entendem melhor.

1-    Quais as dificuldades encontradas para desenvolver este trabalho?

Instrutora A: Difícil fazer alunos consertar erros, muitas vezes não obedecem.

Instrutora B: Muito difícil, alunos não obedecem a professora.

5-    O trabalho com libras é feito só na sala de aula?

Instrutora A: Só sala de aula não, sala de recursos para ajudar surdos a aprender a Libras, treinar músicas apresentação, etc.

Instrutora B: Só sala de aula não, sala de recursos para ajudar surdos a aprender a Libras, treinar músicas apresentação, etc.

6-    Você acha que a carga horária é suficiente para os alunos aprenderem Libras?

Instrutora A: 50 minutos tempo pouco, ensinar libras tudo não, alunos faltam muito.

Instrutora B: 50 minutos cada turma pouco, não ensinar libras tudo não.

7-    O que pode melhorar no horário?

Instrutora A: Maior carga horária, aprender libras mais.

Instrutora B: Melhorar dar aula libras, mais carga horária, aprender libras mais, dinâmica,  brincadeira, teatro, etc.

8-    Vocês contam com o apoio da escola?

Instrutora A: Sim, professores ajudam sala de aula, interprete e vice-diretora ajuda interpretar surda, pedir favor conversar com a diretora e secretária, pais.

Instrutora B: Sim, professores ajudam sala de aula, interprete e vice-diretora ajuda interpretar surda, pedir favor conversar com a diretora e secretária, pais.

9-    Você gosta de trabalhar com os alunos nas séries iniciais?

Instrutora A: Sim, adorei, alunos espertos, aprendeu alguns sinais  Libras, comunicar libras com professora surda.

Instrutora B: Sim, adorei, alunos interesse.

10- Cite pontos positivos e negativos.

Instrutora A: Positivos: Escola organizado bem, limpar, funcionar internet, móveis novos, alunos aprender libras.

Negativos: alunos lixo no chão, banheiro defeito, luz acabou.

Instrutora B: Positivos: Escola organizado bem, limpar, funcionar internet, móveis novos, alunos aprender libras.

Negativos: alunos conversa, alunos lixo no chão, banheiro defeito, luz acabou .



[1] Graduada em Pedagogia pela FUNCEC – Fundação Comunitária, Educacional e Cultural de João Monlevade, Pós Graduada em Psicopedagoga Institucional da FINOM, cursando Mestrado em Ciência da Educação pela UPAP, cursando Pós em Libras pelo Centro Universitário “Barão de Mauá”,

 atua como professora nas séries iniciais na Rede Estadual e interprete de libras na rede Municipal de Ensino de João Monlevade– MG.

e-mail: [email protected]