Dr. Luiz Barreto Fisioterapeuta e Fisiologista do Exercício

Rio-RJ 04/10/2011

A população está aumentando a longevidade, mas de forma inversamente proporcional a capacidade de manter a sua independência. O declínio da capacidade funcional geral e o precário estado de saúde leva os idosos a serem parcial ou totalmente dependentes de cuidados. Campos, 2000 definiu esse acontecimento como “uma grande tragédia da nossa sociedade”.
Boa parte da população idosa nunca praticou qualquer atividade física ou exercício físico específico, tendo como consequências um declínio importante da capacidade física, dificuldade para realizar atividades na comunidade, no lar, dificuldade para realizar atividades de auto-cuidados, evoluindo para a dificuldade para a locomoção, fragilidade, quedas e restrição ao leito ou cadeira de rodas. Já foram observados alguns casos não registrados em comunidades idosos que apresentavam esse quadro sem ter sido acometidos por alguma patologia incapacitante que justificasse o estado atual. Isto se deve, em parte, a proibições por parte dos familiares para que o idoso não realize as atividades no domicilio, condenando o idoso a um estado de completa inutilidade, fragilidade e depressão. Fatores psicológicos também concorrem para esse desfecho. O idoso muitas vezes sofre o pior dos abandonos pelos familiares no próprio domicilio. A solidão com tantas pessoas ao seu redor que vai minando aos poucos as suas forças e a vontade de viver. Tem sido observado casos de idosos que após uma fratura de fêmur, apresentaram uma boa recuperação e retornam as suas atividades normais. Outros evoluiram para a incapacidade física e até para o óbito. Geralmente o idoso ativo tem uma melhor recuperação do que o que tem pouca ou nenhuma atividade.
Já foi demonstrado em estudos que a atividade física melhora a qualidade de vida dos idosos; e se esse idoso se manteve ativo desde a juventude, melhor é a qualidade do seu envelhecimento.
Ramos, 2000 sugere o exercício para evitar a incapacidade física no idoso. Campos, 2000 afirma que o exercício físico é uma forma de diminuir os declínios da força e da massa muscular no idoso, bem como, melhorar a qualidade de vida. Barreto e Cristalino, 2009 relataram que o exercício físico tem mostrado benefícios na prevenção e promoção da saúde do idoso, melhorando a sua qualidade de vida e proporcionando-lhes bem estar físico e alegria de viver. Guiselini, 2007 reforça que a agilidade, a coordenação motora, a disposição para o trabalho e o humor são bem melhores nos idosos ativos.
A expectativa de vida da população está aumentando. Sendo assim, que seja da forma mais ativa possível com a prática de exercícios e atividades que promovam: O bem estar, a manutenção da capacidade física, a felicidade. 

Bibliografia

RAMOS, Alexandre Trindade. Treinamento de Força na Atualidade. Sprint. 200, RJ
CAMPOS, Maurício de Arruda. Musculação Para Diabéticos, Osteoporóticos, Idosos, Crianças, Obesos. 4ª Ed. Sprint. 2000m RJ
BARRETO, L.A.S. CRISTALINO, Willame. Benefícios do Treinamento de Força para Crianças, Idosos, Mulheres, Diabéticos Hipertensos e Obesos. Programa de Pós-graduação em Fisiologia do Exercício e treinamento de Força UNISUAM. 2009, RJ
GUISELINI, Mauro. Energia, Saúde, Qualidade de vida. Dedone. 2007, SP