O Ensino da Matemática através das Novas Tecnologias
SÉRGIO SANTOS DE JESUS

Resumo

Este artigo cientifico descreve a necessidade e a importância que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação podem trazer as práticas educacionais no ensino da matemática. O objetivo do trabalho é mostrar o melhor processo de ensino-aprendizagem através da utilização de metodologias "inovadoras" ? tendo uma abordagem pedagógica "tradicional" e uma nova metodologia embasada numa visão "inovadora" através do uso do computador e mídias educacionais, numa perspectiva pedagógica construtivista para o ensino da matemática. O referencial teórico é baseado nas teorias construtivistas. Dando ênfase em texto e autores que defendem um ensino cada vez mais lúdico através das NTIC, criando ambientes educacionais de total descontração dando a oportunidade de o próprio aluno ser o agente construtor do seu conhecimento com o desenvolvimento disciplinado do raciocínio lógico-dedutivo.

PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia construtivista; Educação Matemática; Tecnologia; Necessidade; Computador.

Introdução

O computador em nosso meio introduzia consigo uma série de conseqüência a nossa sociedade que passou a se transformar a todo o momento, os meios de comunicação, o conhecimento, os signos, o sistema econômico e até a própria sociedade. Mas com essas transformações podo-se perceber que os valores, os costumes e os interesses acompanham essas transformações. Pois se sabe que o computador não seria simplesmente mais um eletroeletrônico na sociedade e sim um meio gerador de conhecimento tecnológico capaz de mudar o mundo em que se vive.
No âmbito educacional pode-se dizer que os educadores sempre procuraram a pedra "filosofal", ou seja, o melhor caminho de se levar o conhecimento aos educando. A educação não podia ficar de fora das NTIC (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação). Pois muitas crianças e jovens cresceram inseridas no mundo onde as NTIC influenciam basicamente todos os setores da sociedade, alem disso, essas crianças e jovens de hoje são muito diferente dos vividos pelos nossos pais e professores, passam por experiências muito mais computadorizadas, conhece a linguagem digital, a audiovisual, a televisão, o cinema, os filmes, os vídeos games, brinquedos modernos, assim, esse jovem possuem a habilidade de manusear ou até mesmo criar programas de computar.
Foi baseado nesses aspectos que muitos educadores viram que as NTIC podiam ser um aliado muito importante na construção do conhecimento e até mesmo nas práticas educativas, onde as novas tecnologias podem ser incorporadas no ensino-aprendizgem, mas têm que levar em consideração as problemáticas, as políticas públicas e econômicas para torná-las realidade.
O atual modelo pedagógico de ensino aprendizagem é praticado através de didáticas "convencionais", tornando o ensino restrito à sala de aula, alunos presos a livros didáticos e oratória do docente. Esse modo de ensino aprendizagem não condiz com a realidade que a sociedade estar desenvolvendo para um futuro cada vez mais tecnológico e digitalizado. Assim, o arcabouço tecnológico é capaz de difundir informações, produções científicas, diminuir distâncias, enfim toda essa potencialidade que as NTIC podem proporcionar para um melhor ensino aprendizagem.
É devido a grande potencialidade das NTIC em levar aos alunos um conhecimento rápido, fácil, interativo e acompanhado de um raciocínio lógico, paralelo ao mundo cada vez mais globalizado onde as fronteiras são quebradas a todo momento. O estudante tem o dever de acompanhar essa evolução tecnológica, para estar inserido no mundo em que vive e não ser evadido do sistema social cada vez mais digitalizado. Um outro fator é deixar a idéia de que o conhecimento esta centrado somente na figura do professor. O papel do professor deve ser desempenhado como tal, mas desvincular o pensamento de detentor do saber, o professor deve ser um mediador do conhecimento, mostrar como se busca, assim desenvolvendo um aluno capaz de andar com as suas próprias pernas atento as coisas que estão acontecendo ao seu redor.
Mas o objetivo é transformar o ensino e em particular o ensino da matemática em um momento de completo raciocínio lógico, centrado nas evoluções tecnológicas e a interdisciplinaridade que nos cerca, tornando-os capazes de está preparado para vivenciar esse mundo cada vez mais complexo, onde as coisas se transformam rapidamente. Mostrar que as NTIC podem ser um aliado na construção do conhecimento e na preparação para a vida social e profissional. Alem disso proporcionar um ambiente de aprendizagem virtual, onde pode-se viajar no mundo em uma sala fria cheia de computadores capazes de nos levar a qualquer lugar ou simplesmente falar com uma pessoa do outro lado do mundo.

1. Uma educação sem barreiras tecnológicas

As primeiras tentativas de inclusão das novas tecnologias se deram ainda nos anos 1970 pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), em algumas escolas, com o uso do LOGO o qual é uma linguagem desenvolvida para computadores, sendo um trabalho de pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Informática aplicada à educação (NIED) da UNICAMP-SP, representando uma etapa importante nos estudos da computação aplicada no ensino e aprendizagem. Mas o primeiro projeto de informática das escolas públicas no Brasil, foi em 1987 e 1989, com o Projeto Formar, com a finalidade de formar multiplicadores na formação de recursos humanos da escola. O qual gerou os Centros de Informática Educacional (CIEDs), instalados em dezessete estados brasileiros. Ainda em 1989 foi lançado pelo MEC o programa Nacional na Educação (PRONINFE), com objetivo de dar continuidade os anteriores.
O Programa Nacional de Informática na educação (PROINFO), lançado em 1997, pela secretária de Educação à distância do Ministério da educação, o qual é atualmente o programa responsável em realizar o trabalho de trazer para dentro das escolas a informática.
Apesar dos programas do Governo Federal e Estadual em equipar as escolas públicas, com laboratórios de informática, darem cursos de capacitação para os professores, para o uso dos computadores e a disponibilidade de softwares educativos e das orientações no site do MEC entre outros, mas o que ainda se observa, são falhas dessas ações no Projeto Pedagógico escolar.
Atualmente a educação tem passado por momentos revolucionários que nos faz pensar, organizar e traçar um plano de ação sobre todas essas tecnologias que estão batendo em nossas portas, pronta para usar, mas será que a sociedade, a escola, os professores estão preparados para usá-las, ou ainda mais, será que a escola e o corpo docente têm consciência da importância que essas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) podem oferecer para educação no ensino e aprendizagem?
Uma das barreiras e até mesmo uma das mais difíceis, não é nem a distribuição dos equipamentos nas escolas, mas sim de ocorrer às mudanças de padrões culturais, quer dizer conscientizar o educador que não dá mais para adiar os recursos tecnológicos na educação.
Mas para que isso possa acontecer é necessário informar e planejar estratégias de comunicação destinadas a qualificar e informar as demandas educativas, criando um contexto mais favorável para incorporação, além que o setor público precisa de alianças com o setor privado e entre os ministérios de educação e as universidades para implantação das NTIC de forma adequada às necessidades educativas.
Outra barreira é falta de pesquisas a respeito do impacto das NTIC na sala de aula e nos sistemas educacionais. O qual poderia das respostas claras sobre os acertos e fracassos a vários questionamentos colocados pelos educadores, como por exemplo: que transformações as salas de aulas sofreiam? Como seriam ministradas as aulas? E entre outras dúvidas freqüentes que na maioria das vezes continuam sem soluções. Como relata Juan Carlos Tedesco, 2004, p. 98, sobre a falta de pesquisas:
A realidade é que se escreveu muito pouco disso. Necessita-se de avaliações e pesquisas exaustivas e profundas sobre o impacto das NTIC na sala de aula e nos sistemas educacionais. Elas nos dariam clareza sobre os motivos dos acertos e fracassos, assim como sobre os desafios que devemos enfrentar. Entretanto, a falta de pesquisa sobre o impacto das NTIC não é exclusiva do setor educativo: existe uma preocupante ausência de estudos que analisem as NTIC em relação às transformações sociais, políticas e culturais que elas promovem no interior de nossas sociedades, e em conseqüência, [que permitam] identificar as responsabilidades e desafios educativos implicados com intuito de promover maior justiça social e progresso democrático.

Além dessas barreiras já citadas temos outra que é quando a escola já disponibiliza os espaços apropriados e já tem os computadores conectados a Internet, não conseguem manter ou cobrir os gastos fixos como: tinta para impressoras, papel, acesso a Internet, entre outros. Assim como é colocado por Juan Carlos Tedesco, 2004, p. 102:
... é preciso considerar os custos de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos depois de vencido o período de garantia do fornecedor. Deve-se, além disso definir os procedimentos para cobrir os gastos fixos (toner, tinta para impressoras, papel, disquetes, contas telefônicas e de acesso à Internet, etc.). Por último, é necessário elaborar uma estratégia de atualização dinâmica que evite a rápida absolescência.

Para que todas essas propostas do governo sobre as NTIC na educação possam ter resultados satisfatórios, não basta somente equipar com os recursos tecnológicos e mantê-los, quer dizer dar todas as condições de uso nas escolas, darem cursos para os educadores, mas se não houver uma mudança na valorização do educador como coloca Suely Galli Soares, 2006, p.106:
A própria visão do professor disseminada na sociedade, com salários baixos, falta de reconhecimento e de condições de trabalho diferenciado, e os longos períodos de greve por piso salarial, ao mesmo tempo em que fizeram avançar a luta dos professores da rede pública, serviram também para expor publicamente a condição de trabalho e as necessidades básicas da educação, não atendidas


2. A Matemática através das Novas Tecnologias
A escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas tecnologias da informação e da comunicação transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de decidir, de pensar (PERRENOUD, 2000, p.125).

O ensino da matemática é sem duvida um dos mais importantes da vida estudantil de cada ser humano. A matemática tem sido o bicho de sete cabeças para muitos estudantes ao longo da sua formação. Mas esse panorama pode estar atrelado à má formação por parte de alguns professores de matemática que visa o ensino de matemática como conceitos matemáticos prontos, como objetos, não percebendo que estes conceitos devem ser desenvolvidos pelos alunos. De acordo com Valente (1998, p.34-35), o ensino da Matemática na escola visa, sobretudo, o desenvolvimento disciplinado do raciocínio lógico-dedutivo.
O ensino tradicional de Matemática não tem produzido resultados satisfatórios (VALENTE, 1998; MACHADO, 1999). São inúmeros os problemas que decorrem da questão: evasão escolar; pavor diante da disciplina; medo e aversão à escola, dentre outros. Em larga medida, o problema advém da metodologia amplamente adotada nas escolas para o ensino em geral e especificamente para o da Matemática (VALENTE 1998). Com Valente (1998), pode-se afirmar que o matemático, ao "fazer" Matemática, pensa, raciocina, usa a imaginação e a intuição, para, através de "chutes" sensatos, ensaios de tentativa de acerto e erro, uso de analogias, enganos, incertezas, organizar a confusão inicial do próprio pensamento. É assim, que a matemática é desenvolvida, mas na sala de aula é transmitida de forma "pronta ou técnica" como se o aluno fosse um bando de dados passivo.
Machado (apud PAIS, 1999, p. 9) afirma:
[...] de uma forma geral, há um descontentamento com o ensino da Matemática em todos os níveis de escolaridade; o seu significado real, a sua função no currículo escolar passam a ser questionados e pesquisados de uma forma mais consciente, pontual e contextualizada.

É por isso, que os professores e donos de escolas particulares e o governo tem o dever de olhar com outros olhos para as inovações tecnológicas e trazer para o âmbito educacional as suas potencialidades para inovar as práticas educativas.
Por força da modernização geral pela qual passa o País, as escolas vêm recebendo estruturas de informatização. A informatização das escolas é um processo considerado irreversível por muitos e já em franca execução (MAGINA, 1998). Valente (1998) enfatiza que a introdução do computador na escola é uma oportunidade para que novas metodologias sejam introduzidas no ensino a fim de melhorar os resultados do aprendizado da disciplina. Mas não é dizer que o computador é quem vai resolver todos os problemas da educação é negligenciar as práticas pedagógicas o computador por se só não trás as mudanças necessárias ao âmbito educacional, mas junto com as novas metodologias ligadas a informática sim isso é uma inovação como afirma Cotta, 2002, p. 20 e 21:
...a introdução do computador na sala de aula, por si só, não constitui nenhuma mudança significativa para o ensino. O salto qualitativo no ensino da Matemática poderá ser dado através do aproveitamento da oportunidade da introdução do computador na escola, o que certamente favorecerá mudanças na pedagogia e poderá resultar em melhora significativa da educação. Para tanto, talvez seja mais realista pensar no aproveitamento de técnicas tradicionais para ir, aos poucos, introduzindo inovações pedagógicas e didáticas.

É importante salientar que não é uma simples maquina que vai fazer com que uma criança dotada de Inteligência possa aprender determinados conceitos matemáticos e sim desenvolver um raciocínio onde ela possa criar conjecturas, abstrair suas idéias tornando-as em conhecimentos formais com ajuda do computador. Para Valente (apud PAPERT, 1985, p.9) que afirma que, no âmbito do construcionismo:

[...] o aprendizado acontece através do processo de a criança inteligente ensinar o computador burro. Com esta proposta, Papert inverte o atual quadro de uso do computador na escola. O computador deixa de ser o meio de transferir informação e passa a ser a ferramenta com a qual a criança pode formalizar os seus conhecimentos intuitivos.

O século XXI trouxe consigo uma das maiores revolução a Revolução Tecnológica. A cada dia que passa fica-se cada vez mais difícil ficar sem o uso de meios tecnológicos ou estar independentes deles, é assim que se deve encarar a nova tendência. E no âmbito educacional não vai ser diferente, com a facilidade de informação tem-se que estar preparado para encarar os novos desafio que as NTIC vão trazer aos docentes e os discentes. Então é importante estar a pá das transformações e tentar entende-las.
Segundo IHDE de (1993, cap.2), três aspectos são essenciais para a caracterização do que é tecnologia:
Primeiro, uma tecnologia deve ter um componente tangível, palpável, um elemento material. Segundo, o elemento material, condição de base, deve fazer parte de algum conjunto de ações humanas culturalmente determinadas. Terceiro, deve haver uma relação entre os objetos material e as pessoas que os usam, idealizam ou concebem (design), constroem, modificam.

Agora cabe a cada um educador entender e procurar estar atendo aos conceitos, aos significados, o manuseio e estar a par das novidades de mundo tecnológico. Dependendo do modo de vista, do referencial não deve se dizer que todas as NTIC são educacionais e sim se deve trazê-la e torná-la uma tecnologia educacional como fala Cysneiros, 1998).:
O computador pode ser várias tecnologias educacionais, mas também uma tecnologia não educacional. É uma tecnologia educacional quando for parte de um conjunto de ações (práxis) na escola, no lar ou noutro local com o objetivo de ensinar ou aprender (digitar um texto de aula, usar um software educacional ou acessar um site na Internet), envolvendo uma relação com alguém que ensina ou com um aprendiz

Um fator culminante na utilização das NTIC é o fato que devemos estar preparados e habilitados para se trabalhar nesse inovador método de ensino aprendizagem. Estar inserido nesse novo meio quer dizer não deixar de usar as tecnologias já existentes e sim introduzir as novas tecnologias e ter conhecimento técnico para desenvolver suas atividades pedagógicas usando as Novas Tecnologias na suas metodologias educacionais. Como Cysneiros, 1998, diz:
"Outra decorrência da adoção da caracterização acima, é que o uso de uma tecnologia implica na aquisição de habilidades físicas de manejo de objetos materiais, por menores que sejam; no caso de tecnologias educacionais, supõe o desenvolvimento de habilidades de escrita no quadro de giz, de manejo de um mouse ou de um teclado de computador".

É fato, não se lida com algo que não se conhece é a assim, que deve ser feito. Deve-se ter um conhecimento técnico para saber lidar com todo o aparato tecnológico em que esta se usando.

2.1. O software no ensino da matemática

O aluno é mais importante que programas e conteúdos (D?AMBROSIO, 1996, p.14).
Como se sabe o computador por si só não traz resultados satisfatórios, é uma maquina sem "vida" sem função. Um computador deve estar acompanhado com softwares ou m português programas que realize uma infinidades de funções, como afirma Galvis, 1992, o termo inglês software, corresponde ao suporte lógico ou a programa em português, é aplicável a toda coleção de instrumentos que servem para que o computador cumpra uma função ou realize uma tarefa.
Mas o que interessa aqui são os softwares educacionais como Cotta da o seu conceito denominam-se softwares educativos aqueles programas que permitem cumprir ou apoiar funções educativas, ou seja, as aplicações que apóiam diretamente o processo de ensino/aprendizagem. Assim os softwares educativos são um valioso instrumento de apoio aos educadores de forma geral, podendo torna o ensino aprendizagem muito mais fácil, ágil e é um meio que chama a atenção das crianças e jovens que vivem em constante contato com as mídias tecnológicas. De acordo com Cotta o ambiente educacional inserido dentro das NTIC e dentro da concepção construtivista, um software, para ser educativo, deve ser um ambiente interativo que proporcione ao aprendiz investigar, levantar hipóteses, testá-las e refinar suas idéias iniciais. Dessa forma, o aprendiz estará construindo o seu próprio conhecimento.
Segundo Valente, 1993; Campos, 1994; Galvis, 1992; Niquini, 1996:
a classificação de softwares educativos, é seguida mediante suas funções educativas que assumem. A saber, "exercício e prática", "tutorial", "simulação e modelagem", "programação", "jogos", "softwares-aplicativos" (editor de textos, editor/programa gráfico, planilha eletrônica, banco de dados, hipertexo, telecomunicações) e, mais recentemente, "mulitmídia/hipermídia", autoria.

Existe alguns tipo de softwares educacionais que pode ser usado no âmbito educacional tais como: o exercício e prática, onde segundo Campos, 1990, a atividade computacional proporcionada por um software do tipo "exercício e prática" revê um conteúdo que já foi apresentado ao aluno. Seu principal objetivo é a aquisição, o desenvolvimento e a aplicação de um conhecimento específico. Agora fica a critério de o aluno escolher o que mais lhe agrada, podendo perceber o seu nível de aprendizagem mediante os seus acertos e os erros, alem disso, também pode voltar e rever os conteúdos mais de uma vez quando necessário. Como valente,1998, p.9 afirma que:
"a vantagem desse tipo de programa é o fato de o docente dispor de uma infinidade de exercícios que o aprendiz pode resolver de acordo com o seu grau de conhecimento e interesse. Se o software, além de apresentar o exercício, coletar as respostas de modo a verificar a performance do aprendiz, então o docente terá à sua disposição um dado importante sobre como o material está sendo absorvido".

A tutoria é uma é um software que possibilita ao aluno ter instruções direta através de um professore eletrônico, onde o exercício e prática é mediando por um tutorial. Assim Campos, 1990, diz:o tipo "exercício e prática" deve ser usado após apresentação de um "tutorial", portanto, depois de o aluno ter adquirido o novo conhecimento para a avaliação da aprendizagem.
O tutorial é caracterizado por ser transmitido por um vídeo interativo onde um professor virtual apresenta todos os seus conteúdos, através de uma mídia eletrônica. E ainda o aluno pode escolher os vídeo, fazer sua própria seqüência de apresentação tendo total liberdade de colha. Assim Valente, 1999, p. 91, afirma que:
O computador assume o papel de uma máquina de ensinar. A interação entre ele e o computador consiste na leitura da tela ou na escuta dainformação fornecida, no avanço pelo material, apertando a tecla ENTER, na escolha da informação, usando o mouse e/ ou resposta de perguntas que são digitadas no teclado. Observando-se esse comportamento, percebe-se que o aprendiz está fazendo coisas, mas não se tem qualquer pista sobre o processamento dessa informação e se o que está sendo feito está sendo atendido. Ele pode até estar processando a informação fornecida, mas não há meios de se certificar se isto está acontecendo.

O jogo é um método de ensino aprendizagem que pode ser caracterizado por Cotta, 2002, p. 52, "o desenvolvimento com a finalidade de desafiar o aprendiz, envolvendo-o em uma competição com a máquina e os colegas. O jogo permite usos educacionais interessantes, principalmente se integrados a outras atividades". Então pode se dizer que o jogo através de um software é um bom aliado pra desenvolver a capacidades, experiências de situações da realidade num mundo virtual.

Um ambiente educacional dotado de recursos de multimídia é um meio onde esta presente todos os recursos de som, imagem, animação, texto, vídeo, dando o caráter interativo. Assim, pode-se trabalhar com estratégias de manipulação das mídias para transforma o ensino-aprendizagem moldando o conhecimento para a realidade local.

2.2. Experiências

Nas escolas do futuro será impossível ministrar uma aula sem a utilização, dos livros, dos meios de audiovisuais, e principalmente do computador e da conexão de rede, como recursos para o aprendizado de todas as disciplinas curriculares.
Brasil vendo o desenvolvimento dos países desenvolvidos no investimento das novas tecnologias para a educação, e claro de olho nos resultados positivos que estão acontecendo no mundo, tem desenvolvidos em alguns estados o Projeto UCA (Um Computador Por Aluno), que foi no caso do Estado de Tocantins um dos primeiros estados selecionados pelo governo Federal e distribuídos 3400 Laptops. Segundo dados da revista de quem educa nova escola de abril de 2008, o Projeto UCA deu tão certo na Escola Estadual Dom Alano Marie Du Noday, em Palmas, onde foi implantado, que outras cinco escolas estaduais tocantinenses também estão recebendo os computadores. Os resultados desse Projeto UCA no Tocantins do ano de 2007, ainda Segundo dados da revista de quem educa nova escola de abril de 2008, foi o seguinte: aumento de 9,48% na aprovação do 6º ao 9º ano, fazendo assim com a taxa de aprovação dos alunos subisse de 86,85 para 96,33% . Quanto ao ensino médio o aumento da aprovação foi de 16,3%, o qual também fez com que a taxa de aprovação subisse de 71,28% para 87,58%. E ainda reduziu índice de evasão escolar.
E de iniciativas e noticias assim que o país precisa publicar para que as escolas e todas as pessoas envolvidas na educação tenham interesses que sua escola também possa está recebendo essas tecnologias, e desenvolvendo para o melhor aprendizado.
No estado de Sergipe o Colégio São Paulo COC é um bom exemplo da aplicação das NTIC nas suas praticas educacionais como podemos ver nos apêndices a sua infra-estrutura e o material didático:
O material didático do COC-CSP é um dos grandes motivos de orgulho da instituição. Afinal, o COC foi pioneiro na oferta de material didático em linguagem digital, aprofundando os eixos temáticos e a excelência dos conteúdos. Os CDAs - Cadernos de Apoio Digital, que integram o material didático COC, reforçam e complementam, com recursos multimídia (filmes, animações, fotos e sons), os conteúdos dos livros e cadernos impressos. Este suporte tecnológico permite um salto de qualidade na rotina estudantil, garantido por uma maior motivação e interação com os temas abordados. (informações retiradas do site da escola www.coccsp.com.br )

3. Considerações Finais

A educação é uma função da sociedade, então, há uma necessidade de que a educação acompanhe as mudanças que a sociedade trás consigo. Assim pode-se afirma que a atual sociedade esta caminhando a passos longos rumo as Tecnologias de Comunicação e Informação, tornando-os os membros da sociedade cada vez mais dependentes de todo esse aparato tecnológico. Para não ocasionar a exclusão digital aos discentes é necessário começar a mudar as práticas educacionais de modo a introduzir as NTIC nas aulas e em especial na disciplina de matemática, para torná-los o agente construtor do seu conhecimento com o desenvolvimento disciplinado do seu raciocínio lógico-dedutivo.
A formação dos professores merece ser destacado, pois as Instituições de Ensino Superior que preparam professores devem se responsabilizar pela formação adequada que oriente e prepare cada aluno (futuro docente) para ser capaz de estar apto e com habilidades no uso das NTIC.
Como segundo Chaves 1983 e Candau 1991:
"a implementação e utilização do computador no ensino só será real e eficaz com a sensibilização e comprometimento dos professores. Caso contrário, será em vão todo o investimento que a escola está fazendo em novos recursos tecnológicos, pois cai-se no laissez-faire, e os alunos continuam abandonados à própria sorte, sem o devido auxílio e orientação".


Estudar métodos "inovadores" na construção do conhecimento é complexo e sistemático. Introduzir um novo método é mexer com as estruturas já existentes e cômoda a grande maioria dos docentes. Estabelecer com eles uma relação que ajude a romper as barreiras da convencionalidade das práticas educativas, e que estabeleça uma cumplicidade num esforço comum na descoberta que as NTIC é o meio transformador e atrativo para as crianças e jovens.
Então é necessário que haja uma boa formação dos professores. Para cada vez mais esteja apto e habilitado e com o comprometimento de inserir práticas educativas mediante o uso das NTIC. Portanto, é necessário o conjunto de ações: políticas publicas, apoio da equipe diretiva e funcionários da escola, aparato ferramental para torna o ensino- aprendizagem cada vez mais satisfatório e tornando os discentes capazes de estar inserido uma sociedade cada vez mais tecnológica.

4. Bibliografia consultada

COTTA, Alceu Júnior. Novas Tecnologias Educacionais No Ensino de Matemática: estudo de caso - Logo e do Cabri-Géomètre. Dissertação de Mestrado. Florianópolis
2002.

MARTÍNEZ, Jorge H. Gutiérrez. Novas tecnologias e o desafio da educação. In: TEDESCO, Juan Carlos (Org.). Educação e novas tecnologias: esperança ou incerteza? São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2004.

SANCHO, J. M.; HERNANDEZ, F. et al. (Org). Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006.

SOARES, Suely Galli. Educação e comunicação: o ideal de inclusão pelas tecnologias de informação: otimismo exarcebado e lucidez pedagógica. São Paulo. Cortez. 2006.

TEDESCO, Juan Carlos (org.). Educação e Novas Tecnologias: esperança ou incerteza?. São Paulo. Cortez: Buenos Aires: Instituto Internacional de la educacion; Brasília: UNESCO, 2004.

VALENTE, José Armando (Org.). Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP/Núcleo de Informática Aplicada à Educação-NIED, 1993.

VALENTE, José Armando (org.). O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: UNICAMP/ Núcleo de Informática Aplicada à Educação-NIED, 1999.

VALENTE, J.A.(org.). O computador na sociedade do conhecimento. NIED, Núcleo de Informática Aplicada à educação. Campinas: Unicamp, 2002.

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acessado em 15/10/2009 às 11:40

Apêndices
Material didático


















Infra-estrutura














Conjunto de modernos computadores, utilizados para atividades didáticas e de interação (www.coccsp.com.b ).
















Salas de aula dotadas de tecnologia de informação e comunicação (www.coccsp.com.b).
















Sala para aulas com tecnologia 3D, permitindo uma precisa compreensão de estruturas complexas de temas de diversas disciplinas (www.coccsp.com.b ).