FAMÍLIA COELHO
Publicado em 20 de maio de 2010 por Djalmira Sá Almeida
FAMÍLIA COELHO
A origem da família Coelho sabe-se que remonta à antiga Roma, a Marcus Coelho Rufo, discípulo de Marcos Túlio Cicero, um homem de caráter fraco, mais um dos maiores vultos, em todos os tempos, da História da Eloquência do mundo e que morreu tragicamente, como outros grandes oradores de Roma. Marco Antônio, aliado, mais tarde, a linda Rainha do Egito, Cleopátra, contra Otavio, sendo vencido na batalha naval de Actium, após o assassinato de César que, no Ocidente do Mundo empreendeu e realizou a conquista da Gália Cisplatina, transpõe os Alpes, venceu os germanos, os Ceutas, os gauleses e estende o domínio latino a Aquitônia e à Belgica alcançando a Bretânia.
Os Coelhos, cujas divisas em Roma, era "Nós procedemos do sangue dos Reis e os Reis provem de nosso sangue??, passaram da Itália para a Espanha , onde o nome "Coelius??mudou para "Cello??, e daí para Portugal, tendo sido Soeiro Veigas (século XIV), o primeiro a adotar o apelido difundido depois em Évora, Barcelos, Viseu, Arantes e em outras terras da outrora Lusitânia.Também a família de Egas Moniz fidalgo medievo (século XII), perpetuou o nome castelhano "Coello?? em vários de seus descendentes aportuguesando-o para "Coelho??, tendo sido o solar de Filgueiras entre o Doura e o Minho o antigo senhorio da casa fundada pelo legendário Egas Moniz. Desde então, os Coelhos se firmaram no Reino de Portugal, com seus Brasões e foros de fidalguia. É provável que o sobrenome ou apelido Coelho provenha de Portugal ou de terras ocupadas pelos portugueses. Segundo a Genealogia das Famílias das Flores e do Corvo, Açores, os Coelhos são descendentes de D. Soeiro Viegas Coelho, que se diz ter sido o primeiro deste apelido, por tomar a terra de Coneja, embora alguns autores defendam que já o pai tinha este apelido, tirado da quinta da Coelha. De D. Soeiro sabe-se que foi casado com D. Mora Mendes, filha de D. Mem Moniz de Gandarei, o primeiro a entrar em Santarém quando D. Afonso Henriques tomou a vila aos mouros.
Segundo Diogo das Chagas, D. Soeiro Viegas ganhou o apelido na guerra que fazia aos mouros "com segredo e resguardo", que "parecia ir por minas por debaixo do chão a buscá-los e pelejar com eles e assim disseram a el-rei gabando seus feitos e assaltos, que minava por baixo do chão como coelho". Nas Flores, o primeiro deste nome terá sido Baltazar Coelho da Costa , avô paterno de frei Diogo das Chagas, filho de João Coelho, no manuscrito do "Espelho Cristalino", com tinta e caligrafia diferente, foi acrescentada uma nota referindo que João Coelho só teve um filho, Bento Coelho, que casou com Inês da Ponte, neta do segundo senador João da Ponte), sendo assim, este é que seria o pai de Baltazar Coelho da Costa e dos demais irmãos e de Catarina Rodrigues da Costa, que se haviam estabelecido na Terceira, vindos de Guimarães. Baltazar Coelho da Costa, que fora casado em primeiras núpcias com Ana Cabeceiras, de quem teve uma só filha, a qual não deixou descendentes, casou segunda vez nos Altares, com Violante Valadão, fixando-se mais tarde nas Flores, para onde já levou consigo seis filhos, já "homens" mas todos ainda solteiros. A ida de Baltazar Coelho para as Flores é posterior a dos que chegaram com Gomes Dias Rodovalho, por volta de 1504-1505, mas foi já nesta ilha que nasceu o seu filho Mateus Coelho da Costa, pai do padre Inácio Coelho, ali nascido em 1575. Em "Origem de algumas famílias Pernambucanas??, Mario Melo diz que, " os Coelhos conhecidos em Olinda e Petrolina não descendem do primeiro donatário Duarte Coelho, um dos mais famosos capitães da conquista das índias, recompensado por D. João III com a doação das terras de nossa capitania, cuja carta foi lavrada em Évora, em 1534 e Foral no mesmo ano, mas que tem origem em Feliciano Coelho de Carvalho, o governador da Paraíba, em 1593 , e sua esposa D. Maria Monteiro.
"Um filho desse casal, Antônio de Albuquerque Coelho, Comendador de São Martinho, fidalgo da Casa Real (uma das maiores honras concedidas pelos soberanos, naquela época), donatário e Capitão Geral das Capitanias de Camutá e Tatapira, casado com Isabel de Melo Coelho, deixou aqui numerosa descendência. Armas da família (Reino de Portugal): Em campo de ouro um leão de púrpura faxado de três faxas xadrezado de ouro e azul, com setes coelhos de prata machados de preto??(V.Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, vol.XXVIII, 1927, ns 131 a 134, Recife).
Duarte Coelho, no entanto, não deixou descendente no Brasil, exceto os seus dois filhos Duarte,o segundo donatário da capitania de Pernambuco e Jorge Albuquerque, terceiro donatário. Ambos tomaram parte na Batalha de Alcácer-Kebir na África, em 1578, um deles morreu aos 24 anos de idade, D. Sebastião Rei de Portugal, filho póstumo do Príncipe D. João que foi o único filho varão sobrevivente de D. João III e de D. Joana, filha do Imperador Carlos V. Ali, segundo Pereira da Costa (ANAIS, vol.I), morreu também Duarte de Albuquerque Coelho, segundo donatário de nossa capitania, solteiro e sem descendentes, conforme dados de Varnhagem em História Geral do Brasil. Aquele filho de Duarte Coelho, " gravemente ferido prisioneiro, foi um dos 80 fidalgos resgatados aos mouros, solteiro e sem sucessão, faleceu antes de chegar de volta a Portugal??.
Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania de Pernambuco por morte de seu irmão Duarte e que teria emprestado o seu cavalo a D. Sebastião, na mesma luta da Planície próxima à cidadezinha de Marrocos, numa das margens do Ouer Kour, no qual desaparecera o filho do Príncipe D. João, vindo daí a lenda de seu Encantamento, foi o pai de Duarte, quarto donatário de nossa capitania e de Matias de Albuquerque Coelho, que indicado pelo irmão governou Pernambuco, foi governador geral do Brasil e um dos heróis de nossa guerra de restauração contra os holandeses entre outras, da Batalha de Montijo, na luta também de restauração de Portugal contra a Espanha, em 1644. O último Duarte que também era Coelho, o quarto donatário da capitania de Pernambuco também não deixou filhos no Brasil e Matias de Albuquerque Coelho seu irmão não deixou também sucessão aqui nem na Europa, onde ele, o irmão, o pai e o tio viveram, na realidade. A família Coelho continua sua expansão no Brasil com destaque na política e nos negócios em todo estado de Pernambuco, do litoral ao sertão, principalmente em Recife e Petrolina. Em Parnamirim, os Coelhos aparecem por associação familiar aos Menezes, Freires, Costa, Pereira e Sousa, os quais se dedicam à agropecuária, ao comércio e às atividades liberais.
A origem da família Coelho sabe-se que remonta à antiga Roma, a Marcus Coelho Rufo, discípulo de Marcos Túlio Cicero, um homem de caráter fraco, mais um dos maiores vultos, em todos os tempos, da História da Eloquência do mundo e que morreu tragicamente, como outros grandes oradores de Roma. Marco Antônio, aliado, mais tarde, a linda Rainha do Egito, Cleopátra, contra Otavio, sendo vencido na batalha naval de Actium, após o assassinato de César que, no Ocidente do Mundo empreendeu e realizou a conquista da Gália Cisplatina, transpõe os Alpes, venceu os germanos, os Ceutas, os gauleses e estende o domínio latino a Aquitônia e à Belgica alcançando a Bretânia.
Os Coelhos, cujas divisas em Roma, era "Nós procedemos do sangue dos Reis e os Reis provem de nosso sangue??, passaram da Itália para a Espanha , onde o nome "Coelius??mudou para "Cello??, e daí para Portugal, tendo sido Soeiro Veigas (século XIV), o primeiro a adotar o apelido difundido depois em Évora, Barcelos, Viseu, Arantes e em outras terras da outrora Lusitânia.Também a família de Egas Moniz fidalgo medievo (século XII), perpetuou o nome castelhano "Coello?? em vários de seus descendentes aportuguesando-o para "Coelho??, tendo sido o solar de Filgueiras entre o Doura e o Minho o antigo senhorio da casa fundada pelo legendário Egas Moniz. Desde então, os Coelhos se firmaram no Reino de Portugal, com seus Brasões e foros de fidalguia. É provável que o sobrenome ou apelido Coelho provenha de Portugal ou de terras ocupadas pelos portugueses. Segundo a Genealogia das Famílias das Flores e do Corvo, Açores, os Coelhos são descendentes de D. Soeiro Viegas Coelho, que se diz ter sido o primeiro deste apelido, por tomar a terra de Coneja, embora alguns autores defendam que já o pai tinha este apelido, tirado da quinta da Coelha. De D. Soeiro sabe-se que foi casado com D. Mora Mendes, filha de D. Mem Moniz de Gandarei, o primeiro a entrar em Santarém quando D. Afonso Henriques tomou a vila aos mouros.
Segundo Diogo das Chagas, D. Soeiro Viegas ganhou o apelido na guerra que fazia aos mouros "com segredo e resguardo", que "parecia ir por minas por debaixo do chão a buscá-los e pelejar com eles e assim disseram a el-rei gabando seus feitos e assaltos, que minava por baixo do chão como coelho". Nas Flores, o primeiro deste nome terá sido Baltazar Coelho da Costa , avô paterno de frei Diogo das Chagas, filho de João Coelho, no manuscrito do "Espelho Cristalino", com tinta e caligrafia diferente, foi acrescentada uma nota referindo que João Coelho só teve um filho, Bento Coelho, que casou com Inês da Ponte, neta do segundo senador João da Ponte), sendo assim, este é que seria o pai de Baltazar Coelho da Costa e dos demais irmãos e de Catarina Rodrigues da Costa, que se haviam estabelecido na Terceira, vindos de Guimarães. Baltazar Coelho da Costa, que fora casado em primeiras núpcias com Ana Cabeceiras, de quem teve uma só filha, a qual não deixou descendentes, casou segunda vez nos Altares, com Violante Valadão, fixando-se mais tarde nas Flores, para onde já levou consigo seis filhos, já "homens" mas todos ainda solteiros. A ida de Baltazar Coelho para as Flores é posterior a dos que chegaram com Gomes Dias Rodovalho, por volta de 1504-1505, mas foi já nesta ilha que nasceu o seu filho Mateus Coelho da Costa, pai do padre Inácio Coelho, ali nascido em 1575. Em "Origem de algumas famílias Pernambucanas??, Mario Melo diz que, " os Coelhos conhecidos em Olinda e Petrolina não descendem do primeiro donatário Duarte Coelho, um dos mais famosos capitães da conquista das índias, recompensado por D. João III com a doação das terras de nossa capitania, cuja carta foi lavrada em Évora, em 1534 e Foral no mesmo ano, mas que tem origem em Feliciano Coelho de Carvalho, o governador da Paraíba, em 1593 , e sua esposa D. Maria Monteiro.
"Um filho desse casal, Antônio de Albuquerque Coelho, Comendador de São Martinho, fidalgo da Casa Real (uma das maiores honras concedidas pelos soberanos, naquela época), donatário e Capitão Geral das Capitanias de Camutá e Tatapira, casado com Isabel de Melo Coelho, deixou aqui numerosa descendência. Armas da família (Reino de Portugal): Em campo de ouro um leão de púrpura faxado de três faxas xadrezado de ouro e azul, com setes coelhos de prata machados de preto??(V.Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, vol.XXVIII, 1927, ns 131 a 134, Recife).
Duarte Coelho, no entanto, não deixou descendente no Brasil, exceto os seus dois filhos Duarte,o segundo donatário da capitania de Pernambuco e Jorge Albuquerque, terceiro donatário. Ambos tomaram parte na Batalha de Alcácer-Kebir na África, em 1578, um deles morreu aos 24 anos de idade, D. Sebastião Rei de Portugal, filho póstumo do Príncipe D. João que foi o único filho varão sobrevivente de D. João III e de D. Joana, filha do Imperador Carlos V. Ali, segundo Pereira da Costa (ANAIS, vol.I), morreu também Duarte de Albuquerque Coelho, segundo donatário de nossa capitania, solteiro e sem descendentes, conforme dados de Varnhagem em História Geral do Brasil. Aquele filho de Duarte Coelho, " gravemente ferido prisioneiro, foi um dos 80 fidalgos resgatados aos mouros, solteiro e sem sucessão, faleceu antes de chegar de volta a Portugal??.
Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania de Pernambuco por morte de seu irmão Duarte e que teria emprestado o seu cavalo a D. Sebastião, na mesma luta da Planície próxima à cidadezinha de Marrocos, numa das margens do Ouer Kour, no qual desaparecera o filho do Príncipe D. João, vindo daí a lenda de seu Encantamento, foi o pai de Duarte, quarto donatário de nossa capitania e de Matias de Albuquerque Coelho, que indicado pelo irmão governou Pernambuco, foi governador geral do Brasil e um dos heróis de nossa guerra de restauração contra os holandeses entre outras, da Batalha de Montijo, na luta também de restauração de Portugal contra a Espanha, em 1644. O último Duarte que também era Coelho, o quarto donatário da capitania de Pernambuco também não deixou filhos no Brasil e Matias de Albuquerque Coelho seu irmão não deixou também sucessão aqui nem na Europa, onde ele, o irmão, o pai e o tio viveram, na realidade. A família Coelho continua sua expansão no Brasil com destaque na política e nos negócios em todo estado de Pernambuco, do litoral ao sertão, principalmente em Recife e Petrolina. Em Parnamirim, os Coelhos aparecem por associação familiar aos Menezes, Freires, Costa, Pereira e Sousa, os quais se dedicam à agropecuária, ao comércio e às atividades liberais.