INTRODUÇÃO

O confronto sobre a atuação da linguagem em todo o planeta proporciona estudos para compreender a dimensão de língua/fala no processo de aquisição da linguagem, e com isso, dúvidas percutem o universo dos lingüísticos para entender os fenômenos da língua dentro do aspecto social.
A valorização da língua faz com que algumas pessoas não compreendam o uso das variações, contudo, implicam diante dos fenômenos lingüísticos o que considera "certo ou errado" diante da fala.
O objetivo deste artigo é justamente perceber o confronto dos grandes estudiosos da língua para então valorizar com amplitude todas as variações que constituem a linguagem, contudo, entendendo como se processa os mecanismos lingüísticos sem utilização das classes morfológicas cujas, regras são determinadas gramaticalmente. Deste modo, explicita Bakhtin quando relata a relação entre linguagem e sociedade colocando sob o signo da dialética as estruturas sociais, sendo, portanto, a relevância principal do objetivo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A língua sendo foco de estudos desperta a atenção de grandes pesquisadores com a finalidade de entender a dimensão lingüística mediante o convívio com várias pessoas sob o contexto social/sociedade enquanto falantes de um mesmo idioma verificando o aspecto localidade (regiões diversificadas) sob a ótica dos dialetos diversos.
Bakhtin (2002) valoriza a fala e afirma sua natureza social, e não individual onde está ligada as condições da comunicação perante as estruturas sociais. Argumentos desta natureza conflitam-se com a de Saussure quando o mesmo então não considera a língua um fato social, mas um objeto ideal rejeitando as manifestações orais e individuais.
Na verdade, com este confronto, a língua domina e não é dominada, isto porque, a falta de argumentos para enfrentar os falantes é o que se torna subjetivo aos contrastes das fala/língua.
Bakhtin (2002) afirma que, o que torna a língua significante e coerente no quadro sincrônico é excluído e inútil no quadro diacrônico, isto por que, diante do quadro sincrônico é impossível descrever uma língua e todas as suas manifestações calcadas em um único momento.
Para Labov (1983) afirma que a língua não é apenas um meio de informação, mas uma maneira de inserir um individuo num grupo social.
São inenarráveis as afirmativas e as idéias oriundas sobre a linguagem, uma vez que, o que mais se questiona é a interação e integração do individuo na sociedade ou grupo social.
Indiscutivelmente, a língua faz parte deste turbilhão conflituoso sobre a atuação da linguagem nos diversos campos sociais, que por sua vez, são integrados no processo de interação nos grupos sociais. Nesta perspectiva, a difusão lingüística constitui conflitos, até porque Saussure determina a fala como um fenômeno social tratando a língua de maneira individual.
A batalha é incansável no que diz respeito o que é "certo ou errado" em relação a linguagem através do social/particular de cada individuo, pois Labov (1983) assegura que há alterações das variedades lingüísticas no que tange os limites de uma determinada variedade geográfica, haja vista diversos fatores como a idade, a posição social, grau de escolaridade, profissão, que favorecem para que haja as variedades lingüísticas empregadas pelo falante, seja de ordem lexical, morfológica ou fonológica. Em fim, todos esses fatores influenciam diante da linguagem.

METODOLOGIA

A partir de estudos relevantes sobre a atuação da linguagem em meio aos conflitos sociais, uma análise se fez necessário para entender e discernir a atuação da língua dentro dos grupos sociais.
Comparações foram realizadas através dos estudiosos supracitados permitindo uma compreensão ampla dos fenômenos lingüísticos e da relação entre língua e fala mediante o idioma, discutindo sobre os mecanismos que regem o processo de aquisição da linguagem.

CONCLUSÃO

Vendo que a linguagem é de fato alvo de estudos por inúmeros pesquisadores, e assim compreender sua dimensão lingüística em meio aos fatores que percute sua trajetória (a idade, a posição social, grau de escolaridade, profissão) uma análise sobre os fundamentos da língua baseado nas concepções de Saussure, Labov e Bakhtin se fizeram oportuno para entender os fragmentos compostos como interferência da língua como caráter individual ou social.
Deste modo, perceber a linguagem como algo que é particular e que sofre variações devido aos contextos diversos na sociedade, parecendo complexo por entrar em contradição entre esses pesquisadores supracitados.


REFERÊNCIAS:

BAKHTIN, Mikhil. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Huciteg, 2002
LABOV, William. Modelos sociolingüísticos. Madrid: Ediciones Cátedra S.A., 1983
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral. São Paulo: Cultrix, 1987