RESUMO

O comportamento organizacional é o ramo que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia organizacional. Seguindo do entendimento de que os executivos realizam trabalhos por meio do trabalho de outras pessoas. O foco será: definir comportamento organizacional, descrever o que fazem os executivos, Explicar a importância do estudo sistemático do comportamento organizacional, listar as principais oportunidades e desafios no uso dos conceitos do comportamento organizacional, identificar as contribuições das principais disciplinas das ciências do comportamento ao estudo do comportamento organizacional, explicar por que os executivos precisam de conhecimentos sobre comportamento organizacional.

INTRODUÇÃO

Enfocaremos neste, aspectos relevantes sobre o comportamento organizacional, que é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este conhecimento para melhorar a eficácia organizacional.
Estuda três de terminantes do comportamento nas organizações: indivíduos, grupos e estrutura. O comportamento organizacional aplica o conhecimento obtido sobre as pessoas, os grupos e o efeito da estrutura sobre o comportamento, para fazer com que as organizações trabalhem mais eficazmente.
A qualidade do trabalho e o apoio recebido no ambiente de trabalho são muito mais importantes. As habilidades técnicas são necessárias, mas insuficientes para o sucesso das atividades de gestão. Os executivos não podem depender apenas de suas habilidades técnicas. Eles precisam também de habilidades interpessoais.
Uma organização precisa ter políticas explícitas ou implí¬citas que orientarão a tomada de decisão. As organizações não se conduzem por si mesmas, daí a necessidade de um pensamento comum que norteie o administrador ao planejar, organizar, dirigir e controlar o trabalho realizado pelas pessoas, de modo a garantir que os objetivos sejam alcançados.
Existe um pano de fundo comum às diversas abordagens sobre funções, papéis, habilidades e atividades de administração: todas elas reconhecem a suprema importância da gestão de pessoas.

1 EVOLUÇÃO DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Embora na prática os executivos já tenham compreendido há muito tempo a importância das habilidades interpessoais para a eficácia da gestão, as escolas de administração demoraram um pouco para captar essa mensagem.
Até o final da década de 80, o currículo dessas escolas enfatizava os aspectos técnicos da gestão. Seu foco principal era em economia, contabilidade, finanças e métodos quantitativos. Temas como comportamento e habilidades interpessoais não recebiam quase nenhuma atenção. (ROBBINS, 2005, pág. 2)

Nas últimas décadas, contudo, os pro¬fessores começaram a perceber a importância do papel que o conhecimento sobre o comportamento humano tem na eficácia da gestão, e cursos voltados para essa área foram sendo agregados ao currículo.
O conceito de Administração Geral esta mudando. Não existe mais o executivo capaz de utilizar princípios de Administração gerais e universais de maneira eficiente, em qualquer país, empresa ou setor. Cada organização é única, com características próprias que a diferenciam das demais, e um modelo de Administração bem-sucedido, utilizado em uma organização, não será necessariamente o ideal a ser adotado em uma outra. (PEREIRA, 2004, pág. 4)

O reconhecimento da importância das habilidades interpessoais dos executivos está relacionado à necessidade das organizações de conseguir e reter funcionários com alto nível de desempenho. Indepen¬dentemente das condições do mercado de trabalho, funcionários que se destacam estão sempre em falta. Empre¬sas com a reputação de serem bons locais de trabalho levam uma grande vantagem. A qualidade do trabalho e o apoio recebido no ambiente de trabalho são muito mais importantes.
Ter executivos com boas habilidades interpessoais é o mesmo que garantir um ambiente de trabalho mais agradável, o que, por sua vez, facilita a contratação e a manutenção de pessoas qualificadas. Além disso, criar um ambiente de trabalho agradável parece fazer sentido do ponto de vista econômico. (ROBBINS, 2005, pág. 2)

As habilidades técnicas são necessárias, mas insuficientes para o sucesso das atividades de gestão. Hoje, com um ambiente de trabalho cada vez mais competitivo e exigente, os executivos não podem depender apenas de suas habilidades técnicas.
A educação superior requerida deve proporcionar uma formação humanística e desenvolver a capacidade de visualizar globalmente os ambientes interno e externo de maneira a compreender o meio social, político e econômico no qual se insere a organização. Os administradores deverão tomar decisões em um mundo diversificado e interdependente.

2 OS ADMINISTRADORES

Os executivos realizam trabalhos por meio do trabalho de outras pessoas. Eles tomam decisões, aplicam recur¬sos e dirigem as atividades de outros com o intuito de atingir determinados objetivos.
De acordo com (2004, p. 4), todo indivíduo que conduz um grupo de pessoas na realização de tarefas capazes de contribuir para o alcance dos objetivos da organização é um administrador,independentemente do nível hierárquico em que esteja situado,do tipo de formação profissional ou do tipo de organização em que esteja atuando, empresarial ou não empresarial.

Os executivos trabalham em uma organização que é uma unidade social conscientemente coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente contínua para atingir um objetivo comum.
As pessoas que supervisionam as atividades das outras e que são responsáveis pelo alcance dos objetivos nestas orga¬nizações são os executivos (eles também são chamados de administradores, especialmente nas organizações sem fins lucrativos). (ROBBINS, 2005, pág. 2)

As organizações existem para atingir objetivos, o executivo defini objetivos e as possíveis formas de alcançá-los. A função de planejamento engloba a definição das metas da organização, o estabelecimento de uma estratégia geral para o alcance dessas metas e o desenvolvimento de um conjunto abrangente de planos para integrar e coordenar as atividades. Os executivos também são responsáveis pela elaboração da estrutura da empresa.
Todas as organizações englobam pessoas, e é parte do trabalho do executivo dirigir e coordenar essas pessoas. Essa é a função da liderança.
Quando os executivos motivam os funcionários, dirigem as atividades dos outros, escolhem os canais mais eficientes de comunicação ou resolvem conflitos entre as pessoas, eles estão exercendo sua liderança. (ROBBINS, 2005, pág. 2)

Os executivos desempenham dez papéis diferentes, altamente interligados, ou conjuntos de comportamentos atribuíveis às suas funções. Estes papéis podem ser agru¬pados de acordo com suas características básicas relativas aos relacionamentos interpessoais, à transferência de informações ou à tomada de decisões.
Esses papéis não são facilmente destacados por constituir o comportamento dos indivíduos que desempenham ora um, ora outro desses papéis. Eles fazem parte, portanto, do comportamento dos administradores no desempenho de suas funções administrativas. Entretanto, apesar de fazerem parte do comportamento administrativo, nem todos os gerentes dedicam igual atenção a cada um deles. Dependendo da área funcional na qual atuam, seus comportamentos serão influenciados mais por uns papéis do que por outros. (PEREIRA, 2004, pág. 7)

a) papéis de relacionamento interpessoal: todo executivo precisa realizar tarefas de natureza cerimonial e sim¬bólica. Quando o diretor de uma faculdade entrega os diplomas aos formandos na colação de grau ou quando um gerente de produção conduz um grupo de estudantes secundaristas em uma visita à fábrica, eles estão desem¬penhando o papel de figura de proa. Todos os executivos desempenham um papel de liderança. O terceiro papel desempenhado na área de relacionamento interpessoal é o de ligação. De acordo com Pereira, este papel é:
Obrigações que demandam o desempenho de papéis interpessoais podem, ocasionalmente, transfor¬mar-se em rotina, envolvendo uma série de comunicações e não significando importantes decisões a sei tomadas. Entretanto, são importantes para o bom funcionamento da organização e não podem ser igno¬radas. Os papéis interpessoais podem fazer do administrador um símbolo, um líder ou apenas um ele¬mento de ligação entre os subordinados, internamente, e com as demais organizações, externamente. (2004, p. 9)

b) papéis de informação: todos os executivos obtêm, de algum modo, informações de outras organizações e instituições. Estas informações, sobre as mudanças nos gostos dos consumidores ou sobre os planos da concorrên¬cia, são obtidas geralmente por meio de leituras de revistas ou de conversas com outros profissionais.
Os administradores podem não conhecer tudo, mas certamente conhecerão mais do que seus subordinados, pois têm acesso formal e fácil a cada membro da equipe. Além do mais, redes de contatos expõem os gerentes a informações externas às quais os subordinados dificilmente teriam acesso. (...) Os gerentes desenvolvem um poderoso arquivo de informações. A comunicação é, seguramente, a parte mais importante de seu trabalho. Três papéis descrevem os aspectos informacionais do trabalho do gerente: monitor, disseminador e porta-voz. (PEREIRA, 2004, p. 7)

c) papéis de decisão: requer que os administradores sejam empreendedores; gerenciadores de turbulências; alocadores de recursos e desempenham o papel de negociadores.
Uma organização é constituída por pessoas, com papéis formalmente determinados, que trabalharão em conjunto para alcançar objetivos. Todas as organizações têm vários pontos em comum, sem ser idênticas.
As organizações precisam ser encaradas como um negócio, e essa definição apli¬ca-se igualmente a hospitais, escritórios de advogados, consultórios médicos, órgãos do governo e instituições sem fins lucrativos. Devem ser também racionalmente constituídas e conduzidas. (PEREIRA, 2004, p. 11)

2.1 Habilidades dos executivos

Em virtude do ritmo de inovação técnica e das mudanças ambientais, o segmento operacional da estrutura hierárquica se concentra na carreira profissional, e as organizações buscam administradores cujo perfil reúna habilidades técnicas, humanas e conceituais.

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