SOCIEDADE EDUCACIONAL CURITIBA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SURTO DE ESQUIZOFRENIA 

CURITIBA

2011

SOCIEDADE EDUCACIONAL CURITIBA 

ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SURTO DE ESQUIZOFRENIA 

Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de notas na disciplina de metodologia e pesquisa do curso Técnico em Enfermagem, da Sociedade Educacional Curitiba, ministrado pela professora Mirian Aparecida Paiva. 

Orientador (a): Professor Enfermeiro Especialista Claudinei Machado Nunes Machado.

CURITIBA

2011 

TE Jeferson Antonio de Lima

ASSSITENCIA TÉCNICA DE ENFERMAGEM COM PACIENTE COM SURTO DE ESQUIZOFENIA 

Objetivo: Prestar informações a sociedade sobre a esquizofrenia

 

SOCIEDADE EDUCACINAL CURITIBA

Pesquisa em Enfermagem, do curso Técnico em Enfermagem.

 

Data de aprovação:_______de__________________de_________20_______

 

 

 

Prof. (a):

______________________________________________________________________

 

Prof. (a):

______________________________________________________________________

 

Prof. (a):

______________________________________________________________________

 

 

 

 

DEDICATORIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aos meus professores, colegas e amigos que de alguma forma me ajudaram nesta conquista. Em especial a Suellen K. F. Reyes.

 

EPÍGRAFE

 

 

 

 

 

.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente”.

Florbela Espanca

RESUMO

 

A seguinte pesquisa abortara o tema Assistência Técnica de enfermagem ao paciente com surto de esquizofrenia, nela será estuda o histórico da doença junto com os conceitos, será descrito o desenvolvimento da doença, terá uma abordagem também aos sintomas iniciais, positivos e negativos da esquizofrenia.

Dando a continuidade a pesquisa mostrará as teorias do desenvolvimento da esquizofrenia e também das classificações da doença. Será descritos os tipos de tratamentos, finalizando com os cuidados de enfermagem para cada tipo de pacientes e alguns cuidados com o familiar do esquizofrênico.

 

Palavra-chave: Esquizofrenia, Transtorno Mental, Cuidados de enfermagem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO 8

2 REVISÃO DE LITERATURA 10

2.1 Histórico da Esquizofrenia 10

2.2 Conceitos de Esquizofrenia 10

2.3 Desenvolvimento da Doença 11

2.4 Sinais e Sintomas 11

2.5 Teorias do Desenvolvimento da Esquizofrenia. 15

2.6 Classificação da Esquizofrenia 18

2.7 Tratamento 21

2.8 Cuidados de Enfermagem 24

3. METODOLOGIA 27

3.1 Coleta de Dados 27

3.2 Análise dos Dados 27

3.3 Objetivos 27

3.4 Problemas 28

3.5 Justificativa 28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 29

6 REFERÊNCIAS CONSULTADAS 30

7 ANEXO 32

 

1 INTRODUÇÃO

 

Pesquisas realizadas durante o primeiro semestre de 2011, sobre uma doença que me despertou interesse durante minha formação do curso técnico de enfermagem, o qual será abordado o tema assistência técnica de enfermagem ao paciente com esquizofrenia.

Ao longo da revisão de literatura realizada, tornou-se cativante buscar um pouco da história da esquizofrenia, e saber que até hoje a esquizofrenia é pouco conhecida pela sociedade e cercada de muitos tabus e preconceitos.

Serão abordados ao desdenhar desta pesquisa, os dados históricos da doença, os mecanismos fisiopatológicos, os sinais e sintomas, os cuidados de enfermagem e também que a definição científica para a população.

O trabalho surgiu com meus questionamentos pessoais; as pessoas com esquizofrenia são violentas? Ela têm culpa por serem esquizofrênicas? Elas são imprevisíveis? Elas precisam ser internadas? Como a família pode apoiar?

Para a psicóloga Cidoncha (2009) é relevante dizer que a esquizofrenia não é dupla personalidade, como foi descrita pelo psicanalista suíço Euger Bleuller em 1911 e com o tratamento adequado e o apoio dos familiares, pode reduzir significativamente os sintomas e as reincidências de surtos em mais de 50%. Novas drogas parecem estar melhorando este índice. O tratamento prévio da esquizofrenia, durante os primeiros sintomas, pode aumentar os índices de remissão de 50% para 80 a 85 %.

 

A esquizofrenia caracteriza-se por uma grave desestruturação psíquica, em que a pessoa perde a capacidade de integrar suas emoções e sentimentos com seus pensamentos, podendo apresentar crenças irreais (delírios), percepções falsas do ambiente (alucinações) e comportamentos que revelam a perda do juízo crítico. A doença produz também dificuldades sociais, como as relacionadas ao trabalho e relacionamento, com a interrupção das atividades produtivas da pessoa. O tratamento envolve medicamentos, psicoterapia, terapias ocupacionais e conscientização da família, que absorve a maior parte das tensões geradas pela doença. A esquizofrenia não tem cura, mas com o tratamento adequado a pessoa pode se recuperar e voltar a viver uma vida normal” (PALMEIRAS, et all, 2009).

 

O Dr. Gattaz, (2009) classifica os sintomas da esquizofrenia em dois grupos, os sintomas positivos e os sintomas negativos; os sintomas negativos são de sociabilidade baixa, ele diz que seja provável devido a perda de células nervosas resultando em uma capacidade diminuta de funcionamento.

Dando continuidade do Dr. Gattaz os sintomas positivos são as alucinações, enganos e dano cognitivo. Ele ressalva ainda que estes sintomas se sobreponham, interagem um com o outro, mas raramente o paciente vai apresentar todos esses sintomas.

O diagnostico da esquizofrenia depende de uma crise ser ativada e ter duração de pelo menos um mês de duração e apresentar dois sintomas característicos da doença como, por exemplo, alucinações, enganos pensamentos desorganizados, irresponssividade emotiva e tonalidade de fala. Também poderá ser diagnosticada na base de um único sintoma se o paciente possuir enganos ou alucinações particularmente esquisitos (PALMEIRAS, et all, 2009).

O tratamento geralmente é realizado a base de fármacos, internações, eletro choques e terapias (PALMEIRAS, et all, 2009).

Os cuidados de enfermagem se baseiam nos cuidados gerais do paciente na ala psiquiátrica, tais como suporte emocional, controle da psicose, agressividade, observação sinais vitais, observações dos efeitos colaterais, higienização quanso paciente impossibilitado, auxilio na alimentação quando necessário. Que serão detalhados no decorrer do trabalho. (FIGUEIREDO, et all, 2008).

 

2 REVISÃO DE LITERATURA

 

 

2.1 Histórico da Esquizofrenia

 

 

O termo esquizofrenia surgiu pela primeira vez na Suíça no final do século XIX, pelo psiquiatra alemão Emil Kraepelin, ele deu o nome de Demência Precoce, pois na maioria dos observados eram jovens que apresentavam comportamento regredido e desorganizado no qual o lembrava de Doença de Alzheimer (PAMEIRAS, et all, 2009).

Em 1911, Eugen Bleuler introduziu o termo esquizofrenia, acreditando que este refletia de forma mais adequada a doença do que o termo demência precoce, proposto por Kraepelin. Bleuler descreveu a esquizofrenia como grupo de transtornos caracterizados por alucinações, delírios e desorganização do pensamento em pacientes jovens previamente sadios. Ele não aceitava a designação "demência", uma vez que muitos pacientes não apresentavam deterioração, ou, quando isso ocorria, dava-se tardiamente na evolução do transtorno. Para ele a principal característica da doença era a cisão entre pensamento e emoção, dando a impressão de uma personalidade fragmentada e desestruturada (PALMEIRAS, 2009; WYATT, 2001).

 

 

2.2 Conceitos de Esquizofrenia

 

 

A esquizofrenia é uma doença mental do tipo crônica, que se caracteriza por apresentar uma alteração da percepção do mundo real, afetando os pensamentos, as emoções e a conduta. O termo vem do grego schizo: divisão e phenos: mente. Por esta origem etimológica é que na cultura popular costuma associar a esquizofrenia com transtorno de dupla personalidade, na qual é uma mentira (e a esquizofrenia em realidade se refere a um grupo de transtorno com diversas possibilidades sintomatológicas). As distorções da realidade, produto da esquizofrenia, podem afetar os cinco sentidos do paciente, normalmente se apresenta com alucinações, paranóia, dificuldade de expressão e de pensamento, que afetam grande aparte da vida social e a ocupação da vida das pessoas (PAMEIRAS, et all, 2009).

 

2.3 Desenvolvimento da Doença

 

 

De acordo com Rodrigo Brassan (et all) (2010) que não pode-se dizer que a esquizofrenia seja uma doença de um determinado perfil de pessoa, sendo que apresenta com uma freqüência similar nos diferentes níveis socioeconômicos, nas diferenças culturas mundiais e em ambos os sexos, geralmente com inicio precoce nos jovens, também não podemos afirmar que a esquizofrenia exista uma única causa para desencadeá-la, assim como o prognóstico é incerto para muitos casos de psicoses, não é diferente na esquizofrenia, a esquizofrenia tem uma causa multifuncional, Admite-se hoje que várias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico (consciente e inconsciente); o ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de substâncias psicoativas poderem ser responsáveis pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos.

 

 

2.4 Sinais e Sintomas

 

 

2.4.1 Sintomas Iniciais

 

 

Tomando como base o psicólogo Jorge Candido de Assis os sintomas iniciais são aqueles que ocorrem meses a anos antes de um primeiro surto. Eles não são específicos da doença e não permitem um diagnóstico precoce do transtorno.  

Podem ocorrer comportamento hiperativo (inclusive desde a infância), desatenção e dificuldades de memória e aprendizado, sintomas de ansiedade (inquietação, somatizações, como taquicardia, palpitações e falta de ar), desânimo, desinteresse generalizado e humor depressivo. O início do transtorno pode ser confundido com depressão ou outros transtornos ansioso (Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Ansiedade Generalizada).

Dando continuidade ao seu livro do psicólogo em alguns casos ocorre interesse demasiado por temas exóticos, místicos, religiosos, astronômicos ou filosóficos, que passam a dominar o cotidiano da pessoa. Dúvidas acerca da sua existência, explicações filosóficas sobre coisas simples da vida e uma necessidade permanente de buscar significados podem deixar a pessoa mais introspectiva e isolada socialmente.

É comum haver, pouco ou muito tempo antes do primeiro surto, dificuldade, ou mesmo, descontinuidade de atividades regulares, como escola, cursos, trabalho, esporte ou lazer. Nota-se também maior dificuldade para viver relações sociais e familiares.

Algumas pessoas podem desenvolver um comportamento mais arredio ou indisciplinado, ter momentos de explosão de raiva ou descontrole emocional diante de situações em que se esperaria maior desenvoltura para resolver os problemas.

 

 

2.4.2 Sintomas Positivos

 

 

Os sintomas positivos estão relacionados diretamente ao surto psicótico. Entende-se por surto psicótico um estado mental agudo caracterizado por grave desorganização psíquica e fenômenos delirantes e/ou alucinatórios, com perda do juízo crítico da realidade. A capacidade de perder a noção do que é real e do que é fantasia, criação da mente da própria pessoa, é um aspecto muito presente nos quadros agudos da esquizofrenia (Palmeira, et all, 2009).

A pessoa adoecida pode criar uma realidade fantasiosa, na qual acredita plenamente a ponto de duvidar da realidade do mundo e das pessoas ao seu redor. É o que chamamos de delírio. O delírio pode ter diversas temáticas, inclusive num mesmo surto. As mais comuns são a idéia de estar sendo perseguida por alguém, de ser observada ou de que as pessoas falam dela ou sabem de tudo que se passa na sua vida. Outras idéias fantasiosas, como de cunho religioso, místico ou grandioso também podem ocorrer. Menos frequentemente ocorrem delírios de culpa e de ciúme (Palmeira, et all, 2009).

O delírio não é uma criação intencional da pessoa ou motivada por fatores psicológicos ou de relacionamento. Na esquizofrenia, o delírio surge espontaneamente e invade e domina a consciência da pessoa, tirando dela a capacidade de lutar e vencer sozinha suas próprias idéias. É comum ela se sentir acuada e amedrontada, ou então, agir com vigor, mas sem um propósito claro ou racional. O delírio traz consigo uma sensação de sofrimento e fragmentação da própria personalidade, como se a pessoa perdesse o chão, suas referências básicas, o controle de sua própria vida (Palmeira, et all, 2009).

  Ademais o Doutor Leonardo Fiqueredo Palmeira diz que outro sintoma positivo igualmente importante é a alucinação. A pessoa pode ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes, como escutar vozes dialogando entre si ou se referindo à própria pessoa, insultando-a ou ordenando que faça algo. Podem ver vultos ou imagens de pessoas, personagens de seu delírio, com as quais é capaz de conversar e interagir. Há casos também de alucinações olfativas (sentir cheiros estranhos), gustativas, táteis (sentir choques ou como se bichos andassem em seu corpo) e dos órgãos internos (como por exemplo, sentir o coração derretendo, órgãos apodrecendo).

  Adiante o Doutor diz que como no delírio, o paciente não tem nenhum controle sobre as alucinações. Elas têm igual capacidade de dominar a consciência e influenciar o comportamento. A percepção de uma alucinação é igual a que ocorre para um objeto real, não sendo possível, para o paciente, distingui-la da realidade.

  Existem outros sintomas positivos, como acreditar que é outra pessoa ou que tem poderes paranormais, como a capacidade de ler a mente dos outros. O paciente pode fantasiar acerca de seus familiares, acreditando que eles sejam impostores ou sósias, ou confundir pessoas estranhas com alguém familiar. (Palmeira, et all 2009)

  Os sintomas positivos podem não ocorrer em todos os casos de esquizofrenia e, mesmo quando presentes, podem variar na intensidade e qualidade dos sintomas. Existem pacientes que não possuem muitos delírios e outros que nunca alucinaram. Há os que apresentam mais sintomas de desorganização psíquica e do comportamento e que não apresentam delírios ou alucinações (Palmeira, et all 2009).

 

 

2.4.3 Sintomas Negativos

 

 

Os sintomas negativos estão mais relacionados à fase crônica da esquizofrenia. Embora possam ocorrer na fase aguda, eles se estendem por mais tempo e predominam em longo prazo. Esses sintomas são chamados também de deficitários, como referência à deficiência de algumas funções mentais, como a vontade e a afetividade (Palmeiras, et all 2009)

  A falta de vontade, de iniciativa ou da persistência em algumas atividades da vida cotidiana é vista pela maioria dos familiares como sinal de preguiça ou má vontade. Entretanto, este é um sintoma da esquizofrenia. Em graus variados de intensidade, pacientes têm dificuldade de iniciativa, demonstram-se desinteressados ou indiferentes aos desafios e atividades que lhes são propostas. Tendem a escolher atividades mais passivas, onde não é exigido esforço físico ou cognitivo, como assistir televisão, ouvir rádio, ou mesmo passar grande parte do tempo ociosa. As deficiências da vontade são responsáveis por grande parte das dificuldades em atividades produtivas, como trabalho e estudos, e sociais, contribuindo para maior isolamento (Palmeiras et all, 2009).

  A afetividade compreende a nossa capacidade de demonstrar afetos e sentimentos. Para isso usamos nossa mímica facial, os gestos, o tom de voz e a nossa empatia. Alguns pacientes têm dificuldade em expressar e demonstrar seus afetos claramente e isso leva, em geral, a uma falta de empatia e a uma dificuldade de interação e comunicação social. Isto não significa que não tenham sentimentos, que não sejam capazes de reagir emocionalmente ao ambiente e às pessoas. O que está comprometido é a forma de demonstrar seus afetos, mas não a capacidade de sentir emoções. (MELMAN, 2001)

  A fala, o pensamento e as idéias podem estar lentificados ou desconectados, sem um encadeamento lógico para quem está ouvindo. Porém, é importante que familiares e amigos procurem compreender o significado do que está sendo dito, que escutem e acolham a pessoa com suas diferenças e limitações. (MELMAN, 2001)

  Os sintomas negativos, por serem mais duradouros e interferirem com funções básicas como vontade e afetividade, acarretam dificuldades sociais e laborativas que percebemos em muitos pacientes. É fundamental a compreensão e as tentativas de estímulo e apoio, dentro de um contexto sócio-familiar saudável e acolhedor. (PALMEIRA, et all, 2009)

 

 

2.5 Teorias do Desenvolvimento da Esquizofrenia.

 

 

Como a esquizofrenia nao tem uma causa defenida, a seguir estará listadas as teorias do desenvolvimento da esquizofrenia. (BRESSAN, 2010)

 



2.5.1 Teoria Genetica

 

 

A teoria genética admite que genes podem estar envolvidos, contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o desencadear do transtorno. Sabe-se que a possibilidade de um indivíduo vir a sofrer de esquizofrenia aumenta se houver um caso desta doença na família. "No caso de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a prevalência da doença nos descendentes diretos é de 12%. Na situação em que ambos os pais se encontram atingidos pela doença, esse valor sobe para 40%". No entanto, mesmo na ausência de história familiar, a doença pode ainda ocorrer." Diz ainda que cerca de 81% dos doentes com esquizofrenia não têm qualquer familiar em primeiro grau atingido pela doença e cerca de 91% não têm sequer um familiar afetado. No entanto, a causalidade genética ainda não é comprovada e as pesquisas têm demonstrado discrepâncias muito grandes quando se trata de investigar a predisposição para a doença. (ASSIS, et all, 2007)

Outro argumento importante é a concordância em gêmeos monozigóticos (48%) é significativamente maior do que a encontrada em gêmeos dizigóticos (17%). Os estudos indicam a presença de múltiplos genes responsáveis pela esquizofrenia e suas variações. (BRESSAN 2010)

 

 

2.5.2 Teoria Neuribiológica

 

 

As teorias neurobiológicas defendem que a esquizofrenia é essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro, em especial com uma disfunção dopaminérgica, embora alterações noutros neurotransmissores estejam também envolvidas. A maioria dos neurolépticos (antipsicóticos) atua precisamente nos receptores da dopamina no cérebro, reduzindo a produção endógena deste neurotransmissor. Exatamente por isso, alguns sintomas característicos da esquizofrenia podem ser desencadeados por fármacos que aumentam a atividade dopaminérgica como por exemplo as anfetanimas. Esta teoria é parcialmente comprovada pelo fato de a maioria dos fármacos utilizados no tratamento da esquizofrenia (neurolépticos) atuarem através do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina. (PALMEIRAS, et all, 2009)

 

 

2.5.3 Teoria Psicanaliticas

 

 

As teorias psicanalíticas também conhecida como relação precoce, têm como base a teoria freudiana da psicanálise, e remetem para a fase oral do desenvolvimento psicológico, na qual a ausência de gratificação verbal ou da relação inicial entre mãe e bebê conduz igualmente as personalidades "frias" ou desinteressadas ou indiferentes no estabelecimento das relações. A ausência de relações interpessoais satisfatórias estaria assim na origem da esquizofrenia. (ASSIS, et all 2007)

 

 

2.5.4 Teoria Familiares

 

 

Em seus livretos Jorge Cândido de Assis diz que como a abordagem psicanalítica, outras abordagens responsabilizam a família, mas apesar de terem bastante impacto histórico tiveram pouco embasamento empírico para essas afirmações. Surgiram na década de 1950, baseadas umas no tipo de comunicação entre os vários elementos das famílias e aparecendo outras mais ligadas às estruturas familiares. Dos estudos desenvolvidos surge o conceito mãe esquizofrenogénica mães possessivas e dominadoras com seus filhos, como gerador de personalidades esquizofrénicas. Estudos posteriores vieram contudo desconfirmar esta hipótese, relacionando esse comportamento mais com etiologias neuróticas e não com a psicose. Atualmente as abordagens familiares, ao invés de culpá-la, procuram apoiar a família, reconhecendo as dificuldades em lidar com um membro da família em grave sofrimento psíquico.

 

 

2.5.5 Teoria Neurotransmissores

 

 

Têm-se um excesso de dopamina na via mesolímbica e falta dopamina na via mesocortical. Apesar de existirem todas estas hipóteses para a explicação da origem da esquizofrenia, nenhuma delas individualmente consegue dar uma resposta satisfatória às muitas dúvidas que existem em torno das causas da doença, reforçando assim a ideia de uma provável etiologia multifatorial. (PALMEIRAS, et all 2009)

 

 

2.6 Classificação da Esquizofrenia

 

 

A esquizofrenia pode ser classificada em tipos distintos de acordo com sua apresentação clínica.

 

 

2.6.1 Esquizofrenia Paranóide

 

 

 É caracterizada pelo predomínio de sintomas positivos (delírios e alucinações) sobre os sintomas negativos. Em geral, os pacientes apresentam traumas delirantes bem estruturadas e alucinações, com alterações de comportamento compatíveis com suas vivências psíquicas, como inquietação ou agitação psicomotora, comportamento de medo ou fuga, ausência de juízo crítico, dentre outras. Nesses casos, o paciente melhora dos sintomas mais agudos com o tratamento, retomando boa parte de suas atividades e relacionamentos, permanecendo com poucos prejuízos na fase crônica, já que os sintomas negativos não estão tão presentes. Podem ocorrer sintomas cognitivos que dificultam a retomada de algumas atividades após a fase aguda. (ASSIS, et all, 2007)

 

2.6.2 Esquizofrenia Desorganizada

 

 

Também conhecida como esquizofrenia hebefrênica, Nesse caso há predomínio dos sintomas negativos e de desorganização do pensamento e do comportamento sobre os sintomas positivos. Alucinações e delírios podem não ocorrer, ou se ocorrerem, não são uma parte importante do quadro, que se caracteriza mais por um comportamento pueril ou regredido, desorganização do pensamento e do comportamento, dependência de terceiros para atividades mais básicas, perda da autonomia, desinteresse, isolamento ou perda do contato social e afetividade mais superficial ou infantil. Os sintomas mais agudos, como a desorganização do pensamento e do comportamento, podem melhorar com o tratamento, mas alguns sintomas negativos podem persistir e dificultar mais a retomada das atividades. Ocorrem alterações cognitivas, principalmente relacionadas à atenção, memória e raciocínio, que podem trazer prejuízos sociais e laborativos. (PALMEIRAS, et all, 2009)

 

 

2.6.3 Esquizofrenia Catatônica

 

 

É o tipo menos comum, caracterizado por sintomas de catatonia na fase aguda. O paciente pode falar pouco ou simplesmente não falar, ficar com os movimentos muito lentos ou paralisados por minutos, horas ou até mesmo dias, recusar se alimentar ou ingerir líquidos, interagir pouco ou simplesmente não interagir com ninguém, embora desperto e de olhos abertos. O tratamento melhora os sintomas de catatonia, podendo o paciente permanecer com sintomas negativos e cognitivos na fase crônica. Há casos em que, na fase aguda, pode ocorrer comportamento agitado e repetitivo sem um propósito claro ou identificável. (PALMEIRAS, et all, 2009)

 

 

2.6.4 Esquizofrenia Indiferenciada

 

 

Quando os sintomas positivos e negativos estão igualmente presentes, havendo delírios e alucinações em intensidade semelhante aos sintomas negativos e desorganizados, classifica-se o tipo como indiferenciado. A evolução e o prognóstico nesses casos são muito variáveis, geralmente pior do que na esquizofrenia paranóide, porém superior ao tipo hebefrênico. (PALMEIRAS, et all, 2009)

 

 

2.6.5 Esquizofrenia Simples

 

 

Em casos em que os sintomas negativos ocorrem isoladamente, sem sintomas positivos e de desorganização, e não há uma diferença bem delimitada entre as fases aguda e crônica, com tendência ao isolamento e desinteresse social. Os sintomas negativos ocorrem mesmo sem um surto psicótico que os preceda. (PALMEIRAS, et all, 2009)

 

 

2.6.6 Esquizofrenia Residual

 

 

Utilizado para tipificar quadros mais crônicos, de longos anos de evolução ou que evoluem rapidamente para um comportamento mais deteriorado, com muitos prejuízos sociais e para a autonomia da pessoa, afetando sua capacidade de comunicação, inclusive verbal, gerando passividade ou falta de iniciativa, lentidão psicomotora, monotonia e prejuízos inclusive para o autocuidado e higiene pessoal. (PALMEIRAS, et all, 2009)

 

 

2.7 Tratamento

 

 

O tratamento da esquizofrenia pode ser feito com medicações, terapias com apoio psicológico, apoio espiritual, eletrochoque e apoio psicológico aos familiares.

 

 

2.7.1 Medicações

 

 

Os antipsicóticos, também conhecidos como neurolépticos, são os medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia. São assim chamados por possuírem efeito calmante (neuro=nervo; lepsis=apreensão) e por combaterem sintomas como delírios, alucinações, comportamento desorganizado e agitado. Eles atuam sobre um neurotransmissor chamado dopamina. Bloqueando canais receptores de dopamina nos neurônios, eles evitam que o excesso da substância atinja as células nervosas, reequilibrando o sistema de neurotransmissão. Esse efeito é essencial para a duração do efeito antipsicótico por longo prazo. (ASSIS, et all, 2007)

  O efeito terapêutico pode demorar de quatro a oito semanas, embora alguma melhora do comportamento já possa ser percebida nos primeiros dias de tratamento. É fundamental que nesse período a medicação seja administrada de forma regular. O tratamento de manutenção não é menos importante, pois é capaz de evitar futuras recaídas e precisa ser mantido mesmo que a crise aguda tenha sido contornada. É comum o abandono do tratamento nessa fase, por acreditar estar curado, o que deixa a pessoa vulnerável a uma nova crise. O médico é o único capaz de determinar o tempo total de tratamento para cada caso, podendo variar de um a cinco anos ou, em alguns casos, por período indeterminado. (ASSIS, et all, 2007)

 

 

2.7.2 Reabilitação

 

 

Os antipsicóticos possuem eficácia inquestionável nas fases agudas da esquizofrenia, reduziram drasticamente as internações psiquiátricas e permitiram a convivência dos pacientes na sociedade e junto às suas famílias. Contudo, os sintomas negativos e cognitivos, obstáculos para que muitos possam viver uma vida produtiva e independente, mudaram pouco com os medicamentos atuais.  O tratamento psicossocial, também conhecido como reabilitação psicossocial, procura melhorar esses sintomas e resgatar a autonomia, a individualidade e a capacidade de socialização e relacionamento dessas pessoas, através de oficinas terapêuticas que misturam arte, leitura, trabalhos manuais, música, dança, teatro, atividades físicas, reflexões e debates sobre a doença. O programa  deve ser individualizado, levando-se em conta o potencial e as limitações de cada um. O treinamento de habilidades específicas ou o aprendizado de um ofício também pode e deve ser estimulado, visando uma atividade produtiva ou mesmo um trabalho no futuro. (ASSIS, et all, 2007)

  No Brasil, esse tratamento é oferecido no serviço público pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e hospitais-dia de centros e hospitais psiquiátricos. Na iniciativa privada também existem clínicas especializadas na reabilitação de pacientes psiquiátricos e alguns planos de saúde já cobrem este tipo de tratamento. O paciente freqüenta o serviço de 2ª a 6ª feira (ou em alguns dias da semana), geralmente entre as 9 e 17 horas, regressando para sua casa ao final do dia. A freqüência e horário podem ser combinados previamente com a equipe técnica. Esse dispositivo de tratamento vem contribuindo para a redução das internações psiquiátricas e dos índices de recaída, já que é possível identificar mais precocemente sintomas agudos e tratar a crise sem a necessidade de internação hospitalar. (ASSIS, et all, 2007)

  A psicoterapia pode ser oferecida em conjunto com o tratamento psicossocial ou isoladamente. É um espaço para o paciente falar de suas angústias e dificuldades e buscar apoio e coragem para enfrentar os desafios. Pode ajudar a melhorar a auto-estima, a aceitar e compreender melhor sua doença, bem como a monitorar seus próprios sintomas. Ela pode ser individual ou em grupo. No grupo, o paciente ouve o relato de outras pessoas que passaram por problemas semelhantes, relativizando suas experiências. As técnicas psicoterápicas mais utilizadas são a psicodinâmica (psicanálise) e a cognitivo-comportamental. (ASSIS, et all, 2007)

  Uma abordagem mais nova de reabilitação é a que utiliza jogos e tarefas que estimulam funções cognitivas, como memória, atenção, capacidade executiva e de planejamento (reabilitação cognitiva). Ela visa aperfeiçoar funções acometidas pela esquizofrenia e melhorar o desempenho cognitivo global dos pacientes. Pode utilizar técnicas cognitivo-comportamentais para treinar situações cotidianas, como, por exemplo, ir ao supermercado fazer compras. Ajuda o paciente a avaliar e monitorar seu próprio comportamento e desempenho em tarefas do dia-a-dia. (ASSIS, et all, 2007)

 

 

2.7.3. Internação

 

A esquizofrenia passou a ser tratada ambulatorialmente, devido ao avanço das medicações, contudo a internação continua sendo hoje necessária em alguns casos, mas a grande maioria não precisa dela para seu tratamento. Internações prolongadas, como as que eram praticadas antigamente, em que o paciente ficava por meses ou anos internado, mostraram ser prejudiciais em longo prazo para a doença e seus portadores. A falta de estímulos para uma vida produtiva, a rotina manicomial, o distanciamento da família, a escassez de relações afetivas, enfim, os isolamentos da sociedade e do mundo tornavam os pacientes mais retraídos e apáticos, permitindo que os sintomas negativos da esquizofrenia se cronificassem. O retorno ao lar ficava mais difícil à medida que o tempo de internação se prolongava. Muitos pacientes relutavam em deixar os hospitais com medo da realidade distante que encontrariam lá fora. A hospitalização é necessária quando se esgotam os recursos ambulatoriais para tratamento e quando o paciente oferece risco à sua vida ou à sua integridade. A internação visa garantir o início do tratamento, abrandar os sintomas mais agudos e as alterações de comportamento que estão colocando-o em risco. A duração da internação deve ser a menor necessária para que as suas motivações sejam controladas. A família deve estar presente a todo o momento para evitar que esse período signifique uma ruptura nas suas relações, já que, na maioria dos casos, a internação é cercada de conflitos de ambas as partes. (ASSIS, et all, 2007)

 

 

2.8 Cuidados de Enfermagem

 

 

O plano de assistência de enfermagem ao paciente esquizofrênico deve-se primeiramente respeitar a sua singularidade e crença religiosa de casa paciente, abaixo listarei cuidados de enfermagem para cada paciente.

  • Para pacientes que se mostram retraídos e isolados;

  • Planejar um relacionamento breve, freqüente e sem exigências;

  • Planejar atividades individuais e simples;

  • Manter a consciência e honestidade nas interações;

  • Encorajar o paciente de forma gradativa a interagir com pares em situações não ameaçadoras;

  • Para pacientes com comportamentos regressivos e/ou fora do comum;

  • Adotar uma abordagem direta e franca aos comportamentos bizarros (não reforçá-los)

  • Tratar o paciente como adulto, mesmo apesar da regressão;

  • Monitorar os padrões alimentares do pacientes, e auxiliá-lo quando necessário;

  • Ajudar na higiene e na aparência pessoal, fazendo apenas o que o paciente é incapaz de fazer;

  • Ter cuidado ao estabelecer contato físico, o paciente pode entender como ameaçador;

  • Estabelecer esquema rotineiro para as atividades da vida diária;

  • Para pacientes com padrão de comunicação pouco claros

  • Manter a própria comunicação clara e não ambígua;

  • Manter a comunicação verbal e não verbal bem claras;

  • Esclarecer com o próprio paciente qualquer palavra não clara ou ambígua;

  • Para pacientes desconfiados e hostis

  • Estabelecer uma relação estreitamente profissional, uma relação amigável pode parecer ameaçadora para o paciente;

  • Usar com cuidado os contatos físicos, o cliente pode entender como ameaçador;

  • Possibilitar ao paciente o maior grau possível de autonomia e controle, respeitando sempre as condições do hospital (humanos e instalações);

  • Trabalhar no sentido de estabelecer confiança, expressando interesse e respeito em interações breves;

  • Explicar qualquer medicação, terapia antes do inicio;

  • Evitar focalizar ou reforçar pensamentos de desconfiança ou delírios;

  • Identificar e responder qualquer pensamento de delírios;

  • Intervir quando o paciente demonstrar sinais de aumento de níveis de ansiedade e de potencial de comportamento de atuação;

  • Para pacientes que apresentam delírios e/ou alucinações

  • Evitar reforçar alucinações e/ou delírios discutindo enquanto esta ocorrendo;

  • Enfatizar o fato de que você não tem a mesma percepção que ele, (por exemplo dizer que você não escuta as vozes que ele escuta);

  • Não discutir com o cliente sobre alucinações e delírios;

  • Responder aos sentimentos comunicados durante vivências alucinatórias (como por exemplo dizer que o paciente parece assustado);

  • Redirecionar o paciente e focalizá-lo em tarefas baseadas na realidade ou envolvendo em atividades estruturadas;

  • Manter o paciente em ambiente mais tranqüilo, que não seja estimulante;

  • Ajudar o paciente a controlar as alucinações, focalizando na realidade e fazer a medicação na hora prescrita;

  • Para pacientes com comportamentos de agressão e violentos

  • Observar quanto as primeiras indicações de agitação, intervir antes que o paciente comece a atuar;

  • Proporcionar um ambiente seguro e tranqüilo, diminuir os estímulos quando o pacientes ficar agitado;

  • Usar tom de voz calmo e tranqüilo, principalmente quando o paciente estiver agitado;

  • Dar medicação quando necessário para um paciente agitado e conte-lo de modo seguro e não punitivo;

  • Isolar se a agitação aumentar;

  • Estabelecer limites aos comportamentos inaceitáveis e seguir consistentemente o protocolo para a intervenção;

  • Atentar para pedir ajuda ao gripo de apoio (grupo de oito);

  • Para a família de um paciente esquizofrênico

  • Encorajar cada membro a discutir sentimentos e necessidades;

  • Ajudar a família a definir regras básicas no que concerne a respeitar a privacidade um dos outros e a viverem juntos;

  • Encorajar a interação de cada membro da família com um social mais amplo;

  • Encorajar a cada membro da família a participar de grupo de apoio;

  • Ajudar os membros da família a identificar situações produtoras de ansiedade e a planejar estratégias adaptativas específicas.

(Isaacs, 98)

 

 

 

3. METODOLOGIA

 

 

3.1 Coleta de Dados

 

 

Para esta pesquisa foi utilizada sites de saúde mental, livros e revistas de enfermagem.

 

 

3.2 Análise dos Dados

 

 

A analise de dados foi obtida a partir da retirada de artigos de sites eletrônicos, livros de aérea da psiquiatria, foi feita uma leitura minuciosa e retirada as partes de maior interesse para a esquizofrenia.

 

 

3.3 Objetivos

 

 

3.3.1 Objetivo Geral

 

 

Descrever o mecanismo da doença, a assistência de enfermagem em ambiente hospitalar, a importância do apoio familiar para a melhora da qualidade de vida do paciente.

 

 

3.3.2 Objetivos Específicos

 

  • Definir os diferentes tipos da esquizofrenia;

  • Descrever o mecanismo fisiopatológico da doença;

  • Descrever os cuidados para que a população possa conviver com os esquizofrênicos;

  • Descrever os cuidados de enfermagem ao paciente com surdo de esquizofrenia;

  • Esclarecer os mitos e tabus da doença;

  • Relatar a importância do apoio familiar;

  • Descrever os sinais e sintomas;

 

 

3.4 Problemas

 

No Brasil estima que há 1,6 milhões de esquizofrênicos, por ser uma doença crônica se torna um problema para a saúde publica, a esquizofrenia constitui um dos principais motivos de incapacidade de pessoas no mundo, a esquizofrenia causa distorção da realidade, podendo deixar os acometidos sem moralidade.

 

 

3.5 Justificativa

 

Tomei a iniciativa de pesquisar sobre o tema para sanar minhas duvidas a respeito da doença, para poder dar um melhor atendimento aos pacientes portadores de esquizofrenia, e por outra razão listar todas as classificações para poder passar este tema aos meus colegas, profissionais da área da saúde e familiares de esquizofrênicos.

 

 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Ao fim de toda pesquisa concluo que a esquizofrenia é uma transtorno psiquiátrica que não tem cura, porem tem tratamentos, e que se manifesta de formas diferentes, por meio das emoções, percepções e comportamentos, suas causas não estão esclarecidas, mas o fator genético tem uma importância relativa, além dos fatores genéticos, ambientais e drogas. Os sinais e sintomas são divididos em negativos e positivos, os positivos ocorrem nos episódios agudos e podem ser muito assustadores, os mais comuns são os delírios, alucinações, fala desorganizada, comportamento alterada, agitação psicomotora e irritabilidade, e os negativos são geralmente as pessoas ficam incapacitadas para o trabalho e podem chegar até ao abandono das atividades da vida diária, os pacientes apresentam dificuldade na fala, perda de motivação, isolamento social, perda no prazer de suas tarefas, baixo auto-estima.

Os tipos de esquizofrenia é a paranóide, a hebefrênica, a catatônica, a simples e a residual. O diagnostico da esquizofrenia é feita através de um minucioso exame psiquiátrico. O cuidado geral de enfermagem a este paciente inclui muita dedicação, vigília constante, atentar para a comunicação verbal e não verbal, ajudar a voltar para a realidade, não discutir, e estimular sua socialização.

 

 

6 REFERÊNCIAS CONSULTADAS

 

 

1) ASSIS, Jorde Cândido de et al. Conversando sobre a Esquizofrenia. Entenda como ela acontece 1. Segmento Farma Editores. São Paulo. 2007.

 

2) ASSIS, Jorde Cândido de et al. Conversando sobre a Esquizofrenia. Caminho até o diagnóstico 2. Segmento Farma Editores. São Paulo. 2007.

 

3) ASSIS, Jorde Cândido de et al. Conversando sobre a Esquizofrenia. A importância do tratamento 3. Segmento Farma Editores. São Paulo. 2007.

 

4) ASSIS, Jorde Cândido de et al. Conversando sobre a esquizofrenia. Estigma – Como as pessoas se semtem 4. Segmento Farma Editores. São Paulo. 2008.

 

5) ASSIS, Jorde Cândido de et al. Conversando sobre a esquizofrenia. O convívio familiar 5. Segmento Farma Editores. São Paulo. 2008.

 

6) ASSIS, Jorde Cândido de et al. Conversando sobre a esquizofrenia. Recuperação e novas perspectivas 6. Segmento Farma Editores. São Paulo. 2008.

 

7) http://www.entendendoaesquizofrenia.com.br - Esquizofrenia: Definições e Causas, acesso às 23h03 do dia 12/07/11.

 

8) ISAACS, Ann. Saúde Mental e Enfermagem Psiquiátrica. Segunda Edição. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro. 1998.

 

9) FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de. VIANA, Dirce Laplaca. Tratado Prático de Enfermagem. Volume 2. Editora Yendis. 2009.

 

10) http://www.leidireto.com.br/lei-10216.html - LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001. Acessoàs 21h36 do dia 28/08/11.

11) MELMAN, Jonas, Família e Doença Mental, São Paulo, Editora Escrituras, 2001.

12) HOLMES, David, Psicologia dos Transtornos Mentais, Segunda Edição, Porto Alegre, Artes Medicas, 1987.

13) http://www.snifdoctor.com.br/atualidades.php?id=21- Entrevista: Psiquiatras Helio Elkis e Rodrigo Bressan, Esquizofrênicos ainda Sofrem Preconceitos, acesso as 21:00 horas do dia 21/07/2011.

 

 

7 ANEXO

 

Presidência da república

Casa civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

 

LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.

 

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

 

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.

Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:

I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;

II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;

IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;

V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;

VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;

VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;

VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;

IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.

Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.

Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.

§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.

§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.

Art. 5o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.

Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.

Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:

I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;

II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e

III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.

Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.

Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.

§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

§ 2o O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.

Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.

Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.

Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.

Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional para acompanhar a implementação desta Lei.

Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Jose Gregori
José Serra
Roberto Brant

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 9.4.2001