RESUMO

Com a globalização as competências, habilidades ligados a área da tecnologia, é e um fator de grande importância, partindo da ideia que a mesma produz equipamentos de alta qualidade e baixo custo. Esta pesquisa teve como intuito compreender e avaliar o uso das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem com uma análise dos nativos digitais. A utilização das TIC's foi analisada de acordo com teorias da educação, assim o uso da educação e importante para os nativos digitais. A implantação das TIC's no processo de ensino e aprendizagem se relaciona com vários pontos, pois o professor deixa de ser um transmissor desse conhecimento e passa ser um mediador na formação do conhecimento do aluno, através da busca de informação. A necessidade do uso da tecnologia na metodologia de ensino já e tema presente em diversos estudos. A pesquisa aborda as diferentes tecnologias no ambiente educacional, analisando a formação do professor para lidar com tais tecnologias como auxiliares no processo de ensino e aprendizagem Realizada a partir de pesquisa bibliográfica, discute-se aqui, as novas exigências educacionais advindas da revolução tecnológica vivida neste milênio, e a forma como tais exigências se refletem nos ambientes educacionais e na prática educativa, exigindo do professor novas habilidades e conhecimentos que o habilitem a atuar como mediador na construção do conhecimento na era da tecnologia.

 

Palavras-chave: Ensino e Aprendizagem, Tecnologia, TIC's.

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Com os avanços tecnológicos e a globalização, surge a necessidade do aperfeiçoamento na das habilidades para utilização de equipamentos.

O desenvolvimento das habilidades e competências na área da tecnologia, é um fator importante na globalização das ideias, das experiências aglomeradas durante séculos, uma vez que se produz equipamentos com alta capacidade produtiva e com baixo custo operacional, necessitando, portanto, de mão de obra qualificada, para operar equipamentos.

Defende-se nesse artigo, a importância da aquisição de conhecimentos tecnológicos para o processo de ensino e aprendizagem, assim verificar se há interesse por parte dos professores em inovar as aulas a ao mesmo tempo inserir os discentes na metodologia de inclusão digital. Tem-se como problema central, o impacto da falta de competências mínimas no que se refere a tecnologia da informação, no processo ensino- aprendizagem no ambiente escolar.

O objetivo principal deste estudo é verificar se os professores estão de fato preparados ou se preparando para o uso da tecnologia no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

Pensadores como Manuel Castells (1999), pondera que a sociedade está passando por uma revolução informacional que pode ser comparada às grandes guinadas da História.

Considerando a grande necessidade de conhecimentos tecnológicos do século XXI, cumpre refletir acerca das consequências do domínio ou não de tais conhecimentos na comunidade acadêmica.

Para PINHEIRO o educador deve entender antes de tudo que o estudante de hoje não é o mesmo do que existia antigamente, a lógica de raciocínio de nossos jovens e a atenção que utilizam em várias atividades simultâneas é muito constante. O professor deve entender a realidade do jovem enxergando as coisas sobre as perspectivas deles, caso contrário assumirão uma posição não favorável em sala de aula. Se houver essa divisão entre professores e alunos a conivência entre eles diminuirá e consequentemente, a eficácia do ensino. (2010, p. 407).

Com as novas tecnologias estão presentes no cotidiano moderno da sociedade, especialmente das crianças e adolescentes que nasceram em meio a elas. São eles os estudantes do Ensino Fundamental, jovens que não concebem o mundo sem a existência desses recursos. A televisão, o vídeo game, o celular, o computador e a Internet podem ser considerados os principais exemplos.

O trabalho implica numa metodologia de pesquisa indireta, de caráter bibliográfico, que consiste na utilização de referências teóricas já publicadas para análise e discussão do problema. Quanto aos fins, considera-se descritiva, pois a preocupação central é caracterizar a influência da tecnologia no processo ensino-aprendizagem.

Não restam dúvidas sobre a intensa presença da tecnologia no dia a dia dos jovens, onde essa geração que já nasceu conectada com o mundo virtual com os impactos que esse novo perfil de aluno traz ao ambiente escolar. Esse contexto lança o desafio para escolas e professores sobre como usar os novos recursos tecnológicos a favor do ensino. Lutar contra a presença deles não é mais visto como uma opção.

O renascimento tecnológico vem sendo caracterizado como conjunto de pesquisas, descobertas, inovações e aperfeiçoamentos das derradeiras décadas deste milênio. A força fundamental que impulsiona esse renascimento é a inteligência, traduzida pelo surgimento e uso de instrumentos científicos e tecnológicos.

A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoriada qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é, por sisó, garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascararum ensino tradicional baseado na recepção e na memorização de informações (GATTI,1993).

A concepção do ensino e aprendizagem nos anos inicial e importante para a prática dentro de lada de aula e principalmente na forma como professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis nos espaços educativos livro didático, giz e quadro, televisão ou computador. A presença desse aparato tecnológico na sala de aula não garante mudanças na forma de ensinar e aprender.

Segundo MORAN, A tecnologia deve servir para enriquecer oambiente educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma atuaçãoativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores.

O Brasil é um país que existe uma grande diversidade, cultural, regional e com inúmeras desigualdades sociais, logo não é possível pensar em um modelo único de educação com recursos tecnológicos para a educação, haja em vista que nem todas as escolas dispõem de recursos tecnológicos dentro de seus espaços educativos. É necessário pensar em propostas queatendam aos interesses e necessidades de cada região ou comunidade (BRASIL, 1998).

Quando pensamos em escola e compreendemo-la como um local de construção do conhecimento e de socialização do saber, troca de experiências e de elaboração de uma nova sociedade é fundamental que a utilização dos recursos seja amplamente discutida e elaborada conjuntamente com a comunidade escolar, ou seja, que não fique restrita às decisões e recomendações de outros.

Tanto no Brasil como em outros países, a maioria das experiências com uso de tecnologias informacionais na escola estão apoiadas em uma concepção tradicional de ensino e aprendizagem. Esse fato deve alertar para a importância da reflexão sobre qual é a educação que se quer oferecer aos alunos, para que a incorporação da tecnologia não seja apenas o "antigo" travestido de "moderno" (BRASIL, 1998).

Os equipamentos eletrônicos de comunicação oferecem amplas possibilidades para ficarem restritos á transmissão e memorização de informações. Assim permitem a intenções com diferentes formas de representação simbólica como gráficos, texto, notas musicais, imagens, ícones que são importantes fontes de informação, da mesma forma que textos, livros, revistas, jornais da mídia impressa. Entrevistas, debates, documentários, filmes, novelas, músicas, noticiários, softwares, CD-ROM, BBS e Internet são apenas alguns exemplos de formatos diferentes de comunicação e informação possíveis utilizando-se esses meios.

O computador, em particular, permite novas formas de trabalho, possibilitando a criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos possam pesquisar fazer antecipações e simulações, confirmar ideias prévias, experimentar, criar soluções e construir novas formas de representação mental.

No mundo em que hoje vivemos se o acesso a informática for dificultado, cortado ou se as informações forem acanhadas, distorcidas, trivialidades e chavões as tomadas de decisão e a solução de problemas serão inevitável e irreparavelmente atingidas.

A tecnologia educacional abrange três aspectos básicos: recursos destinados à aprendizagem, funções de gestão educacional e funções de desenvolvimento educacional. Cada um desses três componentes é apresentado numa matriz bidimensional que, no plano horizontal indica o propósito, o resultado e a atividade correspondente.

Hoje em dia a tecnologia da educação pode assumir a forma de aprendizagem ensino que isso ocorra no âmbito restrito do lar, de uma sala de aula ou num circuito fechado de televisão capaz de alcançar numerosas salas de aula ao mesmo tempo, que isso atinja toda uma região ou todo um país, trata-se de tecnologia a serviço de objetivos de ensino aprendizagem num sentido estrito ou, numa compreensão mais ampla, a serviço de propósitos educativos ou formativos mais gerais.

Quando se trata, do uso de computadores como ferramentas auxiliares do processo ensino e aprendizagem, há uma complexidade maior para sua operacionalização, pois, para que os recursos oferecidos pelos computadores possam ser amplamente utilizados, faz-se necessário que todo corpo docente seja capacitado e para tanto, deve ter sua resistência ao novo vencida.

Além disso, a organização de utilização do(s) laboratório(s) de Informática precisa disponibilizar horária e recursos para o trabalho de diversas disciplinas e não para somente uma disciplina específica.

Cabe ressaltar, portnto, que;

(...) a presença isolada e desarticulada dos computadores na escola não é, jamais, sinal de qualidade de ensino; mal comparando, a existência de alguns aparelhos ultramodernos de tomografia e ressonância magnética em determinado hospital ou rede de saúde não expressa, por si só, a qualidade geral do serviço prestado à população. É necessário estarmos muito alertas para o risco da transformação dos computadores no bezerro de ouro â ser adorado em Educação. (CORTELLA, 1995:34).



  1. O PROFESSOR E A TECNOLOGIA NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

 

As práticas pedagógicas e os paradigmas de investigação e instruções, assim como os modelos de formação tecnológicas podem ser adaptadas nas perspectivas do pensamento e das diferentes teorias da aprendizagem, ou seja, as orientações metodológicas e curriculares, as práticas, derivam e fundamentam-se, pois, nas teorias da aprendizagem e do desenvolvimento, sendo, então, os seus pilares a Filosofia e a Psicologia, dentre outros.

GADOTT (2002, p.34) explica que: “O novo professor é um profissional do sentido”. Devido aos novos espaços de formação (diversas mídias, ONGs, Internet, espaços públicos e privados entre outros.), esse novo professor faz a integração entre esses espaços deixando de ser o lecionador para se tornar um “gestor”, tendo como função selecionar a informação construindo-a de forma que os alunos possam obter o conhecimento. MOACIR GADOTT (2002, p.34).

 

O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante. Num segundo momento, coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos. Depois, questiona alguns dos dados apresentados, contextualiza os resultados, os adapta à realidade dos alunos, questiona os dados apresentados. Transforma informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida, em sabedoria.(2012, p.6).

 

 

Com a chegada da internet ficou mais fácil modificar a forma de aprender e ensinar, onde abriram muitos caminhos na qual dependerão da situação em que o professor se encontra: “número de alunos, tecnologias disponíveis, duração das aulas, quantidade total de aulas que o professor dá por semana, apoio institucional.” (Moran, 2000:2). A partir do diagnostico dessas evidências o professor poderá selecionar os recursos tecnológico que mais se adéquam.

Inúmeros recursos e procedimentos inovadores que direta ou indiretamente interessam o ensino e à aprendizagem vêm sendo desenvolvidos na atualidade ou começam a participar da mídia educativa à disposição de estudantes e professores, no mundo inteiro.

A preocupação individual existente entre os estudantes se reflete em recentes empenhos bem-sucedidos de proporcionar ensino individualizado ou personalizado, no qual uma vasta gama de meios e materiais de ensino aprendizagem se mescla com concepções mais abertas e avançadas de currículos e programas, de novos tipos de experiência para aprender e desenvolver habilidades intelectuais (pensar de modo crítico, resolver problemas, tomar decisões, ser criativo e outras) e novas concepções a respeito de avaliação do aluno e do ensino.

No mundo atual, a informática já faz parte do cotidiano de nossos alunos. Com efeito, a tecnologia está presente nos brinquedos, nas agências bancárias, na TV, no cinema e nos computadores domésticos, levando lazer, serviços, entretenimento e educação. Assim, enquanto usam o computador em seu dia a dia, as crianças têm a chance de entrar no mundo da fantasia, superando de forma lúdica as dificuldades de aprendizado dos conceitos de ciências, matemática, física, história etc.

Por outro lado, o uso das novas tecnologias permite aos educadores adotarem atitudes não diretivas, aumentando a capacidade criativa dos alunos, tendo em vista que estes passam a caminhar de acordo com sua capacidade de assimilação, escolhendo situações de aprendizagem não delimitadas pelo educador.

O uso das novas tecnologias da comunicação e informação representa uma grande inovação na educação, pois propicia o desenvolvimento das produções em colaboração, podendo instigar o espírito investigativo tanto dos alunos quanto dos professores sendo que estes poderão apropriar-se do uso das tecnologias para mediar os trabalhos dos estudantes, sentindo-se desafiados a buscar condições mais adequadas para o processo de aprendizagem interativo e dinâmico. Para Moran a mudança na educação depende basicamente da boa formação dos professores:

 

Bons professores são as peças-chave no mudança educacional. Os professores têm muito mais liberdade e opções do que parece. A educação não evolui com professores mal preparados. Muito começam a lecionar sem uma formação adequada, principalmente do ponto de visto pedagógico. Conhecem o conteúdo, mas não sabem como gerenciar uma classe, como motivar diferentes alunos, que dinâmicas utilizar para facilitar a aprendizagem, como avaliar o processo ensino-aprendizagem, além das tradicionais provas (2007, p.18).

 

Com o avanço tecnológico os profissionais precisam estar cada vez mais conectados com o mundo, especialmente os professores, tendo que abandonar antigas formas de ensinar e buscar condições favoráveis ao desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem ressaltando a criatividade, com alunos inventivos e envolvidos com outras descobertas.

As transformações ocorridas nas últimas décadas anseiam por profissionais cada vez mais preparados e capacitados no domínio para o uso das mais diversas 4 ferramentas tecnológicas, explorando as competências e habilidades ideais no processo de ensino aprendizagem. O professor diante da educação tecnológica deve ter em mente, conforme Morin (1999, p.27), a necessidade de entender melhor o novo espaço que a revolução informacional fez surgir. O professor precisa de uma formação de cunho epistemológico e não somente instrumental frente às tecnologias educacionais propiciadas pelas redes digitais, para que tenha formação técnica pedagógica necessária à reformulação do conhecimento, sua produção e partilha de modo a tornar possível e real a aprendizagem.

 

 

[...] os profissionais do ensino, qualquer que seja sua função no sistema, necessitam conhecer e avaliar, para poder tomar decisões informadas, as tecnologias da informação e comunicação disponíveis, que já fazem parte do ambiente de socialização dos corpos discente e docente. Necessitam pensar em uma tecnologia que seja educacional, quer dizer, útil para educar Precisam de um conhecimento que possibilite a organização de ambientes de aprendizagem (físicos, simbólicos e organizacionais) que situem os alunos e o corpo docente nas melhores condições possíveis para perseguirem metas educacionais consideradas pessoal e socialmente valiosas. Isso sem cair na ingenuidade de crer que com isso acabaremos com os problemas do ensino, nem no engano de pensar que, ignorando o que ocorre ao nosso redor, salvaguardaremos a escola dos perigos tecnológicos (1998, p.13).

 

Com a era informação e as novas tecnologias o desenvolvimento com a informação tecnológica provocou mudanças tremenda nos paradigmas na evolução tradicional, principalmente na educacional e sócia econômica.

A realidade dos avanços tecnológicos aliada às mudanças de paradigmas passa a questionar não somente as instituições, mas também as práticas de ensino e a visão tradicional de educação.

Em todos os segmentos da sociedade, a informação passou a ser fundamental e sua disponibilidade cresce rapidamente. Esta visão tradicional de educação, baseada no professor como detentor do conhecimento e transmissor de informações, tem sido substituída por um enfoque educacional voltado aos processos de construção, gestão e disseminação do conhecimento, com ênfase no “aprender a aprender” e no aprendizado ao longo da vida (DUDZIAK, 2003).

 

  1. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

O trabalho implica numa metodologia de pesquisa indireta, de caráter bibliográfico, que consiste na utilização de referências teóricas já publicadas para análise e discussão do problema. Quanto aos fins, considera-se descritiva, pois a preocupação central é caracterizar a influência da tecnologia no processo ensino-aprendizagem.

Utilizou-se como base para este estudo uma pesquisa de campo, que teve como local de aplicação na escola Estadual Deputado Dormevil Faria.

O corpo docente da escola Estadual Deputado Dormevil Faria é constituído por professores da cidade de Pontes e Lacerda. Em sua maioria possuem graduação e  especialização em sua respectiva área de atuação, os demais estão em processo de  graduação. Na medida do possível, os mesmos estão buscando aprimorar seus conhecimentos através de cursos, palestras, oficinas e outros.

Os professores têm articulado os conhecimentos socialmente produzidos  com experiências dos alunos, de modo que estes possam aprender os conhecimentos científicos e aplicá-los em situações do cotidiano.

A população atendida é de classe baixa, tendo em sua maioria pais que trabalham como empregadas domésticas, comerciantes, professores, policiais e outros. As famílias atendidas são bem diversificadas, com famílias bem estruturadas e também família desestrutura, existem alunos que moram somente com as mães, outros com os avós.

A função social da escola é com uma educação onde ocorra à promoção educativa dos alunos, buscar traduzir valores que assumidos coletivamente pela comunidade escolar e a família, viabilizando o cumprimento de suas finalidades e objetivos buscando a correlação entre o conteúdo acadêmico que se pretende ensinar e o compromisso social da instituição na formação de cidadãos críticos, reflexivos diante da realidade social na qual se este inserido. Seja esta, a família, a escola, o trabalho e a vida em comunidade.

A proposta curricular é priorizar a qualidade de ensino e aprendizagem do Ensino Fundamental, na Educação Infantil, classes especiais, com base nos princípios de que a vida escolar deve se caracterizar como um processo contínuo: da necessidade de resinificar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que sem aprendizagem o ensino não se efetiva; de reformulação da Proposta Curricular, priorizando o enfoque social, político, cultural e histórico; de se propor forma de trabalhar os conteúdos curriculares indo além dos fatos e aspectos conceituais passando a incluir valores, atitudes e posturas éticas reafirmando o compromisso da Escola na formação de cidadãos críticos, integrados a seu tempo, de sua responsabilidade social que deverão incorporar os valores imprescindíveis ao exercício da cidadania: liberdade, competência, responsabilidade, solidariedade e disciplina.

A cidade Pontes e Lacerda encontra-se localizada ao Sudoeste do Estado de Mato Grosso, fazendo divisa com a Bolívia. Seu nome é em homenagem a Antônio Pires da Silva Pontes Leme e a Francisco José de Lacerda e Almeida, ambos que vieram para elaborar a primeira carta geográfica dos rios da região.

As perguntas formuladas para que os professores respondessem teve como objetivo verificar como acontece e quais possíveis dificuldades encontrado no uso das tecnologias em sala de aula, haja em vista que muitos ainda resistem educacional Mundo do Saber os estimula, com seus recursos tecnológicos, a mudar a didática em relação ao preparo de suas aulas e recursos de apoio à aprendizagem.

Quanto à população a ser questionada, não houve critério de seleção, sendo assim a entrevista aconteceu em uma escola estadual que oferta ensino fundamental de 1° á 9° ano, todo o grupo de professores do Ensino Fundamental de 1° á 5° ano foi convidado a participar da pesquisa.

O grupo de professores respondeu de forma positiva que usa o computador como ferramenta didática no preparo de atividades lúdicas para realizar consultas, pesquisas, buscar novas metodologias, trabalhar a leitura, interpretação, navegar por sites educacionais, bem como apoio aos conteúdos ministrados em sala de aula e também como complemento dos objetivos das disciplinas.

Com a Internet e outras tecnologias surgem novas possibilidades de organização para as aulas e os conteúdos dados tornam-se mais do que mera transferência de informação.

Fundamentando a ideia do teor da pesquisa. Segundo Almeida (2001) A diferença didática não está no uso ou não uso das novas tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades. Mais ainda, na compreensão da lógica que permeia a movimentação entre os saberes no atual estágio da sociedade tecnológica.

Em relação a formação profissional do professor, a maioria disse buscar formação profissional acessando a internet para buscar leituras, livros, atualizações através de cursos “online”, pesquisas sobre assuntos diversos, buscando novos conhecimentos para trabalhar novas estratégias com os alunos.

Hoje, diante das rápidas mudanças na sociedade, na tecnologia, muitos educadores, perplexos, chegam a se perguntar sobre o futuro de sua profissão.

À educação cabe, então, a formação de novos profissionais com desenvolvimento do raciocínio lógico, autonomia, articulação verbal, iniciativa, comunicação e capacidade de tomar decisões. O raciocínio deixando de ser linear, a aprendizagem se torna mais abrangente, diferente da lógica racional.

Gadotti (1993) nos diz que a escola “se faz presente na cidade, criando novos conhecimentos e relações sociais e humanas, sem abrir mão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade de forma científica e transformadora”.

Os professores pesquisando destacam a importância da formação continuada, pois o aprendizado não para de acontecer.

A globalização e a evolução tecnológica trouxeram mudanças significativas ao mundo do trabalho. A atividade produtiva passa a depender de conhecimentos e os profissionais devem ser pessoas criativas, críticas, reflexivas, preparadas para agir e se adaptar às mudanças dessa nova realidade.

Quando questionado se os professoram incentivam seus alunos a fazerem pesquisas em computadores, pesquisas interdisciplinares, os professores entendem que e extremamente importante para a construção do saber, porém existem alguns problemas que dificultam esse contado, pois são poucos os alunos que têm computador em casa. As pesquisas, então, quando acontecem, são desenvolvidas no período de aula, no laboratório da escola. Também fazem pesquisas em grupo, utilizando o computador de amigos e parentes.

Deve-se pensar que as dificuldades na elaboração de pesquisas, não devem ser encaradas como obstáculos, mas como um desafio a ser transposto por todos os professores, que têm a preocupação de avançar nos caminhos da cidadania qualitativa, principalmente neste momento em que o uso da tecnologia tem sido muito importante na construção de saberes.

Quando questionado sobre as praticas educacionais em sala, a relação teoria e prática, no que diz respeito ao uso da tecnologia os professores pesquisados, procuram integrar os conteúdos dados em sala de aula com os conteúdos sugeridos nos módulos, nos jogos educacionais e esse elo se torna interessante, pois reforça o interesse dos alunos, auxilia e complementa as informações recebidas.

O despertar de uma nova postura nos alunos estimula os professores a pesquisar e levar para a sala de aula outros materiais didáticos, como por exemplo, livros, revistas, filmes. O ideal da educação é maximizar resultados e não aprender ao máximo; é aprender a se desenvolver e continuar a se desenvolver depois da escola.

Os professores entrevistados quando colocados em questão sobre a avaliação da aprendizagem está estreitamente relacionada à abordagem curricular. E no currículo humanista, no está pautado, a avaliação enfatiza o processo e não o produto; a avaliação é trabalhada de forma mais subjetiva, valorizando a expressão do aluno em pinturas, utilizando como exemplo, poemas, digitações, jogos e vários outros tipos de desafios.

A avaliação e o planejamento são atividades inseparáveis e formam um processo único. Com a possibilidade do uso do computador como ferramenta pedagógica, a avaliação deixa de ser uma atividade burocrática e passa a ser valorizada nos seus aspectos educacionais, deixando de ser simplesmente um registro de notas.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa buscou-se verificar como os professores têm si dado com as novas tecnologias e os recursos tecnológicos na nova era digital, de forma efetiva, os professores a mudar a didática em relação ao preparo de suas aulas e recursos de apoio à aprendizagem.

É necessário que os educadores estejam preparados para interagir com as novas tecnologias no ambiente de trabalho, estimular e facilitar a difusão da informática educacional, fornecer subsídios para a elaboração de Projetos Pedagógicos, de acordo com a disciplina e o nível escolar dos alunos, propiciar condições de aprimoramento quanto ao uso da informática no processo de ensino e aprendizagem de todos os alunos, inclusive aqueles que apresentam deficiências, avaliarem as possibilidades da utilização de softwares nos projetos e atividades pedagógicas.

Logo no início, ficou constatado que a maioria dos professores do grupo pesquisado usa o computador como ferramenta didática para preparar suas aulas e materiais de apoio pedagógico. Navegam pela internet em busca de novas possibilidades e diferentes caminhos para converter os conteúdos curriculares, para que estes não se transformem em mera transferência de informação.

A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Finalmente, devem-se criar condições para que o professor saiba reco textualizar tanto o aprendizado como as experiências vividas durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula, compatibilizando as necessidades de seus alunos aos objetivos pedagógicos a que se propõe atingir.

Este estudo foi de grande valia nos permitindo compreender a interferência que a tecnologia que está tão presente na nova geração e sua influência na didática dos professores em relação às suas aulas e deixou claro, também, que a democratização do acesso aos produtos tecnológicos é um grande desafio e para que todos tenham informações e utilizem-se das novas tecnologias, é preciso um grande esforço político.

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