TIPOLOGIA BÍBLICA

 

A Bíblia está cheia de figuras, símbolos, tipos e sombras. Um destes é a figueira. A figueira é um dos símbolos da nação de Israel e algumas referências que falam dela dão-nos uma excelente visão de alguns aspectos desse povo especial, escolhido por Deus. Vejamos:

 

GÊNESIS 3.7 – “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas DE FIGUEIRA, e fizeram para si aventais.”

 

Vemos aqui o primeiro sinal de substituição da providência de Deus pela obra do homem. Este ato apontava para o futuro: um povo, uma raça, uma lei, um rei, um templo, tudo substituindo o governo de Deus.

 

JOÃO 1.48 – “Disse-lhe Natanael: Donde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse te vi eu estando tu DEBAIXO DA FIGUEIRA”.

 

Natanael estava debaixo da proteção de Israel, da sua religião, através da qual podia até aventurar-se em um tipo de interpretação tradicional e perigosa, quando lançou dúvida sobre a veracidade do que lhe dizia Filipe, com esta pergunta sarcástica, estratificante e preconceituosa:

 

Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? (João 1.46).

 

Quando Jesus mostrou seu discernimento profético, Natanael imediatamente reconheceu que a figueira/Israel não era mais a sua proteção, ao afirmar:

 

Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel! (João 1.49).

 

MATEUS 21.19-21 – “E avistando UMA FIGUEIRA perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas.”

 

Eis um quadro exato de  Israel. Tinha pompa e cerimônias, porém não tinha os devidos frutos, tinha somente aquele belo aspecto exterior, mas era algo sem qualquer valor.

 

MATEUS 24.32 – “Aprendei, pois, a parábola DA FIGUEIRA: quando já os seus ramos se renovam e a folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.”

 

Nos últimos dias a figueiras seca começa outra vez a brotar com seus renovos. É a gloriosa restauração da terra de Israel.

 

PROVÉRBIOS 27.18 – “O que trata DA FIGUEIRA comerá do seu fruto.”

 

Aquele que cuidar da figueira/Israel, agora, comerá do seu fruto. Bem aventurados aqueles que amam a Israel e oram por ele, como diz o Salmo 122, versículo 6: “Orai pela paz de Jerusalém: Prosperarão aqueles que te amam.” Ou, como dia o Salmo 137, versículo 5: “Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da tua destreza.”

 

CANTARES 2.11-13 – “Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores da terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A FIGUEIRA começou a dar seus figos e AS VIDES em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.”

 

Aqui entra em cena outra entidade importante – a igreja cristã – a Videira. A noiva é convidada e a igreja israelita está em sua plenitude aqui.

 

LUCAS 13.6,7 – “Então Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha UMA FIGUEIRA plantada na sua VINHA e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não acho; pode cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?”

 

Aqui vimos Israel inserido no contexto da Igreja e Jesus durante três anos tentando descobrir algum meio de Israel frutificar.

 

No versículo seguinte o viticultor pede mais um ano para tentar – era o último ano do ministério de Jesus. A figueira/Israel, contudo, não o recebeu, antes crucificou-o, o que lhe rendeu quase dois mil anos de peregrinação por um verdadeiro vale de lágrimas.

 

JEREMIAS 8.13 – “Eu os consumirei de todo, diz o senhor; não haverá uvas na VIDE, nem figos NA FIGUEIRA, e a folha já está murcha; e já lhes designei os que passarão sobre eles.”

 

Eis aqui o anúncio da queda de Israel e da apostasia da Igreja.

 

JOEL 2.22 – “Não temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, A FIGUEIRA, e a VIDE produzirão com vigor.”

 

Aqui encontramos exatamente o oposto: o anúncio da restauração de ambos.

 

ZACARIAS 3.10 – “Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará o seu próximo para debaixo da VIDE e para debaixo da FIGUEIRA.

 

“No final, uma obra gloriosa, a restauração de Israel, voltando para a Terra Prometida e o anúncio da restauração da Igreja, voltando a sua capacidade original, mas..

 

...cada um no seu lugar!