RESENHA CRÍTICA-PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
Publicado em 13 de julho de 2011 por jackeline gomes barbosa soares
RESENHA CRÍTICA
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
Aline Aparecida Barbosa
Jackeline Gomes Barbosa Soares
FREIRE, PAULO. Pedagogia da autonomia ? Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 ? São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
Paulo Freire divide o seu livro Pedagogia da Autonomia em três capítulos, capítulos esses que se subdividem em nove itens onde ele trata de forma simples, porém veemente sobre a questão da prática educativa tanto em sala de aula quanto fora dela. Ele fala no capítulo primeiro sobre a necessidade do indivíduo apreender de forma de se torne capaz de recriar ou refazer algo para que tenha competência para ensinar criticamente e não somente transferir conhecimentos, não deixa de ressaltar o dever do educador na sua prática docente de despertar o senso-crítico no educando de forma que ele se torne critico, pesquisador, curioso, instigador, sem, sobretudo perder a humildade e a persistência para que assim tenham a capacidade de pensar certo, o que implica tanto o respeito ao senso comum quanto o respeito e o estimulo à capacidade criadora do educando. Por essa razão pensar certo leva não só ao professor, mas a toda escola o dever de respeitar os saberes dos educandos, a sua realidade que muitas das vezes diverge de tudo que ele presencia na escola e quem sabe está fazendo uma correlação dessa realidade com os saberes curriculares. Deixa claro que a prática docente tem que está ombreada com a ética e a estética, pois como agente de transformação o educador não deve deixar-se levar pelas tentações de estar numa sala de aula simplesmente para cumprir o seu dever suprimindo assim o direito do educando de ter uma formação moral, o "verdadeiro" educador vive o que ensina, não trata com os seus alunos com ar de superioridade como se fosse detentor do saber, mas está pronto a retirar algum aprendizado dos saberes que seus alunos trazem na ?bagagem?. Uma reflexão crítica sobre a prática pedagógica e/ou educativa torna-se de fato, uma exigência da relação teoria/prática para o docente, o autor deixa clara a necessidade de oportunizar para o formando desde o começo da sua vida acadêmica, o direito de assumir-se como sujeito da produção do saber. E, enfatiza de que ensinar, não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção, ressalta ainda que a construção da capacidade crítica no educando,assim como conduzi-lo a pensar certo constitui-se uma atividade docente;não deixando jamais para isso de levar em consideração o conhecimento prévio do educando.
Paulo Freire começa o capítulo dois lembrando que numa perspectiva progressista ensinar não é transferir conhecimentos, mas sim criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção, chama a atenção para o fato de que isso não precisa apenas ser apreendido pelo educador e pelos educandos, mas que precisa ser testemunhado e vivido todos os dias, educador e educandos não podem apenas discursar sobre praticas corretas da pratica educativa eles precisam vive-las. Seguindo essa linha de pensamento Paulo Freire trata da questão da consciência do inacabado, do reconhecimento de ser condicionado, respeito à autonomia do ser do educando lembrando nesse momento que esse respeito à autonomia e à dignidade de cada um faz parte da ética do educador e não um favor que o mesmo pode ou não conceder aos educandos, trata da questão do bom-senso como um "aliado" do professor para que este tenha a virtude de compreender que o comportamento do Pedrinho, quieto, calado tenta mostrar algo, um descontentamento, uma necessidade talvez que próprio Pedrinho não é capaz de dizer ou fazer, não deixa de ressaltar a importância da humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores, luta essa que deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto pratica ética, outro saber que pra o autor é fundamental à experiência educativa é o que diz respeito à sua natureza,o professor precisa se mover com clareza na sua pratica,precisa conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da pratica o que pode o tornar mais seguro no próprio desempenho, ou seja, o mesmo precisa ter apreensão da realidade, fala ainda no capitulo dois da alegria e esperança, convicção de embora diante da realidade pareça difícil mudar é possível e ainda da curiosidade como exigências na pratica educativa.
Freire no capitulo três diz crer que uma das qualidades essenciais que a autoridade docente democrática deve revelar em suas relações com as liberdades dos alunos é a segurança em si mesma, dentro desse pensamento o autor trata de princípios como segurança, competência e generosidade como atributos indispensáveis a um "verdadeiro educador" que se preocupa em prepara-se para repassar o conhecimento com segurança e autoridade como ambas se completam, mas sem jamais perder a generosidade para com os seus educandos, lembra mais à frente da necessidade do comprometimento, ou seja, deve haver uma aproximação cada vez maior entre o dizer e o fazer, entre o que se parece ser e o que realmente se é para ele outro saber que não se poder colocar em duvida em momento algum é o de que, como experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção no mundo, trata da questão da liberdade e autoridade exigida na pratica docente lembrando que ninguém é sujeito da autonomia de ninguém, fala ainda no mesmo capitulo que ensinar exige tomada consciente de decisões o que se à educadora ou ao educador democrático, consciente da impossibilidade da neutralidade da educação é forjar em si mesmo um saber especial que jamais deve abandonar, saber que motiva e sustenta sem luta:se a educação não pode tudo ,alguma coisa fundamental a educação pode,deixa claro ainda que o professor tem que saber escutar,pois o mesmo não é detentor de todo o conhecimento o mesmo ainda precisa reconhecer que a educação é ideológica,o educador precisa estar disposto ao dialogo com os educandos pois não é vergonhoso desconhecer algo ,precisa testemunhar a abertura aos outros,a disponibilidade curiosa à vida,a seus desafios,pois esses são saberes necessários à pratica educativa e acima de tudo o professor precisa querer bem aos alunos,o autor diz que precisa ser descartada como falsa a separação radical entre seriedade docente e afetividade.
O livro em estudo tem princípios uteis aos educadores, mas para que estes princípios sejam praticados é necessário que muitos professores estejam conscientes de que estes princípios só surtirão efeitos positivos se aplicados corretamente e primeiramente sejam aplicados a eles "os educadores" que na maioria das vezes aplicam aos alunos idéias totalmente retrógadas e querem obter resultados positivos.
Resenhado por Aline Aparecida Barbosa e Jackeline Gomes Barbosa Soares. Estudantes do 4º Período de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, na Faculdade do Médio Parnaíba-FAMEP.
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
Aline Aparecida Barbosa
Jackeline Gomes Barbosa Soares
FREIRE, PAULO. Pedagogia da autonomia ? Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 ? São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
Paulo Freire divide o seu livro Pedagogia da Autonomia em três capítulos, capítulos esses que se subdividem em nove itens onde ele trata de forma simples, porém veemente sobre a questão da prática educativa tanto em sala de aula quanto fora dela. Ele fala no capítulo primeiro sobre a necessidade do indivíduo apreender de forma de se torne capaz de recriar ou refazer algo para que tenha competência para ensinar criticamente e não somente transferir conhecimentos, não deixa de ressaltar o dever do educador na sua prática docente de despertar o senso-crítico no educando de forma que ele se torne critico, pesquisador, curioso, instigador, sem, sobretudo perder a humildade e a persistência para que assim tenham a capacidade de pensar certo, o que implica tanto o respeito ao senso comum quanto o respeito e o estimulo à capacidade criadora do educando. Por essa razão pensar certo leva não só ao professor, mas a toda escola o dever de respeitar os saberes dos educandos, a sua realidade que muitas das vezes diverge de tudo que ele presencia na escola e quem sabe está fazendo uma correlação dessa realidade com os saberes curriculares. Deixa claro que a prática docente tem que está ombreada com a ética e a estética, pois como agente de transformação o educador não deve deixar-se levar pelas tentações de estar numa sala de aula simplesmente para cumprir o seu dever suprimindo assim o direito do educando de ter uma formação moral, o "verdadeiro" educador vive o que ensina, não trata com os seus alunos com ar de superioridade como se fosse detentor do saber, mas está pronto a retirar algum aprendizado dos saberes que seus alunos trazem na ?bagagem?. Uma reflexão crítica sobre a prática pedagógica e/ou educativa torna-se de fato, uma exigência da relação teoria/prática para o docente, o autor deixa clara a necessidade de oportunizar para o formando desde o começo da sua vida acadêmica, o direito de assumir-se como sujeito da produção do saber. E, enfatiza de que ensinar, não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou a sua construção, ressalta ainda que a construção da capacidade crítica no educando,assim como conduzi-lo a pensar certo constitui-se uma atividade docente;não deixando jamais para isso de levar em consideração o conhecimento prévio do educando.
Paulo Freire começa o capítulo dois lembrando que numa perspectiva progressista ensinar não é transferir conhecimentos, mas sim criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção, chama a atenção para o fato de que isso não precisa apenas ser apreendido pelo educador e pelos educandos, mas que precisa ser testemunhado e vivido todos os dias, educador e educandos não podem apenas discursar sobre praticas corretas da pratica educativa eles precisam vive-las. Seguindo essa linha de pensamento Paulo Freire trata da questão da consciência do inacabado, do reconhecimento de ser condicionado, respeito à autonomia do ser do educando lembrando nesse momento que esse respeito à autonomia e à dignidade de cada um faz parte da ética do educador e não um favor que o mesmo pode ou não conceder aos educandos, trata da questão do bom-senso como um "aliado" do professor para que este tenha a virtude de compreender que o comportamento do Pedrinho, quieto, calado tenta mostrar algo, um descontentamento, uma necessidade talvez que próprio Pedrinho não é capaz de dizer ou fazer, não deixa de ressaltar a importância da humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores, luta essa que deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto pratica ética, outro saber que pra o autor é fundamental à experiência educativa é o que diz respeito à sua natureza,o professor precisa se mover com clareza na sua pratica,precisa conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da pratica o que pode o tornar mais seguro no próprio desempenho, ou seja, o mesmo precisa ter apreensão da realidade, fala ainda no capitulo dois da alegria e esperança, convicção de embora diante da realidade pareça difícil mudar é possível e ainda da curiosidade como exigências na pratica educativa.
Freire no capitulo três diz crer que uma das qualidades essenciais que a autoridade docente democrática deve revelar em suas relações com as liberdades dos alunos é a segurança em si mesma, dentro desse pensamento o autor trata de princípios como segurança, competência e generosidade como atributos indispensáveis a um "verdadeiro educador" que se preocupa em prepara-se para repassar o conhecimento com segurança e autoridade como ambas se completam, mas sem jamais perder a generosidade para com os seus educandos, lembra mais à frente da necessidade do comprometimento, ou seja, deve haver uma aproximação cada vez maior entre o dizer e o fazer, entre o que se parece ser e o que realmente se é para ele outro saber que não se poder colocar em duvida em momento algum é o de que, como experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção no mundo, trata da questão da liberdade e autoridade exigida na pratica docente lembrando que ninguém é sujeito da autonomia de ninguém, fala ainda no mesmo capitulo que ensinar exige tomada consciente de decisões o que se à educadora ou ao educador democrático, consciente da impossibilidade da neutralidade da educação é forjar em si mesmo um saber especial que jamais deve abandonar, saber que motiva e sustenta sem luta:se a educação não pode tudo ,alguma coisa fundamental a educação pode,deixa claro ainda que o professor tem que saber escutar,pois o mesmo não é detentor de todo o conhecimento o mesmo ainda precisa reconhecer que a educação é ideológica,o educador precisa estar disposto ao dialogo com os educandos pois não é vergonhoso desconhecer algo ,precisa testemunhar a abertura aos outros,a disponibilidade curiosa à vida,a seus desafios,pois esses são saberes necessários à pratica educativa e acima de tudo o professor precisa querer bem aos alunos,o autor diz que precisa ser descartada como falsa a separação radical entre seriedade docente e afetividade.
O livro em estudo tem princípios uteis aos educadores, mas para que estes princípios sejam praticados é necessário que muitos professores estejam conscientes de que estes princípios só surtirão efeitos positivos se aplicados corretamente e primeiramente sejam aplicados a eles "os educadores" que na maioria das vezes aplicam aos alunos idéias totalmente retrógadas e querem obter resultados positivos.
Resenhado por Aline Aparecida Barbosa e Jackeline Gomes Barbosa Soares. Estudantes do 4º Período de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, na Faculdade do Médio Parnaíba-FAMEP.