REFLUXO GASTROESOFÁGICO PATOLÓGICO  

Ialli Carla Silva Cardoso¹ Ingrid Melo de Oliveira¹ Jamille de Paula Santos de Oliveira¹ Jéssica Natália da Silva Neves¹ Lorena Laine Souza Costa¹ Aderlan Messias de Oliveira²  

1 Acadêmica do Curso de Enfermagem, Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, Barreiras/BA. 2 Professor do Curso de Enfermagem, Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, Barreiras/BA.   

RESUMO  

Analisa o desenvolvimento do Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGE) para a sua forma patológica, conhecida como a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), tal patologia acomete pessoas de todas as faixas etárias sendo elas crianças, adolescentes, adultos e idosos. Verificou-se que o problema tem início na infância e que quanto mais tarde a doença for detectada, torna-se mais agravante e dificulta o tratamento; constatou-se ainda que tal agravo pode ocorrer pela falta de cuidado com a criança. Outro aspecto apontado e de suma relevância são as doenças extraesofágicas, nas quais agrava ainda mais o estado dos pacientes, pelo Refluxo Gastroesofágico conter regurgitações involuntárias e de caráter ácido, que afeta todo o canal gástrico. E por último foram abordados o tratamento e prevenção da Doença do Refluxo Gastroesofágico Patológico.  

Palavras-chave: Refluxo Gastroesofágico, DRGE, Patologias extraesofágicas, Prevenção do DRGE, Tratamento do DREG.   

1 INTRODUÇÃO  

A Doença do Refluxo Gastroesofágico ainda é pouco conhecida, constata-se que é uma conseqüência do Refluxo Gastroesofágico. O Refluxo Gastroesofágico pode ter vários significados e cursos clínicos. É possível diagnosticá-lo em crianças, adolescentes, adultos e idosos. Na infância os vômitos e regurgitações estão presentes na maioria dos casos de RGE, principalmente no período pós-prandial. Por conter regurgitações involuntárias e de 

2  

caráter ácido, o RGE pode tornar-se patológico e principalmente desencadear a outras patologias. O RGE é um conjunto de queixas que acompanha alterações no esôfago resultantes do refluxo anormal do conteúdo estomacal, naturalmente ácido, para o esôfago. O RGE fisiológico é mais comum nos primeiros meses de vida. Deve-se suspeitar do RGE patológico quando os vômitos e regurgitações não melhoram após seis meses de vida. Em face dessa discussão surge a seguinte problemática: Tendo em vista que o RGE fisiológico é comum nos primeiros meses de vida e o patológico, consequência da anterior, o que leva o fisiológico a tornar-se patológico? Para esse estudo será necessária uma pesquisa bibliográfica, aquela em que se efetiva tentando-se resolver um problema ou adquirir informações a partir do uso de material gráfico ou informatizado, nesse caso, uma pesquisa inerente no campo de atuação da saúde. Assim, o primeiro item a ser abordado no referido artigo, será como o refluxo gastroesofágico fisiológico torna-se patológico, apontando bem suas causas, sendo necessário o uso da anatomia referente à doença para melhor explicá-las. Em seguida, outra abordagem bem relacionada são os fatores que influenciam o refluxo gastroesofágico patológico, especificando suas causas e formas de cuidado, que ocorre em principio na criança, prevenindo assim o seu aparecimento. Adiante, é de importância a necessidade de discorrer sobre as patologias extraesofágicas, que são causadas pelo DRGE, nas quais não são de fácil constatação e piora ainda mais o estado do acometido, o que acaba dificultando o tratamento. Outra questão notória são as formas de tratamento que são necessárias para uma cura da DRGE, sendo discutidos seus benefícios assim como seus malefícios para os pacientes. Por último, serão discorridos os principais sintomas referentes ao DRGE, como melhor forma de detectá-lo mais rapidamente, levando assim a um tratamento adequado e conseqüentemente a cura. Em súmula, o referido estudo discutirá e refletirá, sobre a importância a respeito do conhecimento de tal patologia, assim como a forma do seu surgimento, suas conseqüências para os que a possuem, porém trazendo os principais sintomas, além da melhor forma de tratamento. A pesquisa ainda tem por objetivo levar o 

3  

conhecimento para profissionais da área da saúde, para que possam saber lidar com tal patologia.     

2 DESENVOLVIMENTO 

2.1 GASTROESOFÁGICO DE FISIOLÓGICO PARA PATOLÓGICO  

O Refluxo gastroesofágico é caracterizado pelo retorno do conteúdo estomacal para o esófago. O RGE acontece com vários indivíduos, porém com um menor número de frequência, sendo assim de forma fisiológica. O aumento da frequência do RGE acaba por torná-lo patológico, impedindo na qualidade de vida de um indivíduo portador da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Não existem muitos estudos nacionais sobre a epidemiologia da doença.  

Foi definida pelo Consenso Brasileiro como "uma afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele, acarretando um espectro variável de sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou extra-esofagianos, associados ou não a lesões teciduais". (CORSI et al, 2007, s.p) 

O RGE patológico é provocado por um relaxamento da musculatura circular do esfíncter esofágico inferior (EEI), que funcionava como principal contenção sobre o REG. Por existir fraqueza na musculatura, há uma redução da pressão basal, curta extensão, deslocamento do EEI para o tórax ou número excessivo de relaxamentos espontâneos do EEI,  estes são alguns dos principais fatores que desencadeiam o RGE a evoluir para patológico. 

A ruptura funcional e anatomicas dos mecanismos normais de contenção do RGE, reduzem a pressão do EEI e dificultam o clareamento esofágico, no qual é responsável pela capacidade do esôfago de através de suas contrações, empurrar o ácido. Esse fato, trás como consequência patologias extraesofágicas.   

4  

2.2 FATORES QUE INFLUENCIAM O REFLUXO GASTROESOFÁGICO PATOLÓGICO   

A elevada permanência influencia em fatores que derivam no aparecimento da DRGE, que é devida a vários aspectos, a elevação da média de idade da população, obesidade, maus hábitos alimentares, fatores genéticos, estresse e utilização frequente da terapia de reposição hormonal. O que é dado como problema inicial, é na forma de alimentação, relacionado com outros fatores (orgânicos, socioculturais e comportamentais) principalmente de crianças, nas quais o RGE ainda encontra-se em estado fisiológico. A alimentação é causa de queixas clínicas frequentes em consultórios pediátricos e quase sempre oferecem dificuldades para a realização do diagnóstico etiológico. Do ponto de vista fonoaudiológico, pode-se dizer que o padrão alimentar não condiz com o necessário para alimentação da criança, pois não favorecem a evolução das funções motoras orais ou quando há risco de aspiração alimentar. 

A ocorrência de queixas de problemas de alimentação varia entre 25 e 35% em crianças saudáveis, 40 e 70% em prematuros ou crianças com doenças crônicas e consumptivas e pode incidir em até 80% dos neuropatas. O maior número de diagnósticos ocorre entre crianças de dois a sete anos (DOUGLAS E BYRON, 1996; BURKLOW et al., 1998; GOLDANI, 1999; MANIKAN E PERLMAN, 2000 apud DRENT; PINTO, 2007, s.p). 

Estudos mostram que na maioria dos casos os problemas alimentares representam inadequação da quantidade ingerida, seguido da dificuldade para incorporar novas texturas e da seletividade exagerada. Sintomas como comer vagarosamente, vômitos regulares ou freqüentes e acumular alimento na boca, são causas que levam ao aparecimento da patologia estudada.  Conclui-se que o principal fator que acomete o aparecimento do refluxo gastroesofágico está na forma de alimentação, porém a outros fatores, menos estudados que causam o aparecimento da DRGE, como exercícios físicos, porém praticados de forma errônea e/ou excessivamente, a postura do indivíduo, esta relacionada após a ingestão 

5  

de alimentos. Em casos de crianças, é necessária uma administração correta a partir do seu progenitor, que não deve, por exemplo, jogar a criança para o alto após a refeição, saber o modo da criança ser colocada no berço, deixando-a com a cabeça, inclinada, se possível colocar um travesseiro, para evitar o refluxo. 

2.3 PATOLOGIAS EXTRAESOFÁGICAS   

Sintomas respiratórios tem frequente associação com a ocorrência do RGE. Contudo, a não é de fácil constatação, relacionar a causa e efeito.  Certos pacientes desenvolvem primeiramente problemas respiratórios e sequentemente DRGE, como o paciente faz uso de medicação, acaba por reduzir o tônus pressórico do esfíncter inferior do esôfago e, consistir em deformidades torácicas associadas que favorecem o RGE. Em outros casos, advém inicialmente o RGE e em decorrência deste, as manifestações respiratórias. 

2.3.1 Asma  

Doença respiratória que pode ser provocada pela presença do RGE patológico, tornando-se assim, uma patologia extraesofágica do refluxo, na qual é desencadeada pela acidez causa pelo refluxo, no qual afeta as vias respiratórias, desencadeando a asma. O refluxo gastroesofágico, pode manifestar-se através de sintomas respiratórios (RGE oculto), como tosse crônica, pneumonia por aspiração, asma, espasmo laríngeo, apnéia, estridor laríngeo, displasia pulmonar e crises cianóticas. O chiado na região torácica pode ser o único indicativo de refluxo em algumas crianças, o que indica RGE oculto. A primeira relação descrita do RGE e asma ocorreu no século XIX, por William Osler: "os ataques podem ser causados por irritação direta da mucosa brônquica ou (...) também indiretamente, através de influências reflexas do estômago (...)". (TEIXEIRA et al, 2007, s.p).  

O RGE causa doença respiratória crônica por meio de dois mecanismos: resposta vagal e aspiração traqueal de conteúdos gástricos.  

6  

2.3.2 Esofagite  

Constata-se que a exposição a alérgenos inalados tem como uma das causas, o início de esofagite, que determina-se pela presença de eosinófilos no esôfago. Não sendo observado, a esofagite, por meio de vias orais ou intragástricas, na exposição desses alérgenos. Portanto, pode concluir que a hipersensibilidade do esôfago ocorre simultaneamente com a inflamação pulmonar. A esofagite é um dos principais fatores associados à recusa alimentar, e nesse caso é aconselhável o tratamento cirúrgico, para correção do RGE, que está associado a esta patologia. É um sintoma típico da doença do refluxo gastroesofágico, através de achados macroscópicos ou endoscópicos de esofagite conclui-se que consistem em hiperemia, friabilidade, erosões, ulcerações da mucosa e estenose do órgão. É frequente a forma erosiva em adultos sintomáticos, porém ainda encontra-se ausente em crianças, sua frequência causa complicações, que resultaram no DREG, para a confirmação diagnóstica de forma mais segura, é necessária a biopsia, que dá o diagnóstico e graduação da intensidade da esofagite, principalmente nas fases iniciais do processo inflamatório, quando o aspecto endoscópico pode ser quase normal. A esofagite, pode ser causada pelo acúmulo de eosinófilos polimorfonucleares intra-epiteliais, considerados indicador sensível e precoce de esofagite de refluxo, porém em indivíduos que fazem uso do álcool ou fumo, não deve ser favorizado como único critério, pois os eosinófilos podem ocorrer na mucosa esofágica. A sua presença também relacionada à hiperplasia da camada basal epitelial e ao aumento do comprimento das papilas de lâmina própria. Por outro lado, em casos mais graves polimorfonucleares neutrófilos tendem a aparecer.  

2.3.3 Laringite  

A laringite é uma das doenças otorrinolaringológicas mais associadas ao DRGE. Com base em várias descrições de alterações inflamatórias da laringe e em mecanismos propostos de lesão, a laringite relacionada à DRGE tem recebido diferentes denominações, a mais recentemente é denominada laringite de refluxo. Na maioria dos casos o laringite tem vestígios de DRGE, mesmo o mecanismo 

7  

fisiológico ser ainda desconhecido. Os sintomas da laringite por outras causas diferenciam da causada pelo refluxo, que são inespecíficos. É um sintoma atípico da doença do refluxo gastroesofágico, porém aparece em muitos casos. A laringite encontra-se associada ao RGE, pois a laringe não é contínua e mecanicamente limpa e revestida pela saliva, resultando em uma lesão tecidual, pela falta de diluição do refluxo gástrico por um longo período de tempo. O tempo de exposição do trato aerodigestivo alto ao refluxo ácido é menor que o tempo de exposição do esôfago. Contudo, a probabilidade de dano à mucosa é provavelmente maior. Na maioria dos casos de laringite tem vestígios de DRGE, mesmo o mecanismo fisiológico ser ainda desconhecido. Os sintomas da laringite por outras causas diferenciam da causada pelo refluxo, que são inespecíficos.  O sintoma mais comum é rouquidão, pois encontra-se presente na maioria dos pacientes com RGE associado a laringite, há outros sintomas que  podem ser inclusos, entre eles estão tosse, pigarro, odinofagia, mudança na voz, globo e disfagia. Na laringite de refluxo, a incidência de esofagite é menor que em pacientes com DRGE típica, portanto a endoscopia digestiva alta e a radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno têm baixo rendimento na confirmação do diagnóstico. O teste diagnóstico mais seguro para confirmar laringite de refluxo é a resolução documentada dos sintomas com o tratamento anti-refluxo.  

2.3.4 Desgaste do esmalte dos dentes  

 Pelo refluxo gastroesofágico, ser de carácter ácido, afeta no desgaste do esmalte dos dentes, deixando-os enfraquecidos.  

2.4 TRATAMENTO DO REFLUXO GASTROEXOFÁGICO PATOLÓGICO  

2.4.1 Medicamentos  

8  

Os inibidores da bomba protônica (IBP) aliviam os sintomas do refluxo e cicatrizam a esofagite mais rapidamente que os antagonistas H2 (AH2), são eles: Omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, esomeprazol. Porem, há casos que essas drogas não causam efeitos no indivíduo.  Há medicamentos que tem efeito semelhante ao do Omeprazol, evitando a pirose, além de auxiliar na taxa de cicatrização de esofagite e no controle da recaída. Estudos comprovam que o IBP são mais eficazes, porém tem efeitos colaterais, isso em comparação com os placebos, que são menos eficazes. Segundo pesquisas realizadas, “indivíduo ao usar seis meses sem interrupções do medicamento, apresenta uma melhora que é, diminuição dos sintomas”. (NASI, Ary; FILHO MORAES, Joaquim Prado P. de; CECCONELLO, Ivan; 2006, s.p) VELA et al. 2006 avaliando por meio de impedanciopHmetria esofágica a eficiência do omeprazol no controle do RGE , observaram que o uso medicamentoso não reduz a quantidade de frequência do refluxo, mas sim alterava sua acidez. Portanto, o uso das drogas trará uma melhora clínica dos sintomas ácido- dependentes, explicando-se a manutenção da queixa de sintomas não-ácido- dependentes. O uso de medicamentos está ligados com o DRGE pelo fato, dos IBP diminuírem a acidez do refluxo, que consequentemente há uma redução nas patologias extraesofágicas.   

2.4.2 Cirúrgicos   

Encontra-se como um dos tipos de tratamento para conter o RGE patológico, o cirúrgico. Porém é necessário o auxílio do médico na escolha de um tratamento apropriado, a ser relatado os prós e contras de cada tratamento, para uma melhor decisão do enfermo. Atualmente, o ponto principal da indicação do tratamento cirúrgico é a tolerância do paciente ao tratamento clínico prolongado.  Comparando a eficácia dos tratamentos clínico e cirúrgico da DRGE crônica, conclui que:  

9  

"o tratamento cirúrgico é mais eficaz que o tratamento clínico em relação à melhora dos sintomas e cicatrização da esofagite. Contudo, os IBP podem proporcionar melhora dos sintomas comparáveis ao tratamento cirúrgico, se forem utilizadas doses ajustadas da medicação" (NASI, Ary; FILHO MORAES, Joaquim Prado P. de; CECCONELLO, Ivan; 2006, s.p)  

O paciente torna-se dependente do tratamento clínico, para obter uma melhora e manterem-se assintomáticos, obtendo sucesso no tratamento cirúrgico. Em enfermos com a patologia em seu estado de complicação, no qual estão envolvidas outras patologias, não é aconselhável o tratamento cirúrgico, pelas complicações já existentes, que podem vir a agravar. O correto neste caso, seria a escolha de um tratamento mais adequado para uma melhora da doença. O RGE, na maioria dos casos, apresenta-se pela ocorrência que alguma patologia respiratória ou em decorrência do RGE pode-se apresentar uma patologia respiratória, nesse caso é aconselhado o uso da cirurgia da correção do RGE.  

Há vários estudos de revisão analisando a alta freqüência de RGE em pacientes com asma e as dificuldades diagnósticas existentes em saber a real participação do refluxo no quadro respiratório. Contudo, as poucas revisões sistemáticas publicadas apresentam resultados conflitantes. (NASI, Ary; FILHO MORAES, Joaquim Prado P. de; CECCONELLO, Ivan; 2006, s.p)  

Há dois tipos de formas cirúrgicas que podem ser utilizadas para a correção da DRGE, a videocirurgia e a técnica convencional. Através da comparação de resultados, conclui-se que, a videocirurgia é no mínimo tão segura e eficiente quanto a operação pela técnica aberta (convencional) e proporciona menor morbidade, menor tempo de permanência hospitalar e recuperação mais rápida.  

2.4.3 Tratamento Endoscópico  

Estudo baseado em revisão sistemática de literatura, avaliando o tratamento endoscópico da DRGE, conclui que: “apesar de haver resultados favoráveis, não há estudos bem controlados suficientes que justifiquem a aplicação clínica do tratamento endoscópico do refluxo”.   

10  

2.5 DETERMINADOS SINTOMAS DA DRGE  

O diagnóstico da DRGE se inicia por recolher detalhadas informações que identificam os sintomas característicos, bem como definir a sua intensidade, duração e frequência. Atentar a fatores que desencadeiam o alívio e definem o padrão da evolução da patologia no decorrer do tempo, além que observar o impacto causado pela enfermidade na qualidade de vida dos pacientes. Os sintomas considerados típicos são: pirose (popularmente conhecida como azia) e regurgitação. Mesmo que esses sintomas não apareçam de forma relacionada, é considerado valor preditivo para o diagnóstico de DRGE, mesmo com baixa especificidade. Associado a estes podem também ocorrer sialorréia (perda de saliva não intencional pela cavidade oral), eructação, sensação de opressão retroesternal. Contudo, tais sintomas devem aparecer frequentemente, para que seja considerado associado ao refluxo gastroesofágico patológico. Os sintomas atípicos são: dor torácica não cardíaca (DTNC), tosse, laringite, asma, rouquidão, pigarro, sensação de globus. De forma que podem estar associados ou não ao DRGE. Os sinais ou sintomas de alerta que servem como agravamento da doença do refluxo gastroesofágico são alguns deles: anemia, hemorragia digestiva, emagrecimento, disfagia e odinofagia, além da presença de sintomas de grande intensidade, principalmente os que têm início recente em pacientes idosos e/ou com história familiar de câncer. Eles devem receber uma abordagem diagnóstica mais agressiva.  

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Como perceptível, o refluxo gastroesofágico patológico ainda é pouco conhecido e freqüente na maioria das crianças, que pode vir a agravar se não detectado inicialmente. O refluxo gastroesofágico patológico ocorre mediante as regurgitações, enjoos no trato digestório, que causam peristaltismos inversos, ocorrendo pela forma inadequada no cuidado com a criança, a exemplos de balanço excessivo, jogar a criança para cima após a refeição, modo de conduzir a criança no berço, não deixá- la vinte minutos em posição ereta depois de cada mamada, dentre outros. 

11  

O excesso de refluxo causa queimação no trato digestório por ser de caráter ácido, desencadeando outras patologias: esofagite, laringite, asma além do desgaste do esmalte dos dentes. Suas formas de tratamento como medicamentosa, cirúrgica ou por endoscopia, ainda vem sendo questionadas quanto a eficácia. Dentre elas pôde-se perceber que a mais eficiente é a videocirurgia. Em síntese, espera-se que este artigo científico possa contribuir significativamente para discussões e esclarecimentos de estudantes de Enfermagem e/ou qualquer outra área, acerca dos conteúdos abordados, como também haja um enriquecimento efetivo do conhecimento por parte dos portadores da patologia e/ou o seu responsável.  

4 REFERÊNCIAS  

CORSI, Paulo Roberto et al. Presença de refluxo em pacientes com sintomas típicos de doença do refluxo gastroesofágico. Rev. Assoc. Med. Bras. vol.53 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2007. Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso no dia 19 de outubro de 2010  

DRENT; Larissa Vieira, Pinto; Elizete Aparecida Lomazi da Costa. Problemas de alimentação em crianças com doença do refluxo gastroesofágico. Pró-Fono R. Atual. Cient. vol.19 no.1 Barueri Jan./Apr. 2007.  Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso no dia 18 de outubro de 2010.  

FORNARI, Fernando et al. Questionário de sintomas na doença do refluxo gastroesofágico. Arq. Gastroenterol. vol.41 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2004. Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso dia 19 de outubro de 2010.  

GAVAZZONI, Fabiano B. et al. Esofagite por refluxo e laringite por refluxo: Estágios clínicos diferentes da mesma doença?. Rev. Bras. Otorrinolaringol. vol.68 no.1 São Paulo May 2002. Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso dia 20 de outubro de 2010.  

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4.ed.São Paulo: Atlas, 2002. 

12   

GURSKI; Richard Ricachenevski et al. Manifestações extra-esofágicas da doença do refluxo grastroesofágico. 2005. Disponível no site www.scielo.br. Acesso no dia 10 de agosto de 2010  

MADER, Ana Maria A. A. Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico. arq. gastroenterol. vol.39 no.2 são paulo apr./ june 2002. Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso no dia 19 de outubro de 2010.  

MORAES FILHO, Joaquim Prado P.; Domingues Gerson. Doença do refluxo gastroesofágico. Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso no dia 18 de outubro de 2010.  

NASI, Ary; Moraes filho, Joaquim Prado P. de; Cecconello, Ivan. Doença do refluxo gastroesofágico: revisão ampliada. Arq. Gastroenterol. vol.43 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2006. Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso no dia 19 de outubro de 2010.  

NORTON, Rocksane C; Penna Francisco J. Refluxo gastroesofágico. J. pediatr. (Rio J.). 2000. Disponível no site www.scielo.br. Acesso dia 10 de agosto de 2010.  

TEIXEIRA, Beatriz C. et al. Refluxo gastroesofágico e asma na infância: um estudo de sua relação através de monitoramento do pH esofágico. J. Pediatr. (Rio J.) vol.83 no.6 Porto Alegre Nov./Dec. 2007. Disponível no site www.bireme.com.br. Acesso dia 19 de outubro de 2010.