PLANEJAMENTO DE ENSINO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS DO RIO DE JANEIRO

Débora Legora de Almeida Lemos¹. Márcia Denise Pletsch².

Palavras-chave: Ambientalismo; Educação; Formação de Professores; Crianças.

RESUMO

O presente artigo tem como finalidade, de um modo geral, uma construção orientadora da ação docente, que como processo, organiza e dá direção a prática coerente com os objetivos a que se propõe. Ter que responder às seguintes questões: - Como? Com quê? O quê? Para quê? E Para quem? na forma de plano. Para que seja possível a concretização desta atividade, há a necessidade de uma outra instância de planejamento que são o projeto político-pedagógico e o projeto curricular, que serão partes principais da ação docente coerente e responsável, e antecedem ao planejamento de ensino propriamente dito. Na área de conhecimento da Educação formal, não há muitos indícios sobre artigos com o tema planejamento de ensino, como mostrarei a seguir numa revisão bibliográfica que realizei, são poucos os autores que falam consequentemente sobre esse planejamento. Pode-se falar que surge pouco interesse em desenvolver técnicas para trabalhar com crianças a Educação Ambiental.

INTRODUÇÃO

O planejamento, de um modo geral, no ensino, é uma construção orientadora da ação docente, que como processo, organiza e dá direção a prática coerente com os objetivos a que se propõe. Ter que responder às seguintes questões: - Como? Com quê? O quê? Para quê? E Para quem? na forma de plano. Para que seja possível a concretização desta atividade, há a necessidade de uma outra instância de planejamento que são o projeto político-pedagógico e o projeto curricular, que serão partes principais da ação docente coerente e responsável, e antecedem ao planejamento de ensino propriamente dito.

A finalidade deste trabalho é apresentar algumas dificuldades que o aprendizado tem encontrado no ensino do meio ambiente.

Na área de conhecimento da Educação formal, não há muitos indícios sobre artigos com o tema planejamento de ensino, como mostrarei a seguir numa revisão bibliográfica que realizei, são poucos os autores que falam consequentemente sobre esse planejamento. Pode-se falar que surge pouco interesse em desenvolver técnicas para trabalhar com crianças a Educação Ambiental. É possível afirmar que esse assunto desperta pouco interesse aos acadêmicos? Será que professores estão preparados para aplicar a Educação Ambiental para as crianças? Que tipo de profissional pode aplicar esse ensino? Um adolescente pode dar aula sobre Educação Ambiental? Essas e outras questões irão colocar ao longo do trabalho e buscar uma reflexão sobre o tema proposto.

"Se a educação tudo pudesse, ou se ela pudesse nada, não haveria porque falarmos de suas potencialidades e limitações" (Paulo Freire).

O PLANEJAMENTO DE ENSINO

Planejamento. S.m. 1. Ato ou efeito de planejar. 2. Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação: o planejamento de um livro, de uma comemoração.

¹ Aluno do 5º período do Curso de Pedagogia do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]

² Orientadora do trabalho. Professora Assistente do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. E-mail: [email protected]

Apresentei acima a conceituação do termo pelo Dicionário Aurélio para esclarecer sobre o que estou escrevendo, e para mostrar que o conceito citado se refere a uma ação, uma ação que tem um fim, referida a um dado contexto a ser transformado. O objetivo central do planejamento é minimizar a necessidade de revisões durante a execução.

Um dos métodos para trabalhar a Educação Ambiental é objetivar o ensino formal, se fazendo necessário estudar e aplicar atividades que proporcionam o aprendizado.

MATERIAL E MÉTODOS

Observações coletados em sala de aula feita numa escola localizada na zona sul do município do Rio de Janeiro, permitindo aos alunos reflexão sobre o tema proposto e interação com o meio ambiente, possibilitando assim maior esclarecimento e entendimento do quão é importante esse estudo.

Para atingir os objetivos é preciso que existam duas abordagens principais que podem levar ao crescimento da consciência ambiental. Uma possibilidade é associar o ambiente natural a sentimentos positivos tais como alegria e prazer, porque os indivíduos podem ficar encantados com a natureza o que os tornará mais envolvidos com sua proteção. Outra possibilidade é chamar atenção para características negativas como, por exemplo, acidentes ambientais. O temor aos riscos ambientais pode levar a reações mais ativas. Entre essas duas possíveis abordagens, educadores perguntam-se sobre qual seria aquela que de fato pode trazer resultados mais efetivos para suas práticas em sala de aula (Layrargues, 1998).

Um educando tem que estar precisamente possibilitado a explicar o porquê desses acontecimentos no dia a dia e poder entender como esse assunto se passa na cabeça dos seus alunos. Um assunto mal explicado pode ocorrer sim, e também pode prejudicar isso que estamos estudando e tentando aplicar as nossas crianças hoje.

Por isso algumas perguntas feitas na introdução são muitos importantes, pois não pode acontecer de uma pessoa que não seja graduada em Licenciatura ou em qualquer outra área que possa ajudar no meio ambiente, dê aula e esclareça sobre o que os alunos podem fazer pela natureza e pelo mundo desde sua infância.

E para atingir o objetivo proposto nesse artigo, realizei uma pesquisa bibliográfica sobre uns autores que estudaram o Ambientalismo na Educação, como forma de entender e poder melhorar a educação nessa área, para que todos tenham noção do quanto é importante trabalhar desde cedo os problemas e as soluções para o meio ambiente.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Escola é um espaço social onde podemos colocar nossas idéias e projetos em vista daqueles que serão privilegiados por nossas discussões, visto que, nesse caso, o aluno é o principal cidadão beneficiado para que desenvolva o melhor para a transformação da consciência ambiental.

A formação dos professores na forma geral, não só na área ambientalista, mais em todas precisa de investimentos, pois segundo Romanowski (2007), mais de um terço do total de professores da educação básica desse país, não possui o nível superior de formação. E há necessidade de elevar a qualificação dos professores à educação infantil e fundamental, como melhoria na educação, pois um país que tem como orgulho o maior dos escritores pedagógicos, Paulo Freire, não pode ter e aceitar uma educação de segunda.

"Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo" (Paulo Freire)

Falar sobre educadores num todo é comentar sobre a teoria e prática na educação, pois não há educador que só consiga ensinar só a teoria ou a prática. Entender que é preciso juntar os dois para melhores resultados é dizer que temos uma educação de inclusão. Principalmente na educação ambiental é preciso destacar que o professor a ser formado precisa depender do seu contexto histórico-social, das suas relações sociais existentes, do seu posicionamento do sistema educacional em relação ao sistema produtivo etc., para assim, articular no seu fazer pedagógico, as dimensões do "o que ensinar", do "como ensinar", do "para que ensinar", do "para quem ensinar".

Ou seja, um professor adolescente não está capacitado gradualmente a dar uma aula sobre ambientalismo ou qualquer área da educação, pois ele precisa de meios, métodos, pesquisas etc., para aperfeiçoar o seu estudo. Não adianta apenas dizer 'eu sei' 'eu posso' 'eu consigo dar aula', é preciso ter bagagem para isso.

Durante uma das atividades, projetamos a idéia de fazer uma maquete, onde colocaríamos uma construção de uma cidade as margens de um rio, as crianças pensaram numa rua, nela colocaram parques com lixeiras para todos os lados, onde enfatizaram de sempre ter um local próximo para colocar seus lixos. Logo depois, pensaram numas casas onde teria árvores em volta, pois isso faria bem urbanizada e seria um ótimo local para morar e respirar, mais também pensaram em como mobilizar a sociedade para sua conservação. Por fim, sentaram-se em circulo e começaram a discutir os problemas e nas idéias de como não deixar que aquele local daqui a 10 anos se torne 'sujo'.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUCKESI, C.C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortéz, 1990.

(BIBLIOTECA PAULO FREIRE). Disponível em: http://www.paulofreire.ufpb.br/paulofreire/principal.jsp. (Acesso em 04 de Junho de 2009).

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC, 1997.

LAYRAGUES L. P., Como Desenvolver uma Consciência Ecológica. São Paulo. Ecopress, Agosto. 1998.

ROMANOWSKI. J. Paulin. Formação e profissionalização docente. 3 ed. ver. E atual. – Curitiba: Ibpex, 2007.

FREIRE. P. Pedagogia do oprimido. 10 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.