O QUE A BÍBLIA NÃO DIZ (5)

 

A Bíblia não diz que “maná” significa “pão dos céus” ou “pão dos anjos”

           

É muito interessante o significado da palavra MANÁ. Na realidade, ela não tem significado algum relacionado com aquilo que era, ou seja, o “pão dos céus”, ou “pão dos anjos”. A palavra “Maná” surgiu exatamente da pergunta que fizeram os israelitas, quando o viram pela primeira vez. “o que é isto?” Esta frase, em hebraico, é. “Man-acha”, ou “Maná”.

 

A Bíblia não diz que a expressão "Shekinah"se encontra em qualquer dos seus textos

 

Embora a expressão "Glória Shekinah" seja muito usada para definir a glória maior de Deus, esta palavra que tem sido usada por gerações, não se encontra na Bíblia, nem mesmo no original do Velho Testamento.

 

A Bíblia não diz que Salomão foi um rei obediente

 

Uma das instruções importantes que Deus deu a Moisés foi a respeito de algum futuro rei que Israel viria a ter. Ele disse que o rei não poderia multiplicar para si CAVALOS, nem faria voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos. (Deuteronômio 17.16).

 

A outra instrução séria, foi esta. “Tão pouco a si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie”. (Deuteronômio  17.17).

 

Salomão desobedeceu frontalmente estes dois mandamentos do Senhor, pois multiplicou cavalos e mulheres. Em II Crônicas 1.4, lemos: “Salomão ajuntou carros e cavaleiros, e teve mil e quatrocentos carros, e DOZE MIL cavaleiros”.

 

I Reis 4.26 mostra que ele tinha 40.000 cavalos. E o pior é que ele mandava buscar os cavalos exatamente no lugar onde Deus os proibira de buscá-los. No Egito!  (II Crônicas 9.28).

 

Ele também multiplicou para si mulheres e, conforme a Palavra do Senhor, essas mulheres o fizeram desviar-se dos seus retos caminhos.   (I Reis  11.1-13).

 

A bíblia Não diz que somente Corá, Datã e Abirão conspiraram contra Moisés

 

Em Números 16 encontramos o relato de homens que se levantaram contra Moisés, questionando sua autoridade. No título do capítulo encontramos. “A rebelião de Corá, Datã e Abirão”.

 

Este tradutor me parece um astuto advogado procurando acobertar a culpa de alguém, porque, na realidade, havia um quarto personagem, um quarto líder, que com igual peso conspirou contra Moisés.

 

É isto exatamente o que a Bíblia diz.

 

Vamos conferir. “E Corá, filho de Izar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete..”.

 

O titulista se esqueceu de Om.

 

O curioso é que daí em diante parece que esse personagem se acovardou, pois não aparece mais no relato.

 

A Bíblia não diz que João, em Apocalipse, achou-se em espírito em um sábado ou domingo

 

O livro de Apocalipse é um livro de símbolos, um livro profético que exige de quem o lê um profundo discernimento espiritual.

 

João estava recebendo as grandes revelações do passado, do presente e do futuro (1.19). Para ver isto ele deveria estar presente em espírito nessas três dimensões temporais.

 

Foi por isso que ele se achou em espírito no dia do Senhor. Isto significa que ele foi arrebatado em espírito ao grande dia glorioso da manifestação de Deus. Este texto não se refere ao sábado ou ao domingo.

 

A Bíblia não diz que os apóstolos de Jesus eram solteiros

 

Tudo indica que dentre os apóstolos, tanto os originais como os que vieram depois, os únicos que não eram casados eram Paulo e Barnabé.

 

Eles também eram os únicos que tiravam o próprio sustento do trabalho manual, enquanto os outros, em seu trabalho de evangelização e ensino eram sustentados pela igreja. Veja a argumentação de tal fato em I Coríntios  9.5,6.

 

“Não temos nós direito de levar conosco um  mulher irmã, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou só eu e Barnabé  não temos direito de deixar de trabalhar?”

 

A bíblia não diz que o jovem que fugiu nu foi Marcos

 

No Evangelho atribuído a Marcos lemos uma narrativa um pouco tragicômica.

 

“Então, deixando-o, todos fugiram. E um certo mancebo o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão. Mas ele, largando o lençol, fugiu nu”   (Marcos 14.50-42).

 

Onde a tradição foi encontrar alguma evidência de que este jovem era João Marcos, o pretenso autor do segundo Evangelho?

 

Afirmam isto simplesmente baseando-se no fato de tal narrativa não se encontrar nos outros três evangelhos.

 

A base para afirmar isto é, contudo, muito fraca.

 

A Bíblia não diz que o sacrifício de Jefté foi deixar sua filha solteira para sempre

 

O capítulo 11 de Juízes narra o tremendo livramento que Deus deu aos israelitas, através de Jefté, o gileadita.

 

Nos versículos 30 e 31 Jefté fez um terrível voto ao Senhor. “Se totalmente deres os filhos de Amom na minha mão, aquilo que, saindo da porta da minha casa, me sair ao encontro, voltando eu dos filhos de Amom em paz, isso será do Senhor, e o oferecerei em holocausto”.

 

Foi imprudente o voto e grande o azar de Jefté, pois quem primeiro saiu de casa foi sua única filha, o que fez Jefté rasgar seus vestidos em desespero.

 

Já li comentários, de exegetas medrosos, afirmando que o holocausto foi o da virgindade da moça. Isto porque a jovem pediu a seu pai para chorar sua virgindade, junto com as suas companheiras, pelos montes, por dois meses. 

 

Por que esta idéia de “chorar a virgindade”?

 

Sabemos, muito bem, que para os israelitas era uma tremenda desonra não gerar filhos e a mulher estéril ou que morresse solteira era considerada uma aberração ou mesmo uma abominação aos olhos de Deus.

 

A Bíblia diz que, ao voltar a moça, seu pai cumpriu nela o seu voto.

 

Holocausto sempre se refere à morte de um animal e até de seres humanos. Os pagãos ofereciam seus filhos a Moloque e até israelitas fizeram isto (Levítico 20.2).

 

Eram comuns, naquele tempo de desordem, votos loucos, semelhantes ao de Jefté.

 

Não sei porque existem teólogos que gostam de minimizar, ocultar, eufemizar e até torcer a verdade clara da Bíblia, semelhante ao grande inquisidor da Idade Média que disse. “Deixa, Cristo, sabemos cuidar da Tua Igreja melhor do que tu mesmo”!

 

A Bíblia não diz que Jesus ensinou uma oração dominical

 

Nas traduções Revista e Atualizada e Revista e Corrigida da Bíblia, encimando o Capítulo 11 de Lucas encontramos um título.

 

“A Oração Dominical”

 

Por que esta invenção? Por que oração dominical? Por acaso onde está escrito que Jesus ensinou esta oração para ser recitada aos domingos?

 

Na Revista e Atualizada temos o mesmo título antes de Mateus 6.9.

 

Será que ninguém jamais observou que tal acréscimo trata-se de um dogma?

 

Não existe qualquer prova que tal oração tenha sido ensinada por Jesus em um domingo para ser feita aos domingos.

 

Isto pode levar-nos a um ritualismo vazio e sem sentido.

 

Ainda bem que uma tradução recente da Bíblia a revisada de Acordo com os Melhores textos em Hebraico e Grego da Imprensa Bíblica brasileira, retirou esse acréscimo insensato e deixou apenas este título.  “A Oração”.


 


A Bíblia não diz que o enfermo junto ao poço de Betesda era paralítico

 

O título que vem antes do Capítulo 5 do quarto evangelho é o seguinte. “Cura dum paralítico de Betesda”. Este título não está correto pois em nenhuma parte do texto encontramos o termo “paralítico”.

 

Parece até que nem havia paralíticos ali. O versículo 3 diz que ali “jazia grande multidão de enfermos; cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento das águas”.

 

Vamos acompanhar a leitura dos versículos 5 a 7.

 

“E estava ali um homem que havia trinta e oito anos se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe. Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe. Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim”.

 

Ora, se ele era paralítico como afirmou isto: “enquanto eu vou”?

 

A realidade é que ele era apenas um homem enfermo e fraco. Não era paralítico. Talvez você pense que não existe importância em corrigir-se tais erros, porque não importa se ele era paralítico ou tinha qualquer outra enfermidade. Mas, importa e muito, porque ao falarmos das coisas de Deus temos que ser precisos em tudo, em cada detalhe, para evitarmos erros maiores.

 

A Bíblia não diz que o coxo curado por Pedro estava à porta do templo

 

No episódio da cura do homem coxo, em Atos 3, existe um detalhe bem interessante que merece ser observado.

 

Muitos imaginam que o coxo estava sentado à porta do templo, quando Pedro e João iam entrando. A coisa não foi bem assim. A Bíblia diz que era naquela porta que ele pedia esmolas todos os dias mas, quando encontrou-se com os apóstolos, estava exatamente SENDO CARREGADO por alguém para ser colocado no local costumeiro.

 

“E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E ERA TRAZIDO um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual, todos os dias, punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam”. (Atos 3.1,2).