A presente pesquisa tem como tema, o papel do professor no desenvolvimento da Inteligência Emocional em crianças nas séries iniciais e visa mostrar a importância e o modo como o professor pode auxiliar no processo do desenvolvimento dessa inteligência nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Questiona-se, aqui, o motivo de não se falar em educação das emoções e da inteligência emocional na formação de professores pedagogos. Quer se favorecer a reflexão crítica, a conscientização, o envolvimento e a sensibilização sobre o ensino, o estudo, a pesquisa e o desenvolvimento da inteligência emocional na sala de aula. Por ser um tema recente, ilimitado e de grande discussão, este trabalho se restringirá a um enfoque qualitativo, uma pesquisa exploratória e ainda bibliográfica. Tem-se por objetivos específicos o ressaltar da importância do desenvolvimento da inteligência emocional como estratégia para o sucesso no ensino-aprendizagem; o indicar alternativas para uma visão pluralista da inteligência humana e de atividades voltadas para a educação emocional; esclarecer que o tipo de visão que o professor tem em relação à inteligência humana, vai favorecer ou não o desenvolvimento das inteligências em sala de aula e, por fim, mostrar que atividades em grupo oportunizam o desenvolvimento e amadurecimento das emoções. Palavras – chave: Inteligência Emocional, Educação, Desenvolvimento.

1. INTRODUÇÃO

"Você não pode ensinar nada a um homem: você pode apenas ajudá-lo a encontrar as respostas dentro de si mesmo." (GALILEU GALILEI, 1564 – 1642).

Perdurou-se por longo tempo a idéia de que o QI (Quoeficiente de Inteligência) era significante de medida não só de inteligência, mas, também, do sucesso possível a um indivíduo em sua vida. A habilidade na demonstração dos raciocínios lógicos, numéricos e matemáticos ainda é associada à rotulagem de inteligente ou não. Mas gradativamente vem surgindo um outro conceito de inteligência: Inteligência Emocional (IE), que, numa visão geral, significa a capacidade de gerenciar suas próprias emoções e compreender as emoções do outro. Divulgou-se essa idéia em 1995, pelo psicólogo Daniel Goleman, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ele escreveu o best-seller Inteligência Emocional.

Em 1995, Gardner, psicólogo americano, aborda a teoria Inteligências Múltiplas (IM), possibilitando o desenvolvimento das várias inteligências: espacial, musical, corporal, interpessoal, intrapessoal, lógico-matemática, linguística.

Segundo esses autores, a inteligência emocional é de fundamental importância para o sucesso humano e o seu desenvolvimento favorece outros potenciais.

Inteligência emocional não é genética: estas habilidades são aprendidas mais do que inseridas. De certa forma, podemos dizer que possuímos duas mentes, consequentemente, dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. Nossa performance na vida é determinada não apenas pelo QI, mas principalmente pela inteligência emocional. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a inteligência emocional – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a inteligência emocional aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre ambas. (GOLEMAN, 2009).

Torna-se possível através do desenvolvimento dessas habilidades, de trabalho educativo, de prática no dia a dia, a mediação de conflitos, a liderança e o governo de si mesmo.

A inteligência emocional pode ser alcançada por meio de treino e esforço, mas isso requer persistência. As pessoas têm de identificar exatamente o que querem alcançar – sendo um melhor ouvinte ou controlando seu temperamento nervoso. Então deve se tornar diligente a ponto de identificar mais situações nas quais costuma cair em velhos hábitos e associá-las a uma reação produtiva. Ao realizar esse tipo de exercício analítico firmemente por algumas semanas ou meses, a pessoa poderá substituir os hábitos que deseja eliminar por outros que acabam se tornando automáticos. (GOLEMAN, 2009).

Pode-se dizer que inteligência não se define apenas em sinônimo de QI, mas amplia-se, num todo, às capacidades do ser humano.

1.1.Objetivo Geral

Ressaltar a importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional como estratégia para o sucesso do ensino aprendizagem.

1.2.Objetivos Específicos

·Identificar o papel do professor no desenvolvimento da Inteligência Emocional das crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

·Indicar alternativas para uma visão pluralista da inteligência humana e de atividades voltadas para educação emocional.

·Desenvolver e ampliar sua autoconsciência.

  • Aprender a se automotivar.
  • Mostrar que atividades desenvolvidas em grupo oportunizam o desenvolvimento e amadurecimento das emoções.

1.3. Justificativa

A Importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional na sala de aula

Como a vida em família não mais proporciona a crescentes números de crianças uma base segura na vida, as escolas permanecem como o único lugar a que a comunidade pode recorrer em busca de corretivos para as deficiências da garotada em competência emocional e social. (GOLEMAN, 1995, p. 293).

Constitue-se um princípio básico para o desenvolvimento da inteligência emocional na sala de aula o respeito mútuo pelos sentimentos dos outros, e para tanto é necessário que o professor saiba como se sente e seja capaz de comunicar abertamente suas sensações e sentimentos.

Goleman (1995), fala da importância de "educar" as emoções e fazer com que os alunos também se tornem aptos a lidar com frustrações, negociar com outros, reconhecer as próprias angústias e medos. Chega a falar em "alfabetização emocional", que é a educação voltada para o sentimento, onde o aluno aprende a conviver e melhorar seu comportamento diante das dificuldades. A educação das emoções fortalece o indivíduo, capacitando-o e equilibrando-o para a modernidade.

O professor não deveria negar suas emoções negativas e sim, ser capaz de expressá-las de modo saudável no ambiente escolar, em sala de aula.
Os alunos aprendem e apreendem através das atitudes que vêem em seus professores. O ensino do reconhecimento das próprias emoções, identificação de sua natureza e expressão, de modo compreensível, auxilia os alunos a se responsabilizarem "por suas próprias necessidades emocionais". Também conhecê-los em seus aspectos sociais, cognitivos, afetivos e emocionais através da observação, conversas informais com as crianças e familiares, sondagem sobre o que lhes interessa, investigação, uma contínua avaliação do ensino-aprendizagem e demonstrar interesse em relação às necessidades expressas, contribuirão de forma positiva. Rotinas escolares que favoreçam o trabalho em equipe, criam espaço para que os alunos possam discutir regras de vida, falar sobre conflitos interiores, como, também, podem surgir dificuldades emocionais, e a necessidade de negociar com os outros para superá-las pode gerar a evolução nas crianças.

A influência dessa teoria sobre a educação é totalmente positiva, pois chama a atenção para o fato de que as escolas não devem se preocupar apenas com a inteligência de cada aluno, mas também com o desenvolvimento de sua capacidade de se relacionar bem com os outros e consigo mesmo.

        Wallon (apud, Dantas, 1992, p. 89), em sua teoria da emoção, considera afetividade e inteligência fatores sincreticamente misturados, e defende que "a educação da emoção deve ser incluída entre os propósitos da ação pedagógica". A sala de aula é o canteiro do cultivo das inteligências, local propício para seu desenvolvimento e os docentes precisam estar preparados para lidar com as próprias emoções e com as de seus alunos.

Levando em consideração que fatores sociais e econômicos forçaram novas necessidades sociais e responsabilidades que antes não cabiam à escola, mas, que lhe foram repassados como bases educacionais de sua responsabilidade, não podendo fugir a esta contribuição:

Alfabetização emocional implica um mandado ampliado para as escolas, entrando no lugar das famílias que falham na socialização das crianças. Essa temerária tarefa exige duas grandes mudanças: que os professores vão além de sua missão tradicional e que as pessoas na comunidade se envolvam mais com as escolas. (GOLEMAN, 1995, p. 293).

1.3.Problemática

Que competências o professor da educação infantil e séries iniciais necessita para trabalhar a inteligência emocional de seus alunos?

2. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

2.1 – Conceituando Inteligência Emocional

Para Goleman (1995), a I.E. conceitua-se em uma aptidão que se baseia na probabilidade de desenvolver nos indivíduos, competências características "do coração humano".

A inteligência emocional caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isto implica autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento e características sociais como persuasão, cooperação, negociações e liderança. Esta é uma maneira alternativa de ser esperto, não em termos de QI, mas em termos de qualidades humanas do coração. (GOLEMAN, 2009).

Ainda, a definição de inteligência emocional segundo Mayer e Salovey:

A Inteligência Emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (MAYER & SALOVEY, 1997, p. 15).

2.2 – O surgimento da Inteligência Emocional

Aplicou-se esse termo, pela primeira vez, num artigo do mesmo nome, onde é apresentado como uma subclasse da Inteligência Social, pelos psicólogos americanos Mayer e Salovey em 1990, como:

"A capacidade de perceber, avaliar e expressar emoções com precisão; a capacidade de acessar e/ou gerar sentimentos de modo a facilitar o pensamento; a capacidade de entender as emoções e o conhecimento emocional e a capacidade de regular emoções para promover o crescimento emocional e intelectual" (Mayer, Salovey & Caruso, 1997, p.10).

Para Salovey e Mayer o termo se aplica ao acompanhamento e de emoções e sentimentos próprios e nos outros, discriminando-os e utilizando a informação para direcionar ações e pensamentos:

A utilização de processos relacionados à Inteligência Emocional se inicia quando uma informação carregada de afeto entra no sistema perceptual, envolvendo os seguintes componentes: a) avaliação e expressão das emoções em si e nos outros; b) regulação da emoção em si e nos outros; e c) utilização da emoção para adaptação. Esses processos ocorrem tanto para o processamento de informações verbais, quanto não-verbais.(SALOVEY & MAYER, 1990, p. 189).

No ano de 1997 é apresentado uma versão nova e mais organizada em relação ao modelo anterior, por Mayer e Salovey que tinha a percepção e o controle da emoção como base para sua teoria, mas omitia o pensamento sobre sentimento:

A Inteligência Emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (MAYER & SALOVEY, 1997, p. 15).

Segundo eles, as informações emocionais se processam em quatro níveis ordenados por grau de complexidade psicológica apresentada:

a) "A percepção, avaliação e expressão da emoção" englobando a habilidade de identificação das próprias emoções e de outros correlacionando expressão e necessidades relacionadas, podendo, ainda, calcular a fidedignidade da expressão das emoções, percebendo sua verdade, fingimento "ou tentativa de manipulação".

b) "A emoção como facilitadora do ato de pensar" refere-se a dispor da emoção como um conjunto de elementos relacionados de sobreaviso que direcionam "a atenção e o pensamento para as informações (internas ou externas) mais importantes". Esse mecanismo permite o gerenciamento das emoções "antes da tomada de decisão".

c) "A compreensão e análise de emoções (conhecimento emocional)" vão da "capacidade de rotular emoções", como a potencialidade de diferenciar "nuances entre elas (como gostar e amar)", até a percepção do "amar e odiar uma mesma pessoa", como as oscilações entre um e outro sentimento, "como a de raiva para a vergonha, por exemplo".

d) "O controle reflexivo das emoções para promover o crescimento emocional e intelectual" diz-se da habilidade de tolerância as "reações emocionais, agradáveis ou desagradáveis", compreendendo-as, sem dar proporções indevidas, "controlá-las ou descarregá-las no momento apropriado".

"Esse modelo de quatro níveis acabou sendo reduzido a um modelo de três níveis correspondentes à percepção, compreensão e controle de informações carregadas de afeto em decorrência de estudos fatoriais de validade de construto". (MAYER, SALOVEY & CARUSO, 2000,).

Daniel Goleman, sintetiza a teoria da Inteligência Emocional baseando-se na idéia simples de que além da inteligência intelectual também existe uma inteligência emocional, que é de fundamental importância para o sucesso vital e escolar. Durante muito tempo o QI foi utilizado como único meio de medir as habilidades matemáticas e espaciais de um indivíduo, mas Goleman trás o conceito de inteligência emocional como responsável pelo sucesso ou insucesso de uma pessoa. No trabalho, por exemplo, as situações são marcadas por relações entre as pessoas e aquelas que possuem qualidades como gentileza, amabilidade, compreensão obterão mais sucesso.

Para Gardner, a teoria das Inteligências Múltiplas surge apartir da "insatisfação com o conceito de QI e com as visões unitárias de inteligência" e ainda ressalta sua importância educacional:

A teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida como uma explicação da cognição humana que pode ser submetida a testes empíricos. Além disso, a teoria parece conter várias implicações educacionais que merecem ser consideradas. (GOLEMAN, 1995, p. 30).

2.3 - A importância da dimensão emocional

No sistema educacional, caracterizado pela homogeneidade e massificação, torna-se quase impossível individualizar a extensão emocional e afetiva dos alunos, mesmo sendo a emoção essencialmente determinante na dimensão visível da maneira de ser e de agir do ser humano.

A I. E. é uma inteligência que tem as emoções a favor de si mesmo. Para que o sucesso do indivíduo seja garantido, ele precisa fazer uso do da inteligência intelectual, adaptação mental, metas traçadas, estabilidade emocional e decisão. Requisitos como aquisição do autoconhecimento; lidar, controlar e administrar as emoções, influenciando-as pelos objetivos; o relacionar-se e o observar outros emocionalmente, contribuirão para o sucesso.

Muitas decisões são influenciadas pela emoção, "as decisões são mal tomadas porque eles perderam o acesso ao que foi emocionalmente aprendido". (Damásio, apud Goleman, p. 41). E estas podem ser trabalhadas de forma a se desenvolverem positivamente, colaborando com o crescimento individual para o bem comum.

Se pudermos mobilizar toda a gama das inteligências humanas e aliá-las a um sentido de ético, talvez possamos ajudar a aumentar a probabilidade de nossa sobrevivência neste planeta, e talvez inclusive contribuir para a nossa prosperidade. (GOLEMAN, 1995, p. 18).

Sua influência é notável sobre as pessoas. Através da observação, autoavaliação comportamental e sentimental, pode-se ocultar sentimentos de desalento, ódio, raiva, desilusão e substituí-los por ânimo, positivismo, disposição de espírito.

2.4 – Princípios para o desenvolvimento da Inteligência Emocional

Gardner (1994), aborda a teoria das Inteligências Múltiplas, e discorda da visão predominante de uma inteligência única, que pode ser medida e testada através de um simples teste, gerando "uma nova e diferente visão das competências intelectuais humanas", discutindo que nascemos que "todos nós nascemos com potencial para desenvolver múltiplas inteligências", abordando sete tipos de inteligência que se desenvolvem nos indivíduos de forma autônoma: "a inteligência lingüística; a inteligência musical; a inteligência lógico-matemática; a inteligência espacial; a inteligência corporal-cinestésica; a inteligência interpessoal e a inteligência intrapessoal".

A utilização de processos relacionados à Inteligência Emocional se inicia quando uma informação carregada de afeto entra no sistema perceptual, envolvendo os seguintes componentes:

"a) avaliação e expressão das emoções em si e nos outros; b) regulação da emoção em si e nos outros; e c) utilização da emoção para adaptação. Esses processos ocorrem tanto para o processamento de informações verbais, quanto não-verbais". (Salovey & Mayer, 1990).

Em relação ao desenvolvimento das Inteligências Pessoais Gardner enfatiza que "o crescimento do conhecimento pessoal" pode ser dividido em etapas ou fases, sendo caracterizadas e de suma importância para o desenvolvimento da inteligência intrapessoal contextualizado pela sociedade. E ainda que:

A Mente disciplinada: a maestria do pensamento escolarizado mais elevado, incluindo ciência, matemática, e história, e pelo menos uma especialidade profissional; A mente sintetizadora: a habilidade para integrar idéias de diferentes disciplinas ou esferas dentro de um todo coerente e comunicar esta integração para os outros; A Mente Criadora: A capacidade para descobrir e solucionar novos problemas, questões ou fenômenos; A Mente Respeitosa: A consciência e a apreciação das diferenças entre os seres humanos e grupos humanos; A Mente Ética: O preenchimento das responsabilidades de alguém como um trabalhador e como um cidadão. (GOLEMAN, 2009).

2.5 Habilidades básicas da inteligência emocional e como desenvolvê-las

O grau de desenvolvimento da I. E. é caracterizado pela capacidade e habilidade de percepção e controle emocional de si e dos outros. Quando se alcança o nível de domínio das emoções com inteligência, o fluxo das mesmas se torna construtivo trazendo melhoras nos relacionamentos em todas as esferas: afetiva, conjugal, profissional e social.

Para adquirir e dominar a emoção, pelo uso da inteligência, é necessário o conhecer-se a si mesmo. A autoconsciência corresponde a identificar e a perceber atitudes, sentimentos e pensamentos, trabalhando de forma relacionada entre esses pontos objetivando produzir "reações favoráveis". Esse "autodomínio" estende-se aos relacionamentos, permitindo compreender outros, melhorando a perspectiva de vida. Segundo Goleman (1995, p. 55-56), as capacidades básicas formam as cinco áreas de habilidade da I. E.: "autoconsciência; lidar com emoções; motivar-se; reconhecer emoções nos outros; lidar com relacionamentos".

2.5.1 Autoconhecimento emocional

Ou autoconsciência, significa estar "consciente ao mesmo tempo de nosso estado de espírito e de nossos pensamentos sobre esse estado de espírito". (Mayer, apud, Goleman, 1995, p.60). Está ligada a honestidade pessoal, em avaliar habilidades próprias, com verdade, para investigar a ação de suas emoções sobre o desempenho de e correlacionar pensamento, sentimento e ação.

A reflexão deve preceder a ação ou enfrentamento de desafios, o questionar-se em relação aos próprios sentimentos e a maneira de pensar e agir. A inabilidade no reconhecimento de sentimentos permite a vulnerabilidade emocional.

Exercícios como: auto-análise, autocrítica e ouvir críticas construtivas devem ser feitos diariamente, num tempo reservado ao final do dia. Parar para fazer análises pessoais, a forma como defende idéias, aprecia e julga acerca de fatos, situações e circunstâncias ocorridas e avaliar as reações.

A ampliação da autoconsciência necessita do desenvolvimento da autocrítica. A análise pessoal, o prestar atenção em si mesmo e em como os outros reagem a sua atuação e aos tipos de sentimento que se experimenta nessa relação.

A avaliação de outrem pode ajudar a revelar performances pessoais desconhecidas. Faz parte desta ampliação de consciência, a nobreza de ouvir e aceitar críticas construtivas. "As pessoas mais seguras acerca de seus próprios sentimentos são melhores pilotos de suas vidas, tendo uma consciência maior de como sentem em relação a decisões pessoais, desde com quem se casar a que emprego aceitar". (GOLEMAN, 1995a).

2.5.2 - Controle Emocional

Segundo Goleman, (1995b), esta "é uma aptidão que se desenvolve na autoconsciência". É a habilidade de tratar os próprios sentimentos acomodando-os à situação. Pessoas que não a possuem mergulham constantemente em ansiedades, irritabilidade, tristeza, desespero, contrastando com aqueles com maior controle emocional que "se recuperam mais rapidamente dos reveses e perturbações da vida".

Diante da vida moderna, o ser humano se expõe a situações favoráveis ao desequilíbrio emocional. A melhor alternativa, então, será a reflexão, o ausentar-se para analisar e perceber os fatos para reagir de forma mais calma e equilibrada. Assim, é possível controlar os impulsos, agindo de forma inteligente. Um segredo para evitar conflitos no ambiente de trabalho é evitar pessoas que não inspiram segurança, mas de forma imperceptível.

Quando há descontrole emocional, há perda de energia e elas devem ser direcionadas a se alcançar objetivos.

Como você não gerencia e aquieta seus pensamentos,seu cérebro começa a protegê-lo. Como? Desligando-o. Sua memória fica péssima [...] Nosso cérebro [...] Ele fecha as janelas da memória para pensarmos menos e gastarmos menos energia. (CURY, 2002, p. 83)

O foco deve-se voltar para o que é positivo. O bom humor , alegria devem fazer parte dos pensamentos do dia-a-dia. Na medida em que se habituam à mente esses pensamentos, eles rapidamente se transformam em hábitos e passam a incorporar-se à personalidade do indivíduo. Esse tipo de ação transporta o indivíduo daquilo que é para tudo aquilo que deseja ser ou ter e a desfrutar da energia poderosa da emoção. Segundo Goleman, (1995, p. 298), esse controle, quando trabalhado com os alunos, gera:

Melhor tolerância à frustração e controle da raiva.

Menos ofensas verbais, brigas e perturbação na sala de aula.

Melhor no lidar com a tensão.

Menos solidão e ansiedade social.

2.5.3 - Automotivação

Está relacionada com a crença pessoal, no potencial das capacidades, possibilitando a criatividade para a busca de soluções, produção e eficiência. Disposição para a aprendizagem que gera poder. A motivação gera o gostar do que se faz e da vida. Quem se automotiva está sempre ativo e produtivo na qualidade e bem estar. O foco da aprendizagem volta-se para o aprendizado, crescimento e desenvolvimento. Torna-se fundamental a busca de verdadeiros amigos, afastando-se de pessoas pessimista, dos que estão sempre levantando juízo e condenação para si e para outros. O otimismo e entusiasmo pela vida são qualidades contagiantes.

Especialistas nos ensinam que temos quatro grandes fontes de automotivação. São elas:

- Você mesmo com suas crenças e atitudes;

- Pessoas à sua volta;

- Mentor emocional;

- Ambiente e instalações (fatores como o ar, iluminação, cores e decoração fazem parte dos "detalhes" que nos levam a uma maior produtividade). Sendo assim, buscar apoio e incentivo em amigos e parentes; ter em mente um personagem real ou fictício, alguém que realmente traga inspiração; transformar o local de trabalho em algo alegre e agradável [...] Enfim, procurar e disponibilizar a sua fonte de motivação. (Artigos informativos, 2009).

Têm-se , ainda, dicas de exercícios para automotivação:

·Reconhecer seu senso de descoberta;

·Assumir responsabilidade por sua aprendizagem

·Aceitar os riscos inerentes à aprendizagem com confiança, competência e autonomia;

·Reconhecer que "fracasso" é sucesso: aprender aquilo que não funciona está no mesmo patamar do aprender aquilo que funciona;

·Exaltar a conquista de seus objetivos. (Guias de Estudos e Estratégias, 2009).

2.5.4 - Reconhecimento de emoções em outras pessoas

"Empatia, outra habilidade que constrói autoconhecimento emocional", (GOLEMAN,d). É o poder de identificação mental com outrem, gerando compreensão. Volta-se para o outro e sua necessidade.

Usou-se o termo pela "primeira vez no início do século XX, pelo filósofo alemão Theodor Lipps (1851-1914), "para indicar a relação entre o artista e o espectador que projeta a si mesmo na obra de arte." (Lipps, acesso 2009).

Em termos psicológicos e neurocientíficos, é definida como "espécie de inteligência emocional" caracterizada como: cognitiva (qualidade de compreensão "perspectiva psicológica" dos outros; afetiva(capacidade de conhecer "reações emocionais por meio da observação da experiência alheia").

2.5.5 - A arte do relacionamento interpessoal

Para Gardner,

A inteligência interpessoal está baseada numa capacidade nuclear de perceber distinções entre os outros... Permite que um adulto experimente e perceba as intenções e desejos de outras pessoas. Essa capacidade aparece numa forma altamente sofisticada em líderes religiosos ou políticos, professores, terapeutas e pais. (GARDNER, 1995, p.27).

Gardner acredita que essa inteligência engloba dois fatores, que são únicos do ser humano:

Um dos fatores é a prolongada infância dos primatas, incluindo o estreito apego a mãe. Nos casos em que a mãe é afastada no desenvolvimento inicial, o desenvolvimento interpessoal fica seriamente prejudicado. O segundo fator é a relativa importância da interação social para os seres humanos. (GARDNER, 1995, p. 28).

O trabalhar em equipe se reporta a pré-história, onde a caça, a perseguição e o matar exigiam cooperação, participação de muita gente. Daí a necessidade de união, conexão, chefia, estabelecimento de regras, ajuda mútua.

2.6- O papel do professor no desenvolvimento da inteligência emocional

Além do treinamento do professor, a alfabetização emocional amplia nossa visão acerca do que é a escola, explicitando-a como um agente da sociedade encarregado de constatar se as crianças estão obtendo os ensinamentos essenciais para a vida. (GOLEMAN, p. 294).

        A profissão de educador amplia-se além da prática de conteúdos pré- estabelecidos. Nela está inserida a formação enquanto ser humano e isto implica aspéctos afetivos e cognitivos exigindo diversificação de comportamentos às necessidades escolares e sociais.

No ambiente escolar revela-se toda a gama de sentimentos, emoções e comportamentos a que um indivíduo possa expressar e se submeter, considerando que passa grande período de tempo nesse ambiente. E é nesse ambiente que se expande a possibilidade da educação emocional. Sentimento como amor, alegria devem ser valorizados e incentivados. Existirão as "emoções negativas" como: raiva, medo e tristeza, frustrações.

Quando o professor está apto a trabalhar estas áreas, auxiliará seu aluno a conscientizar-se de suas emoções. Para isso precisa ser intuitivo. "Quem não desenvolve a intuição pode estar preparado para educar robôs, mas não seres humanos". (CURY, 2007, p. 58).

Goleman, cita Aristóteles: "Qualquer um pode zangar-se. Isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil". (apud Bomtempo, 1997, p. 9).         

A sociedade atual está absorvida em grandes problemas de relacionamento social devido a falta de controle emocional. Como então, produzir ou formar nos alunos um controle sobre suas próprias emoções, de forma a que se resulte em uma sociedade mais saudável que influenciará futuras gerações?

"Espero que os educadores e planejadores estejam à altura do desafio de criar ambientes em que as inteligências possam ser avaliadas de uma maneira tão naturalista e justa para com a inteligência quanto possível". (GARDNER, 1995, p. 211).

Não se deve esquecer as limitações, sentimentos e profissionalismo do professor, sua sensibilidade, que se torna mais apurada pelo papel que desempenha e possibilitar um ambiente de trabalho acolhedor e agradável. Assim poderá desempenhar suas funções com maior sucesso.

O aluno precisa aprender a ser feliz na escola, descobrir o prazer de aprender, e de fazer as suas atividades bem-feitas, aprender que é permitido errar e que o erro nos faz crescer. Não ter medo de descobrir, assumir e desenvolver a própria potencialidade. (GOLEMAN, apud, Bomtempo, 1997, p. 9).


2.6.1 – Como desenvolver a inteligência emocional nos alunos

"O princípio da educação emocional é simples. Deve-se ensinar ao indivíduo o senso de respeito, importância e de responsabilidade. Não apenas falando ou impondo responsabilidades, mas compartilhando-a com ele. E isto é possível de se conseguir através de: atividades em equipes, trabalhando igualmente mantendo a equipe viva, enfatizar pontos essenciais como a motivação, controle das emoções (frustrações) e até mesmo premiações". (Emocional, 2009).

Percebe-se que a educação deve ser prioridade do Estado (Lei 9394/96), mas não só uma responsabilidade dele. Todos devem compartilhar na educação das crianças e adolescentes, dando oportunidade a eles de crescerem e "se tornar adultos", emocionalmente saudáveis, para que fatos sociais lamentáveis sejam evitados.

Augusto Cury, (2001, p. 70-71), psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor, revela sete técnicas de treinamento para professores de como educar as emoções de seus alunos. A 1ª é a Educação Participativa, onde alunos são estimulados a perguntar, expor-se através de idéias pessoais; a dinâmica da sala se dá em forma de "u", para que se voltem uns para os outros; haverá conversas paralelas, emissões de opiniões, ambiente criativo, proposto pelo professor. A 2ª é a Exposição Dialogada, onde, olho no olho, professor e aluno são estimulados a provocar perguntas, dúvidas, gerando o pensar. Liberdade de questionamento, exposição de conflitos interiores. A 3ª, Contador de Histórias, pelo qual o ensino se torna prazeroso pelo uso de recursos dinâmicos. A 4ª, Reconstruir o rosto do Conhecimento. O conhecimento deve ser contextualizado, cheio de vida. Os alunos devem ser arrebatados à emoção que circundou o cientista, as dificuldades e sucessos que cercearam o momento da descoberta. Isso gera espírito empreendedor. A 5ª, Elogiar e resgatar a auto-estima dos alunos. As ferramentas são: o encorajamento e valorização de idéias, a crítica construtiva, reprimir comportamentos ofensivos ("bullying"). A 6ª é Cruzar o mundo dos professores com o dos alunos, significa compartilhar experiências, o treino para a vida, a transmissão de "temas transversais, tais como educação para a paz, educação para o consumo, educação da emoção, gerenciamento dos pensamentos". E, 7ª Ensinar técnicas do treinamento da emoção e gerenciamento do pensamento. Aqui o fator "tempo" é fundamental. É necessário gastar tempo em conversas. "Os alunos precisam aprender a gerenciar seus pensamentos e a dar uma direção lúdica às suas emoções".Cury trás um alerta:

Professores, não se preocupem em dar 100% das matérias que lhes foram incumbidas, essa educação está errada e falida. Numa educação participativa, que valoriza o treinamento da emoção,devemos dar mais atenção a qualidade das informações do que à quantidade (p. 71, 72).

2.6.2 - O modelo das quatro bases da inteligência emocional

Cooper & Sawaf (1997), abordam o modelo das quatro bases da Inteligência Emocional:

2.6.2.1 - 1ª Base: Alfabetização Emocional

Focado na automotivação, autoconhecimento, empatia, sociabilidade e capacidade de lidar com as emoções de outras pessoas, ou seja, QE (Quociente Emocional).Tem quatro elementos de sustentação do aprendizado: honestidade emocional; energia emocional; feedback emocional; intuição prática. Ter uma atitude honesta em relação aos próprios sentimentos e manifesta-los, de maneira adequada, evita injustiças e permite que o ambiente não se torne hostil. A coerência e ambiente de trabalho organizado. As empresas devem perceber e captar os sinais emocionais. Segundo Jung, apud Cooper & Sawaf (1997), a intuição não denota algo contrário à razão, mas algo fora do domínio da razão. Aqui eleva-se a auto-eficácia (poder pessoal).

2.6.2.2 - 2ª Base: Competência Emocional

Atua o campo da alfabetização emocional, promovendo entusiasmo, capacidade de recuperação, expansão da confiança, "permitindo melhor lidar com pressões e problemas de um modo mais saudável e aberto". Embasado em quatro elementos: presença autêntica; raio de confiança; insatisfação construtiva e capacidade de renovação. Abre espaços para a criatividade, a adaptação, a qualidade produtiva, a eloqüência, "valorização das possibilidades criativas da diversidade e do conflito humano". Segundo Crane, apud Cooper & Sawaf, "você pode se decepcionar se confiar demais, mas viverá atormentado se não confiar bastante".Ainda, Senge apud Cooper & Sawaf (1997), "o livre fluxo de idéias e sentimentos conflitantes é crucial para o pensamento criativo. Para descobrir novas soluções ninguém deve contar só consigo mesmo".

2.6.2.3 - 3ª Base: Profundidade Emocional

Ultrapassa os limites da superficialidade para avançar nas relações interpessoais e intrapessoais, que são, respectivamente as habilidades de compreensão, motivação e interação cooperativa; capacidade do autoconhecimento. Para Gardner essa inteligência se desenvolve a partir de "uma capacidade de distinguir o prazer da dor e de agir em função dessa discriminação".

Habilidades necessárias: potencial e propósitos únicos; compromisso emocional; integridade aplicada; influência sem autoridade. Todos estes pontos comungam com aspéctos da Inteligência Emocional e associam-se a ações, pensamentos e atitudes positivas.

Para Francis, Clarence, (apud, Cooper & Sawaf, 1997),

Você pode comprar o tempo das pessoas; pode comprar sua presença física em um dado lugar; pode até comprar um certo número de movimentos musculares por hora. Mas não pode comprar o entusiasmo [...] a lealdade[...] não pode comprar a devoção de seus corações. Isso você terá de ganhar.

2.6.2.4. 4ª Base: Alquimia Emocional

Assim como alquimia é a transmutação de algo sem valor para algo valioso, a elevação da "consciência emocional e da aplicação intuitiva da inteligência emocional" constitue-se alquimia emocional. Habilidades evidentes são: o fluxo intuitivo; deslocamento reflexivo no tempo; sentir as oportunidades; a construção do futuro. Essas habilidades são movidas pelo envolvimento, criatividade, adaptabilidade, "ampliação do campo sensorial', ambição, desejo.

Esse modelo desenvolvido pelos autores, mostra o funcionamento da I. E. de forma prática, exploratória, dentro do campo de conhecimento das empresas, distante das definições psicológicas e filosóficas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

PENSAMENTOS E PENSADORES: PONTOS EM COMUM, SEMELHANTES E DIVERGENTES

GARDNER

GOLEMAN

SALOVEY & MAYER

Em sua teoria das inteligências múltiplas inclui os conceitos de inteligência intrapessoal e inteligência interpessoal. O QI não é o único indicador da capacidade cognitiva do indivíduo. Acredita que existam formas de percepção, aprendizagem e memória que sejam independentes em áreas semelhantes entre si.

As inteligências múltiplas são: inteligências linguística; espacial; interpessoal; lógico-matemática; intrapessoal; cinestésica e musical. Cada ser humano possui e dispõe dessas habilidades em níveis diversos.

Tem a inteligência emocional como fonte para o fracasso ou sucesso do ser humano. Categorizando-a em cinco habilidades: autoconhecimento emocional; controle das emoções; automotivação; empatia e relacionamento interpessoal. Para ele, a inteligência perde seu valor quando não há controle sobre as emoções.

Teorizam que a inteligência emocional caracteriza-se pela habilidade de percepção e expressão da emocional, submetida ao pensamento e controlada.

Dividiram-na em: percepção das emoções; uso das emoções; sensibilidade emocional e controle emocional.

Apartir dos pressupostos acima, observa-se que os autores têm em comum teorias relacionadas a inteligência da emoção. Howard Gardner na década de 80, apresenta a Teoria das Inteligências Múltiplas, definida em sete inteligências, entre elas a interpessoal e intrapessoal, que tem foco central na teoria da Inteligência Emocional. Nos anos 90, John Mayer, e os colaboradores Peter Salovey e David Caruso, pesquisadores científicos se tornam um referencial no campo de pesquisa "Inteligência Emocional". No mesmo contexto, o termo se torna popular apartir do autor Daniel Goleman com seu livro "Inteligência Emocional".

As teorias assemelham-se no ponto básico de que a emoção está presente na inteligência influenciando-a. Gardner aborda as inteligências interpessoal e intrapessoal. Com bases na teoria das Inteligências Múltiplas, Salovey e Mayer inovam, propondo um conceito de inteligência que valorizava o controle emocional, a percepção e a compreensão. Goleman dá sua contribuição, ampliando o conceito através da combinação entre interpessoal e intrapessoal desenvolvendo com maior abrangência a influência emocional sobre a inteligência. Em 1997, Mayer e Salovey revisam seus conceitos, apresentando-os de maneira mais definida e objetiva: a emoção se torna uma facilitadora do pensamento; controle emocional consigo e com os outros; a "percepção e expressão ajustada de emoções; a compreensão da emoção"; e o controle de emoções em si próprio e nos outros.

Gardner baseia sua teoria visão sobre a inteligência se baseia numa perspectiva cognitiva, relacionada a uma dimensão herdada (natural, que o indivíduo já nasce com ela) e outra influenciada pelo meio.

Os autores têm perspectivas diferentes, mas, em comum, a compreensão emocional e seu controle (autocontrole – perspectiva intrapessoal), e a compreensão e controle emocional dos outros (empatia – perspectiva interpessoal).

4. METODOLOGIA

O método que foi utilizado na presente monografia foi o Método Dedutivoque pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. Este método tem por objetivo o conteúdo das proposições que servem de base à conclusão. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, se chega a uma conclusão. Usou-se a construção lógica para, retirar outras que são logicamente decorrentes das primeiras. Estas finais são denominadas de conclusão. De caráter Aplicada, busca conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Com enfoque qualitativo, não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento- chave. Foi ainda, Exploratória, visando proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito e mais fácil de entendimento para aplicação no cotidiano do educador. Bibliográfica elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e com material disponibilizado na Internet.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se dizer que a Inteligência Emocional, conjuga as áreas emocionais, afetivas e cognitivas, que se bem desenvolvidas, contribuirão significativamente para sucesso individual e coletivo. Emoções bem trabalhadas, fluirão em momentos apropriados, controladas pela razão.

A estimulação ao desenvolvimento dessas habilidades deve interagir entre o meio social, sem especificidade ambiental. A casa, a escola, e diversos outros lugares se tornam palco para este desenvolvimento, sem determinação de idade, aliás deve ser estimulado desde a mais tenra idade. O objetivo principal é a excelência nas competências e habilidades da Inteligência Emocional ampliada. O indivíduo canalizará seu potencial nas áreas de sua atuação, como: família, trabalho. Possuir alto nível de Inteligência Emocional, corresponde, mais além dos conhecimentos teóricos ou técnicos, ao controle emocional e a aplicação dessa habilidade a favor do amor próprio, da auto-estima, do bem comum, da interação social, do gerenciamento das emoções, na resolução de situações-problemas, equilibrando razão e emoção.

O educador deve trabalhar suas próprias emoções e as de seus alunos, contribuindo, assim, para a formação de verdadeiros cidadãos a serviço da sociedade e interação harmônica.

É um tema de importância primária que não é explanado nem discutido no ambiente de formação do educador, que quando sai a campo para enfrentar a realidade da sala de aula, vê-se diante de uma realidade diferente, pois irá lidar com pessoas distintas e dentro desse campo deve harmonizar as relações.

A didática utilizada em sala de aula facilitará o desenvolvimento das habilidades da inteligência emocional. O educador desencadeará ambiente favorável em todos os aspéctos de formação para a vida como liderança, auto-estima, nível saudável fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. Não é tarefa fácil, mas extremamente gratificante, pois, trará ricos frutos, de indivíduos que fazem a diferença em sua existência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Mayer, J. D., Salovey, P. & Caruso, D. (2000). Emotional intelligence meets stadards for an intelligence. Intelligence, 27, 267-298.  

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