A Matemática não mente. Mente quem faz mau uso dela.
Albert Einstein














SUMÁRIO

Resumo 7
8
Abstract 9
Introdução 11
CAPÍTULO I
1:A Importância do lúdico na Matemática 12
1.1-O lúdico na Matemática 13
1.2-A matemática no dia-a-dia 14
1.3-Matemática e Currículo 15
1.4-Construção de Saberes Matemáticos 17
CAPÍTULO II 18
2-Procedimentos Metodológicos 18
2.1-Sujeito e Local de Pesquisa 18
2.2-Instrumentos Para Coleta de Dados
2.3-Tipo de Pesquisa 19
2.4-Abordagem da pesquisa 19
2.5-Observação e Entrevista Realizadas no Espço Escolar 20
CAPÍTULO III 21
3- A Compreensão dos Alunos Acerca da Matemática em Sala de Aula 21
3.1-Análise das entrevistas 22
4-Considerações finais 26
5-Referências 28






RESUMO

Este trabalho versa sobre o lúdico na matemática,dessa forma, pretendo em linhas gerais apresentar o resultado de uma pesquisa sobre a cocepção dos alunos a respeito da matemática ensinada e aprendida no cotidiano de sua sala de aula.A visão dos alunos em relação a matemática veiculada em sala de aula traz importantes contribuições para o entendimento de como a disciplina em questão está sendo trabalhada pelos professores e concebida pelos alunos na realidade atual do contexto escolar.O objetivo que conduz esta pesquisa diz respeito a apreender a concepção dos alunos sobre a disciplina matemática e em seguida perceber como se dá o estudo dessa área de ensino quando a ela é associada a ludicidade.A proposta central é pensar como se efetiva o lúdico na matemática de forma que contribua para a aprendizagem efetiva do aluno que por ventura tenha dificuldade nesse componente curricular.Esta é uma pesquisa qualitativa que uasa como metodologia a observação e a entrevista como recursos metodológicos para desvendar a problemática que está em foco nessa investigação.Para fundamentar esse trabalho tomo como referencia os textos de autores que intensificaram estudos ness campo de pesquisa.As respostas dos alunos que foram colhidas no momento da entrevista foram analisadas com base nos textos usados para fundamentação teórica dessa monografia.A conclusão obtida com essa pesquisa é que a maioria dos alunos gostam da disciplina matemática,acreditam que ela pode ser usada no dia-dia das pessoas e tem forte relação com as atividades diárias da vida.Em contrapartida o restante dos alunos entrevistados sentem avesão pela referida disciplina e não sentem prazer em estudá-la.Essa questão pode ser resolvida com a associação da matemática e o lúdico uma maneira que os alunos apreciam para aprender os conteúdos dessa área de estudo.




PALAVRAS-CHAVES: Matemática- Lúdico- Ensino-Aprendizagem




ABSTRACT

This paper describes the play in the math, so I intend to broadly present the results of a survey on cocepção students about the mathematics taught and learned in their daily room aula.A students' vision for mathematics conveyed in the classroom brings important contributions to understanding how the discipline in question is being worked by teachers and designed by students in the current reality of the context of the schools goal that drives this research relates to grasp the concept of students' discipline mathematics and then see how it is the study of this area of education when it is associated with ludicidade.A central proposal is to consider how to effectively play the math in a way that contributes to effective learning of the student who perchance have difficulty in curricular.Esta component is a qualitative research methodology uasa as observation and interviews as methodological tools to unravel the problem that is in focus in this work investigação.Para substantiate this tome as a reference texts of authors who have stepped up studies in this field pesquisa.As Student responses that were collected in the interviews were analyzed based on the texts used for this monografia.A theoretical conclusion obtained from this research is that most students enjoy the mathematics discipline, believe that it can be used day-day people and has a strong relationship with activities of daily life.The hand the rest of the students surveyed feel that the discipline's aversion and feel no pleasure in studying la.Essa issue can be resolved with the combination of mathematics and a playful way that Students learn toappreciate the contento fthisfiel do fstudy.




KEYWORDS: Mathematics-Teaching-Learning-Playful









INTRODUÇÃO

O presente trabalho versa sobre a presença da ludicidade na disciplina de matemática. Com uma metodologia baseada na construção do conhecimento,as aulas de matemática podem ganhar uma vigorosidade e os alunos tendem a manifestar uma melhor aprendizagem dos conteúdos propostos.
Nas minhas vivências cotidianas como professora e como aluna, pude constatar que existe uma certa aversão ao estudo da matemática.As pessoas apresentam uma resistência em aprender determinados conceitos matemáticos.Diante dessa problemática este estudo sobre "O Lúdico na Matemática" se justifica pela necessidade de envolver o aluno para o aprendizado dessa disciplina e buscar um entendimento acerca do desinteresse por esta área de ensino.
É bastante pertinente abordar essa temática, pois a matemática é uma ciência exata e indispensável em nossa vida. Na escola a aprendizagem de conceitos matemáticos proporciona ao aluno resolver questões necessárias ao dia?a-dia. Se o currículo escolar precisa está ligado a realidade próxima do aluno essa é uma disciplina que verdadeiramente tem relação com as situações diárias.
Essa temática foi investigada nos anos iniciais do Ensino Fundamental, procurando identificar como estavam sendo veiculados os conteúdos da matemática em sala de aula. É pertinente também identificar quais são os benefícios trazidos pela ludicidade para esse componente curricular. Um dos objetivos é saber em que medida a aprendizagem pode ser influenciada pelo uso de metodologias que empreguem a ludicidade para aplicação dos conteúdos.
A realização deste trabalho monográfico contribuiu para minha formação pessoal, bem como para minha profissionalização, no sentido de fortalecer e ampliara meus saberes nessa área. No que diz respeito a minha profissão, será uma experiência enriquecedora pesquisar sobre esses tema que traduzem tão fielmente o contexto escolar.Ao ficar exposta para a comunidade acadêmica o público em geral se beneficiará dessa pesquisa pois constituirá como uma contribuição a mais nessa área de conhecimento.
No percurso desta pesquisa procurei abordar esta temática com o intuito de demonstrar como a ligação da matemática com a ludicidade pode contribuir de forma ímpar para um aprendizado de qualidade e aumentar o interesse dos alunos por esta disciplina tão rica em saberes. Este estudo dará uma contribuição ímpar para o debate sobre esse tema em questão.
A matemática está inserida no currículo de todas as escolas brasileiras,mas nosso interesse é saber como o lúdico na matemática está sendo empregado e fazendo parte do cotidiano escolar da Escola Estadual Doutor Silva Mariz,localizada em Marizópolis-Pb
Para realização deste trabalho fez-se necessário caracterizar o processo de ludicidade na disciplina de matemática e como se dá o processo de ensino aprendizagem dessa área de ensino nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,de maneira que o estudo desta disciplina se faça atraente aos alunos.Com a associação entre matemática e a ludicidade é importante saber até que ponto isso favorece o desenvolvimento de habilidades no aluno como por exemplo o raciocínio lógico.È interessante também identificar a concepção dos alunos sobre o estudo da matemática no sentido de compreender o seu entendimento sobre essa área de estudo.Nesse sentido é necessário atentar para o fato de que a visão que os alunos possuam sobre a matemática influência na sua relação com essa disciplina.
È procedente,ou seja,é conveniente,importante e se faz necessário buscar perceber o envolvimento dos alunos no processo de ensino aprendizagem da matemática que tenha como métodos pressupostos de uma proposta que envolva a ludicidade em suas atividades.É muito valioso reconhecer a importância do lúdico nesse processo de construir os saberes matemáticos.
As reflexões realizadas indicam que este é um campo de estudo que está em construção e que deu origem ao trabalho monográfico que ora apresento.Em termos de exposição,o trabalho está organizado da seguinte forma:no capítulo I apresento reflexões acerca da importância do lúdico na matemática,com isso,pretendo dar subsídios para justificar a utilização do recurso da ludicidade para o trabalho com a matemática.
O segundo capítulo é constituído de uma abordagem sobre a metodologia empregada em todo o percurso da pesquisa.Apresento os sujeitos da pesquisa,o campo onde foi coletado os dados para essa investigação,os instrumentos que subsidiaram a coleta dos das informações,o tipo de pesquisa e sua abordagem.E completo o capítulo refletindo sobre as observações e entrevistas realizada no espaço escolar.
No terceiro capítulo revelam a análise dos dados.As respostas dos alunos são complementadas,comparadas e relacionadas às citações dos principais autores usados na pesquisa.Apresento uma análise do discurso dos alunos acerca do estudo da matemática,focalizando a relevância atribuída ao processo de produção do conhecimento matemático na escola.
As conclusões possíveis são apresentadas no que denominei de "Considerações Finais".O presente trabalho não tem a pretensão de apresentar suas conclusões como definitivas,nem de ter esgotado uma reflexão que está apenas começando.Novos estudos são imprescindíveis,para dar a continuidade e o aprofundamento que o tema requer.




CAPÍTULO I

Nesta parte do trabalho apresentarei os autores que tomei como base teórica para a construção deste trabalho.Utilizarei suas concepções sobre o tema "O lúdico na Matemática" para confirmar a importância do mesmo.Entre os autores que investigam e escrevem sobre essa temática usarei alguns dos clássicos pois o tempo e a disponibilidade das fontes me eximiram de realizar um estudo mais aprofundado.Tomo como referencial os textos de ARANÃO (1997) ,FREIRE (1996),OLIVEIRA (2002) PONTE (2005) ALMEIDA (1998),BRASIL (1997).
Este trabalho versa sobre a importância do lúdico no processo de aprendizagem da matemática,revela também a relevância do brincar na construção do conhecimento.Esses autores escrevem sobre a necessidade de encarar o processo educativo como uma interação e não como uma doação ou uma transmissão. A interação com pessoas que possuem diferentes experiências e diferentes níveis de desenvolvimento podem ocorrer informalmente, o que não exclui a legitimidade da aprendizagem, uma vez que esta não é uma simples transmissão de idéias ou práticas, mas a reelaboração individual de conceitos e significados culturalmente difundidos. A aprendizagem, portanto, passa a ser um processo subjetivo de reconstrução individual, amparado pelo princípio didático da cooperação interdisciplinar.
Para discorrer sobre o assunto apresentarei alguns subitens que tem como propósito mostrar a importância da matemática no dia-a-dia,refletir sobre as propostas curriculares para o estudo da matemática e identificar a construção dos saberes matemáticos .











1.1-O Lúdico na Matemática

O aprendizado da matemática tem como objetivo levar o aluno a pensar matematicamente e compreender como esta disciplina está inserida no cotidiano das pessoas.As crianças gostam de Matemática, quando chegam à escola, mas no percurso de suas vidas acadêmicas, esse gosto decresce proporcionalmente ao avanço dos alunos pelos diversos ciclos do sistema de ensino, processo que culmina com o desenvolvimento de um sentimento de aversão, apatia e incapacidade diante da Matemática.

Nesse sentido é importante tomar alguma atitudes para que o aprendizado desta disciplina seja considerado prazeroso.Uma das sugestões é lançar mão da ludicidade (jogos,faz de conta,brincadeiras,competições e dinâmicas) para deixar as aulas de matemática mais atrativas.A matemática associada ao lúdico envolverá o aluno em um processo de aprendizagem significativa,além de proporcionar a interação como instrumento de aquisição de conhecimentos diversificados.
A ludicidade tem o caráter de enriquecer as práticas escolares.O aluno sente-se mais estimulado para aprender se o estudo for atraente,convidativo e tiver associação com metodologias que primem pela construção do saber.Nesse sentido,percebe-se a necessidade de aliar a matemática com ludicidade sempre tendo em vista proporcionar aos alunos situações de aprendizagem efetivas e significativas.O aluno dentro do contexto escolar deve ser percebido como principal agente no processo de construção do saber matemático.Como afirma Aranão:
O conceito de números não pode ser ensinado,pois a criança deve construí-lo por intermédio de suas ações sobre o meio,cabendo ao educador encorajá-la a pensar ativa e automaticamente em todos os tipos de situações sem se deter a horários rígidos para se aprender matemática.Devem-se aproveitar todos os momentos para enriquecer o processo de construção desse conhecimento. (1997,p.33)


Como bem revela a autora o estudo bem como o aprendizado da matemática não deve ter hora marcada ele precisa sim acontecer sem pressão de modo interativo,divertido,construtivo.O estudo da matemática não deve ser limitado,estanque e pontual.Ele deverá acontecer de maneira enriquecedora,fazendo com que o próprio aluno se esforce e use a percepção do meio para se capaz de construir a noção de números,raciocínio lógico,entre outras conceituações matemáticas.
As noções matemáticas referentes à contagem,quantidade,espaço entre outros são e devem ser construídas pelas crianças a partir das experiências proporcionadas pelas interações com o meio que a cerca.Várias são as situações que requerem do aluno essas noções e elas vão aperfeiçoando com o tempo.Podemos citar como exemplo situações como data,hora,devolver troco,saber quantos quilômetros tem determinada distância,calcular problemas sem esforço.
1.2-A Matemática no dia -dia
A matemática é muito importante para nossas vidas,ela permeia nosso cotidiano.Com isso,os alunos podem ter várias experiências com o universo matemático,o que os possibilita a descobrir e conhecer números e quantidades.A sala de aula pode ser a extensão dessa vivência,de forma lúdica,os conteúdos ajudam o aluno a construir e desenvolver o pensamento lógico matemático.Ou seja:
Diante de opções prazerosas para a criança desenvolver o pensamento matemático,e sabendo-se que ela é um ser autenticamente lúdico,é inconcebível insistir em fazer justamente o contrário,lançando mão de exercício de ligar um conjunto a outro e utilizar livros distantes da realidade infantil.(ARANÃO,1997,p.37)

De acordo com a visão da autora não é concebível estudar matemática em moldes tradicionais com exercícios sem sentido,repetitivos e mecânicos.O estudo da matemática com a combinação entre o lúdico faz com que as atividades sejam significativas,elas partem da realidade do aluno e ajuda-o a construir o pensamento lógico matemático.
A articulação do lúdico com o estudo da matemática proporcionará ao aluno mais prazer em aprender os conteúdos dessa disciplina,sem falar que, a todo instante partirá do concreto para o abstrato.Os alunos das séries iniciais são poucos experientes e estão começando a conhecer o mundo e estabelecer as primeiras aproximações com este campo do sabe,eles ainda não possuem uma concepção afirmada do que seja a matemática.
O estudo da matemática pode se dar através de brincadeiras e jogos,sobre isso oliveira afirma que:
Muitas propostas pedagógicas para creches e pré-escolas baseiam-se na brincadeira.O jogo infantil tem sido defendido na educação infantil como recurso para aprendizagem e o desenvolvimento das crianças.Os que trabalham com a educação de crianças a partir de 6 anos falam em jogo simbólico.
(2002,p.230)

Pela citação acima pode-se afirmar que o jogo pode ser uma excelente alternativa para o trabalho com a educação matemática porque ele serve como recurso,objetivando o desenvolvimento e uma melhor aprendizagem dos alunos.
O estudo da matemática deve se dá de forma interdisciplinar,no qual interajam todas as disciplinas,pois:
Assim como as atividades da linguagem integram todos os componentes curriculares,o desenvolvimento do pensamento lógico (lógica intuitiva e concreta) e a curiosidade são ações mentais que devem integrar todas as áreas.(ALMEIDA,1998,p.73)
Então,fica evidente que a matemática deve se integrar a todas as áreas de ensino,para que o estudo dessa disciplina faça parte de um contexto de aprendizado mais amplo.
A aprendizagem da matemática através da ludicidade requer bastante planejamento.Deve-se levar o aluno a tecer comentários,formular perguntas,suscitar neles vários desafios que levam a construir seus conhecimentos e suas ações matemáticas,como disse Oliveira:
Aprender matemática é um processo contínuo de abstração no qual as crianças atribuem significados e estabelecem relações com base nas observações,experiências e ações que fazem desde cedo,sobre elementos do seu ambiente físico e cultural. (2002,p.17)

Pela afirmação acima pode-se inferir que para o aluno aprender matemática é necessário lançar mão de processos de abstração que dão significados as coisas sempre baseados nas vivências,explicações e observações.
1.3-Matemática e Currículo
O aluno deve ter certeza de suas próprias concepções sobre a matemática e a prática em sala de aula esta intimamente ligada a essas concepções.De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais,o aluno e o saber matemático são duas variáveis a serem pensadas no momento de refletir o ensino e a aprendizagem dessa disciplina,ou seja:
As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência essencialmente prática,que permite reconhecer problemas,buscar e selecionar informações,tomar decisões e, portanto,desenvolver uma ampla capacidade para lidar com a atividade matemática.Quando essa capacidade é potencializada pela escola a aprendizagem apresenta melhor resultado.(BRASIL,1997,p.37)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais estabelecem que o currículo da matemática atenda as necessidades do cotidiano do aluno.Essa disciplina deve fazer parte do cotidiano escolar de forma significativa,fazendo com que os alunos tomem decisões,desenvolva o pensamento lógico e potencialize um projeto curricular que leve em conta a aprendizagem ativa do aluno.
Os alunos estudarão matematicamente numa perspectiva lúdica participando das atividades,lidando com o concreto,aprendendo jogos e brincadeiras que os estimulem a desenvolver o raciocínio lógico.No dizer de Aranão(1997,p.37) "a criança é um ser autenticamente lúdico".Os alunos apresentam como características próprias de sua fase de desenvolvimento a criatividade.A matemática deve atender a essas especificidades.Nesse sentido:
É necessária uma correspondência entre o desenvolvimento psicogenético e as atividades propostas na escola,lembrando sempre que o pensamento cresce a partir das ações,ou seja, vai do concreto para o abstrato,da manipulação para a representação,e desta para a simbolização.(ARANÃO,1997,p.23)

A autora esclarece que no ensino e na aprendizagem da matemática de forma lúdica tem-se que atentar para o fato de que o aluno aprende sempre partindo do concreto para o abstrato.O estudo da referida disciplina se dá da melhor forma se houver a manipulação em primeiro plano para em seguida representar simbolicamente o número.

1.4 Construção de Saberes Matemáticos
A construção dos saberes matemáticos pelos alunos ocorre de maneiras diferentes numa perspectiva lúdica tais como:desenhar,ler,contar,movimentar.Aprender matemática é um processo contínuo de descobertas e conclusões.Como afirma Oliveira:
Ao brincar,a criança passa a compreender as características dos objetos,seu funcionamento,os elementos da natureza e os acontecimentos sociais.Ao mesmo tempo, ao tomar o papel do outro na brincadeira,começa a perceber as diferentes perspectivas de uma situação,o que lhe facilitará a elaboração do diálogo interior,característico do seu pensamento verbal.(2002,p.160)

Pelo que foi citado acima percebemos que o lùdico tem o poder de dinamizar as aulas,os conteúdos das disciplinas passam a ser discutidas em forma de jogos e brincadeiras fazendo com que o aluno sinta-se envolvido com a aprendizagem,convidados a participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem,do qual ele é um sujeito ativo.Assim o interesse seria:
Conduzir a criança ao domínio de um conhecimento mais abstrato misturando habilmente uma parcela de trabalho (esforço) com uma boa dose de brincadeira transformaria o aprendizado num jogo bem sucedido, momento em que a criança pode mergulhar plenamente sem se dar conta disso.(ALMEIDA,1998,p.60)
lúdico a criança mergulha e se envolve nas atividades e nem se dar conta da passagem Isso que foi dito pode ser interpretado levando-nos a pensar que com o estudo permeado pelo do tempo.Ela aprende de forma divertida,fixando os conteúdos com facilidade,aprendendo regras,noções de espaço-tempo e simultaneidade.
Desde os primórdios da educação se questiona como o conhecimento é construído.Alguns autores como Piaget,Vigostky,Emília Ferreiro centra seus estudos nesse interesse.Essa problemática de querer saber como se constrói os saberes se torna ainda mais pertinente quando se reporta ao conhecimento matemático.
A matemática é uma disciplina tão importante que instiga muitas curiosidades.O papel dos professores na construção dos saberes matemáticos na vida dos alunos é de suma importância.O processo de descoberta dos números,somas e valores e a construção lógica matemática no cognitivo do aluno é algo incrível.Isso depende de cada nível de desenvolvimento,de cada faixa etária,da construção do concreto e do abstrato na memória de cada um.Como afirma Ponte:
No acompanhamento que o professor faz do trabalho dos alunos,ele deve procurar atingir um equilíbrio entre dois pólos.Por outro lado,dar-lhes autonomia que é necessária para não comprometer a sua autoria na investigação e, por outro lado,garantir que o trabalho dos alunos vá fluindo e seja significativo do ponto de vista da disciplina de matemática.(2005,p.47)

O autor ao proferir essa afirmação confirma a importância entre alunos e professores na construção dos saberes matemáticos,tendo vista a autonomia do educando.











CAPÍTULO II
2-PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para o desenvolvimento desse trabalho foram utilizados os métodos e técnicas mais usuais para realização da pesquisa por serem extremamente significativas.
Dessa forma este capítulo visa descrever todo o percurso realizado neste estudo,demonstrando inicialmente quais são os sujeitos envolvidos nessa pesquisa e o local no qual se dá o desenvolver desse estudo.Em seguida, conceituo os instrumentos usados para a coleta de dados.
Em outro momento escrevo um subitem classificando o tipo de pesquisa e suas características.Logo após apresento a abordagem da pesquisa e seu caráter qualitativo.As observações e entrevistas realizadas no contexto escolar constituem outro ponto deste trabalho.
Em linhas gerais esse capítulo se reporta ao procedimento metodológicos empregados nesse trabalho monográfico que apresento.















2.1-Sujeito e Local da Pesquisa
A presente pesquisa se realizou na Escola Estadual Doutor Silva Mariz,localizada em Marizópolis-PB.Nessa referida instituição de ensino é oferecido o Ensino Fundamental de 9 anos.É uma escola bem estruturada,com boas instalações,boas condições de funcionamento,com profissionais capacitados e com formação adequada para lecionar as turmas.
A entrevista de 09 perguntas foi feita com os alunos do 3 ano do Ensino Fundamental,num total de 17 alunos na classe do turno da manhã.Os sujeitos pesquisados foram:07 alunos,sendo 03 meninas e 04 meninos.

2.2-Instrumentos para a coleta de dados
Para realização da pesquisa foram utilizados como instrumentos de coleta de dados:a observação e a entrevista.
A proposta da entrevista se dá pelo fato da rapidez do método,sua praticidade e a interação na elaboração das perguntas as quais foram elaboradas de acordo com o objeto de estudo.Ou seja:
A entrevista é uma das técnicas mais simples,conhecidas e utilizadas na pesquisa educacional.Assim como a observação permite o contato direto do pesquisador com o entrevistado para que um possa responder às perguntas feitas pelo autor.(GONSALVES,2001, p.61)
Realizei a entrevista três vezes,pois a primeira vez que gravei,ocorreu um problema técnico.Retornei a escola e gravei pela segunda vez,mas as entrevistas deixaram a desejar,pois as respostas obtidas não foram suficientes para alcançar os objetivos do projeto.Assim,foi necessário retornar pela terceira vez à escola,o qual gravei novamente para um melhor entendimento dos dados coletados da entrevista.
As entrevistas foram realizadas a partir de um roteiro de perguntas relacionadas ao objeto de estudo e foram gravadas em celular com a autorização prévia dos entrevistados.De início,falei com a Diretora e em seguida com a professora,as quais me receberam muito bem.Antes da entrevista conversei com os entrevistados sobre o porquê da gravação para que não ficassem nervosos e com medo.Mesmo assim,alguns não aceitaram serem entrevistados,também não insisti,realizei apenas com aqueles que se disponibilizaram a participar da entrevista.
A observação,através de uma visita a escola e as salas de aula,nos proporcionou ver de perto como se dá a relação do aluno com os conteúdos propostos pela professora em sala de aula.Sendo assim:
A observação é uma técnica muito utilizada,principalmente porque pode ser associada a outros procedimentos,por exemplo,a entrevista.Para ser considerada eficaz para a pesquisa científica,temos de observar,compreender o que é essencial e fazer o registro.(GONSALVES,2001,P.58)
De acordo com a autora,a principal qualidade da observação é sua capacidade e facilidade de ser mesclada com outras técnicas.
2.3-Tipo de Pesquisa
Os dados advindos dos referidos instrumentos foram analisados através do estudo de caso,por ser um tipo de pesquisa que estuda um caso em particular,tornando-se eficiente para análise do fenômeno estudado,portanto:
O estudo de caso enfatiza o conhecimento do particular.O interesse do pesquisador ao selecionar uma determinada unidade é compreendê-la como uma unidade.isso não impede no entanto que ele esteja atento ao seu contexto e as suas inter-relações como um todo orgânico, e à sua dinâmica como um processo,uma unidade em ação.(GONSALVES,2001,P.31)

Segundo essa afirmação,o estudo de caso é algo extremamente específico,tem um objetivo próprio e caracteriza a pesquisa de modo bastante qualitativo.
2.4-Abordagem da Pesquisa
Este estudo se caracteriza como uma pesquisa de natureza qualitativa no sentido de apreender a concepção dos alunos a respeito da matemática veiculada na sala de aula. Assim Gonsalves afirma que:
A pesquisa qualitativa preocupa-se com a compreensão,com a interpretação do fenômeno,considerado o significado que os autores dão as suas práticas que impõe aos pesquisados uma abordagem hermenêutica(2001,p.68)

Com essa assertiva podemos concluir que um dos objetivos propostos pela pesquisa qualitativa é que ela pretende desvelar e desvendar a problemática pesquisada considerando o seu real sentido.Esse tipo de pesquisa prima pela qualidade e não somente pela quantidade dos dados.



2.5-Observações e Entrevistas Realizadas no Espaço Escolar
Nos dias 26 e 27 de abril de 2010 foram realizadas observações e entrevistas,sendo que as últimas foram feitas com um professor e com uma amostra de 06 alunos.As entrevistas foram gravadas no celular,transcritas e analisadas.
O objetivo da realização desta atividade foi possibilitar ao futuro estagiário um melhor conhecimento da realidade escolar e da metodologia do docente,de modo que proporcionou ao estagiário um momento ímpar de aprendizado na execução de um plano de aula que posteriormente será aplicado por este na sala de aula onde será realizado o estágio.
Desse modo,realizei a observação em duas partes.Para a concretização da primeira parte foi feita a observação do ambiente escolar,onde buscou-se,inicialmente,o Projeto Pedagógico da escola,o Conselho acadêmico e o plano de ensino.Posteriormente,investigou-se a estrutura física da escola,o acervo da biblioteca,os aspectos ambientais da escola,a relação entre os funcionários e a postura da gestão frente ao cotidiano escolar.
Para a conclusão da segunda parte,procurei observar a sala de aula,procurando conhecer o caráter profissional do docente,o interesse e a participação do aluno,a forma como o professor organiza os conteúdos,as orientações didáticas,os recursos utilizados pelo professor,a reação dos alunos diante da metodologia do professor,a análise do processo avaliativo,a autonomia do professor,o processo ensino e aprendizagem,a interação e cooperação entre docente e discentes.
Em relação as entrevistas,utilizou-se um roteiro flexível de questões para o professor e também para os alunos,que ia sendo elaboradas e reelaboradas outras perguntas de acordo com as respostas obtidas.Assim,para o professor as perguntas versavam sobre;área de atuação do docente,tempo de exercício no magistério,formação acadêmica,importância do planejamento para as atividades educativas, a metodologia empregada e todo o perfil do docente frente as dificuldades,desafios e soluções encontradas para a formação da ação educativa.
As perguntas aplicadas aos alunos enfatizaram o gosto de vir a escola,as disciplinas que mais gostavam e as dificuldades encontradas,a metodologia de estudo,os recursos utilizados pelo professor e sua metodologia mediante a turma de alunos,a caracterização do discente diante da concentração na realização das tarefas e das dúvidas que surgiam ao longo do estudo em sala de aula.Procurou-se saber também a respeito da relação com os colegas e com o professor e a opinião deste no que diz respeito como deveriam ser ministradas as aulas, especialmente as de matemática.



CAPÍTULO III
3-A COMPREENSÃO DOS ALUNOS ACERCA DA MATEMÁTICA EM SALA DE AULA


Nesta parte do trabalho é chegado o momento de apresentar uma análise sobre a concepção dos alunos a respeito do que eles entendem sobre a matemática veiculada em sala de aula,bem como suas opiniões sobre a combinação do lúdico com o estudo dessa disciplina.
As respostas dos alunos serão comparadas com algumas citações extraídas dos textos usados para fundamentação deste trabalho monográfico.A intenção é fazer uma análise comparativa para colaborar no entendimento e na discussão desta problemática em questão nessa pesquisa.
A todo momento se fará uma articulação entre a fala dos alunos,recolhidas por ocasião da entrevista,e os pensamentos dos principais autores que trabalham esse tema do lúdico na matemática.Isso foi feito com o objetivo de oferecer melhor esclarecimentos sobre a proposta de investigar a concepção dos alunos sobre a matemática estudada em sala de aula e a suposta combinação da matemática com a ludicidade.













3.1-Analise das entrevistas

A disciplina de matemática para a maioria dos alunos entrevistados é uma disciplina interessante,legal,que desperta curiosidade e é bastante importante para a formação pessoal de cada estudante.Isso se comprova pela seguinte afirmação:"gosto porque acho legal e interessante para mim que sou estudante"(aluna A,8 anos,feminino,entrevistada em 20/11/2009).Essa afirmação confirma que os alunos apreciam o estudo da matemática e assumem a importância dessa disciplina no currículo escolar.Segundo Ponte:
Aprender matemática não é simplesmente compreender como a matemática é feita,mas ser capaz de fazer investigação de natureza matemática.Só assim se pode verdadeiramente perceber o que é a matemática e a sua utilidade na compreensão do mundo e na intervenção sobre o mundo.(2005,p,19)

Assim,é preciso estudar matemática com a intenção de admitir sua importância no contexto escolar,bem como conhecer sua utilidade nas práticas cotidianas.
Questionados sobre como são as aulas de matemática veiculadas em sala de aula,muitos alunos consideram-nas como ótimas."Ótimas,a professora ensina agente tudinho[...](Aluna A,8 anos,feminino,entrevistada em 20/11/2009).
Elas acreditam ser muito boas as aulas trabalhadas em sala.Isso revela que de fato os conteúdos matemáticos estão sendo bem absorvidos pelos alunos,dada a sua simpatia pelas aulas assistidas.Como afirma Oliveira:
A construção social dos conhecimentos em ambientes sócio culturais específicos depende assim da comunidade de intercâmbio à qual pertence o aprendiz e dos ambientes de aprendizagem criados para a aprendizagem. (2002,p.50)

A aprendizagem significativa depende da organização do ambiente.O que nos leva a crer que para o aluno aprender conteúdos referentes á matemática é necessário que as aulas sejam boas,bem planejadas e estruturadas.
Já outros alunos entrevistados acham que as aulas de matemática às vezes são boas e em outras ocasiões o conteúdo é de difícil entendimento e torna as aulas não tão boas:"são boas porque...porque nós faz no quadro e nos escreve ..é um pouco difícil,mas agente faz".(Aluno G,9 anos,masculino,entrevistado em 20/11/2009).
O que se pode inferir é que os alunos têm a compreensão dos conteúdos como critério para eleger a qualidade das aulas.Quando eles estão entendendo o assunto estudado eles gostam das aulas,ao contrário,quando sentem dificuldades no assunto estudado eles consideram a aula de matemática como ruim,chata.Os alunos só gostam daquelas aulas cujas disciplinas são mais fáceis,que eles possuam mais afinidade com os conteúdos e que tirem boas notas.
Ao refletir a questão de como os conteúdos são analisados em sala de aula,pode-se inferir que os alunos acreditam aprender facilmente o que é explicado oralmente e "escrito no quadro"(Aluno D,8 anos,masculino,entrevistado em 20/11/2009).Assim pode-se deduzir que a metodologia usada em sala de aula é expositiva e dialogada.
Já para alguns alunos a forma como a professora explica e copia o conteúdo no quadro não é de fácil entendimento para eles,"ela escreve no quadro e fica explicando lá"(Aluna A,8 anos,feminino,entrevistada em 20/11/2009).Isso indica que essa metodologia não contribui para melhor compreensão dos alunos em relação a matéria estudada.
Além dessa metodologia a professora ensina matemática usando como recurso,palitos de fósforo.Nesse sentido,diz que "com palitos de fósforo aprendemos mais e melhor".(Aluna F,8 anos,feminino,entrevistada em 20/11/2009).Essa metodologia de recurso permite que eles aprendam mais facilmente os conteúdos trabalhados.
É através de brincadeiras que as aulas tornam descontraídas e os conteúdos da fácil entendimento.Segundo Oliveira:
A brincadeira é o recurso privilegiado de desenvolvimento da criança pequena por acionar e desenvolver processos psicológicos particularmente, a memória e a capacidade de expressar elementos com diferentes linguagens.(2002,p,231)

O ensino deve primar pela riqueza de recursos pedagógicos no trabalho com a matemática.Para isso pode-se lançar mão de materiais como palitos,tampas,brinquedos,jogos e dinâmicas.
Analisando a concepção dos alunos se a matemática tem haver com o nosso dia-a-dia estes não souberam expressar claramente "[...]acho que não..não sei"(Aluno B,9 anos,masculino,entrevistado em 20/11/2009).O que nos leva a compreender que os alunos entrevistados não possuem elementos suficientes para responder esta indagação.
Já em outro momento afirma que a matemática tem haver com o nosso cotidiano porque é bom estudá-la para ser bem sucedido em sua profissão futura,ou seja, "[...]faz bem...e...porque você aprende mais e quando se formar ser um bom doutor ou um policial" (Aluno C.9 anos,masculino,entrevistado em 20/11/2009).
Isso revela que a matemática desempenha um papel importante na formação do trabalho social e cultural das pessoas.Desse modo:
É importante que a matemática desempenhe equilibrada e indissociavelmente seu papel na formação de capacidades intelectuais,na estruturação do pensamento na agilização do raciocínio dedutivo do aluno,na sua aplicação a problemas,situações da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas curriculares (BRASIL,1997,P.27)

A matemática estar tão presente na vida cotidiana dos alunos que torna-se necessário que o professor possibilite seus alunos a encontrar soluções para questões que enfrentam na vida diária.
As avaliações de matemática para a metade dos alunos entrevistados são boas porque é o momento deles demonstrarem seus saberes,assim dizem "[...]são boas porque a gente faz tudim direito".(Aluna A,8 anos,feminino,entrevistada em 20/11/2009).Portanto os alunos possuem uma boa impressão das provas de matemática.O professor ao realizar uma avaliação deve utilizar instrumentos cada vez mais precisos e válidos para diagnosticar a aprendizagem dos alunos.Assim sendo:
A avaliação educacional requer um olhar sensível e permanente do professor para compreender adequadamente ao aqui e agora de cada situação.Perpassa todas as atividades,mas não se confunde com aprovação/reprovação.Sua finalidade não é excluir,mas incluir as crianças no processo educativo.(OLIVEIRA,2002,P.253)

Faz-se necessário,então a compreensão de uma avaliação da aprendizagem que enriqueça os alunos e os faça crescer e progredir.Os alunos também compreendem que a avaliação de matemática é ruim,pois é "[...]difícil " (Aluno D,8 anos,masculino,entrevistado em 20/11/2009). Isso indica que os alunos consideram a avaliação de matemática difícil e por esta razão a compreendem como ruim.
No entanto infere-se que para os alunos entrevistados as aulas de matemática não devem ser mudadas porque são boas e merecem permanecer da mesma maneira.Assim dizem "[...] ah!ela ensina anos e agente aprende.(Aluno D,8 anos,masculino,entrevistado em 20/11/2009).É importante que as aulas de matemática sejam significativas e relevantes para quem está aprendendo.Assim sendo
A tomada de consciência por parte dos professores do ensino fundamental,dos caminhos ou rotas de aprendizagem dos alunos e, até mesmo das suas,torna-se relevante para que estes se reconheçam como capazes,não apenas para produzir um resultado,mas,principalmente,para compartilhar um processo de aprendizagem mediada.(Brasil,1997,p.73)
De acordo com a citação proferida nos PCNs,a matemática é uma ciência viva e dinâmica e por isso não é mais concebível estudá-la de forma a memorizar conceitos e formas.O professor deve criar situações para que o aluno desenvolva novas maneiras de ver a realidade.
Apesar de todos os alunos afirmarem que a professora nunca utilizou jogos ou brincadeiras para ensinar os conteúdos de matemática em outros momentos afirmam o contrário,quando dizem "[...]assim com palitos de fósforo pra fazer conta" (Aluna F,8 anos,feminino,entrevistada em 20/11/2009).Isso comprova que além das aulas expositivas também é utilizado jogos para o estudo da matemática.Segundo os PCns:
Recursos didáticos como jogos,livros,vídeos,calculadoras,computadores e outros materiais têm papel importante no processo de ensino e aprendizagem.Contudo,eles precisam estar integrados a situações que levem ao exercício da análise e da reflexão,em última instância,a base da atividade matemática.(BRASIL,1997,P.20)
As atividades lúdicas tornam o espaço da sala de aula agradável e motivador,além de contribuir e enriquecer o desenvolvimento intelectual dos alunos.
Diante de se trabalhar a matemática através de jogos ou brincadeiras todos os alunos entrevistados responderam que sim,que gostariam de estudar matemática por meio de jogos e brincadeiras.Assim dizem: "[...]é bom.Eu gosto porque a lição de matemática fica mais divertida com jogos e nós aprende mais rápido."(Aluna F,8 anos,feminino,entrevistada em 20/11/2009).Isso demonstra como os alunos sentem o interesse por coisas inovadoras,que chamem sua atenção e que estimulem a criatividade.
A análise destas respostas demonstram claramente o sentimento dos alunos mediante o ensino e a aprendizagem da matemática na sala de aula.Suas concepções foram explicitadas nestas respostas que apontam para a necessidade de inovar o ensino desta disciplina,trazendo para sala de aula recursos que modifiquem a percepção da matemática como uma disciplina que seja de difícil compreensão.








CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de ensino e aprendizagem da Matemática deve ser bem trabalhado nas escolas, para que futuramente os alunos não apresentem dificuldades graves, quanto a construção deficiente do pensamento lógico-abstrato.
Atualmente o ensino da Matemática se apresenta descontextualizado, inflexível e imutável, sendo produto de mentes privilegiadas. O aluno é, muitas vezes, um mero expectador e não um sujeito partícipe, sendo a maior preocupação dos professores cumprir o programa. Os conteúdos e a metodologia não se articulam com os objetivos de um ensino que sirva à inserção social das crianças, ao desenvolvimento do seu potencial, de sua expressão e interação com o meio.
A utilização de técnicas lúdicas: jogos, brinquedos e brincadeiras direcionadas pedagogicamente em sala de aula podem estimular os alunos a construção do pensamento lógico-matemático de forma significativa e a convivência social, pois o aluno, ao atuar em equipe, supera, pelo menos em parte, seu egocentrismo natural. Os jogos pedagógicos, por exemplo, podem ser utilizados como estratégia didática antes da apresentação de um novo conteúdo matemático, com a finalidade de despertar o interesse da criança, ou no final, para reforçar a aprendizagem.
Um cuidado metodológico muito importante que o professor precisa ter, antes de trabalhar com jogos em sala de aula, é de testá-los, analisando suas próprias jogadas e refletindo sobre os possíveis erros; assim, terá condições de entender as eventuais dificuldades que os alunos poderão enfrentar. Contudo, devemos ter um cuidado especial na hora de escolher jogos, que devem ser interessantes e desafiadores. O conteúdo deve estar de acordo com o grau de desenvolvimento e ao mesmo tempo, de resolução possível, portanto, o jogo não deve ser fácil demais e nem tão difícil, para que os alunos não se desestimulem.
Analisando as possibilidades do jogo no ensino da Matemática, percebemos vários momentos em que crianças e jovens, de maneira geral, exercem atividades com jogos em seu dia-a-dia, fora das salas de aula. Muitos desses jogos culturais e espontâneos apresentam impregnados de noções matemáticas que são simplesmente vivenciadas durante sua ação no jogo. O jogo é um importante aliado para o ensino formal da matemática, através de jogos como: boliche, bingos, dominó, baralho, dado, quebra-cabeça, xadrez, jogo da memória, jogo da velha, jogo dos primeiros números, na ponta da língua, blocos lógicos, linha da vida, caixa surpresa, números impares, o estudo desta disciplina pode ser dinamizado e resultar em uma aprendizagem mais significativa. O trabalho com a matemática em sala de aula representa um desafio para o professor na medida em que exige que ele o conduza de forma significativa e estimulante para o aluno. Geralmente as referências que o professor tem em relação a essa disciplina vêm de sua experiência pessoal. Muitos deles afirmam que tiveram dificuldades com aquela matemática tradicionalmente ensinada nas escolas, que tinha como objetivo a transmissão de regras por meio de intensiva exercitação. Cabe então descobrir novos jeitos de trabalhar com a matemática, de modo que as pessoas percebam que pensamos matematicamente o tempo todo, resolvemos problemas durante vários momentos do dia e somos convidados a pensar de forma lógica cotidianamente. A matemática, portanto, faz parte da vida e pode ser aprendida de uma maneira dinâmica, desafiante e divertida.
As dificuldades encontradas por alunos e professores no processo ensino-aprendizagem da matemática são muitas e conhecidas, por um lado, o aluno não consegue entender a matemática que a escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente dificuldades em fazer relações com o dia a dia daquilo que a escola lhe ensinou, em síntese, não consegue efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental importância.
O professor, por outro lado, consciente de que não consegue alcançar resultados satisfatórios junto aos alunos, e tendo dificuldades de, por si só, repensarem satisfatoriamente seu fazer pedagógico procuram novos elementos - muitas vezes, meras receitas de como ensinar determinados conteúdos - que, acreditam que possam melhorar este quadro. Uma evidência disso é, positivamente, a participação cada vez mais crescente de professores nos encontros, conferências ou cursos. São nestes eventos que se percebe o interesse dos professores pelos materiais didáticos e pelas atividades lúdicas do tipo jogos e brincadeiras. Parecem encontrar nos nesses materiais e estratégias didáticas a solução, a fórmula mágica para os problemas que vêem enfrentando no cotidiano escolar.
A pós construir esse trabalho monográfico pude concluir que as aulas de matemática na Escola Estadual Doutor Silva Mariz são baseadas em aulas expositivas e dialogadas e a professora vez por outra utiliza de recursos como palitos de fósforo para ministrar os conteúdos dessa disciplina.Os alunos gostam dessa metodologia mas queriam que o ensino fosse mais dinâmico pois com jogos e brincadeiras o estudo fica mais descontraído. Vale ressaltar que a nossa cultura valoriza muito a inteligência lógica-matemática muitas vezes, ser inteligente está associado a um desempenho muito bom em áreas ligadas a este tipo de inteligência. A inteligência lógica-matemática determinará a habilidade para o raciocínio dedutivo, além da capacidade para solucionar problemas estando estes, envolvendo números e demais elementos matemáticos.








REFERÊNCIAS
ALMEIDA,Paulo Nunes de.Educação Lúdica.Edições Loyola,São Paulo,1998
ARANÃO,Ivana Valéria Denófrio.A matemática através de Brincadeiras e jogos.Papirus,Campinas,São Paulo,1997
BRASIL,Parâmetros Curriculares Nacionais:matemática.Ministério da Educação Fundamental:Brasília:MEC/SEF,1997
GONSALVES,Elisa Pereira.Escolhendoo Percurso Metodológico.In:GONSALVES,Elisa pereira.3 edição,Campinas,SP:Editora Alínea,2003
OLIVEIRA,Zilma Ramos de.Educação Infantil:fundamentos e métodos,São Paulo,Cortez,2002
PONTE,João Pedro da.Investigação Matemática na Sala de Aula.Belo Horizonte:Autêntica,2005