União das Escolas Superiores de Rondônia ? UNIRON
Faculdade de Educação de Porto Velho



Ondina Haiduk





O FENÔMENO BULLYING NA VISÃO DO EDUCADOR












Porto Velho
2010

ONDINA HAIDUK











O FENÔMENO BULLYING NA VISÃO DO EDUCADOR




Artigo monográfico apresentado em cumprimento ás exigências para obtenção do título de Graduação em Pedagogia com Habilitação em Supervisão Escolar.






Porto Velho
2010

UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIOR DE RONDÔNIA-UNIRON
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE PORTO VELHO





ONDINA HAIDUK




O FENÔMENO BULLING NA VISÃO DO EDUCADOR

Artigo Monográfico apresentado em cumprimento às exigências para a obtenção do titulo de Graduado em Pedagogia com Habilitação em Orientação Educacional



Avaliada em 06/12/2010

Nota Final___________

Professora- Orientadora Rosana Maria Matos Silva






Porto Velho
2010


O FENÔMENO BULLYNG NA VISÃO DO EDUCADOR


Ondina Haiduk

RESUMO

Esta pesquisa enfatiza uma abordagem sobre a violência, conhecida por bullying que se caracteriza, por um fenômeno, que está preocupando cada dia mais os pais, a sociedade, e os educadores, por ser uma modalidade diferenciada de violência entre os alunos, tendo como objetivo desenvolver um estudo sobre o bullying, em escolas de ensino fundamental, investigando as relações entre o fenômeno e o comportamento do educador, averiguando até que ponto vai o conhecimento do educador diante deste fenômeno. Foi realizado um estudo de natureza qualitativa exploratória, em turmas das séries iniciais em diferentes escolas, com aplicação de questionário para professores. Oferecendo assim elementos que auxiliam a reflexão acerca do fenômeno bullying. Conclui-se que o não conhecimento do bullying pelos professores é de forma bastante preocupante, pois a maior parte dos educadores tem dificuldade tanto de aceitar que em sua sala possa esta ocorrendo fato relacionado ao bulliyng, também a dificuldade de identificar o mesmo, por ser muito parecido com a violência considerada comum às que ocorrem por acaso. A escola deve ser um ambiente seguro, que permita a criança socializar-se e desenvolver responsabilidade, defender idéias e, acima de tudo, assumir seu próprio outono mia com segurança e respeito ás diversidade. Ao preparar os profissionais da educação para lidarem com as manifestações do bullying poderemos contribuir para que o ambiente escolar se transforme em local menos violento assim valorizando a cidadania, o respeito e a ética.

PALAVRAS - CHAVE: Bullying, Escola, Educando, Educador.

INTRODUÇÃO

Estamos presenciando um momento da história, em que a violência está cada vez mais presente em nossa sociedade. Vivemos uma época repleta de incertezas, e tensões, falta de valores, como a perda da noção de limites entre o bem e o mal.
Este trabalho está relacionado ao fenômeno bullying e tem como principal objetivo sensibilizar o educador e favorecer a reflexão a respeito desta problemática, buscando um maior conhecimento sobre o assunto através de leituras, pesquisas de campo e contato direto com professores, desenvolvendo um estudo sobre o fenômeno bullying nas escolas de ensino fundamental, investigando as relações entre o fenômeno e o comportamento do educador diante do problema.
Esta pesquisa é de natureza qualitativa exploratória nas séries iniciais, enfatizando-se, nesta primeira parte do artigo, a perspectiva teórica que se adota para análise desse problema-
tica. Em seguida, explicam-se e detalham-se as formas de manifestação do bullying, na visão do educador. Este estudo se justifica pelo fato de comportamentos agressivos, e com grande avanço de violência escolar. O bullying tornou-se um assunto de grande repercussão no mundo inteiro, por isso os meios de comunicação vêm demonstrando cada vez mais estes fatos, e a cada acontecimento que o fenômeno está provocando nos educandos, e até que ponto pode afetar também os educadores.
Quando é abordado o tema violência logo vem à lembrança as agressões físicas, as drogas, as armas, o desrespeito entre os alunos e com os professores.
Alunos com comportamento agressivo e anti-social, a falta de respeito ao patrimônio público, esses são fatos que mobilizam as direções das escolas em algum momento a lançarem mão de alguns artifícios levando ao conhecimento dos pais e de autoridades, mas o bullying por vezes pode passar despercebido, aos olhos dos professores e corpo técnico educacional, por ser vista como uma brincadeira entre as crianças, ou poderia ser entendido que por desleixo e a falta de atenção na observação nas atitudes das crianças, ou por falta de conhecimento sobre o assunto.
O bullying encontra-se não só nas escolas mais em tantos outros lugares quando se trata de relações interpessoais pode ser visto, nos asilos na prisão, na universidade no ambiente de trabalho nas forças armadas nos celulares e na internet. O que vem se diligenciar com este artigo é, apresentar os dados obtidos para a constatação do conceito de conhecimentos na visão do educador sobre o fenômeno bullying, proporcionando a reflexão e sensibilização dos profissionais da educação.
Admitir que a escola é um local passível de bullying vêm com a conscientização do corpo técnico, começar informar os professores e alunos sobre o que é, e deixar claro que a escola não admitirá a prática. O papel dos professores também é fundamental. "Há uma série de atividades que podem ser feitas em sala de aula para falar desse problema com os alunos. Pode ser tema de redação, de pesquisa, teatro etc. O papel do professor também passa por identificar os atores do bullying: agressores e vítimas. A técnica utilizada nesta pesquisa para obtenção dos dados foi com entrevistas, semi estruturada, onde se procurou averiguar de forma quantitativa até que ponto o professor
tem conhecimento sobre o fenômeno bullying.
1 BREVE HISTÓRICO DO BULLYING

Silva (2010, p. 111) enuncia que desde que a escola surgiu sempre existiu o fenômeno
bullying, ou seja, o bullying é tão antigo quanto a escola, porém, o tema só passou a ser objeto de estudos científicos no início dos anos 70 e tudo começou na Suécia. Problema que foi durante muitos anos motivo de preocupação com a violência no âmbito escolar. Na Noruega, esta preocupação era evidenciada pelos pais e professores que se utilizavam por meio de comunicação, para expor seus temores, porém sem que as autoridades se comprometessem de forma oficial.
Segundo Fante (2005, p. 45), no norte da Noruega no ano de 1982, circulou uma notícia num jornal onde três crianças entre 10 e 14 anos suicidaram-se. Suicídio este que tinha toda a probabilidade de que o motivo principal foi os maus tratos com os quais eram submetidos pelos companheiros de escola.
Fato mais atual trazido ao conhecimento foi aqui mesmo, no Brasil, divulgado pelo jornal O Estadão (18/09/2009), é o caso do menino de nove anos, Vitor Fernando Dutra Gumieiro, internado porque foi agredido por cinco garotos da mesma faixa etária dentro da sala de aula. Devido à agressão, ele foi internado, e teve que usar um colar cervical por 15 dias. Esse fato ocorreu próximo a Ribeirão Preto em São Paulo.
Segundo Fonte (2005, p. 46), com base em um levantamento de dados estatísticos indicou que nos mais diversos países o fenômeno bullying seguramente está espalhado por todas as escolas do mundo, e pesquisadores de todo o mundo estão atentos para este fenômeno, apontando aspectos preocupantes quando ao seu crescimento e, principalmente, por atingir os primeiros anos de escolarização. Calcula-se que em torno de 5% a 35% de crianças com idade escolar estão envolvidas, de alguma forma, em condutas agressivas.
Para o pesquisador Olwues (1993) apud Fante (2005, p. 49), para um comportamento ser caracterizado como bullying, é essencial discernir os maus tratos, fortuitos e não graves.
Tem características comuns os atos de bullying entre os alunos são comportamentos produzidos de forma repetitiva por um ciclo que se estende contra a mesma vítima.
Segundo a revista. Construir Notícias (n°/40, p. 07, 2008), o artigo relacionado, O fenômeno Bullying nas Relações Interpessoais, divulga o seguinte a pesquisa a mais extensa pesquisa realizada sobre o bullying, foi na Grã- Bretanha que registrou que 10% de alunos de primeiro grau, 37% de segundo grau admitiram que já sofreram com o bullying pelo menos uma vez por semana.
Segundo Ruotti (2006, p. 201), a ABRAPIA (Associação Brasileira Multi Profissional de Proteção á Infância e Adolescência), apresentou em 2003, uma pesquisa em onze escolas do município do Rio de Janeiro, que contou com a participação de 5.875 alunos de 5° à 9º ano. Os resultados divulgados mostraram que 40,5% desses alunos admitiram estar envolvidos em bullying. Estatisticamente esta pesquisa revelou que nas escolas brasileiras, o nível de bullying é maior, ou seja, superior ao dos Estados Unidos.

1.1 DEFINIÇÕES DAS CARACTERÍSTICAS DO BULLYING

O bullying é encarado como um problema nacional e internacional, sendo encontrado em qualquer instituição educacional, não estando restrito a um tipo específico de instituição, primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.
Há, porém, escolas que negam a existência deste tipo de prática entre seus alunos, não o enfrentando, ou mesmo desconhecendo a existência deste problema.
Fante (2005, p. 24), o bullying é o fenômeno que pode ser definido como um comportamento cruel nas relações inter pessoais. É um termo de origem inglesa utilizada em muitos países para definir as ações inconscientes e deliberadas e violentas é um conjunto de atitudes que maltrata as pessoas, com o objetivo de deixar as vítimas emocionalmente abaladas.
No Brasil não se tem uma tradução para a palavra bullying, mas significa valentão, brigão, ameaçador ou intimidação, embora seja pouco conhecida refere-se a uma prática freqüente nas escolas e define-se esta violência como um fenômeno que se manifesta nas diferentes esferas sociais seja no espaço, público e privados no mundo inteiro, todos os dias alunos, sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de brincadeiras.
Segundo a revista Nova Escola (2009, p. 66), só a escola não consegue resolver o problema, claro que não se podem excluir as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um agressor. "A tendência é que ele seja assim por toda a vida. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. "Isso não é tão difícil como parece.
Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. Estudos sobre as influências do ambiente escolar e dos sistemas educacionais sobre o desenvolvimento acadêmico do jovem já vêm sendo realizados, mas é necessário também que tais influências sejam observadas por todo o corpo docente, este problema de comportamentos agressivos que ocorrem nas escolas, em muitos momentos vem sendo ignorados tanto por professores quanto pelos pais.
2 O COMPORTAMENTO SOCIAL DOS JOVENS

Os distúrbios de conduta e o comportamento agressivo nas escolas é hoje o fenômeno social mais complexo de compreender por afetar a sociedade num todo, atingindo diretamente as crianças de todas as idades em todas as escolas e de todos os países do mundo, sabemos que o fenômeno é resultante de diversos fatores.
Segundo Silva (2010, p. 57), as referências e os valores conduzem os jovens à comportamentos individuais e conseqüentemente, surge na forma com que os adultos conduzem a educação dos filhos, que na maioria das vezes trazem consequências para esses jovens, com isso as novas gerações passam a modificar sua própria referência e a se estruturar pela permissividade na educação dos filhos que levam as consequências destes exageros.
Silva (2010, p. 65), Os jovens refletem a cultura na qual estão inseridos. E no que tange as relações interpessoais, a juventude de hoje oferece aspectos que devem ser estudado com mais vigilância. Os amigos os grupos de amigos que eles possuem. Observando o poder de influência que os mesmos exercem sobre os outros jovens.

2.1 OS PROTAGONISTAS DO BULLYING, ENVOLVIMENTO E SUAS FORMAS NA ESCOLA

Silva (2010, p. 37), o alvo do bullying é o aluno que sofre o bullying, conhecida como as vítimas típicas, são os alunos que apresentam pouca habilidade de socialização, em geral são reservadas ou tímidas elas não conseguem ter nenhuma atitude ou reação diante de seus agressores, normalmente estas crianças e adolescentes demonstram facilmente as suas inseguranças estas são as mais prejudicadas, estes indivíduos, ou seja, as vítimas apresentam, falta de coordenação motora, baixa auto-estima, dificuldade de se expressar, ansiedade excessiva são comuns aos alvos, visto pelos agressores como pressa fácil e suas consequências os afetam por toda a vida.
A terceira forma e a testemunha, aquele que vê tudo mais não sai na defesa da vítima, age como espectador, mesmo porque eles se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, sentem-se inseguros e com medo, de que possam passar a serem as próximas vítimas do agressor.
Estas testemunhas são espectadores passivos eles não concordam, e não admitem as atitudes do bullying, mas não tomam nenhuma postura diante do fato.
Também, segundo Silva (2010) existem além dos espectadores passivos, o expectador ativo aquele que não se envolve, não toma nem uma atitude em defesa da vítima, mas ao presenciar o bullying, eles se manifestam em apoio moral aos praticantes, ou seja, aos agressores, eles divertem-se com risadas, e palavras de incentivo, segundo a autora é muito importante observar, que essa mistura de expectador podem ser os responsáveis pela articulação destas agressões, este espectador passivo pode estar apenas disfarçado de bom moço.
Também são encontrados os expectadores neutros, os que presenciam a violência, não demonstram nem uma sensibilidade e não sente nada, parecem simplesmente anestesiados emocionalmente.
Não são apenas as vítimas do bullying que tem o seu desempenho escolar prejudicado por causa dessa prática. "O agressor não vai para a escola buscar o aprendizado, mas sim a afirmação social perante os colegas.
Segundo o cientista sueco Dan Oliver, que trabalhou na Noruega, mais precisamente em Bergen, define que o bullying tem três termos essenciais:
O comportamento é agressivo e negativo. O comportamento é executado repetidamente, o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O bullying divide-se em duas categorias que são:
a- O bullying direto são os bullyies executados na maioria pelo sexo masculino, e também pelas crianças pequenas, sendo a forma mais comum entre os agressores e é caracterizada pelo abuso do poder, a intimidação a prepotência, os insultos verbais, as ofensas, os xingamentos, as gozações, se coloca apelidos pejorativos, zoar e levar a vítima ao isolamento social. Este isolamento ocorre de formas variadas.
b- O bullying indireto também conhecido por agressão social é quando um grupo exclui um indivíduo do meio social sendo mais comum com pessoas do sexo feminino e crianças. O Bullying indireto ocorre da seguinte forma, espalham-se comentários maldosos a respeito da vítima, humilham, ridicularizam, faz pouco caso das pessoas se recusam a conviver, criticam o modo de vestir, critica a religião e etnia.
As agressões ocorrem principalmente em sala de aula em média de 60,2%, e durante o recreio 16,1% e no portão da escola 15,9% de acordo estudo realizado pela abrapia entre 2001 até 2003.


3 CIBERBULLYING

Ciberbullying. A palavra, em inglês, foi importada e rapidamente incorporada ao nosso vocabulário assim como a maioria dos hábitos e ferramentas que a internet instituiu.
Silva (2010) cita que hoje tudo está mudado, certamente as mentes humanas são capazes de dar existência a poderosos instrumentos, porém devem ter o compromisso ético de só usá-las com prudência. Para a autora os bullies virtuais são os verdadeiros pusilânime, mascarados de valentões, os que se esgueiram pelas redes de esgoto do mundo.
A autora traz exemplos de algumas brincadeiras que eram usadas há alguns anos passados como a do correio elegante, o amigo oculto que ainda acontece nos dias atuais, onde as pessoas trocavam mensagens, já naquele tempo havia pessoas que se aproveitavam desta brincadeira para mandar mensagens que maltratavam as pessoas, e diante deste aspecto o bulling teve sua procedência destas inocentes brincadeiras.
Hoje, através de mensagens como, o orkut, e-mail, MSN, youtube, fotoblogs, fotoshop, torpedos, os bullies se valem do anonimato para praticar o bullying virtual, eles se escondem criando um perfil falso cheio de covardias, eles inventam mentiras, ameaçam, espalham rumores maldosos, insultos, para os outros alunos, também para os professores, até mesmo os familiares não estão livres deste tipo de violência.
Por falta de ética, muitos avanços tecnológicos são usados de forma insensata, e uma nova modalidade de bullying começa a trazer preocupações aos especialistas em comportamento humano, pais e professores, o bullying virtual, praticado através de instrumentos como a internet, os telefones fixos ou celulares, uma forma de constranger, humilhar e maltratar as pessoas.
Esta forma de violência tem um efeito multiplicador no sofrimento das vítimas, esta forma de bullying é diferenciada, pois, na sua maioria é difícil identificar os agressores.
Uma vez percebido a existência do bullying é necessário que os responsáveis, pais ou professores rastreiem a internet usada pelos alunos.

4 AS CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING

A ação maléfica do bullying pode acarretar um conjunto de ações maldosas que pode ser caracterizado como uma nova síndrome, a síndrome dos maus tratos repetitivos.
Estas características são algumas das consequências como: A Violência física, Violência psicológica, Violência verbal, Violência fatal, onde algumas crianças, por serem diferentes de seus colegas tímidos mais frágeis ou muito sensíveis, altos ou baixos demais, gordinhos ou muito magros, eles sofrem intimidações constantes.
Muitas vezes discriminados em sala de aula, as vítimas de bullying, na maioria das vezes sofrem caladas frente ao comportamento de seus ofensores.
Fante (2005, p. 80), explica que na infância, o bullying pode desencadear na vítima uma condição psiquiátrica caracterizada por expressões de cólera e episódios transitórios de paranóia ou psicose, conhecida com borderline ou transtorno de personalidade limítrofe, alterando o desenvolvimento dos sintomas límbicos. Tais alterações comprometem a regulagem da emoção e da memória pelo hipocampo e pela amígdala, localizada debaixo do córtex no lombo temporal.
Esses transtornos de personalidade causam nos indivíduos emoções instáveis e são muito impulsivos, os mesmos fazem um esforço muito grande para evitar o abandono levando-o a constantes tentativas de suicídios. Esses distúrbios infelizmente são irreversíveis no desenvolvimento da criança.
As vítimas sofrem das mais variadas formas acarretando consequências pessoais e prejudiciais a si mesmas, cujos desdobramentos podem afetá-la durante toda a vida.
Segundo Silva (2010, p. 31) o bullying pode instigar a delinquência, afetando em larga escala a depressão, frustração doenças psicossomáticas de transtornos mentais, e de psicopatologia graves, estas consequências podem ser desastrosas, pois favorece comportamentos anti-sociais e de não aceitação ou quebra de regras que podem se estender para a vida adulta, essas consequências negativas existem tanto para agressores como para a vítima manifestando-se desde a repetência e a evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio.

4.1 O PAPEL DO EDUCADOR DIANTE DO FENÔMENO BULLYING

Os Parâmetros Curriculares (2000) com apresentação dos temas transversais e ética contribui de forma positiva no trabalho do professor no que se refere á prevenção do bullying em sala de aula. Traz questões relevantes se o professor souber aplicar no seu cotidiano pedagógico estará contribuindo para que o ambiente escolar seja um espaço favorável á aprendizagem e a socialização de todos os alunos. O professor pode desenvolver em seu cotidiano pedagógico os conteúdos voltados para a ética, priorizando o convívio escolar com justiça, diálogo, solidariedade e respeito mútuo.
Com o diálogo o educador trabalha com o agressor de forma que eles reflitam sobre seus atos e consequentemente sobre as consequências que os seus atos podem gerar nos alunos agredidos.
Em relação ao respeito mútuo, ao trabalhar as diferenças entre as pessoas, certamente estará prevenindo a ocorrência de bullying em sala e demais ambiente da escola.
A justiça permite que o professor trabalhe com seus alunos a consciência crítica sobre os direitos e deveres do aluno com cidadãos. O papel do educador vem passando por um grande processo de alterações nos últimos anos, reflexo de constantes modificações na sociedade, o qual vem produzindo novos desafios, demandas, e também inúmeros obstáculos. Um dos principais desafios encontrados pelo educador está na conduta do aluno, as atitudes conturbadas, os conflitos diretos com os colegas de classe e professores, surgem algumas das maiores preocupações vivenciadas pela escola atualmente.
O bullying já que não é um fenômeno exclusivo da escola que também ocorre em outros espaços na sociedade. Muitos professores são infelizmente, ameaçados perseguidos, e humilhados, e até ridicularizado pelos seus alunos e muitos destes educadores ficam sem ação diante destas situações, que é muito desagradável, pois ocorre dentro do ambiente de trabalho isto é, dentro da sala de aula e por temor de serem vistos como incompetentes esses educadores deixam de levar ao conhecimento da direção.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (2002, p.17), as apresentações dos temas transversais e ética falam que os alunos devem sentir-se respeitados. E que os temas transversais e ética, também contribui de forma positiva no trabalho do professor no que se refere á prevenção do bullying em sala de aula. Traz questões relevantes se o professor souber aplicar no seu cotidiano pedagógico estará contribuindo para que o ambiente escolar seja um espaço favorável à aprendizagem e a socialização de todos os alunos.
Nenhum de nós há de negar a necessidade da existência de regras que permitam um convívio harmonioso entre as pessoas. Porém, mais importante que as regras em si, são as justificativas de por que seguimos tais normas.
Piaget (1994, p. 11), por exemplo, insistia que "toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire. Cada um de nós tem, portanto, um conjunto de valores pessoais que podem traduzir
as experiências presentes e passadas bem como aquelas as quais aspiramos. São esses valores
que estarão presentes na ?personalidade? de cada um.
É a partir desses momentos de necessidade de regular a convivência, quando acontecem os problemas, que as regras podem ser organizadas, e é tão importante como estratégia indireta para vencer casos de bullying, é papel inegável do professor, inserir a discussão moral a seus alunos, a partir da necessidade das regras.
Também segundo os Parâmetros Curriculares, na apresentação dos temas transversais, e ética fazem uma importante reflexão sobre o papel do educador diante dos casos de bullying.
Ainda na sequência os parâmetros curriculares deve-se dar mais atenção nos casos de preconceito, e desrespeito freqüentes entre os alunos, tachados como diferentes físicos, ou simplesmente aquele aluno que não tem os padrões considerados normais pela sociedade:os baixinhos, os feios, os gordinhos e até os que são muito magros etc. O professor deve ficar atento, pois ele não deve tolerar tais atitudes.
Silva (2010, p.168) O professor tem por obrigação conhecer suas atribuições e as competências de todos os profissionais da escola, nos casos de violência o professor deve ter, um posicionamento capaz de compreender, por que e quando deverá levar ao conhecimento da diretoria da escola o fato que está ocorrendo, uma vez que eles são os responsáveis pelo estabelecimento de ensino. Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado.
Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo.
Segundo Fante (2005, p.74) a instituição de ensino, precisa prevenir o fenômeno violência que está, acontecendo no ambiente escolar, impedindo o seu crescimento, as medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas, e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.

Fante (2005, p. 158), considera as diversas formas de violência e suas principais conseqüências. Ela fez essa classificação, para que seja possível diferenciar atos de violência e atos de indisciplina, pois acredita que os profissionais os confundem freqüentemente. Então, é necessário sabermos "distinguir os comportamentos violentos das más relações escolares", apesar das semelhanças existentes.
A escola deve agir precocemente contra o Bullying. Quanto mais cedo o fenômeno cessar, melhor será o resultado para todos os alunos. E preciso intervir imediatamente, tão logo seja identificada a existência do fenômeno na escola e manter atenção permanente sobre isso é a estratégia ideal.
É importante ter em mente que adotar posturas não-violentas em nossas atitudes, trará benefícios não somente os envolvidos, mas a todo o contexto escolar, criando oportunidades para uma socialização saudável de seus alunos.
Ruotti, (2006, p. 190), em seu relato faz menção a respeito dos projetos anti bullying por Dan, Olweus, (1983), em seu início o programa foi apresentado a 540 professores de 20 escolas da Noruega com o objetivo de conhecer a opinião dos professores sobre as possibilidades de efetivar as propostas de intervenção e se estariam dispostos a aplicar em sala de aula. O projeto de intervenção só pode ser bem sucedido num ambiente em que as pessoas reconheçam que o bullying deve ser eliminado e no qual exerçam uma força coordenada para alcançar esse objetivo.
Para Olweus, (1983), apud Ruotti, (2006, p. 193), enfatiza que na esfera da sala de aula, uma das primeiras medidas a serem tomadas é o estabelecimento, em comum acordo, de regras contra o bullying. Esse e o meio de criar uma atmosfera agradável em sala de aula para isso, professor e aluno estabelecem, em conjunto, regras exclusivas anti bullying que devem ser respeitadas. É importante que os alunos se envolvam na discussão dessas regras. Dessa forma, estarão passando por uma experiência de grande responsabilidade em obedecer as regras por eles próprios e para outros alunos.

5 METODOLOGIA

Esta pesquisa tem como culminância a abordagem, qualitativa exploratória em que se trata do fenômeno bullying na visão do educador, em duas escolas sendo uma municipal e outra estadual, determinada aqui como escola "A" e escola "B" as mesmas situadas no município de Candeias do Jamari.
O método qualitativo exploratório foi utilizado por traduzir informações para classificá-las, por ser um método de pesquisa que estimulam os entrevistados a pensar e falar livremente sobre o tema abordado, objeto ou conceito, elas fazem emergir aspectos subjetivos, ou seja, de forma espontânea, na construção de inquéritos por questionários, onde são constatadas várias pessoas.
E exploratória por que o objetivo é a caracterização inicial do problema, sua classificação e de sua definição, que se constitui o primeiro estágio de toda pesquisa científica.
Os sujeitos da pesquisa foram 20 (vinte) professores sendo 10 (dez) da escola "A" e 10 (dez) da escola "B" todos nas séries de ensino fundamental do segundo segmento para a realização deste estudo, foi elaborado um único questionário para os professores das duas escolas, sendo que o objetivo do questionário foi o mesmo para as duas escolas.
Com contacto direto com profissionais que facilitaram o acesso, as respostas obtidas através de um questionário.
O questionário foi composto por 10 (dez) questões sendo cinco com enunciado fechados, contendo cada uma três possibilidades (sim, não e talvez) e cinco abertas.
Sendo que obtive as respostas na sua totalidade respondidas pelos professores das escolas onde foram coletados os dados da pesquisa, antes da entrega do questionário foi feito uma prévia sobre o objetivo da pesquisa. Foi entregue junto com o questionário um texto referente ao fenômeno bullying para situá-los a respeito do mesmo. Onde os mesmos pediram um prazo para a devolução dos questionários já respondidos, a escola "A" devolveu em três dias, mas a escola "B" quando devolveu já havia passado uma semana. Tendo em vista que os professores estavam na semana de provas. Ao receber o questionário da escola "B" na sala de professores no horário do intervalo surgiu a oportunidade de conversar com os mesmos e ouvir algumas opiniões e queixas dos professores a respeito dos danos que o fenômeno pode causar nos alunos.

6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Para a apresentação dos resultados da pesquisa os dados foram coletados através de questionários, aqui organizados e representados, em gráficos para as questões fechadas e quadros para questões abertas.


Escola "A" Escola "B"
Gráfico 1 Fonte de dados coletados, 2010

Nesta questão os educadores deram como resposta entre sim, não e talvez, com uma porcentagem significativa de diferença.
Onde a pergunta se refere que a falta do conhecimento dos mesmos possa contribuir para que os casos de violência venha ocorrer em sala de aula, fica aqui claro que se faz necessário um maior conhecimento do assunto em pauta.
Todos os alunos, pais, professores e profissionais que lidam com crianças e adolescentes no dia a dia devem, ter conhecimento da legislação que rege o estatuto da criança e do adolescente (ECA), desta maneira todos podem se informar, orientar e refletir sobre seus atos e comportamentos bem como saber das consequências que deles podem surgir, Silva (2010 p. 167).
Se alguns alunos estão em sofrimento sendo vítimas de violência na sala de aula, segundo Fante (2005, p. 158) temos nossa parcela de responsabilidade, seja por falta de conhecimento, seja por omissão ou até mesmo conivência desta forma, de ser de responsabilidade do profissional de educação identificar as diversas formas de violências.





Escola "A" Escola "B"
Gráfico 2 Fonte de dados coletados, 2010

O gráfico dois revela a visão do educador a cerca do fenômeno bullying como finalidade de averiguar o conhecimento do educador sobre a prática do bullying. Em relação aos danos psicológicos que este fenômeno acarreta nos alunos percebe-se
que os professores tem conhecimento e consciência sobre o assunto. Para a escola "A? foram 90% , e para a escola "B"100% que responderam, (sim).
Segundo Fante (2005), o bullying apresenta características próprias dentre elas talvez a mais grave, seja a propriedade de causar traumas ao psíquico de suas vítimas e envolvidos. Mesmo a maioria respondendo sim deve ser levado em conta os 1% que responderam e não, o qusignifica que se faz necessário um conhecimento maior sobre a temática e suas reais conseqüências.


Escola "A" Escola "B"
Gráfico 3 Fonte de dados coletados , 2010

"A" Constatou-se que entre as resposta obtidas 40% dos professores responderam que sim,que são comuns as brincadeiras com os professores e alunos.
Já os demais professores passaram a seguinte informação 30% dizem não ser comum a brincadeirinha, e 30% deram respostas, intermediária, (talvez).
Já a escola "B" teve 80% de resposta sinalizando como positiva, isto é, que sim, é comum as brincadeiras entre os professores e alunos e somente 10% responderam não e 10% talvez.
Observa-se que nesta pesquisa as brincadeiras entre o professor e o aluno, em sua maioria são respostas positivas que sim eles costumam fazer brincadeiras com os alunos e ao serem entrevistados disseram que não vêem nada de errado com isso.




Escola "A" Escola "B"
Gráfico 4 Fonte de dados coletados, 2010

O gráfico 4, mostra que a maior parte dos professores não costuma brincar com seus alunos colocando apelido neles.
A escola "A" 1% dos professores responderam que brincam colocando apelidos nos alunos ou na turma, já na escola "B" 20% responderam que sim brincam colocando apelidos.
Segundo, Neto (2003), o hábito de colocar apelidos parece ser uma forma mais frequente em todo o mundo. A identificação dos jovens pelo uso de palavras que se refere a algumas características individuais como, por exemplo, ser gordo, magro, negro, baixo, usar óculos e etc. podem parecer brincadeiras sem maiores conseqüências, em muitos casos pode ser uma causa de sofrimento e angústia para quem é assim determinado.
O professor deve evitar esse tipo de brincadeira, pois sem perceber ele poderá estar abrindo brechas para que o bullying se configure em sala de aula.


Escola "A" Escola "B"
Gráfico5 Fonte de dados coletados, 2010
Segundo o resultado da pesquisa de campo observa-se que a maioria dos educadores tem conhecimento da existência do fenômeno bullying, mas devido às incidências que ocorre na escola e que nestes termos, torna-se importante considerar que a entidade de ensino é investida no dever de guarda e preservação da integridade física e psicológica do aluno, com a obrigação de empregar a mais diligente vigilância, objetivando prevenir e evitar qualquer ofensa ou dano decorrente do convívio escolar.
Este fenômeno vem despertando cada vez mais o interesse de profissionais da área educacional por se constituir numa das formas mais complexas de violência presentes no âmbito escolar, preocupando não somente a escola em si, mas toda a sociedade e o contexto que a envolve.
Por isso, a necessidade de se fazer um recorte neste tipo de violência presenciado nas escolas.
Ter uma idéia de que conhecer o fenômeno bullying, e poder refletir sobre suas consequências na vida dos alunos.

Perguntas Respostas


1° - Qual sua atitude diante de uma situação de bullying?
.Escola "A" Os professores responderam que procuram orientar seus alunos para que eles possam se defender, falando com alguém quando algo estranho estiver acontecendo com eles. Também que usam buscar o equilíbrio entre os direitos e os deveres, dos alunos e também dos professores, terem sempre muito diálogo.
Escola "B" A maioria responderem que o trabalho preventivo e a orientação sobre as conseqüências que pode causar com a prática da violência, é sempre o melhor caminho a ser seguido e sempre comunicarem o corpo docente sobre o caso, em seguida encontrar uma solução para resolver o caso que é muito grave.

Quadro 1 Dados coletados, 2010

Perguntas e respostas coletadas no questionário com respostas abertas para professores:

Segundo Fante (2005, p.79), os educadores devem enfrentar os problemas, e participar ativamente de programas que possam transformar o cenário violento da escola em um cenário de paz.
Entende-se que em sua maioria os educadores centralizam suas respostas em uma forma de atitude como a de orientar seus alunos e adotar estratégias com foco de intervenção e prevenção.

Perguntas abertas para o professor

Perguntas Respostas


2° - Como você considera as brincadeiras de mal, gosto entre os alunos?
Escola "A"
Os professores classificaram as brincadeiras de mau gosto como, uma ma conduta que muitas vezes trazem de casa, falta de respeito na família a não orientação ou responsáveis ou até mesmo a falta de correção, eles apresentam esses comportamentos agressivos e sem respeito ao próximo
Escola "B"
Em sua maioria responderam que, consideram falta de respeito com os colegas, relatando que a coletividade muitas vezes humilhante para o colega, como a exclusão, isolamento, fofocas, boatos e agressões violentas praticado pelos meninos. E segundo os professores, deve ser dada mais atenção, pois eles podem se agravar se não for tomada nenhuma atitude.
Quadro 2 Dados coletados 2010

Normalmente os meninos estão envolvidos em situações violentas, agridem fisicamente os colegas na escola.
As meninas agem discretamente, por isso não se percebe que existem provocações em determinados grupos de "amigas" que maltratam as colegas com práticas de exclusão, isolamento, fofocas, boatos e agressões psicológicas.
Brincadeiras de mau gosto, gozações, rixas e brigas escolares sempre existiram. Entretanto, para tudo, existem limites. Ações e comportamentos excessivos de crianças e adolescentes no ambiente escolar, ainda que em muitos casos ignorados ou tratados como "normais" por pais e professores, tornou-se um grande problema. Mas que vem ganhando destaque e já muito apontado pela mídia devido fatos ocorridos nas escolas de todo o mundo.

Perguntas abertas para o professor
Perguntas Respostas

3º - Entre os colegas qual o tipo de violência tem maior incidência Escola "A"
Os professores da escola "A" consideram que, os apelidos, palavrões, as ofensas os pais, murros e chutes são os casos de maior incidência entre colegas. Rumores desagradáveis visando á exclusão dos colegas.
Escola "B"
A resposta dos professores da escola "B" em sua totalidade responderam que os apelidos e muitas brincadeiras agressivas, falta de respeito como também estereotipo de cor.

Quadro 3 Dados coletados 2010

A violência de maior incidência segundo exemplos citados pelos professores tanto da escola "A? assim como a escola "B" seguem basicamente os mesmos padrões de resultados, que são tanto físicas como verbais também os educadores apontam para a situação em que alunos excluem colegas do grupo social do qual eles fazem parte.
Segundo Fante (2005, p. 50), as agressões físicas como (bater, chutar, tomar pertences), assim como as verbais (insultar, constranger, apelidar de maneira pejorativa e discriminatória) são consideradas como agressões diretas. O mesmo autor aponta que a agressão indireta, esta talvez seja a mais prejudicial uma vez que pode causar traumas irreversíveis, essas acontecem através de disseminação de rumores desagradáveis e desqualificastes, visando à discriminação e exclusão da vítima de seu grupo social.






Perguntas abertas para o professor
Perguntas Respostas

4º - De exemplos de danos que o bullying possa acarretar nos alunos? Escola "A"
Danos psicológicos, dificuldade na aprendizagem e a depressão a regressão nos estudos, baixa estima, isolamento entre colegas e uso de palavrões.
Escola "B"
Desmotivação para ir à escola, timidez, baixo rendimento, complexo de inferioridade, evasão escolar, fuga para o anonimato, insegurança e medo.

Quadro 4 Dados coletados 2010

Neste quadro as escolas, fazem sentir um dos contextos em que o Bullying ocorre, uma vez que Bullying é uma forma de pressão social que acarreta, por vezes, traumas muito importantes na vida dos alunos que são sujeitos diariamente a este tipo de maus-tratos.
A escola é um dos contextos em que o Bullying mais se faz sentir uma vez que se encontram num mesmo espaço muitas crianças e que se torna difícil para os adultos vigiarem todos.
Segundo Silva (2010, p.31), o bullying pode instigar a delinquência, afetando em larga escala a depressão, frustração doenças psicossomáticas de transtornos mentais, e de psicopatologia graves, estas consequências podem ser desastrosas às vítimas.











Perguntas abertas para o professor
Perguntas Respostas




5°-Poderia expor algum caso ocorrido, que seja do seu conhecimento? Os professores da escola "A". Foram cinco os professores que apresentaram exemplos de casos ocorridos:
1º -Há o caso de uma menina, que os colegas costumavam chamá-la de crocodilo, devido ao nome dela, aconteceu até agressão física.
2° - Minha filha sofreu um acidente e a perna teve perda de tecidos e na escola os coleguinhas a chamavam de perna de pau. E por causa do acidente, engordou e foi chamada de gorda, baleia, ficando triste e não querendo mais estudar.
3°- Uma brincadeira de fechar e abrir a porta uma aluna de 6 anos perdeu o dedo.
Os professores da escola "B". Apresentaram três casos.
1º - Apelido na qual o aluno já tem problemas de ser chamado de "cabeção" por ter a cabeça maior que o normal por problemas de saúde.
2°- Tenho um aluno afro descendente que é chamado de negrinho pelos colegas entre outras pequenas manifestações de racismo.
3°- Implicâncias e brigas com envolvimento de adultos.
Alguns dos professores entrevistados responderam que, não tem nenhum caso que seja do conhecimento deles.
Quadro 5 Dados coletados em 2010

Tanto a escola "A" como a "B" apresentou exemplos de casos de bullying ocorrido na escola. Observa-se que a realidade do fenômeno é preocupante e a diversidade de casos apresentados pelos educadores.
Fante (2005) deixa claro que os estudiosos do fenômeno bullying concordam com que o problema maior dos professores quanto dos pais se deve a dificuldade de identificar a ocorrência deste fato.
Já que as crianças quase nunca revelam aos seus pais o que está ocorrendo com eles seja por medo ou vergonha, isso só pode mudar, se o silêncio for interrompido quando as vítimas sentirem que serão ouvidas e respeitadas em seus sentimentos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como verificamos o Fenômeno Bullying faz-se presente no cotidiano educacional através de práticas de exclusão, discriminação, isolamento, perseguição, fofocas, boatos, xingamentos, ameaças, apelidos, agressão física e emocional entre estudantes. O Bullying não se restringe a "brincadeiras", mas expressa provocações feitas por crianças e adolescentes com o objetivo de humilhar, magoar e constranger as vítimas, o que confirma o desrespeito e a intencionalidade das agressões.
Com o crescimento da violência no ambiente escolar, é necessário que os profissionais da educação estejam mais atentos aos comportamentos de seus alunos, a fim de evitar a proliferação desse fenômeno.
A partir de todo esse contexto, relatado até aqui, percebe-se a grande importância das escolas e da sociedade, tomar algumas medidas e buscarem algumas soluções que sejam capazes de combater ou ao menos prevenir o Bullying.
Para que isso ocorra, é necessário que todos se sensibilizem e se conscientizem que o problema existe. Isso pode ser feito através da discussão que avaliem essa problemática os próprios alunos devem participar junto com os educadores, dessas discussões.
No Brasil já estão sendo realizados alguns projetos, sobre problemática da violência escolar. A problemática da violência escolar já está sendo prioridade nas escolas do país. Porém, ainda há pouca divulgação sobre o desenvolvimento desses programas educacionais que visam combater e prevenir o fenômeno Bullying nas escolas brasileiras.
Assim, conforme a abrapia, fica claro que se por um lado, o problema existe, é necessário combatê-lo. Portanto, se desejamos evitar a proliferação do Bullying, é preciso implantar medidas de prevenção. a abrapia aconselha a adotar uma política anti-bullying, que envolva além dos educadores também toda a comunidade escolar.









REFERÊNCIAS

ARAMIS. Lopes Neto Jornal de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. Bullying comportamento agressivo entre estudantes, Copyright © 2005 br.

BRAPIA. Associação Brasileira Multiprofissionais de Proteção á infância e Adolescente. Programa de redução do comportamento Agressivo entre Estudantes. Disponível em: HTTP://www.bullying.com.br/ Rio de Janeiro, 2003, acessado em 11 de set. 2010

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos temas transversais apresentação dos temas transversais: ética/secretaria da educação fundamental. 2 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000

FANTE, Cléo. Fenômeno bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz/ Cléo Fante 2° ed. Verus Editora. Campinas, SP, 2005

LUCINDA, Maria da Consolação. Nascimento. Maria Das Graças. Candu, Maria vera. Escola e Violência: Uma relação complexa e desafiante/ Maria da Consolação Lucinda, Maria da Graça Nascimento, 2° Ed Rio de Janeiro: DP & A, 2001

NOVA ESCOLA, / cyber Bullying/ 233° Edição, Ed: abril 2009

PIAGET, Jean. El Psicoanálisis y sus Relaciones com la Psicológía del Niño. In: DELAHANTY, G. P. (Comp.). Piaget y el Psicoanálisis. México: Universidade Autonoma Metropolitana, 1920/1994, p. 181-290.

REVISTAESCOLA. HTTP://revistaescola. Abril.com.BR/comportamento/Bullying-Escola, 494 Edição

RUOTTI, CAREN, Violência na escola; uma guia para os pais e professores/ Caren Ruotti, Renato Alves, Viviane Cubas. -São Paulo: Andhp: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

SILVA, Ana Beatriz B. Mentes perigosas na escola/ Ana Beatriz Barbosa Silva - Rio de Janeiro Objetiva 2010