Edson Silva

Meus pacientes leitores, hoje não vou falar especificamente sobre um jogo do Brasil em Copas do Mundo. Vou apresentar nomes ou apelidos de craques que defenderam nossa Seleção Canarinho desde 1930 até 1970, nesta primeira parte, e olha que a nossa Copa, em 2014, promete convocações de nomes ou apelidos, como diria o pessoal da Globo: "estranhos, muito estranhos". Não estamos falando de capacidade técnica ou julgando se os nomes são feios, mas sim do exotismo dos mesmos, originados seja por sobrenomes ou apelidos, só para citar dois dos prováveis de 2014: Pato e Ganso.

Mas vamos entrar na máquina do tempo e buscar os nomes lá da primeira Copa, em 1930, no Uruguai. Ressalto não está sendo julgado se os nomes ou apelidos são feios ou bonitos, são apenas exóticos, na minha avaliação, e até pode não ser na opinião de vocês. Bom em 30, tivemos : Brilhante, Fortes, Hermógenes, Pamplona, Benevenuto, Oscarino,Poli, Nilo,Doca, Araken Patuska, Russinho, Preguinho, Moderato e o técnico Pindaro. Em 34, na Itália, a seleção de nomes exóticos foi menor: Silvio Hoffman, Ariel, Tinoco, Canali, Armandinho, Leônidas, Patesko e Átila.
E que tal a legião de nomes estranhos de 38 ? Batatais, Jaú, Nariz, Zezé Procópio, Argemiro, Perácio, Hércules, Niginho, Tim e Patesko, este grupo conquistou o 3º lugar na Copa disputada na França.

E nossos vices campeões de 50, na Copa disputada em pleno Brasil? Tínhamos Nena, Bauer, Bigode, Noronha, Eli, Zizinho, Maneca e Friaça. Em 54, na Suíça, entre os nossos craques estavam nomes e apelidos exóticos, na minha concepção, como são os casos de Veludo, Cabeção, Didi, Dequinha, Pinga, índio e o técnico Zezé Moreira. Ah, finalmente os nossos primeiro campeões mundiais, em 1958, na Suécia. Tinha De Sordi, Zózimo, Oreco, Dino Sani, Zito, Mazzola, Vavá, Dida, Zagallo, Pepe, o técnico Feola, e dois monstros sagrados: Garrincha, nome de pequeno pássaro para o maior driblador do futebol mundial e Pelé para o maior jogador de todos os tempos do planeta. Bom antes de ser Pelé, o Edson (ele não devia ter mudado de nome, se bem que o dele foi registrado "Edison" com i e ele não gosta disso) escapou de outros apelidos como Petróleo e Gasolina, portanto Pelé ficou de bom tamanho.

E entre os bicampeões de 62, no Chile? Bellini, Zequinha, Mengálvio, Amarildo, Coutinho e o técnico Aymoré Moreira. Em 66, o desempenho não foi bom na Copa disputada na Inglaterra, mas lançamos nomes, sobrenomes ou apelidos peculiares, como foram os casos de Manga, Fidélis, Rildo, Alcindo, Paraná, Tostão, Edu, Brito e Gérson. Finalmente, por hoje, nos tricampeões de 70, no México, que tal Félix, Leão, Ado, Zé Maria, Baldocchi, Piazza, Everaldo, Clodoaldo e Rivellino, este de dribles incríveis e de um chute de esquerda apelidado de patada atômica? Se Deus quiser semana que vem tem mais...

Edson Silva, 49 anos, é jornalista em Sumaré

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