Ao falarmos em metodologia da problematização, é sempre lembrada a figura de Paulo Freire, pessoa que sempre defendeu está forma pedagógica, ou seja, aquela que serviria para libertar os homens dos seus opressores, e que serviria como emancipadora do homem. Lembrado também por sua teoria é Charles Maguerez, que com uma teoria chamada, método do Arco, onde ele escrevia textos que deram origem aos livros didáticos para formação de professores, chamados de Estratégias de Ensino-Apredizagem, onde se fez um esquema, que era capaz de construir um caminho metodológico capaz de orientar a prática pedagógica de um educador, que estava preocupado com o desenvolvimento de seus alunos, tanto em sua formação critica quanto criativa, e também com uma preparação para uma atuação política.

Na teoria do Arco desenvolvida por Maguerez, se tem como base à realidade vivida, onde se procura trabalhar vida real, ou seja, a realidade como ponto de partida, onde o arco prossegue seu estudo e voltando para essa mesma realidade. Com isso se cria um questionamento. De que forma a teoria do arco pode colaborar para a metodologia da problematização? No mesmo momento em que se trabalha com os alunos a perspectiva da realidade e faz com seu olhar por esta mesma seja critico, tornamos a realidade uma problematização, ou seja, problematizando a realidade, onde estará sendo forçado a aluno que corrija, aperfeiçoe a realidade trabalhada, esta realidade pode ser uma só, trabalhando várias temáticas, mas só escolhendo uma para o trabalho, ou se trabalhar várias ao mesmo tempo. A serem definidos os problemas de estudo, seja ele único ou variado, deve-se fazer um trabalho de reflexão, ou seja, abrir questionamentos sobre o tema, estes questionamentos no final levam a levantar ou reconhecer seus conhecimentos, naquele momento, e ver os pontos a serem estudados. Após isso ainda temos a segunda etapa que vêm a ser os Pontos - Chaves, momento onde se é definido o que será estudado, momento de delimitar o que é preciso ser conhecido do determinado problema, a fim de buscar uma resposta para o mesmo. Revelando os pontos – chaves têm que definir que formas do estudo vão usar, que fontes de informação, que se deve buscar em revistas, livros e etc, ou seja, que se definia metodologia para realizar este estudo. Na etapa da Teorização, é o momento da investigação, momento onde se esclarece as duvidas em busca das soluções para as problematizações. Pelos estudos feitos se é capaz de se perceber aspectos que devem se mantidos ou até mesmo revistos, o que leva muitas vezes a pessoa procurar ter mais conhecimento sobre o problema trabalhado. Com todos os estudos feitos e todos os dados colidos, podemos partir para a segunda parte, que se refere à questão do levantamento de hipóteses de solução para os problemas a serem trabalhados. A etapa das hipóteses deve ser a parte mais criativa, na qual esta deve estimular os porquês de determinado problema. Lembrando de que as hipóteses devem ser bem criativas no sentido de criar novas ações, essa que devem ser elaboradas para se exercer uma diferença sobre a realidade de onde se extraiu o problema. Partindo da hipótese de solução devemos ir a próxima etapa que aplicar na realidade, ou seja, a parte pratica ,de ação concreta. Da realidade extraiu-se o problema do qual foi realizado o estudo e mais todas as discussões sobre os dados obtidos, e no fim se volta para a mesma realidade com ações que possam transformar em algum grau. O fim é a transformação, mesmo que pequena, sobre a realidade apresentada.

Como já citado autores como Paulo Freire entre outros vem apontado para a importância de uma Educação Problematizadora. O método do Arco é uma idéia metodológica apropriada para experimentar na pratica vários princípios de uma Pedagogia Problematizadora, tendo uma visão de transformação na sociedade. Através do uso desse esquema no Ensino Superior, a desenvolver explicações/interpretações, cada etapa caracteriza um significado com o qual desejamos ver esse método aplicado no ensino de 1º a 3º Grau. O método da problematização é um recurso de educação que tende a educação progressista e humanizadora. A concepção de educação histórico - critica forma uma verdadeira metodologia entendida como um conjunto de métodos, técnicas, procedimentos ou atividades intencionalmente selecionadas e organizadas para a realização do propósito maior que é preparar o estudante para tomar consciência de seu mundo. A metodologia da problematização permite que ocorra uma transformação do sujeito que dela participa. Relação professor alunos nestes casos tem que ocorre de forma que o professor de ouvido ao aluno, muitas vezes o aluno a observer e discutir o problema e resolvendo o que se deve dar mais ênfase nos seus estudos, tornando um agente em sala de aula. Mas para que isso ocorra em sala de aula temos que ter um professor mais democrático, ou seja, o professor deve sempre buscar a coerência entre as suas teorias e suas praticas. Fato que também leva o aluno a se desenvolver mais em um método de problematização, é o seu envolvimento com a situação, onde na pratica metodológica da problematização o aluno vai tendo um envolvimento gradativo e cada vez mais se aprofundando na realidade.

A metodologia da Problematização parte de uma critica do ensino tradicional e propõem um ensino diferenciado, cuja problematização da realidade e a bisca de soluções, possibilitam o desenvolvimento do raciocínio crítico do aluno. A problematização é voltada para a transformação e conscientização dos direitos e deveres do cidadão.

A Metodologia da Problematização possui características próprias e pressupõem fundamentos de várias correntes filosóficas entre elas podemos citar a fenomenologia, o existencialismo e o marxismo.

A história como disciplina coube buscar no passado as justificativas no passado entre outras importâncias. No Brasil o colégio D.Pedro II foi o primeiro a implantar história como disciplina, no caso do Brasil, nestes primeiros anos, vê-se uma forte influencia do positivismo na história como disciplina. Nos anos 70 a história é tomada como uma evolução linear que se parte do estágio menos evoluído para o mais avançado, neste mesmo tempo a formação dos "Estudos Sociais", que absorvia história, geografia, e incluía O.S.P.B e Educação Moral e Cívica. Nos anos 80 encontramos uma realidade diferente a de formação e analise de novas tendências, ou seja, se buscava uma nova história, uma nova maneira de estudar, onde isto influencia tanto no ensino quanto nos meios de produção acadêmica.

O rompimento dos anos 80 representava uma serie de mudanças e o rompimento com a pedagogia tradicional, mas o que não era muito fácil e nem mesmo bem aceito, pois representava a saída de uma concepção de uma história tradicional vista como factual, linear, narrativa, onde se valorizava mais o político, para a busca das novas concepções.